Não se pode conceber algo que condicione o ser humano a ponto de deixá-lo sem a menor liberdade.
Por isso um resíduo de liberdade, por mais limitado que seja ainda
resta à pessoa em caso de neurose ou mesmo de psicose.
Na
verdade, o mais íntimo cerne da personalidade de um paciente nem é tocado pela
psicose.
Um indivíduo incuravelmente psicótico pode perder sua utilidade, mas conservar a dignidade de um ser humano.
Este é meu credo psiquiátrico. Sem ele, para mim não valeria a pena ser psiquiatra. Por amor a quem?
Simplesmente por amor a uma
máquina cerebral danificada, que não pode ser consertada?
Se o
paciente não fosse categoricamente algo mais do que isso, a eutanásia estaria
justificada.
Viktor Frankl
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