Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

sexta-feira, abril 07, 2023

Fugindo da cruz





Não gosto de profetas mais do que gosto de fanáticos que nunca duvidaram de sua missão. Meço o valor dos profetas pela sua habilidade em duvidar, pela frequência de seus momentos de lucidez.

A dúvida os torna verdadeiramente humanos, mas a sua dúvida é mais impressionante do que a das pessoas comuns. Tudo o mais neles é apenas absolutismo, pregação, didatismo moral.

Querem ensinar os outros, proporcionar-lhes salvação, mostrar-lhes a verdade, mudar os seus destinos, como se as verdades deles fossem melhores do que as verdades alheias. Só a dúvida pode distinguir os profetas dos maníacos. Mas já não é tarde demais para que duvidem?

Aquele que pensou ser o filho de Deus apenas duvidou no último momento. Cristo duvidou realmente não na montanha, mas na cruz. Estou convencido de que na cruz Jesus invejou o destino dos anônimos e, pudesse tê-lo feito, haver-se-ia retirado para o canto mais obscuro do mundo, onde ninguém lhe implorasse por esperança ou salvação.

Posso imaginá-lo a sós com os soldados romanos, pedindo a eles que o apeassem da cruz, que arrancassem os cravos e o deixassem escapar para onde os ecos do sofrimento humano não o alcançassem mais.

Não porque subitamente cessasse de crer em sua missão – era iluminado demais para ser um cético –, mas porque a morte pelos outros é mais difícil de suportar do que a própria morte. Jesus sofreu a crucificação, porque sabia que suas ideias só poderiam triunfar mediante seu próprio sacrifício.

As pessoas dizem: para acreditarmos em ti, precisas renunciar a tudo o que é teu e também a ti mesmo. Querem tua morte como garantia da autenticidade de tuas crenças.

Por que admiram as obras escritas com sangue? Porque essas obras lhes poupam qualquer sofrimento, ao mesmo tempo em que preservam a ilusão do sofrimento. Querem enxergar o sangue e as lágrimas por trás de tuas linhas. A admiração da massa é sádica.

Não tivesse Jesus perecido na cruz, e a cristandade não haveria triunfado. Os mortais duvidam de tudo, exceto da morte. A morte de Cristo foi para eles a prova cabal da validade dos princípios cristãos.

Jesus poderia ter escapado facilmente à crucificação ou poderia ter se rendido ao demônio! Aquele que não fez um pacto com o demônio não deveria viver, porquanto o demônio simboliza a vida mais do que Deus. Se tenho do que me lamentar, é que o demônio raramente me tentou...,

Mas também Deus não me amou. Os cristãos ainda não entenderam que Deus está mais distante deles do que eles de Deus. Posso perfeitamente imaginar a Deus se aborrecendo com os homens, que sabem apenas implorar, exasperado com a trivialidade de sua criação, igualmente desgostoso tanto do céu quanto da terra. E o vejo em fuga para o nada, tal como Jesus escapando da cruz...

O que teria acontecido se os soldados romanos houvessem atendido à súplica de Jesus, se o tivessem descido da cruz e o tivessem deixado escapar? Certamente ele não iria para outra parte do mundo a fim de rezar, mas apenas para morrer, sozinho, fora da simpatia ou das lágrimas do povo. E, mesmo supondo que, pelo seu orgulho, ele não implorou por liberdade, acho difícil crer que esse pensamento não o tenha obsedado.

Ele deve ter acreditado verdadeiramente que era o filho de Deus. Não obstante sua crença, ele não teria como não duvidar ou não ser tomado pelo medo da morte na hora de seu sacrifício supremo.

Na cruz, Jesus teve momentos em que, se não duvidou de que era o filho de Deus, se arrependeu disso. Aceitou a morte unicamente para que suas ideias triunfassem.

Pode muito bem ser que Jesus fosse mais simples do que o imagino que tivesse menos dúvidas e menos pesares, pois duvidou de sua origem divina apenas na hora da morte.

Nós, por outro lado, temos tantas dúvidas e arrependimentos que nenhum de nós, sequer, ousaria sonhar ser o filho de um deus. Odeio Jesus pelas suas pregações, pela sua moralidade, pelas suas ideias e sua fé.

Amo-o pelos seus momentos de dúvida e pesar, os únicos realmente trágicos de sua vida, embora não os mais interessantes nem os mais dolorosos, pois, se tivéssemos de julgar pelos sofrimentos, quantos outros antes dele não teriam sido mais dignos de serem chamados de filhos de Deus!

Emile Michel Cioran

quinta-feira, abril 06, 2023

O que estou aprendendo




Se estou sem dinheiro; é porque gastei. Se estou doente; é porque não me cuidei. Se fiquei chateado; é porque expectativa eu criei.

Se perdi; é porque não mereci. Se pensarmos e agirmos assim, mas tranquilamente melhoraremos nosso destino, não repetindo erros e falhas.

Agora, se insistirmos em terceirizar a culpa de tudo que ocorre em nossas vidas para algo externo, insistiremos em continuar errando.

Minha filosofia ensina que somos responsáveis pelo que conquistamos e pelo que fracassamos. Para ter uma vida equilibrada e à sermos gratos pela nossa vida e existência.

E ser grato à tudo, a todo momento. Não adianta agradecer pela manhã e reclamar de tarde, não funciona assim.

A busca pela realização e felicidade, não depende apenas de sorte, depende de esforço, foco e determinação.

Voltando nossos olhos para isso, analisaremos qual é a real função em nossas vidas e qual é a nossa real obrigação com nós mesmos.

Sem mais.

A/D

Na encruzilhada

 


 

Certa vez quatro meninos que foram ao campo e, por R$ 100,00, compraram o burro velho de um velho camponês.
O homem combinou entregar o animal no dia seguinte, mas quando eles voltaram para levar o animal, o camponês lhes disse:
- Sinto muito, mas tenho uma notícia má: o burro morreu.
- Então, devolva o dinheiro!
- Não posso, já gastei tudo.
- Então, de qualquer forma, queremos o burro.
- E para que? O que vão fazer com ele?
- Nós vamos rifá-lo.
- Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.
Um mês depois, o camponês se encontrou novamente com os quatro garotos:
- Então, o que aconteceu com o burro?
- Como lhe dissemos, rifamos. Vendemos 500 números a R$ 5,00, cada um, e arrecadamos R$ 2.500,00.
- E ninguém se queixou?
- Só o ganhador, porém lhe devolvemos os R$ 5,00 dele e pronto.

Moral da história:

Os quatro meninos cresceram e fundaram um banco chamado Rural, uma empresa de publicidade chamada SMP&B, uma igreja chamada Universal e um partido político chamado PT.

Decisão



Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre quem você é. 

Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. 

Todos os eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.

Neale Donald Walsch

Tomada de decisão é um processo cognitivo que resulta na seleção de uma opção entre várias alternativas. É amplamente utilizada para incluir preferência, inferência, classificação e julgamento, quer consciente ou inconsciente. 

Existem duas principais teorias de tomada de decisão - teorias racionais e teorias não racionais - variando entre si num sem número de dimensões.

Teorias racionais são por excelência normativas, baseadas em conceitos de maximização e otimização, vendo o decisor como um ser de capacidades omniscientes e de consistência interna. 

Teorias não racionais, são por excelência descritivas, e têm em consideração as capacidades limitantes da mente humana em termos de conhecimento, memória e tempo. Utilizam heurísticas como procedimento cognitivo, fornecendo uma estrutura mais realística dos processos de tomada de decisão. 

quarta-feira, abril 05, 2023

Percepção



Percepção é, em psicologia, neurociência e ciência cognitivas, a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas (memórias).

Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos.

A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos.

Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

 ***

“Um homem sentou-se numa estação de metro de Washington DC e começou a tocar violino, era uma fria manhã de janeiro; Ele tocou seis peças de Bach durante aproximadamente 45 minutos.

Durante esse tempo, já que era hora de ponta, calcula-se que cerca de 1,100 pessoas atravessaram a estação, a sua maioria, a caminho do trabalho.

Três minutos passaram quando um homem de meia idade notou que o músico estava a tocar, abrandou o passo e parou por alguns segundos, mas continuou depois o seu percurso para não chegar atrasado.

Um minuto depois, o violinista recebeu o seu primeiro dólar, uma senhora atirou o dinheiro sem sequer parar e continuou o seu caminho.

Alguns minutos depois, alguém se encostou à parede para o ouvir, mas olhando para o relógio retomou a marcha. Estava claramente atrasado para o trabalho.

Quem prestou maior atenção foi um menino de 3 anos. A mãe trazia-o pela mão, apressada, mas a criança parou para olhar para o violinista.

Finalmente, a mãe puxou-o com mais força e o menino continuou a andar, virando a cabeça várias vezes para ver o violinista. Esta ação foi repetida por várias outras crianças. Todos os pais, sem exceção, obrigaram as crianças a prosseguir.

Nos 45 minutos em que o músico tocou, somente 6 pessoas pararam por algum tempo. Cerca de 20 deram-lhe dinheiro, mas continuaram no seu passo normal. Ele recebeu cerca de 32 dólares.

Quando ele parou de tocar e o silencio tomou conta do lugar, ninguém se deu conta. Ninguém aplaudiu, nem houve qualquer tipo de reconhecimento.

Ninguém sabia que este violinista era Joshua Bell, um dos mais talentosos músicos do mundo.

Ele tocou algumas das peças mais elaboradas alguma vez escritas num violino de 3,5 milhões de dólares. Dois dias antes de tocar no metro, Joshua Bell lotou um teatro em Boston, onde cada lugar custou em média 100 dls.

Esta é uma história real, Joshua Bell tocou incógnito na estação de metro num evento organizado pelo Washington Post que fazia parte de uma experiência social sobre percepção, gostos e prioridades.

O outline era: num lugar comum, numa hora inapropriada: Somos capazes de perceber a beleza? Paramos para apreciá-la? Reconhecemos o talento num contexto inesperado?

Uma das possíveis conclusões que se podem sacar desta experiência podem ser: Se não temos um momento para parar e escutar a um dos melhores músicos do mundo tocar algumas das músicas mais bem escritas de sempre, quantas outras coisas estaremos perdendo?”

Inimigos


Nós éramos amigos e nos tornamos estranhos um para o outro. Mas está bem que seja assim, e não vamos ocultar e obscurecer isto, como se fosse motivo de vergonha.

Somos dois navios que possuem, cada qual, seu objetivo e seu caminho; podemos nos cruzar e celebrar juntos uma festa, como já fizemos (...)

Que tenhamos de nos tornar estranhos um para o outro é da lei acima de nós: justamente por isso deve-se tornar mais sagrado o pensamento de nossa antiga amizade!

Existe provavelmente uma enorme curva invisível, uma órbita estelar em que nossas tão diversas trilhas e metas estejam incluídas como pequenos trajetos – elevemo-nos a esse pensamento!

Mas nossa vida é muito breve e nossa vista muito fraca, para podermos ser mais que amigos no sentido dessa elevada possibilidade. – E assim crer em nossa amizade estelar, ainda que tenhamos de ser inimigos na Terra.

Friedrich Nietzsche

Olhe...

 

Olhe para frente, para saber onde você está indo e planejar com antecedência.

Olhe para trás, para lembrar de onde você veio e evitar os erros do passado.

Olhe para baixo, para se certificar de que você não está pisando em outras pessoas e causando sua ruína ao longo do caminho.

Olhe para os lados, para ver quem está lá para apoiá-lo, e ver quem precisa do seu apoio.

Olhe para cima, para se lembrar que o sol está no controle e que cuida de tudo e todos.

Olhe para dentro, para você lembrar-se do quanto precisa se melhorar no caminho.

Gandhi

terça-feira, abril 04, 2023

Contraste



Contraste - Cada instante que passa é uma gota de vida que nunca mais torna a cair. É a nossa lenta caminhada para o que de mais certo temos na vida, e que nunca iremos nos acostumar com essa ideia. A morte!

É um processo que se inicia no momento do nosso nascimento e que nos persegue por toda a existência até nos vencer sem nenhuma chance de prolongamento. Entretanto, vivemos na terrível expectativa de quando ela vai chegar e como. 

E quando abraça alguém que nos é bem próximo, sempre a surpresa existe e ainda expõe nossa fragilidade diante dessa abstrata inimiga.

O que mais me surpreende é como existe tão pouco caso, tão pouco respeito ao que antecede a morte.

Viver.

 Como é digno e bonito, poder gostar, querer, sentir, fazer e ser feliz.

Isso sim é viver e conviver.

Abraçar a mulher amada, admirar o sorriso da criança, sentir a amizade dos amigos, participar do mundo e fazer algo que seja bom.

Isso é viver.

Muitos morrem antes de nascer, certamente levando saudades por não haverem conhecido a vida sob o calor do sol. Nós que estamos com vida e em paz com a consciência, não existe nada melhor do que viver.

Existem muitos tipos de vida, como as que gozam todos os prazeres do mundo e as que só padecem. Contudo, mesmo enfrentando as dificuldades de uma vida sofrida, dificilmente alguém quer morrer.

Trabalhar arduamente, derramar algumas lagrimas por amor, ser injustiçado, mal remunerado, enganado por legisladores, é uma constante, são coisas que ironicamente podemos chamar de vício. Mas viver ainda é melhor.

Existem também, como vários tipos de vida, muitos tipos de morte.

Morrer!

O morto não é somente o sepultado. Pode-se estar morto andando entre os vivos. Se dentro do seu peito não bate um coração amável, se na sua cabeça não trabalha um cérebro que lhe guie os passos para os caminhos não tortuosos, consequentemente as suas atitudes serão drásticas e preocupantes. 

Esse tipo de morte tem uma grande diferença. Ela não se incomodará de causar a sua física ou moralmente. 

Enquanto os sepultados, nada nos fazem, a não ser sentir saudades. Saudades que muito mais eles levaram para a tumba, dos familiares e do mundo.

Na mais eterna miséria, já cansado de humilhações, decepções e desamor, Lautrec disse: - É tão imbecil morrer!

Sei que um dia ela chegara a mim, mas enquanto não, vou sempre desejar, um coração de criança e uma vontade indomável de viver como adulto!

 Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay.

A Violência Universal


A violência nasceu com o homem e só terá fim com o seu próprio fim. 

Nunca irá faltar motivo para falar de bestialidades e derramamento de sangue. A discórdia as agressões, estão presentes seja em que lugar for do mundo, até mesmo de onde jamais deveria ter existido. 

A igreja, com sua misericórdia advinda de Deus foi uma das responsáveis por um dos maiores absurdos contra a humanidade: A Inquisição. 

Incontáveis milhares de inocentes foram brutalmente torturadas, e queimados vivos em “santas” fogueiras. Seus bens eram saqueados, obrigados a transferir o patrimônio da família para a santa igreja e, mesmo assim morriam miseravelmente queimados. 

O motivo? 

Hoje a instituição Igreja católica, é uma das mais ricas do mundo. Seu império estende-se até mesmo onde ela não é reconhecida. 

Mas a igreja é apenas parte desse tormento, apesar de que toda brutalidade universal tenha saído do seu manual chamado de Bíblia Sagrada. Se duvidar, é só pegar uma “sagrada bíblia”, e ler o Salmo 109. É só uma pequena demonstração.

Parte daí o pouco caso pela vida humana que, contínua tomando rumos assustadores e o vermelho da vida irrigando a terra e germinando o ódio. O homem traz nos gestos, no olhar, em tudo o que faz a marca entalhada da violência. 

Não há motivos para não generalizar. Os fatos estão à vista com muita clareza. Nos jornais, revistas, noticiários nas emissoras de televisão, rádios, e vemos ao vivo muitas vezes estúpidas ações que envolvem o homem. 

No presente estamos enfrentando o terror do Estado Islâmico também, baseado em um livro “divino” que leciona barbaridades e os seguidores cumprem fielmente. O passado virou história, o presente e o futuro também vão ser. 

Não só o homem dos nossos dias, com a cabeça cheia de ambições modernas, é mais violento.

Tudo é proporcional ao seu tempo. Todos foram, são e serão bárbaros. O ódio, a ambição, a busca por maiores espaços, mesmo que tomando os dos mais fracos, é o ingrediente indispensável para a violência. 

Usemos novamente, como parâmetro, a bíblia – por ser um dos livros mais antigos - veremos que, dos 1.189 capítulos desse livro, somente os dois primeiros não nos falam do homem praticando o mau, o terceiro já fala de Adão e Eva os praticando.

Não demora muito, pois já no seguinte, aparece o assassinato de Abel, cometido pelo próprio irmão Caim. De lá para cá, passaram-se muitos séculos, e a história nos mostra que nunca houve trégua nessa guerra infinita. Ao contrário, houve sim, uma modernização nos métodos de matar o semelhante em maior quantidade, qualidade e com mais rapidez. 

Armas sofisticadas, que causam maior terror, que destrói de muito longe, uma dor maior; o aniquilamento perfeito. 

Trocaram-se as fogueiras pela bomba atômica; as arenas infestadas de leões, leopardos e gladiadores; por campos de concentração. 

Não há diferença alguma na mentalidade do homem primitivo, com o homem atual, existe sim, uma maior tecnologia, diferentes preparos na confecção de invasões, que são prévias das guerras. A morte chega mais diplomaticamente, sem muitos senões. 

Na verdade, o homem é um guerreiro nato!

Francisco Silva Sousa

Sentidos

 

Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão aos que veem - um conselho àqueles que deveriam fazer completo uso do dom da vista: servi-vos dos vossos olhos como se amanhã fosse cegar.

O mesmo princípio é válido para o restante dos sentidos. Ouvi a música das vozes, o canto de uma ave, os poderosos acordes de uma orquestra, como se amanhã fôsseis vítimas da surdez.

Tocai em tudo que desejais tocar, como se amanhã viésseis a ficar privado da faculdade do tato.

Aspirai o perfume das flores, saboreai com deleite os vossos alimentos, como se amanhã perdêsseis o olfato e o paladar.

Helen Keller

Helen Adams Keller nasceu em Tuscumbia no Alabama – Estados Unidos no dia 27 de junho de 1880. Foi uma escritora, conferencista e ativista social norte-americana. Constituiu-se na primeira pessoa surdo cega da história a conquistar um bacharelado.

A história sobre como sua professora, Anne Sullivan, conseguiu romper o isolamento imposto pela quase total falta de comunicação, permitindo à menina florescer enquanto aprendia a se comunicar, tornou-se amplamente conhecida através do roteiro da peça The Miracle Worker, que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan (1962), dirigido por Arthur Penn.

Seu aniversário em 27 de junho é comemorado como o Helen Keller Day no estado da Pensilvânia, e foi autorizado em nível federal por meio da proclamação presidencial de Jimmy Carter em 1980, no centenário de seu nascimento.

Tornou-se uma célebre e prolífica escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas com deficiência. 

Keller viajou muito e expressava de forma contundente suas convicções. Membro do Socialist Party of América e do Industrial Workers of the Worid, participou das campanhas pelo voto feminino, direitos trabalhistas, socialismo e outras causas progressistas. Ela foi introduzida no Alabama Women's Hall of Fame em 1971.

Nascida na cidade de Tuscumbia, Alabama, em 27 de junho de 1880, Helen era filha de Kate Adams Keller e do Coronel Arthur Keller. Helen ficou cega e surda aos 18 meses de idade devido a uma doença diagnosticada então como "febre cerebral" (hoje acredita-se que possivelmente tenha sido escarlatina ou meningite).

Já nessa época ela conseguia comunicar-se com a filha da cozinheira da família, através de sinais. Aos 7 anos, Keller já tinha mais de 60 sinais com os quais se comunicava com sua família.

Em 1886, sua mãe, inspirada pelo relato de Charles Dickens em American Notes a respeito da educação bem-sucedida de outra mulher surda, Laura Bridgman, despachou a jovem Keller, acompanhada de seu pai, para ver o médico J. Julian Chisolm, especialista em olhos, ouvidos, nariz e garganta, em Baltimore, em busca de aconselhamento.

Chisolm encaminhou os Kellers para Alexandre Graham Bell, que estava trabalhando com uma criança surda à época. Bell, por sua vez, os aconselhou a contratar a Perkins Institute for the Blind, escola onde Laura Bridgman havia sido educada, localizada em South Boston.

Michael Anagnos, diretor da escola, solicitou à ex-aluna, Anne Sullivan, ela própria uma pessoa com deficiência visual, para tornar-se instrutora de Helen. Este foi o início de uma relação de 49 anos durante a qual Sullivan tornou-se professora e acompanhante de Keller.

Anne Sullivan chegou na casa de Keller em 3 março de 1887, quando tinha 20 anos, e imediatamente começou a ensiná-la a se comunicar soletrando palavras em sua mão, a começar com a palavra 'boneca', utilizando ao mesmo tempo uma boneca que as crianças da Perkins School haviam feito para presentear Helen.

Anne acreditava que poderia ensinar à Helen a conexão entre objetos e palavras. Helen aprendeu rapidamente as letras e na ordem correta, mas não sabia que elas formavam palavras.

A princípio, Keller ficava frustrada porque ela não entendia que cada objeto possuía uma palavra única para identificá-la. Na realidade, quando Sullivan tentava ensinar para ela a palavra ‘caneca’, Keller ficou tão frustrada que chegou a quebrar a caneca.

Seu grande salto evolutivo em comunicação começou no mês seguinte (em 5 de abril de 1887), quando compreendeu que os movimentos que sua professora fazia na palma de sua mão, enquanto deixava a água escorrer sobre sua outra mão, simbolizavam a ideia de ‘água’.

Naquele mesmo dia, Helen aprendeu 30 palavras e, a partir de então, ela praticamente levou Sullivan à exaustão perguntando os nomes de outros objetos familiares de seu mundo. Helen passou a entender o alfabeto tanto o manual, quanto impresso em relevo, o que facilitou a leitura e escrita para ela.

As melhores e mais belas coisas do mundo podem não ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente.”

Aquilo que eu procuro não está lá fora, mas sim dentro de mim.”

Helen Keller

Keller morreu aos 87 anos, enquanto dormia, às 3h35 de 1º de junho de 1968, em sua residência em Easton, Connecticut, dias após sofrer um ataque cardíaco. Após a realização do funeral, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram depositadas na Catedral Nacional de Washington próxima as de Sullivan e Thomson.

Pouco antes de morrer, Keller exclamou: "Nestes anos sombrios e silenciosos, Deus tem usado minha vida para um propósito que eu não conheço, mas um dia eu o entenderei e depois ficarei satisfeita".