Percepção é, em psicologia, neurociência e ciência
cognitivas, a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais,
a partir de histórico de vivências passadas (memórias).
Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as
suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na
aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos
sentidos.
A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente
biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos
estímulos nos órgãos dos sentidos.
Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção
envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem
influenciar na interpretação dos dados percebidos.
***
“Um
homem sentou-se numa estação de metro de Washington DC e começou a tocar
violino, era uma fria manhã de janeiro; Ele tocou seis peças de Bach durante
aproximadamente 45 minutos.
Durante
esse tempo, já que era hora de ponta, calcula-se que cerca de 1,100 pessoas
atravessaram a estação, a sua maioria, a caminho do trabalho.
Três
minutos passaram quando um homem de meia idade notou que o músico estava a
tocar, abrandou o passo e parou por alguns segundos, mas continuou depois o seu
percurso para não chegar atrasado.
Um
minuto depois, o violinista recebeu o seu primeiro dólar, uma senhora atirou o
dinheiro sem sequer parar e continuou o seu caminho.
Alguns
minutos depois, alguém se encostou à parede para o ouvir, mas olhando para o
relógio retomou a marcha. Estava claramente atrasado para o trabalho.
Quem
prestou maior atenção foi um menino de 3 anos. A mãe trazia-o pela mão, apressada,
mas a criança parou para olhar para o violinista.
Finalmente,
a mãe puxou-o com mais força e o menino continuou a andar, virando a cabeça
várias vezes para ver o violinista. Esta ação foi repetida por várias outras
crianças. Todos os pais, sem exceção, obrigaram as crianças a prosseguir.
Nos
45 minutos em que o músico tocou, somente 6 pessoas pararam por algum tempo.
Cerca de 20 deram-lhe dinheiro, mas continuaram no seu passo normal. Ele
recebeu cerca de 32 dólares.
Quando
ele parou de tocar e o silencio tomou conta do lugar, ninguém se deu conta.
Ninguém aplaudiu, nem houve qualquer tipo de reconhecimento.
Ninguém
sabia que este violinista era Joshua Bell, um dos mais talentosos músicos do
mundo.
Ele
tocou algumas das peças mais elaboradas alguma vez escritas num violino de 3,5
milhões de dólares. Dois dias antes de tocar no metro, Joshua Bell lotou um
teatro em Boston, onde cada lugar custou em média 100 dls.
Esta
é uma história real, Joshua Bell tocou incógnito na estação de metro num evento
organizado pelo Washington Post que fazia parte de uma experiência social sobre
percepção, gostos e prioridades.
O
outline era: num lugar comum, numa hora inapropriada: Somos capazes de perceber
a beleza? Paramos para apreciá-la? Reconhecemos o talento num contexto
inesperado?
Uma
das possíveis conclusões que se podem sacar desta experiência podem ser: Se não
temos um momento para parar e escutar a um dos melhores músicos do mundo tocar
algumas das músicas mais bem escritas de sempre, quantas outras coisas estaremos
perdendo?”
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