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quarta-feira, março 15, 2023

Toulouse-Lautrec Monfa


 Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa

 

 O Monstro de gênio. Deformado fisicamente, o grande pintor da bela epoque parisiense, tinha uma sensibilidade que o levou a pintura, ao amor e a morte.

Não conseguiu ser amado por nenhuma mulher, mas assim insistiu e obteve a amizade de muitas, principalmente nos bordeis em que praticamente vivia. Seu sofrimento, suas humilhações e suas angustias geraram, no entanto, um dos maiores pintores de todos os tempos.

 ***

Quando nasceu, a 24 de novembro de 1864, em Albi (sul da França), o Conde Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa, era um menino encantador. Primeiro filho do casal, cresceu cercado de carinho.

Feliz, querido e belo, Henri tinha o apelido familiar de (Petit Bijou) joiazinha. Como toda criança, ele tinha a curiosidade de saber o desenvolvimento do seu crescimento físico, o que era muito lento, contudo, vivia contente.

Seu calvário ia começar aos 14 anos. No dia 30 de maio de 1878, ele adoeceu em Albi. Enfraquecido pela febre, reclinado em uma cadeira de acento baixo, tenta levantar-se apoiado numa bengala que se quebra.

O rapaz vai ao chão e não consegue levantar-se; fratura o fêmur direito. O acidente a princípio, não tem gravidade, mas o caso se complica. Os médicos não conseguem reduzir a fratura.

Aos 15 anos, irremediavelmente aleijado, Petit Bijou converte-se num pequeno monstro de um metro e cinquenta de altura. É quase normal da cintura para cima, mas os braços e pernas extremamente curtos e finos não desenvolvem o que o obrigara a andar para sempre, apoiado a uma bengala.

A doença toma aspecto ainda mais assustador: suas feições tornam-se pesadas, os lábios proeminentes, a cabeça enorme, o queixo fugidio, o nariz deformado lhe enchem o rosto. Ao falar, baba-se, enrola e come as silabas. 

Tem um aspecto grosseiro, do qual só escapa os olhos negros de extrema vivacidade: olhos que mais tarde iriam retratar genialmente para sempre a alegria e a miséria da nossa civilização urbana.  

Aos poucos, a arte substitui a vida normal que lhe falta. Pinta e desenha sem parar. Pinta para esquecer. “Se eu tivesse as pernas um pouco mais longas, jamais teria pintado” – diz ele.

Lautrec torna-se um renegado no seio da família, o pai e os parentes o esquecem. Apenas a mãe daí por diante, seria seu único apoio. Vai para Paris estudar arte, a Paris dos inúmeros cabarés, neles Lautrec faria seu lar, ao lado dos vagabundos e prostitutas.

Primeiro é olhado como um mostro, depois como uma curiosidade local, a seguir como um feio agradável. Os amigos adoram o seu senso de humor e finalmente o veneram como um gênio.

A arte para ele seria o trampolim que lhe daria o direito de viver entre os homens que não eram monstros. O álcool seria o veneno que o faria esquecer a falta de amor. “Como gostaria de encontrar uma mulher que tivesse um amante mais feio do que eu!” – dizia ele.

Amava sem esperança muitas mulheres, que apenas lhe retribuía amizade. Lautrec amou perdidamente a Jane Avril, uma dançarina melancólica, sonhadora, distante do mundo orgíaco em que vivia.

Ao amor dele, Jane respondia com uma doce amizade. Era triste ter por amizade, o que se queria ardentemente por amor. Lautrec pintava sarcasticamente sua própria tristeza e bebia sua angustia; refugiava-se nos bordéis como que obedecendo a um destino e dali saia suas mais belas obras.

Aos 30 anos de idade, suas forças começaram a declinar, os amigos preocupavam-se com seu alcoolismo permanente, mas não sabiam como ajudar. O fim se aproximava. Tanto para sua arte, como para sua vida. 

Sua mente povoava-se de pensamentos conturbados. Começava o delírio do fim. Chegava ao suicídio a tanto tempo procurado, embora exclamasse: - Como é bela a vida!

Em agosto de 1901, sofre um ataque de paralisia e é levado pela mãe para o castelo da família em MalroméO herdeiro dos Toulouse Lautrec, o Petit Bijou, o gnomo da pintura já não podia mais andar, amar, pintar ou comer. Estava surdo. Às vezes ria agudamente.

No enorme leito medieval, ocupava um lugar bem pequeno. O dia 20 de agosto é terrivelmente quente, as moscas invadem o quarto do agonizante que nem mesmo podia afastá-las com um gesto.

Ela chama em voz baixa: - Mamãe, mamãe, tenho medo. Mamãe, só você, ninguém mais. É tão imbecil morrer...

O conde Alphonse, seu pai, tenta fazer algo pelo filho na sua agonia. Por isso ajoelha-se aos pés do leito do filho e passa a caçar as moscas que voam importunas. Lautrec olha o na semi-penumbra do quarto e profere suas últimas palavras: - Velho patife!...   

Morre. Tinha 37 anos. Logo depois, a genial obra do conde Henri de Toulouse Lautrec, ultrapassava em fama, todos os feitos heroicos dos antepassados medievais de sua família “Os Toulouse Lautrec” que eram oriundos dos heróis das Cruzadas.  

As Mulheres


 

A noite de quarta-feira me achou no aeroporto, esperando por Íris. Sentei e fiquei olhando as mulheres. Nenhuma delas – só uma ou duas – era tão bonita quanto Íris.

Tinha algo errado comigo: eu pensava demais em sexo. Cada mulher que eu via, logo imaginava na cama do meu lado. Era um jeito interessante de matar o tempo num aeroporto.

Mulheres: gostava das cores de suas roupas; do jeito de elas andarem; da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina.

Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas.

Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar.

No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.

Charles Bukowski, Mulheres

Recordação

 

 

E tu esperas, aguardas a única coisa que aumentaria infinitamente a tua vida; o poderoso, o extraordinário, o despertar das pedras, os abismos com que te deparas.

Nas estantes brilham os volumes em castanho e ouro; e tu pensas em países viajados, em quadros, nas vestes de mulheres encontradas e já perdidas.

E então de súbito sabes: era isso.

Ergues-te e diante de te estão angústia e forma e oração de certo ano que passou.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"

terça-feira, março 14, 2023

O Padre Moderno

Sábado à noite, aquele padre moderninho resolve visitar um dos membros da paróquia. 

Assim que ele toca a campainha é recebido pelo anfitrião completamente nu e então percebe, através da gritaria, da música sensual e das risadas altas, que ele está dando uma festa nada convencional.  

- Entre, padre - convida o dono da casa.

- Estamos brincando de um joguinho muito interessante! Tá vendo aquelas garotas de olhos vendados? Pois elas têm de apalpar o peru dos homens, para descobrir a sua identidade. Vem brincar com a gente? É muito divertido!
- Desculpe, mas creio que aqui não é meu lugar!  

- Ora, padre! Deixa de cerimônias! O seu nome já foi citado três vezes nas tentativas de adivinhação!



Fidelidade


As pessoas realmente frívolas são as que só amam uma vez na vida. O que elas chamam lealdade ou fidelidade chamo eu letargia do hábito ou falta de imaginação.

A fidelidade representa na vida emocional o mesmo que a coerência na vida do intelecto, apenas uma confissão de impotência.

A fidelidade!

Tenho de analisá-la um destes dias.

Está intimamente associada à paixão da propriedade.

Há muitas coisas que atiraríamos fora se não receássemos que outros as apanhassem.
 
Oscar Wild - O Retrato de Dorian Gray 

O Retrato de Dorian Gray é um romance filosófico do escritor e dramaturgo Oscar Wilde. Publicado pela primeira vez como uma história periódica em julho de 1890 na revista mensal Lippincott’s Monthly Magazine, os editores temiam que a história fosse indecente, e sem o conhecimento de Wilde, suprimiram cinco centenas de palavras antes da publicação.

Apesar da censura, O Retrato de Dorian Gray ofendeu a sensibilidade moral dos críticos literários britânicos, alguns dos quais disseram que Oscar Wilde merecia ser acusado de violar as leis que protegiam a moralidade pública.

Em resposta, Wilde defendeu agressivamente seu romance e arte em correspondência com a imprensa britânica.

Wilde revisou e ampliou a edição de revista de O Retrato de Dorian Gray (1890) para uma publicação como um romance; a edição do livro (1891) que contou com um prefácio aforístico - uma apologia sobre a arte do romance e do leitor.

O conteúdo, estilo e apresentação do prefácio tornaram-se famosos em seu próprio direito literário, como crítica social e cultural. Em abril de 1891, a casa editorial Ward, Lock and Company publicou a versão revisada de O Retrato de Dorian Gray.

O único romance escrito por Wilde, O Retrato de Dorian Gray existe em duas versões, a edição de revista de 1890 e a edição do livro de 1891, da história que ele havia submetido para a publicação periódica na revista mensal Lippincott's Monthly Magazine

Conforme a literatura do século XIX, O Retrato de Dorian Gray é um exemplo de literatura gótica com fortes temas interpretados a partir do lendário Fausto.

Redes Sociais


   

As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia.

Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras.

As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.

(Zygmunt Bauman)

De acordo com Bauman, nos tempos atuais, as relações entre os indivíduos nas sociedades tendem a ser menos frequentes e menos duradouras.

Uma de suas frases poderia ser traduzida, na língua portuguesa, por "as relações escorrem pelo vão dos dedos".

Segundo o seu conceito de "relações líquidas", formulado, por exemplo, em Amor Líquido, as relações amorosas deixam de ter aspecto de união e passam a ser mero acúmulo de experiências, e a insegurança seria parte estrutural da constituição do sujeito pós-moderno, conforme escreve em Medo Líquido

Bauman é frequentemente descrito como um pessimista, na sua crítica à pós-modernidade. 

De fato, enquanto os cientistas, poetas e artistas da mainstream empenham-se na exaltação das virtudes do capitalismo, ele se insere na contracorrente, procurando expor a face desumana do capital. 

segunda-feira, março 13, 2023

O Muro de Berlim

O Muro de Berlim provocou estupidamente a separação de muitos milhares de famílias que ficaram isoladas pela construção. Era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista que tinham ordens de atirar para matar os que tentassem escapar, ninguém podia passar de um lado para o outro.

Faziam parte do muro 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de tráfego para ferozes cães de guarda. O Muro de Berlim foi uma barreira física construída pela Alemanha Oriental no período da Guerra Fria. Circundava toda Berlim Ocidental e era parte da fronteira interna alemã.

O muro simbolizava também, a divisão do mundo em dois blocos: República Federativa da Alemanha (RFA) constituída pelos países capitalistas tendo a frente os Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA) integrado pelos países comunistas sob o comando do regime soviético.

Cortina de Ferro

A distinta e mais longa fronteira interna alemã demarcavam a fronteira entre as Alemanhas (Oriental e Ocidental). As fronteiras passaram a simbolizar a chamada “cortina de ferro” entre a Europa Ocidental e o Bloco do Leste. Antes da construção do Muro, 3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do leste socialista e fugiram para Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental.

Durante sua existência, entre 1961 e 1989, o Muro quase parou todos os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de vinte e cinco anos.

Durante uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco do Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental capitalista e Berlim Ocidental.

Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o muro juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase toda a estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990.

Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.



 

 

Abraço de Judas



Todo presidiário tem dez minutinhos de sol, um recreio para banhar o rosto com a luminosidade da manhã.

Já quem é livre talvez passe 24h longe de um pátio, desprovido de um mísero contato com a luz do dia. Talvez não abra a janela, sequer levante as persianas, para olhar o azul do horizonte e criticar a temperatura dos relógios da rua.

Quem é livre age com culpa. Encarna-se na profissão como um condenado, debruçado a atender os múltiplos sinais do celular, laptop, iPad, televisão.
Sempre encontra um tempo para adiantar uma tarefa, mesmo que seja necessário abdicar do almoço, mas nunca abre frestas para se sentir no mundo.
Suas frases mais comuns são que não tem escolha; precisa se sustentar; há muito a fazer.

Aparentemente solto, está confinado na solitária do seu trabalho - e não percebe o valor de respirar a cerração, espirrar quando surge um vento mais gelado e descascar tangerinas no meio-fio solar, fugindo do lado das sombras.
Esquece que o centro tem praças, que as praças têm bancos, que nos bancos caem máscaras de oxigênio das árvores.

/Esquece o livre-arbítrio, envolvido na onipotência de desdenhar da vida.
Se fossemos samambaias, estaríamos mortos. Secos. Murchos. Somos vasos e demoramos a rachar. A longevidade não é saúde.

Até abraçar desaprendemos. Ninguém mais abraça com vontade. Com sinceridade de velório.

Odeio abraço falso, como aquele beijo de frígida, no qual a face bate na face e os lábios se transformam em beiço.

Abraço tem que ter pegada, jeito, curva. Aperto suave, que pode virar colo. Alento tenso, que pode virar despedida.

É pelo abraço que testo o caráter do outro. Não confio em quem logo dá tapinhas nas costas. A rapidez dos toques indica a maldade da criatura.

Não sou porta para bater. Nem madeira para espantar azar.

Abraço com toquinho é hipócrita. É abraço de Judas. De traidor. O sujeito mal encosta a pele e quer se afastar. Pede espaço porque não suporta os pecados dos pensamentos.

Devemos fechar os olhos no abraço, respirar a roupa do abraçado, descobrir o perfume e a demora no banho.

Abraço não pode ser rápido senão é empurrão. Requer cruzamento dos braços e uma demora do rosto no linho.

Abraço é para atravessar o nosso corpo. Ir para a margem oposta. Nadar para ilha e subir ao topo da pedra pela gratidão de sopro.

Sou adepto a inventar abraços. Criar abraços. Inaugurar abraços. Realizar um dicionário de abraços. Um idioma de abraços.

O meu é o de cadeira de balanço. Giro nas pontas dos pés. Não largo, os primeiros minutos são para sufocar, os demais servem para o enlaçado se recuperar do susto.

Não entendo onde terminará o abraço. Se a pessoa vai chorar ou vai rir. Abraço é confissão.

Dez minutinhos de sol e de liberdade.

Fabrício Carpinejar

Vai ser feliz



A gente vai ficando mais velho e acumula muitas perdas. Perde amigos, pai, mãe, cachorro e gato. Perde juventude, força, forma física e cabelo. Perde emprego, dinheiro, objetos.

Tudo envelhece, lá fora e aqui dentro de nós. Saudades se amontoam, recordações emocionam, músicas, livros e filmes nos remontam ao tempo bom que ficou lá atrás.

Sobram arrependimentos, inevitáveis e doloridos. Restam fotos envelhecidas, roupas que não cabem mais, bicicleta enferrujada, sapatos mofados e cartinhas da namorada.

O tempo traz a consciência de que despedidas, términos e fins são inevitáveis.

A morte já não fica distante e essa consciência nos força a entender que é necessário guardar no coração lembranças doces e especiais, para que elas nos ajudem nos momentos de angústia e de saudade.

Nossa memória nos ampara na travessia da vida, enquanto enfrentamos tudo o que tiver de ser, o bom e o ruim. O tempo traz conhecimentos, levando-nos a novas visões sobre o outro, sobre a vida, sobre o mundo.

A gente vai saindo cada vez mais do nosso eu, em direção a verdadeiros encontros com tudo o que tem de bom longe do nosso próprio umbigo. Paramos de focar somente no que queremos ter e começamos a nutrir mais gratidão por tudo o que já temos.

E, quanto mais cedo pudermos entender tudo isso, quanto mais cedo pudermos nos libertar do que faz mal, do que emperra e de pessoas que não nos acrescentam absolutamente nada de bom, mais e mais lembranças boas e sentimentos gostosos guardaremos em nossa alma.

Desapegue do que é pesado e triste, agarre-se ao que dá prazer e a quem chega junto com verdade.

Não se prenda, não se deixe prender, saia, saia muito. Até mesmo saia do sério. Saia é a moda do momento. Saia de ambientes pesados, de relacionamentos tóxicos, saia de perto de gente chata. Saia por aí e se divirta. Não tem erro. Vai ser feliz. Vai ser feliz agora!

Marcel Camargo

domingo, março 12, 2023

Nômade - Filme Patrocinado pelo Governo do Cazaquistão

Nômade - Filme Patrocinado pelo Governo do Cazaquistão - Nômade é um filme do Cazaquistão épico/histórico de 2006, escrito por Rustam Ibragimbekov, com produção executiva de Milos Forman e dirigido por Ivan Passer, Sergei Bodrov e Talgat Temenov.

Estreou em 16 de março de 2006 na América do Norte e foi distribuído pela The Weinstein Company.

Foi filmado em duas versões: em cazaque por Temenov, para distribuição no Cazaquistão, e em inglês por Passer e Bodrov para ser distribuído no resto do mundo.

O filme foi classificado como R para Violência pela MPAA. O governo do Cazaquistão investiu 40.000.000 dólares na produção do filme, tornando-o a produção mais cara já feita no país.

The Nomad é o registro oficial do Cazaquistão para Melhor Filme em Língua Estrangeira da 79th Academy Awards.

Sinopse

Cazaquistão, século XVIII. O povo está dividido em diversas tribos de nômades, que percorrem as imensas extensões de seu país. Mas a paz é frágil, e um inimigo comum começa extinguir essas tribos.

Uma velha vidente, mostrando a necessidade de unir os clãs, anuncia o nascimento de uma criança, Mansur, descendente do poderoso Gengis Khan.

Quando o inimigo toma conhecimento do poder desta criança, ele decide eliminá-la a todo custo. Somente a intervenção de Oraz, poderoso guerreiro poderá oferecer segurança à Mansur.

Um filme belíssimo sobre o destino de um guerreiro, sinônimo de esperança para seu povo.

Elenco

Kuno Becker como Mansur

Jay Hernandez como Erali

Jason Scott Lee como Oraz

Doskhan Zholzhaksynov como Galdan Ceron, o Sultão Jungar

Ayanat Ksenbai como Gaukhar

Mark Dacascos como Sharish




 

Depende de mim



Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso-me queixar dos meus pais por não me terem dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma...

Tudo só depende de mim."

Texto atribuído a Charles Chaplin

Edward Smith, Comodoro





Edward Smith, Comodoro - Smith tornou-se em 1904 o Comodoro da White Star Line, significando que sempre comandaria o maior navio da empresa, com cada embarcação comissionada sendo ainda mais imponente que a anterior. 

Seu primeiro comando na posição foi o RMS Baltic durante sua viagem inaugural em 29 de junho de 1904. 

Três anos depois em 8 de maio de 1907 assumiu o RMS Adriatic, navio irmão do Baltic. Smith fez uma declaração sobre sua carreira logo depois de chegar em Nova Iorque na viagem inaugural do Adriatic:

“Quando alguém me pergunta como melhor descrever minha experiência de quase quarenta anos no mar, eu simplesmente digo sem intercorrências. 

Claro que houve tempestades de inverno, vendavais, nevoeiros e coisas do tipo, porém em toda minha experiência nunca estive em qualquer tipo de acidente que vale a pena se falar a respeito. 

Apenas em uma ocasião vi uma embarcação em perigo em todos os meus anos no mar [...] eu nunca vi um naufrágio ou estive em um naufrágio, nem estive em qualquer situação que ameaçava acabar em um desastre de algum tipo. Perceba, eu não sou um bom material para uma história.”

Apesar desse comentário, Smith teve alguns incidentes em sua carreira. 

No comando do Coptic em 1889 o navio encalhou enquanto estava no Rio de Janeiro no Brasil, e vinte anos depois o mesmo problema ocorreu enquanto servia no Adriatic em Nova Iorque, porém nenhum desses incidentes tiveram consequências graves. Durante seu período no Adriatic ele acabou ganhando o apelido de "Rei da Tempestade".

Dentre seus muitos apelidos, o que mais se destacou foi "Comandante dos Milionários". Smith era muito apreciado no ambiente marítimo. 

Sua personalidade quieta, reconfortante e calma fizeram com que muitos passageiros ricos criassem uma grande afeição por ele, com alguns até se recusando a viajar se não estivesse no comando da embarcação. 

Muitos marinheiros e oficiais compartilhavam da mesma opinião e gostavam muito de trabalhar com o comandante. Charles Lightoller escreveu em suas memórias que o capitão sempre mantinha um tom de voz calmo e benevolente, mas mesmo assim carregado de autoridade. 

Ele mencionou particularmente a destreza com que Smith manobrava seus navios pelos canais do porto de Nova Iorque. 

Foi nessa época que Smith também se tornou o mais bem pago marinheiro de seu tempo, com um salário anual de 1.250 libras esterlinas (cerca de mais de seis mil libras em valores atuais), além de um bônus de duzentas libras por não-colisão. 

Em comparação, Henry Wilde, seu oficial chefe no Olympic e no Titanic, ganhava aproximadamente trezentas libras por ano.

Depois do Adriatic e seus irmãos, a White Star decidiu encomendar uma nova série de navios de proporções nunca antes vistas: a Classe Olympic. 

Como Comodoro da empresa, Smith comandaria cada um dos novos navios. Ele assumiu o comando do RMS Olympic em 21 de junho de 1911 para sua viagem inaugural. 

Antes da viagem o capitão visitou o rei Afonso XIII da Espanha, que gostou tanto dele que depois enviou pessoalmente uma carta de condolências a Eleanor Smith ao saber do naufrágio do Titanic

O sucesso da primeira viagem do Olympic foi maculado apenas por uma pequena colisão com um rebocador do porto de Nova Iorque.

O primeiro acidente grave da carreira de Smith ocorreu em 20 de setembro de 1911.

Olympic navegava pelo Solent na Ilha de Wight paralelo ao HMS Hawke da Marinha Real Britânica quando virou para o lado estibordo, surpreendendo o comandante do Hawke e deixando-o sem tempo hábil para reagir. 

A sucção das hélices do Olympic atraiu o Hawke que colidiu de proa com o lado estibordo da popa do navio de passageiros, abrindo dois enormes buracos acima e abaixo do casco do Olympic, fazendo com que dois de seus compartimentos fossem inundados e destruindo um dos eixos das hélices. 

Hawke sofreu danos graves em sua proa e quase emborcou. Apesar dos enormes danos, o Olympic conseguiu voltar por conta própria para Southampton. Os inquéritos sobre o acidente colocaram a responsabilidade no Olympic, porém Smith foi isento de qualquer culpa. 

O navio voltou para os estaleiros da Harland and Wolff em Belfast para reparos, voltando ao serviço em novembro; Smith continuou em seu comando até 30 de março de 1912, quando foi substituído pelo capitão Herbert Haddock.



O Baltic, primeiro Navio que Smith comandou como Comodoro