Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

terça-feira, março 21, 2023

Madame de Staël



"O desejo do homem é pela mulher, mas o desejo da mulher é pelo desejo do homem."

(Madame de Staël)

Anne-Louise Germaine de Staël-Holstein nasceu em Paris no dia 22 de abril de 1766, mais conhecida como Madame de Staël, foi uma intelectual, ensaísta e romancista francesa, que presenciou em primeira mão a Revolução Francesa, a Era Napoleônica e a Restauração. 

Ao lado de Benjamin Constant, ela formou um dos casais intelectuais mais celebrados de seu tempo. Ela foi uma das mais conhecidas opositoras a Napoleão e, com sua obra Da Alemanha, despertou o interesse do restante da Europa na cultura alemã.

Ela nasceu Anne-Louise Germaine Necker filha de pais suíços em Paris. Seu pai era Jacques Necker, o banqueiro de Genebra que se tornou ministro das finanças do rei Luís XVI de França.

Sua mãe, Suzanne Curchod, filha de um pastor franco-suíço, ajudava a carreira do marido através de um brilhante salão literário e político que matinha em Paris.

A jovem Germaine Necker ganhou cedo uma reputação de inteligência viva e beleza. Ainda criança ela era vista no salão de sua mãe ouvindo, e até mesmo participando, da conversa com aquela viva curiosidade intelectual que permaneceria sua qualidade mais atraente.

Quando ela tinha 16 anos, seu casamento começou a ser considerado. William Pitt, o Jovem, foi considerado como um possível marido, mas ela não gostava da ideia de viver na Inglaterra.

Casou-se em 1786 com o embaixador sueco em Paris, o barão Erik de Stael-Holstein. Foi um casamento de conveniência que terminou em 1797 na separação formal. Tiveram, no entanto, três filhos: Auguste (nascido em 1790), que editou as obras completas de sua mãe; Albert (nascido em 1792), e Albertine (nascida em 1796).

Antes dos 21 anos, Germaine de Staël escreveu um drama romântico, Sophie, ou les sentiments secrets (1786), e uma tragédia inspirada por Nicholas Rowe, Jane Gray (1790).

Mas foi seu livro Lettres sur les ouvrages et le caractère de J.-J. Rousseau (1788; Cartas sobre a obra e caráter de J.-J. Rousseau) que a fez conhecida.

Sob a influência de seu pai, um admirador de Montesquieu, ela adotou posições políticas com base na monarquia parlamentar inglesa. Em favor da Revolução Francesa, ela adquiriu uma reputação de jacobinismo.

Sob a Convenção, o órgão eleito que aboliu a monarquia, a facção moderada dos girondinos correspondia melhor às suas ideias.

status diplomático de seu marido a protegia em Paris até 1793 quando ela se retirou para Coppet, Suíça. Foi lá que ela ganhou fama através da criação de um ponto de encontro para alguns dos principais intelectuais da Europa ocidental.

Desde 1789 ela foi a amante de Luís de Narbonne, um dos últimos ministros de Louis XVI. Ele se refugiou na Inglaterra em 1792, onde ela se juntou a ele em 1793.

Ficou em Juniper Hall, próximo a em Surrey, uma mansão que tinha sido alugada em 1792 por imigrantes franceses. Lá ela conheceu Fanry Burney (mais tarde Mme d'Arblay), mas sua amizade foi curta porque as opiniões morais e políticas de Staël foram consideradas indesejáveis pela boa sociedade na Inglaterra.

Ela voltou para a França, através de Coppet, no final do Terror em 1794. Começou um período brilhante de sua carreira. Seu salão floresceu, e ela publicou vários ensaios políticos e literários como De l’influence des passions sur le bonheur des individus et des nations (1796; Um tratado sobre a influência das paixões sobre a felicidade dos indivíduos e das nações), um dos documentos importantes do Romantismo europeu.

Ela começou a estudar as novas ideias que estavam sendo desenvolvidos especialmente na Alemanha. Leu o crítico suíço Karl Viktor von Bonstetten, o filólogo alemão Wilhelm von Humboldt, e, acima de tudo, os irmão August Wilheim e Friedrich von Schlegel, que estavam entre os mais influentes românticos alemães.

Mas foi seu novo amante, Benjamin Constant, escritor e político, que a influenciou mais diretamente em favor da cultura alemã. Sua ligação amorosa, que flutuava constantemente, começou em 1794 e durou 14 anos.

No começo de 1800 o caráter literário e político do pensamento de Mme de Staël se definiu. Sua importância literária surgiu no texto De la littérature considérée dans ses rapports avec les institutions sociales (1800).

Este trabalho complexo, embora imperfeito, é rico em novas ideias e novas perspectivas, novas pelo menos da França. A teoria fundamental, que seria atualizada e desenvolvida no positivismo de Hippolyte Taine, é que uma obra deve expressar a realidade moral e histórica, o zeitgeist, da nação em que é concebida.

Ela também sustentou que os ideais nórdicos e clássicos estavam, basicamente, em oposição e assim apoiou o ideal nórdico, embora seu gosto pessoal tivesse permanecido fortemente clássico. Seus dois romances, Delphine (1802) e Corinne (1807), de certa forma ilustram suas teorias literárias; o primeiro sendo fortemente sociológico em perspectiva, enquanto o segundo mostra o embate entre mentalidades nórdicas e do sul.

Staël também foi uma importante figura política e foi considerada pela Europa contemporânea como inimiga pessoal de Napoleão.

Junto a Constant e seus amigos ela formou o núcleo de uma resistência liberal; ela tanto incomodou Napoleão que ele a baniu em 1803 para uma distância de 64 km de Paris. Coppet serviu como sua sede e, em 1804, ela começou o que ela chamou, num trabalho publicado postumamente em 1821, dos Dix Années d'exil (Dez Anos d'exílio).

De dezembro de 1803 a abril 1804, ela fez uma viagem pela Alemanha, culminando com uma visita a Weimar, cidade já estabelecida como o santuário de Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich von Schiller. Em Berlim, ela conheceu August Wilhelm von Schlegel, que se tornaria, depois de 1804, seu companheiro frequente e conselheiro.

Seu guia na Alemanha, no entanto, era um jovem inglês, Henry Crabb Robinson, que estava estudando em Jena. A viagem foi interrompida em 1804 pela notícia da morte de seu pai.

Sua morte afetou-a profundamente, mas em 1805 ela partiu para a Itália, acompanhada por Schlegel e de Simonde Sismondi, o economista de Genebra, que foi seu guia durante a viagem.

Enquanto Corinne pode ser considerado como o resultado de sua viagem à Itália, os frutos de sua visita à Alemanha estão contidos em sua obra mais importante: De l'Allemagne (1810; Alemanha).

Este é um estudo sério de costumes alemães, literatura e arte, filosofia e ética, e religião. Napoleão achou a obra anti-francesa e mandou os 10 000 exemplares serem destruídos. A obra foi republicada na Inglaterra em 1813.

Staël, que se casou em 1811 com um jovem oficial da Suíça chamado Rocca, foi à Áustria em maio de 1812 e, depois de visitar a Rússia, Finlândia e Suécia, chegou, em junho de 1813, à Inglaterra.

Ela foi recebida com entusiasmo, apesar de criticada pelos liberais, tais como Lord Byron por ser mais antinapoleônica do que liberal e pelos conservadores por ser liberal demais. Seu guia na Inglaterra foi Sir James Mackintosh, o publicitário escocês. Ela coletou documentos, mas nunca escreveu o livro De l'Angleterre.

Na Restauração Bourbon em 1814, Staël regressou a Paris, mas estava profundamente desiludida: a queda de Napoleão tinha sido seguida pela ocupação estrangeira e não restabeleceu a liberdade na França.

Durante os Cem Dias, ela fugiu para Coppet e em setembro 1815 partiu novamente para a Itália. Em 1816 ela voltou a passar o verão em Coppet, onde foi acompanhada por Byron.

A saúde da Mme de Staël estava em declínio. Após a partida de Byron, ela foi a Paris. Embora mal recebida pelos emigrantes retornados e suspeitada pelo governo, Staël manteve seu salão durante todo o inverno e parte da primavera, mas depois de abril 1817 ela estava muito debilitada. Morreu em Paris em 14 de julho do mesmo ano.

Nossos Monstros



Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta. 

Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-los e utilizá-los como servos da nossa inteligência. 

Não tenha medo da dor, tenha medo de não a enfrentar, criticá-la, usá-la.

Michel Foucault

segunda-feira, março 20, 2023

O genocídio cambojano - Assassinato em Massa Promovido por Pol Pot


genocídio cambojano foi o assassinato em massa promovido no Camboja pelo regime do Quemer Vermelho liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979, que empurrou radicalmente o Camboja para o socialismo. 

Estima-se que, em quatro anos, cerca de 1,7 a 2 milhões de pessoas foram executadas — cerca de 25% da população da época.

Surgido por volta de 1969, o Quemer Vermelho era uma pequena guerrilha comunista composta por cerca de 4 mil membros que atacava postos militares isolados. 

De 1970 a 1973, uma campanha massiva de bombardeio dos Estados Unidos contra o Quemer Vermelho devastou a zona rural do Camboja, sendo esta ação um fator significativo que levou ao aumento do apoio ao Quemer Vermelho entre o campesinato cambojano.

De acordo com Ben Kiernan, o Quemer Vermelho “não teria ganhado o poder sem a desestabilização econômica e militar do Camboja pelos Estados Unidos… a devastação e o massacre de civis causados ​​pelo bombardeio foram usados ​​como propaganda de recrutamento e como desculpa para suas políticas brutais e radicais e o expurgo de comunistas moderados e sihanoukistas.

Posteriormente, em 1975, os aliados de Pol Pot tomaram Phnom Penh, a capital cambojana, e expulsaram Lon Nol, o primeiro-ministro do país.

Apoio do Partido Comunista Chines


Pol Pot e o Quemer Vermelho há muito eram apoiados pelo Partido Comunista Chinês (PCC) e pelo presidente do PCC, Mao Tsé-Tung. Estima-se que pelo menos 90% da ajuda externa ao Quemer Vermelho veio da China, com 1975 sozinho tendo pelo menos US$ 1 bilhão em ajuda econômica e militar sem juros da China. 

Depois de tomar o poder em abril de 1975, o Quemer Vermelho queria transformar o país rapidamente no comunismo, seguindo as políticas do ultra maoísmo e influenciado pela Revolução Cultural chinesa. 

Pol Pot e outros oficiais do Quemer Vermelho se reuniram com Mao em Pequim em junho de 1975, recebendo aprovação e conselho, enquanto oficiais de alto escalão do PCC, como Zhang Chungiao, mais tarde visitaram o Camboja para oferecer ajuda. 

Durante o genocídio, a China foi o principal patrono internacional do Quemer Vermelho, mas uma série de crises internas em 1976 impediu Pequim de exercer uma influência substancial sobre as políticas do Quemer Vermelho.

Logo depois que Deng Xiaoping se tornou o líder supremo da China em dezembro de 1978, os vietnamitas invadiram o Camboja e acabaram com o genocídio derrotando o Quemer Vermelho em janeiro de 1979. No início de 1979, a China iniciou uma guerra com o Vietnã para retaliar a invasão do Camboja pelo Vietnã. 

No entanto, Deng foi convencido por uma conversa com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Kuan Yew, a limitar a escala e a duração da guerra. Após a guerra de um mês, Cingapura tentou servir como mediador entre o Vietnã e a China na questão cambojana.

O Massacre

Uma vez no poder, o Quemer vermelho queria transformar o país em uma república socialista agrária baseada no maoismo e influenciada pela Revolução Cultural. 

Pol Pot, junto com alguns funcionários, encontrou-se com Mao em Pequim em 1975, onde recebeu aprovação e aconselhamento. Mas antes de sair de Pequim, o primeiro-ministro Zhou disse-lhe: "…O seu objetivo agora não deve ser entrar no comunismo imediatamente, têm de passar por uma transição longa para o socialismo. 

Se vocês abandonarem este bom senso comunista, só trarão desastre para o seu povo.  O comunismo deve significar a felicidade, prosperidade, dignidade e liberdade do povo.  Caso alguém desconsidere a realidade do povo e do país, e queira tornar realidade o comunismo imediatamente, é claro que vai levar o país e o povo para uma miséria extrema." 

Durante o genocídio, a China foi o principal patrocinador internacional do Quemer Vermelho, fornecendo "mais de 15.000 conselheiros militares" e a maior parte da ajuda externa. Estima-se que pelo menos 90% da ajuda externa ao Quemer Vermelho veio da China.

O Quemer Vermelho tentou "aplicar o comunismo integral imediatamente, sem aquele período de transição que parecia fazer parte dos fundamentos da ortodoxia marxista-leninista", eles tinham certeza de que teriam sucesso porque o Camboja era um país menor, mais homogêneo e governável do que a China. 

Para atingir seus objetivos, o Quemer Vermelho aboliu a moeda, aniquilou as classes proprietárias, intelectuais e comerciais para acabar com as diferenças sociais e esvaziou as cidades, obrigando os cambojanos a se mudarem para campos de trabalho forçado no campo, onde ocorreram execuções em massa, trabalho forçado, abuso físico, desnutrição e doenças. Em 1976, o nome do país foi alterado para Kampuchea Democrático.

O Quemer Vermelho frequentemente prendia e executava qualquer pessoa suspeita de ter ligações com o antigo governo cambojano ou governos estrangeiros, bem como profissionais, intelectuais, monges budistas, cristãos, muçulmanos e minorias étnicas.

 Mesmo aqueles que eram estereotipados como tendo qualidades intelectuais (como usar óculos ou falar vários idiomas) foram executados por medo de se rebelarem contra o Quemer Vermelho.

Pessoas foram presas e torturadas simplesmente porque suspeitavam que se opunham ao regime ou porque outros prisioneiros deram seus nomes sob tortura. 

Famílias inteiras (incluindo mulheres e crianças) acabaram na prisão e foram torturadas. Pol Pot disse "se você quer matar a grama, você também tem que matar as raízes". 

A maioria dos presos nem sabia o motivo da sua prisão e se ousaram perguntar aos guardas, os guardas apenas responderam dizendo que o Angkar (Partido Comunista do Kampuchea) nunca comete erros, o que significa que devem ter feito algo ilegal.

Vida diária

As famílias foram separadas e os membros foram enviados durante meses a diferentes áreas para trabalhar, não houve tempo para a família, as crianças foram doutrinadas e separadas dos pais. 

As possibilidades de convivência íntima restringiam-se ao permitido pelo Partido - especialmente para a reprodução - e os jovens eram estimulados a denunciar os pais. 

A única causa era a vontade do regime comunista de alcançar o poder total isolando o indivíduo e submetendo-o ao Partido.

A relação sexual era proibida, o adultério ou a fornicação eram punidos com a morte (...) os membros de casais casados ​​eram proibidos de (ter) conversas prolongadas, pois se dizia que se tratava de "briga" e (reincidência) era punida com a morte (...) 

Quando a fome e a epidemia se espalharam, os velhos e os doentes e os muito jovens, especialmente (os) órfãos, foram abandonados. Pessoas eram executadas em público e seus parentes eram forçados a assistir enquanto o irmão, mãe ou filho eram submetidos ao vil clube ou decapitados, esfaqueados, espancados até à morte ou (...) esfaqueados até à morte.

 Às vezes famílias inteiras eram executadas. (...) um professor chamado Tan Samay, que desobedeceu à ordem de ensinar aos seus alunos apenas o trabalho da terra, foi enforcado; seus próprios alunos, de oito a dez anos, tiveram que realizar a execução gritando: "Professor incapaz!" A terrível lista de crueldades é interminável. 

O Quemer Vermelho explorou milhares de crianças recrutadas e dessensibilizadas na adolescência para cometer assassinatos em massa e outras atrocidades durante e após o genocídio. Crianças doutrinadas eram ensinadas a seguir qualquer ordem sem hesitação.

O governo buscou controlar a população monopolizando o acesso a qualquer fonte de alimento. Árvores frutíferas foram destruídas, eliminando uma fonte descontrolada de nutrição. Muitos morreram comendo - em segredo - animais ou plantas venenosos ou mal cozidos.

Tuol Sleng

Foi uma escola que foi usada como Prisão de Segurança 21 (S-21) pelo Quemer Vermelho. De 1976 a 1979, cerca de 20.000 pessoas foram presas em Tuol Sleng, um dos pelo menos 150 centros de tortura e execução estabelecidos pelo Quemer Vermelho. 

De acordo com um dos sobreviventes, Bou Meng, a tortura foi tão atroz que os prisioneiros tentaram suicídio por todos os meios, até com colheres.

O sistema de tortura em Tuol Sleng foi projetado para fazer os presos confessarem os "crimes" dos quais foram acusados ​​pelo Partido Comunista. 

Os presos eram rotineiramente espancados e torturados com choques elétricos, instrumentos de metal incandescente, sufocados com sacos plásticos, simulava-se o afogamento, as unhas dos presos eram removidas jogando álcool na ferida, a pele era retirada de algumas partes do corpo, os guardas estupraram as mulheres, mutilaram seus órgãos genitais e amputaram seus seios.

No primeiro ano de existência do S-21, os corpos foram enterrados perto da prisão. Nos anos seguintes, no entanto, os guardas ficaram sem espaço físico, de modo que os prisioneiros e suas famílias foram levados para o Centro de Extermínio Choeung Ek, onde foram mortos com machados, porretes, barras de ferro, rosários, motosserras e muitas outras armas.

O regime só teve seu fim no começo de 1979, com a invasão de forças vietnamitas aliadas aos dissidentes de Pol Pot.

Desde 1997, o governo do Camboja e a ONU negociam a criação de um tribunal para o julgamento dos membros do regime de Pol Pot, o Quemer Vermelho. Em junho de 2000, a ONU e o governo do Camboja apresentaram um memorando de acordo em que delineava "tribunal nacional com presença internacional". 

Em 1996, sob assédio das forças de coalizão de governo, os guerrilheiros começaram a desertar e o grupo se dividiu. Son Sen, o substituto de Pol Pot, ensaiou negociar a paz - e, por isso, acabou executado junto com toda a sua família. 

Em meio à desordem, Pol Pot fugiu, acompanhado de seus fiéis seguidores, mas logo foi capturado por Ta Mok, um antigo líder do Quemer Vermelho, submetido a um julgamento-espetáculo na selva e condenado à prisão perpétua. 

Na noite de 16 de abril de 1998, Pol Pot foi encontrado misteriosamente morto, quando estava prestes a ser entregue à corte e ao julgamento.

 




 

 

Fogueiras


 

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. 

Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.

- O mundo é isso - revelou - Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.

Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. 

Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. 

Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Eduardo Galeano

A Humildade


 

Humildade é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.

A Humildade é considerada pela maioria das pessoas como a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas.

Características como cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade, embora sejam frequentemente associadas à humildade, são independentes. Portanto, quem as possui não precisa necessariamente ser humilde.

Muito confundida com a Modéstia, sendo está o sentimento de velar-se quanto às qualidades intelectuais e morais (em oposição a um exibicionismo vaidoso).

Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde; quem se vangloria mostra simplesmente que humildade lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.

Uma das caraterísticas descritas de Jesus Cristo foi a humildade, pois a Bíblia diz que Ele "sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Felipenses 2:6-8).

As religiões tendem a associar a humildade ao reconhecimento da superioridade divina. Todos os seres humanos são iguais aos olhos de Deus, devendo agir e comportar-se como tal. Porem somente a religião, não define o assunto humildade ou o que é ser humilde.

Para o budismo, a humildade é a consciência que se tem do caminho a levar para se libertar do sofrimento.

Do ponto de vista da filosofia, Immanuel Kant afirma que a humildade é a virtude central da vida, uma vez que dá uma perspectiva apropriada da moral.

Para Friedrich Nietzsche, em contrapartida, a humildade é uma falsa virtude que dissimula as desilusões que uma pessoa esconde dentro de si.

Para além das diferenças em termos de conceito, as pessoas partilham da mesma visão sobre a humildade como sendo a característica que levam as pessoas a realizarem uma ação sem proclamar os seus resultados.

Suponhamos, por exemplo, que um homem joga bem futebol e que é humilde, este não deverá apresentar-se aos outros na qualidade de “melhor jogador” nem como sendo “o jogador que sempre marcou a diferença graças ao seu talento”. Humildade também não significa ter de se rebaixar para as outras pessoas, mas sim reconhecer ou admitir as suas falhas. 

 

“A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome.

A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas agracia.”

domingo, março 19, 2023

Bruce Ismay - Proprietário da White Star Line



Bruce Ismay - Proprietário da White Star Line - Joseph Bruce Ismay nasceu em Crosby em 12 dezembro de 1862 e faleceu em Londres   em 15 de outubro de 1937.  Foi um   empresário britânico, presidente da companhia de navios White Star Line.  

Filho de seu fundador Thomas Henry Ismay, Bruce Ismay viajou o mundo quando jovem, antes de começar a trabalhar na companhia de seu pai, a herdando em 1899.

Junto com William Pierre, dos estaleiros da Harland and Wolff, ele começou projetos para construir os maiores navios do mundo.

Em 1907, os dois homens concordam em construir três navios para nova Classe Olympic. Ismay supervisionou a construção das embarcações e esteve presente na viagem inaugural do RMS Olympic, em junho de 1911. 

Ele também viajou em abril de 1912, na viagem inaugural do RMS Titanic, porém o navio colidiu com um iceberg e afundou na madrugada do dia 15 de abril. 

Aproveitando-se de sua autoridade, Ismay conseguiu sobreviver em um dos botes salva-vidas destinados às mulheres e crianças, e essa atitude, considerada covarde e egoísta, foi duramente criticada pela imprensa e pela opinião pública. 

Além disso, dias depois do acidente, descobriram que a decisão de reduzir o número de botes salva-vidas (de 48 para 16) havia sido dele, o que aumentou ainda mais a raiva da população. Ismay passou a receber mensagens ameaçadoras e muitos de seus amigos o abandonaram.

No ano seguinte, Ismay abriu mão de seus cargos na White Star e em outras companhias, porém continuou no ramo dos negócios e gerenciou diversas empresas em Londres e Liverpool, também fundando duas instituições de caridade. 

Se aposentou em 1934, mesmo ano em que testemunhou a fusão da White Star com sua maior rival, a Cunard Line. Morreu em 1937, aos 74 anos de idade, devido à uma trombose.

 Até hoje a imagem e reputação de Ismay permanecem manchadas por conta do Titanic, tanto no âmbito público como em filmes e documentários sobre o naufrágio.

Leia também: William McMaster Murdoch

 

Como os africanos se tornavam escravos

Os portugueses e outros compradores de escravos, nunca guerrearam com os africanos. Eles compravam os negros no porto da África, negociando com os próprios africanos de tribos dominantes, que invadiam e aprisionavam seus semelhantes, de tribos menores, tornando-os escravos.

Como os africanos se tornavam escravos

Quando os portugueses chegaram à África, encontraram um mercado africano de escravos largamente implementado e bastante extenso.

Os africanos eram escravizados por seus semelhantes, de tribos mais fortes, por diversos motivos antes de serem adquiridos:

- Por serem prisioneiros de guerra;

- Penhora: as pessoas eram penhoradas como garantia para o pagamento de dívidas;

- Rapto individual ou de um pequeno grupo de pessoas no ataque a pequenas vilas;

- Troca de um membro da comunidade por comida;

- Como pagamento de tributo a outro chefe tribal.

Ainda quando estavam em África, estima-se que a taxa de mortalidade dos africanos no percurso que faziam desde o local em que eram capturados pelos mercadores de escravos locais até ao litoral onde eram vendidos aos europeus era superior à que ocorria durante a travessia do Atlântico.

Durante a travessia, a taxa de mortalidade, embora menor do que em terra, até o final do século XVIII se manteve assustadora, com maior ou menor incidência dependendo das epidemias, das rebeliões e suicídios levados a cabo pelos escravizados, das condições existentes a bordo, bem como do humor do capitão e tripulação de cada navio negreiro. 

A/D




Pedra de Ingá na Paraíba – Brasil.

Pedra de Ingá na Paraíba – Brasil. - É uma maravilha arqueológica mundial. Tem mais de seis mil anos e centenas de símbolos estranhos.

Cientistas de todo o mundo tentaram decifrá-la sem sucesso, a única coisa que se conhece é que possuem caracteres egípcios, fenícios, sumérios também semelhantes ao rongorongo da Ilha de Páscoa e principalmente símbolos da linguagem nostrática, o mais antigo e raro da humanidade.

Na pedra aparece à constelação de Órion, a via láctea, mensagens de um desastre mundial que virá no futuro, métodos para abrir portas mentais e viajar para mundos dimensionais, fórmulas matemáticas, equações e muitas outras coisas impactantes.

Quem deixou escrito há 6 mil anos tal conhecimento nesta pedra? Como é possível que eles soubessem tudo isso no passado?


A Pedra de Ingá está localizada no município do Ingá, na Paraíba – Brasil. 

sábado, março 18, 2023

Maria Mandel - A besta de Auschwitz

 



Maria Mandel A besta de Auschwitz - As mulheres geralmente são reconhecidas como criaturas mais sentimentais em relação aos homens, mas as que fizeram parte do nazismo alemão, essa coisa foi desmitificada, pois as mulheres dos grupos que comandavam os campos de concentração eram cruéis ao extremo.

Maria Mandel era uma dessas guardas de campo que tinha como prazer, de acordo com testemunhas, se colocar em frente ao portão de entrada de Birkenau, esperando para ver se algum prisioneiro se virava para olhá-la; quem o fizesse, era sumariamente executado.

Nascida na Áustria na cidade de Munzkirchem no dia 10 de janeiro de 1912, foi uma notória guarda feminina com alta patente na SS nazista. Serviu no campo de extermínio de Auschuitz-Birkenau, na Polônia, diretamente responsável pela morte de mais de 500 mil mulheres judias, ciganas e prisioneiras políticas.

A besta de Auschwitz como era conhecida foi para o campo de Ravensbrück em 1939. Era um campo recém-construído nos arredores de Berlim. Impressionou rapidamente seus superiores com seu trabalho e foi promovida a SS-Oberaufseherin (Supervisora Sênior). 

Supervisionava as chamadas diárias de prisioneiros, as tarefas dos guardas comuns e prescrevia punições como chicotadas e espancamentos.

Sua transferência para o campo de Auschwitz na Polônia aconteceu em 7 de outubro de 1942 onde foi promovida a Líder de Campo um cargo que só lhe deixava abaixo do comandante do campo que era Rudolf Hob. 

De lá ela diretamente controlou todos os campos e subcampos de mulheres de Auschwitz, era absolutos seu poder sobre as prisioneiras e suas subordinadas. 

Mandel era afinada com outra mulher muito cruel de nome Irma Grese a quem promoveu a chefe do campo de judias húngaras em Auschwitz-Birkenau que era anexo do complexo de extermínio de Auschwitz.  

Em Auschwitz, era conhecida como A Besta e pelos dois anos seguintes encarregou-se de selecionar prisioneiros para as câmaras de gás e outras atrocidades. 

Frequentemente escolhia alguns prisioneiros para lhe servirem de mascotes, animais de estimação, mantendo-os fora das câmaras até se cansar deles e os enviar para a morte; também foi testemunhado sobre ela, seu especial prazer em selecionar as crianças que deveriam ser executadas; foi ela quem criou a famosa orquestra 

Feminina de Auschwitz, formada por prisioneiras, que acompanhava as chamadas diárias, execuções, seleções e transportes. Assinou ordens enviando um número estimado de 500 mil mulheres e crianças para as câmaras dos campos de Auschwitz I e II.

Maria Mandel foi enviada para o sub-campo de Muhldorf em novembro de 1944, no complexo de Dachau, onde ficou até maio de 1945, quando deixou o campo com à aproximação dos Aliados e fugiu pelas montanhas do sul da Baviera para sua cidade natal de Munzkirchen, na Áustria.

Em 10 de agosto de 1945, ela foi presa na sua terra natal pelos norte-americanos e, após diversos interrogatórios onde ficou constatado a sua inteligência e dedicação ao trabalho nos campos, foi devolvida à Polônia.

Em novembro de 1947, após passar dois anos em custódia dos Aliados, foi julgada por crimes contra a humanidade numa corte de Cracóvia e sentenciada à morte. Foi enforcada em 24 de janeiro de 1948, aos 36 anos de idade.