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terça-feira, fevereiro 21, 2023

O Primeiro Amor

 



Dizem que o primeiro amor é o mais importante. Isso é muito romântico, mas não é o meu caso.

Algo entre nós houve e não houve, se deu e se perdeu. Não me tremem as mãos quando encontro as pequenas lembranças e o maço de cartas atadas com barbante - se ao menos fosse uma fita.

Nosso único encontro, anos depois foi um diálogo de duas cadeiras junto a uma mesa fria. Outros amores ainda respiram profundamente em mim.

Este não tem fôlego para suspirar. E, no entanto, tal como é consegue o que os outros ainda não conseguem: deslembrando, nem sequer sonhado, me acostuma com a morte.

Wislawa Szymborska 

***

Conhecida como Wisława Szymborska, e o nome completo de Maria Wisława Anna Szymborska, nasceu em Kórnik no dia 2 de junho de 1923. Foi uma escritora polaca ganhadora do Prêmio Nobel na área de literatura em 1996. Poetisa, crítica literária e tradutora, viveu na Cracóvia, onde se formou em Filologia Polaca e Sociologia pela Universidade Jaguellonica.

A sua extensa obra, traduzida em 36 línguas, foi caracterizada pela Academia de Estocolmo como “uma poesia que, com precisão irónica, permite que o contexto histórico e biológico se manifeste em fragmentos da realidade humana”, tendo sido a poetisa definida, como “o Mozart da poesia”.

Maria Wisława Anna Szymborska era filha de Vincent Szymborski, feitor da propriedade do conde Władysław Zamoyski, e de Anna Maria Rottermund. Os pais dela mudaram-se para Zakopene em janeiro de 1923 por causa da organização dos bens locais do conde Zamoyski.

Depois da morte do conde acima referido em 1924, a família Szymborski mudou-se para Torun, onde Wisława frequentou a escola. Quando a Segunda Guerra Mundial rebentou, Wisława começou a trabalhar como funcionária dos caminhos-de-ferro para evitar a deportação para o território do Terceiro Reich.

Ao mesmo tempo, começou também a criar as primeiras ilustrações para livros (um manual para estudar inglês) e deu os primeiros passos na literatura (escrevia contos e raramente poemas). A partir de 1945 participou e constituiu uma parte importante na vida literária de Cracóvia e pertenceu ao grupo literário "Ao contrário".

Neste ano começou a sua formação em Filologia Polaca na Universidade Jaguelônica mas a seguir, mudou para Sociologia. Devido à sua situação financeira muito difícil, não terminou os estudos. Três anos depois casou-se com o poeta Adam Włodek, com quem continuou a sua vida em Cracóvia.

Viria a divorciar-se em 1954. Diz-se que o clima desta cidade e o ambiente único tiveram uma grande influência na produção literária. Desde 1957, colaborou com a revista "Kultura" (revista literária e política publicada em Paris por emigrantes polacos) e estabeleceu contato com Jerzy Giedroyc.

Até 1966 foi membro do Partido Comunista. Em 1975 assinou uma carta de protesto, a Carta dos 59 (carta assinada por 66 intelectuais polacos, no início 59 e daí o nome) em que os principais intelectuais da Polônia protestaram contra uma mudança na Constituição (sobre uma aliança com a União Soviética).

Em novembro de 2011, teve problemas com saúde e uma operação grave. Faleceu na Cracóvia no dia 1 de fevereiro de 2012, alguns meses depois durante o sono em sua casa. É a poetisa polaca traduzida com maior frequência. A sua extensa obra, traduzida em 42 línguas, é definida como "a perfeição de palavra".

É criticada pela sua atitude em relação aos primeiros anos da República Popular da Polônia. Durante o estalinismo, foi ligada aos "Pryszczaci" (Borbulhentos), um grupo de jovens escritores polacos dos finais da década de 40 e início da de 50, propagadores do realismo socialista. Eles achavam que o principal objetivo da literatura é apoiar o poder em impor o regime comunista à sociedade polaca.

Impuro


 Nosso amor é impuro como impura é a luz e a água e tudo quanto nasce e vive além do tempo.

Minhas pernas são água, as tuas são luz e dão a volta ao universo quando se enlaçam até se tornarem desertos e escuros.

E eu sofro de te abraçar depois de te abraçar para não sofrer.

E toco-te para deixares de ter corpo e o meu corpo nasce quando se extingue no teu.

E respiro em ti para me sufocar e espreito em tua claridade para me cegar, meu Sol vertido em Lua, minha noite alvorecida.

Tu me bebes e eu me converto na tua sede. Meus lábios mordem, meus dentes beijam, minha pele te veste e ficas ainda mais despida.

Pudesse eu ser tu e em tua saudade ser a minha própria espera. Mas eu deito-me em teu leito quando apenas queria dormir em ti.

E sonho-te quando ansiava ser um sonho teu e levito, voo de semente, para em mim mesmo te plantar menos que flor: simples perfume, lembrança de pétala sem chão onde tombar.

Teus olhos inundando os meus e a minha vida, já sem leito, vai galgando margens até tudo ser mar. Esse mar que só há depois do mar.

Mia Couto 

segunda-feira, fevereiro 20, 2023

Caminho da Vida


 

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin - O Grande Ditador (1940)

Alegria e a Tristeza


Nossa alegria é nossa tristeza desmascarada. E o mesmo poço que dá nascimento ao nosso riso foi muitas vezes preenchido com nossas lágrimas.

E como poderia não ser assim? Quanto mais profundamente à tristeza cravar suas garras em nosso ser, tanto mais alegrias poderemos contar.

Não é a taça em que bebemos nosso vinho a mesma que foi queimada no forno da cerâmica? E não é a lira que acaricia nossas almas a própria madeira que foi entalhada à faca?

Quando estiveres alegre, olhai no fundo de seu coração, e acharás que o que te deu tristeza é aquilo mesmo que está te dando alegria.

E quando estiveres triste, olhai novamente no teu coração e verás que, na verdade, estás chorando por aquilo mesmo que constituiu seu deleite. 

Alguns entre nós dizemos: “A alegria é maior que a tristeza,” e outros dizem: “Não, a tristeza é maior” Eu, porém, te digo que elas são inseparáveis.

Vêm sempre juntas; e quando uma está sentada à nossa mesa lembrai-vos de que a outra dorme em nossa cama. Em verdade, estamos suspensos como os pratos de uma balança entre nossa tristeza e nossa alegria.

E somente quando estão vazios que estão em equilíbrio. Quando o guarda do tesouro nos suspende para pesar seu ouro e sua prata, então deve a nossa alegria ou a nossa tristeza subir ou descer.

Khalil Gibran

A verdadeira Bíblia





Por milhares de anos o homem vem escrevendo a verdadeira Bíblia – está sendo escrita dia a dia, e nunca será terminada enquanto o homem tiver vida.

Todos os fatos que conhecemos – os eventos verdadeiramente ocorridos; todas as descobertas e invenções; todas as maravilhosas máquinas cujas engrenagens parecem ter vida própria; todos os poemas; todas as joias do intelecto; todas as flores do coração; todas as canções de amor – as tristes e as alegres; os grandes dramas da imaginação; as admiráveis pinturas – verdadeiros milagres da forma e da cor, da luz e da sombra; as maravilhosas esculturas que parecem respirar; os segredos contados pelas rochas e pelas estrelas, pelo pó e pelas flores, pela chuva e pela neve, pelo frio e pelo fogo, pelas correntes de ar e pela areia do deserto, pela altura das montanhas e pelas ondas do mar.

Toda a sabedoria que prolonga e enobrece a vida, que previne e cura doenças, que conquista a dor; todas as leis perfeitas e justas que guiam e modelam nossas vidas; todos os pensamentos que alimentam as chamas do amor; a música que transfigura, arrebata e enfeitiça; as vitórias do coração e da mente; os milagres que mãos construíram; as sábias e hábeis mãos daqueles que trabalharam por suas esposas e filhos; as histórias sobre feitos nobres, sobre homens bravos e produtivos, sobre o amor de esposas leais, sobre o amor incondicional das mães, sobre os conflitos em nome da justiça, sobre os sacrifícios em nome da verdade, sobre tudo de melhor que os homens e mulheres do mundo disseram, pensaram e fizeram através dos anos.

Estes tesouros do coração e do intelecto são as verdadeiras Sagradas Escrituras da raça humana.

Robert G. Ingersoll

domingo, fevereiro 19, 2023

Visões de Givago


A felicidade solitária não é felicidade. O homem nasceu para viver e não para se preparar para viver. Quando você não pode ver dentro da alma de alguém, tente ir embora e então ela volta.

Todas as mães, sem exceção, deram à luz grandes homens e se a vida as enganou em seguida, delas não foi a culpa.

Os detentores do poder ficam tão ansiosos por estabelecer o mito de que são infalíveis que se esforçam ao máximo para ignorar a verdade.

Também a vida é só um instante, apenas um dissolver-se, de nós mesmos nos outros, como um dom que se faz. Apenas um rumor de bodas que, debaixo, irrompe pelas janelas. Nada além de um canto, um sonho, uma pomba azul-cinzentada.

A arte serve a beleza, e a beleza é a felicidade de possuir uma forma, e a forma é a chave orgânica da existência; tudo o que vive deve possuir uma forma para poder existir, e, portanto, a arte, mesmo a trágica, conta a felicidade da existência.

Temos de descobrir segurança dentro de nós próprios. Durante o curto espaço de tempo da nossa vida precisamos encontrar o nosso próprio critério de relações com a existência em que participamos tão transitoriamente...

Boris Pasternak

Leandro - Da Dupla Leandro e Leonardo

Leandro - Da Dupla Leandro e Leonardo - Luiz José Costa nasceu em Goianápolis em 15 de agosto de 1961. Conhecido como Leandro, foi um cantor e compositor brasileiro, que formou dupla com seu irmão Emival Eterno Costa, o Leonardo.

Filho de Avelino Virgulino da Costa e Carmem Divina Eterno da Silva, morou com os pais e mais oito irmãos na roça, onde estudou até o ensino fundamental. 

Desde criança, Leandro ajudava os pais numa pequena plantação de tomates e jilós. Mas aquela profissão nunca agradou o sertanejo.

O primeiro emprego de Leandro, junto com o irmão mais novo Emival Eterno Costa, o Leonardo, foi no mercado central de Goiânia, como vendedor de sapatos e engraxate, durante a época de natal. 

Até que Leandro percebeu sua vocação para a música, e chegou a ser vocalista de uma banda chamada "Os Dominantes", que fazia covers de músicas dos Beatles e de Roberto Carlos.

A dupla nasceu em 1983, depois que Leonardo que trabalhava como balconista da Farmácia São Benedito, em Goiânia, foi demitido. Depois de ser boia-fria, Leonardo foi trabalhar como entregador de remédio. 

Foi promovido, mas não durou dez dias na nova função. Leonardo receitou um remédio errado para uma cliente que tinha micose. Foi despedido e, junto com seu irmão, resolveu formar a dupla.

No começo dos anos 1980, os irmãos levaram suas violas a pequenos bares de Goianápolis e outras pequenas cidades de Goiás. Mas a dupla só nasceu comercialmente depois que chegou aos ouvidos dos diretores da gravadora Continental. 

Eles ficaram impressionados com uma fita mal gravada com uma música de apenas três acordes.

Era a canção “Entre Tapas e Beijos”, que se transformaria em grande sucesso. O nome da dupla foi inspirado em filhos gêmeos de um amigo dos dois irmãos goianos. Com o nome de Leandro e Leonardo, os sertanejos começaram a batalhar no concorrido mercado da música.

Eles mostravam um ritmo sertanejo diferente da antiga moda de viola, que acabou sendo chamado de "sertanejo moderno". Em 1986, a dupla lançou o primeiro disco, que trazia a música "Contradições". 

O álbum não chegou a emplacar, mas vendeu a razoável quantia de 38 mil cópias. Mas foi em 1989 que Leandro e Leonardo viraram estrelas.

Com a música "Entre Tapas e Beijos", do terceiro álbum, os sertanejos venderam um milhão e 300 mil cópias. Leandro fez parte dos apresentadores do programa Amigos da Rede Globo, juntamente com Zezé de Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, e seu irmão, Leonardo.

O sucesso era tão grande que, no início dos anos 1990, os ex plantadores de Goiás foram recebidos na casa do então presidente Fernando Collor de Mello para um show particular. Além das apresentações na Casa da Dinda, Leandro e Leonardo, fizeram shows no Palácio do Planalto.

O quarto álbum, que vendeu quase três milhões de cópias, confirmou a consagração dos astros com o sucesso "Pense em Mim", que marcaria para sempre a dupla sertaneja. 

Foi a primeira vez que uma dupla sertaneja alcançou essa marca de vendagem. Leandro, responsável pela segunda voz da dupla, nunca negou que sua música se afastava da tradição sertaneja.

Com a renda dos shows e dos discos, Leandro tornou-se um empresário agressivo e bem-sucedido. Formou um patrimônio sólido. Era dono de duas fazendas no estado de Tocantins e de uma fazenda e uma chácara em Goiás. No total, possuía cerca de quatro mil alqueires de terra, nos quais criava seis mil cabeças de gado.

Além disso, tinha vários imóveis em Goiânia, entre eles um prédio de três andares que chegou a hospedar um shopping center e um terreno de quinze alqueires dentro da cidade, próximo ao aeroporto. 

O grosso dos rendimentos do cantor vinha dos cachês de shows da dupla, que oscilavam entre 35 mil e cinquenta mil reais por apresentação. As várias campanhas publicitárias que Leandro & Leonardo protagonizaram também renderam um bom dinheiro.



Doença e morte

Foi durante uma pescaria, numa de suas fazendas no estado do Tocantins, em 19 de abril de 1998, que a vida de Leandro começou a mudar. 

No momento em que puxava o molinete de sua vara de pescar, ele sentiu uma dor aguda nas costas. Voltou para São Paulo, onde iria passar o feriado de 21 de abril com amigos, num sítio no município de Cotia, a 25 quilômetros da capital.

Após ser encontrado desmaiado enquanto tomava banho, foi levado ao hospital da cidade para tirar uma radiografia do tórax. 

O diagnóstico foi divulgado no dia 27 de abril, durante entrevista coletiva no hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo. Na radiografia, apareceu uma mancha sobre o pulmão direito, do tamanho de uma laranja.

Era o primeiro indício do diagnóstico que seria confirmado cerca de duas semanas depois, no dia 8 de maio, por médicos no hospital da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos, onde foi detectado que seu tumor era maligno e se desenvolveu em seu tórax.

O cantor goiano sofria de um tipo de câncer de pulmão raríssimo, conhecido por tumor de Askin, localizado no seu pulmão direito. Na ocasião, o cirurgião torácico do hospital São Luiz, Alli Esgaib, disse que as dores não estavam relacionadas ao tumor. 

O tumor cresceu de forma extremamente rápida, comprometendo o coração e os pulmões, afetando brônquios, veias e também as artérias do coração.

No dia 18 de maio, Leandro passou por duas cirurgias, além de reiniciar a terceira etapa do tratamento quimioterápico. Leandro foi submetido à colocação de uma prótese, chamada stent, no interior da veia cava superior (que leva o sangue venoso da cabeça ao coração), que estava sendo comprimida pelo tumor.

Depois, ele passou por uma "embolização", para obstruir algumas artérias que alimentam o tumor no sangue. Fontes do Hospital São Luiz revelaram que não houve metástase, ou seja, o tumor não se espalhou por outros órgãos do cantor.

No dia 8 de junho, Leandro fez sua última aparição pública. Na varanda do apartamento, já sem os cabelos por causa da quimioterapia, o cantor acenou para os fãs enrolado em uma bandeira verde e amarela para torcer pela Seleção Brasileira na Copo do Mundo daquele ano..

Uma semana depois, no dia 15 de junho, o cantor sofreu uma parada cardiorrespiratória em seu apartamento no Itaim Bibi, zona sudoeste de São Paulo, e foi levado às pressas para a UTI do Hospital São Luiz, onde permaneceu sedado e respirando com a ajuda de aparelhos.

Leandro morreu às 0h10 de 23 de junho de 1998, com falência múltipla dos órgãos, segundo médicos do Hospital São Luiz. O corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde mais de 25 mil fãs compareceram para dar o último adeus ao cantor.

Políticos, como o então Vice-presidente da Republica Marco Maciel, o senador Eduardo Suplicy, e o então e o então Prefeito de São Paulo Celso Pitta compareceram ao velório. Personalidades como Padre Antonio Maria, Carla Perez, Hebe Camargo e muitos outros famosos.

Em Goiânia, onde foi sepultado, o corpo de Leandro foi levado ao Cemitério Parque Jardim das Palmeiras, acompanhado por um cortejo de 150 mil pessoas. 

Estima-se que lá, sessenta mil delas passaram em frente do caixão do cantor durante o velório. Leandro recebeu honras do governador do Estado quando seu caixão foi carregado por cadetes do Exército até o túmulo.

A comoção pela morte foi tamanha que a cobertura de seu funeral foi priorizada pelas emissoras televisivas Globo, Bandeirantes, SBT, Manchete e Record em detrimento de uma partida da Copa do Mundo daquele ano, entre França e Dinamarca. 

A Record sequer exibiu esse jogo, enquanto as demais transmitiram somente o segundo tempo. A morte de Leandro também foi noticiada pelo principal jornal dos estados Unidos, The New York Times.




sábado, fevereiro 18, 2023

A Caverna Veryovkina

A Caverna Veryovkina, o ponto mais próximo do centro da Terra.

Um dos sonhos mais acalentados de Júlio Verne, publicado em seu romance "Viagem ao Centro da Terra" de 1864, era entrar no interior da Terra.

Embora a Caverna Veryovkina não nos leve a tais profundidades, ela nos permite chegar o mais perto possível do centro do planeta.

A Caverna Veryovkina, com cerca de 2.212 metros de profundidade, é a caverna mais profunda do mundo. Está localizado na passagem entre as montanhas Krepost e Zont, na região da Abkhazia, um estado autodeclarado independente que é oficialmente considerado parte da Geórgia.

Em 1968, a caverna foi descoberta por espeleólogos da cidade de Krasnoyarsk, que conseguiram atingir uma profundidade de 115 metros. Já em 1986 um novo grupo de Moscou e liderado por Oleg Parfenov, conseguiu atingir a considerável profundidade de 440 metros.

Desde 2015, uma série de novas incursões do grupo Perovo-Speleo determinou que a caverna foi mais profunda alcançando novas e melhores marcas repetidamente até atingir o recorde de 2212 metros em março de 2018 e registrar um sistema de túneis subterrâneos de mais de 6000 metros


 

Água x Cerveja

O pastor evangélico discute com um bêbado:

- Você sabia que cerveja é um veneno?

- Bobagem! Hic... A água já matou muito mais gente!

- O quê!? Você ficou maluco?

- Não. Você sabe quantas pessoas morreram no dilúvio?


Isso é amor ou vai levando pra matar em casa?


Acredite no amor!


 

Em junho de 2013, poucos dias antes do dia dos namorados, minha namorada terminou comigo. Eu fiquei sem entender. Voltei pra casa e durante todo o caminho me perguntava: “Por quê?”.

A única coisa que vinha na minha cabeça era a voz dela dizendo: “Eu amo você”. Eu passei um mês sofrendo procurando respostas para o que estava acontecendo.

Um dia, entrei no quarto do meu pai chorando e perguntei: - Pai, ela dizia que me amava. Então, por que ela terminou comigo?

Ele respondeu: - Meu filho, quando alguém entra na sua vida e depois de algum tempo vai embora, pode ser qualquer coisa menos amor.

Eu disse: - Não dá para entender. Um dia, existe amor e no outro tudo acabou.

Ele respondeu: - Você nunca vai superar seus traumas se continuar procurando no amor uma lógica. Construa uma nova história.

Eu perguntei: - E de onde vem essa força pra começar algo novo?

Ele respondeu: - Não se preocupe com isso todo começo vem de um final.

Uma semana depois, meu pai foi diagnosticado com uma doença rara e degenerativa que iria matá-lo em alguns dias.

Minha mãe não o abandonou. Ela ficou. Meu pai saia toda sexta para comer pizza com dois irmãos. Quando ele parou de andar, meus tios começaram a trazer a pizza aqui em casa.

Eles diziam:  - Sem o seu pai, não tem graça.

E ficavam a noite inteira dando gargalhadas. Hoje, meu pai não consegue mais comer. Mesmo assim, toda sexta meus tios passam aqui em casa.

Meu pai estudou em Ouro Preto-MG. Na formatura ele combinou com três amigos de se encontrarem de cinco em cinco anos. Este ano, meu pai não pode ir porque ele não anda mais. Os amigos dele saíram do interior de Minas e vieram até aqui em casa.

Todo formando tem uma foto pregada na parede na república que estudou. Os amigos do meu pai trouxeram a foto dos quatro. Pregaram a foto de cada um na parede do quarto e disseram: - Agora, a nossa república é a sua casa. E combinaram que daqui cinco anos estariam de volta.

Meu pai chorou. Meus pais completaram 47 anos de casados dia 2 de junho. Eles sempre dançaram nesse dia. Meu pai não consegue mais se levantar. Minha mãe entrou no quarto e colocou a música que eles dançavam.

Ela disse: - Meu filho, traz a cadeira de rodas.

Eu perguntei: “O que você vai fazer?

Ela respondeu: - Vou fazer o que seu pai faria por mim.

Eu busquei a cadeira de rodas. Minha mãe colocou meu pai na cadeira. Ela ajoelhou ao lado dele e disse: - Vamos dançar.

Abraçou meu pai e fez a cadeira girar. Ela ficou ajoelhada a música toda. Meu pai chorava e ria ao mesmo tempo. Eles ficaram ali dançando e se divertindo. Eu voltei pro meu quarto chorando. Abri o notebook e resolvi escrever esse texto.

Porque eu vejo o mundo distorcendo ou complicando demais o amor. Um monte de gente dizendo fique com alguém que faz isso, que faz aquilo, que te de isso, que não sei o que mais.

Esse monte de regras e exigências são coisas criadas pela cabeça. E, meu velho, não sei se você sabe, mas o amor é criado pelo coração. O resto é ilusão. Então, acredite. O amor, amor completo é quando você quer o outro sempre perto. Só isso. Acredite no Amor! 

A/D

sexta-feira, fevereiro 17, 2023

O credo psiquiátrico

Não se pode conceber algo que condicione o ser humano a ponto de deixá-lo sem a menor liberdade. 

Por isso um resíduo de liberdade, por mais limitado que seja ainda resta à pessoa em caso de neurose ou mesmo de psicose.

Na verdade, o mais íntimo cerne da personalidade de um paciente nem é tocado pela psicose.

Um indivíduo incuravelmente psicótico pode perder sua utilidade, mas conservar a dignidade de um ser humano. 

Este é meu credo psiquiátrico. Sem ele, para mim não valeria a pena ser psiquiatra. Por amor a quem? 

Simplesmente por amor a uma máquina cerebral danificada, que não pode ser consertada?

Se o paciente não fosse categoricamente algo mais do que isso, a eutanásia estaria justificada.

Viktor Frankl




O Homem - Pierre Proudhon


 

Pierre-Joseph Proudhon nasceu em Besançon, França no dia 15 de janeiro de 1809. Foi um filósofo político e economista francês, foi membro do Parlamento Francês e primeiro grande ideólogo anarquista da história para o anarquismo do Século XIX. 

É considerado um dos mais influentes teóricos e escritores do anarquismo, sendo também o primeiro a se autoproclamar anarquista, até então um termo considerado pejorativo entre os revolucionários e foi o líder intelectual dos anarquistas norte-americanos naquele século, além de ser o primeiro assumidamente anarquista da história. 

Foi ainda em vida chamado de socialista utópico por Marx e seus seguidores, rótulo sobre o qual jamais se reconheceu. Após a revolução de 1848 passou a se denominar federalista.

Proudhon foi também tipógrafo aprendendo por conta própria o idioma latino para imprimir melhor livros nesta língua. Sua afirmação mais conhecida Propriedade do Roubo, está presente em seu primeiro e maior trabalho, O que é a Propriedade? Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo (Qu'est-ce que la propriété? Recherche sur le principe du droit et du gouvernement), publicado em 1840.

A publicação do livro atraiu a atenção das autoridades francesas. Atraiu também o interesse de Karl Marx, que começou a se corresponder com seu autor. Os dois influenciaram-se mutuamente: encontraram-se em Paris por ocasião do exílio de Marx.

A amizade de ambos finalmente chegou ao fim quando Marx respondeu ao seu texto (Sistema de contradições econômica ou Filosofia da miséria) com outro provocadoramente intitulado Miséria da Filosofia.

A disputa tornou-se uma das origens da divisão entre as alas marxistas e anarquistas nos encontros da Associação Internacional dos Trabalhadores. Alguns, como Edmund Wilson, argumentam que o ataque de Marx a Proudhon tem sua origem na defesa prévia do segundo de Karl Grun, o qual Marx abertamente detestava e que havia sido o autor de traduções do trabalho de Proudhon para diversos idiomas.

Favoreceu as associações dos trabalhadores ou cooperativas, bem como a propriedade coletiva dos trabalhadores da cidade e do campo em relação aos meios de produção, em contraposição à nacionalização da terra e dos espaços de trabalho. Ele considerava que a revolução social poderia ser alcançada através de formas pacíficas.

Proudhon também tentaria criar um banco operário, semelhante em alguns aspectos, às atuais cooperativas de crédito que beneficiaria os trabalhadores com empréstimos sem juros. Mal lograda a tentativa, a ideia seria apropriada por capitalistas e acionistas que incorporariam imposição de juros em seus empréstimos.

"A vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha."

Pierre Proudhon

Proudhon faleceu em Passy, Paris em 19 de janeiro de 1865.