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segunda-feira, janeiro 23, 2023

Crônica da Loucura

 



Com o corre-corre, o trabalho intenso e as alucinações que o cansaço mental causa, às vezes têm as mesmas premunições erradas que esse cidadão. Nunca vi coisa igual.

 O melhor da Terapia é ficar observando os colegas loucos.

Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito e o que cuida do louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra. Sim, somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou.

Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto, acabei diante de um louco, contando as minhas loucuras acumuladas. Confesso que estou adorando estar louco semanal.

O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e ficar observando os meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a minha terapia é uma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco.

Ninguém olha para ninguém. O silêncio é uma loucura. E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou palmeirenses.

Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo, criativo. E a sala de espera de um “consultório médico”, como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu.

Senão, vejamos:

Na última quarta-feira, estávamos:

Eu;

Um crioulinho muito bem vestido;

Um senhor de uns cinquenta anos e uma velha gorda.

Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles. Não foi difícil, porque eu já partia do princípio que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão cabisbaixos e ensimesmados.

O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o nosso, deve ter contribuído muito para levá-lo até aquela poltrona de vime. Deve gostar de uma loura, e os pais dela não aprovam o namoro e não conseguiu entrar como sócio do “Harmonia do Samba”. Notei que o tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele era triste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele trazia uma mala. Podia ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça.

Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso. Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas furtivas para dentro da mala assassina.

E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos? Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha um pequeno tique no olho esquerdo.

Corno, na certa. E manso. Corno manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roia as unhas. Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as lágrimas quando ele assuou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra.

Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter dividas astronômicas. Homossexual? Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles. Tingido.

Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda imensa. Como sofria. Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que era esse o problema dela?

Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar. Imaginei, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara também de quem mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse.

Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista.

Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera.

Ele ri... Ri muito, o meu psicanalista, e diz:

- O Ditinho é o nosso office-boy.

- O de terno preto é representante de um laboratório multinacional de remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades.

- E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.

- "E você, não vai ter alta tão cedo..."

  Luiz Fernando Veríssimo.

domingo, janeiro 22, 2023

Álibi


Tudo se esquece, até mesmo os grandes amores. É o que há de triste e ao mesmo tempo de exaltante na vida. 

Há apenas uma certa maneira de ver as coisas, e ela surge de vez em quando. 

É por isso que, apesar de tudo, é bom ter tido um grande amor, uma paixão infeliz na vida.

Isso constitui pelo menos um álibi para os desesperos sem razão que se apoderam de nós.

Albert Camus

Linguagem do Mudo

A mudinha entra em uma mercearia e faz mímica com as mãos: mostra dois dedos em V e depois pega nos seios.

O balconista entende que ela quer dois litros de leite. Acertou em cheio!

Um dia o funcionário ficou doente e o dono do estabelecimento teve que contratar outro, advertindo-o do modo especial que a cliente muda tinha de se expressar.

- Sem problema - disse o novo balconista.

No dia seguinte, a mudinha foi comprar dois litros de leite e fez a mímica tradicional.

O novo balconista responde com uma mímica também: pega nos testículos e sopra a mão.

O dono do mercadinho viu a cena e ficou desesperado:

- Rapaz... que imoralidade é essa? Você não entendeu que ela está querendo dois litros de leite?!?!?

- Claro, senhor. Mas estou querendo saber se é leite de saco ou em pó...





A Violência

 


A ideia de que a cidade grande modifica o homem, para pior, é uma das crenças modernas mais difundidas. As grandes concentrações urbanas tornam mais evidente o que sempre existiu nele, nascido no egocentrismo comum e conservado na ignorância da própria realidade.

O relacionamento interpessoal mais estreito e frequente produz no habitante dos centros populosos uma concentração de experiências que torna agudos os problemas individuais.

Aquilo que num meio mais rarefeito seria dissolvido, ali reforça as características e agrava seus males. O homem é colocado com dramática insistência diante do espelho das ações alheias, onde vê a todo instante sua própria ação e suas contradições.

O aumento da tensão decorre dessa efervescência em espaço limitado, com o individual e o coletivo influenciando-se reciprocamente, e elevando a temperatura até o espasmo da violência. Culpar o grande aglomerado é tão frívolo quanto responsabilizar a febre pela enfermidade.

A inflação, a fome, as desigualdades sociais interferem muito na vida de uma coletividade, mas influem pouco na eclosão de um surto de violência, ou no crescimento aparentemente repentino da criminalidade.

A menos que a explicação seja usada como denúncia de efeito político, não há por que dar ênfase a esses fatores na busca de entendimento para a questão. Nem sempre, onde os desequilíbrios sociais são mais evidentes, a violência é maior.

Melhor será examinar outros aspectos, embora reconhecendo que aquela concepção tosca satisfaz perfeitamente os que querem qualquer explicação e que por natureza são menos exigentes. 

O problema da violência não pode ser compreendido à luz das grandes crises, através do noticiário policial, do ângulo das estatísticas, ou qualquer coisa do gênero. Não é a grande violência que interessa, mas a pequenina, disfarçada no dia-a-dia, na ação e no pensamento do homem que se considera pacífico.

Talvez aí esteja tudo o que precisamos saber sobre a brutalidade que ganha as páginas dos jornais e pinta um quadro terrível das grandes cidades. Os assaltos planejados, os sequestros bem premeditados, a liquidação de criminosos por bandos particulares, são culminâncias.

O que precisa ser conhecido, sem desculpas ou atenuantes, é resto do iceberg, mal dissimulado no cotidiano do homem comum, no motorista que dirige a caminho do emprego, no funcionário que atende por trás de um balcão, no cidadão anônimo que defende a pena de morte numa entrevista apressada de rua, na mulher que arrasta o filho pequeno numa calçada cheia de gente.

Esse conhecimento não pode ser começado de fora para dentro. É preciso iniciar na raiz, na câmara escura que está escondida de todas as aparências do mundo. Cada homem terá de começar a descobrir a sua violência, a única que está a seu alcance.

A tendência para observar os problemas "fora de nós" é quase irresistível, e a razão disso é óbvia: estamos absolvidos, nada temos a fazer, nosso estimado ego está a salvo.

No caso da responsabilidade pela violência crescente nas grandes cidades, é flagrante a infantilidade dos que teimam em ver a solução dependendo "dos outros", de uma revolução, da reforma urbana, da adoção de determinado regime político, da conversão a uma nova corrente, etc.

Como as crianças às vezes fazem, pomos a culpa em alguma coisa alheia a nós. O adequado seria deixar de lado a ideia de culpa, antes de qualquer coisa, depois descobrir em que medida estamos também envolvidos nisso censuramos e que modo somos o que queremos rejeitar.

Isso não é nada filosófico, metafísico ou místico, é um fato simples que pode ser verificado. Nossas preocupações com a sociedade não chegam a ser sinceras e não há nada a fazer exceto constatar como nos enganamos com tudo isso, todo o tempo.

O envolvimento de cada homem no processo cultural da violência varia de acordo com sua submissão às pressões da moda, aos valores vigentes. O regime político, a organização econômica tem pouca importância no caso. Sob qualquer sistema, somos mais ou menos envolvidos, conforme nossa capacidade de ver, ouvir, entender.

A violência escondida no homem comum - às vezes naquele que se considera um pacifista - é bem mais reveladora do processo geral da violência do que qualquer outra coisa.

A descoberta das nossas limitações nos outros é especialmente desagradável, mas, por outro lado, é aliviadora. A revelação incômoda de que, afinal, somos como todo mundo, e temos em nós o vilão e o herói, é comumente superficial.

De fato, só é desconfortável porque passa muito por cima os fatos. Se penetrasse um pouco mais em sua crosta, faria uma constatação pura e simples, sem qualquer conotação pessoal ou impressão subjetiva.

Vemos claramente a violência, desde que não seja em nós. Se desconfiarmos que está em nós, culpamos logo a sociedade, o sistema, a cidade grande, as provocações que sofremos.

Depois, temos olhos somente para os grandes eventos, para os acontecimentos maiores - a culminância de um processo que começou pequenino e vive em nós residualmente. A violência dos nossos pensamentos, desejos, disfarces, ambições, anseios, é da mesma essência daquela que ganha os títulos dos jornais de sensação.

Os livros que lemos, a TV e o cinema com que nos divertimos, os comentários que fazemos, o futebol que nos distrai, a maneira como negociamos e o modo como nos relacionamos com os mais humildes, estão impregnados da violência que nas suas manifestações mais visíveis e concentradas nos parece tão repulsiva.

Henry David Thoreau escreveu uma vez que "ver-se a si mesmo é tão difícil quanto olhar para trás sem virar a cabeça". Talvez seja necessário apenas dar uma meia volta completa.

          Luiz Carlos Lisboa - O Som do Silêncio 

sábado, janeiro 21, 2023

Dona de mim


Dona de mim era a outra, a que me entranhava a estranha larva no meu ventre.

Dona de mim era a bárbara, a forasteira, aquela primeira entre tantas que me desnudaram.

Dona de mim era a outra a que uivava silêncios à lua a que não se sabia crua, cria das estrelas.

Dona de mim era tua pura mão e tua haste vermelha, a ruga, a olheira a castidade dos teus olhos no meu dorso flor-de-laranjeira."

Poema de Lazara Papandrea - Fotografia de Ario Stories

Fratura engraçada...

Um jogador de futebol aparece no pronto socorro com o pé todo quebrado, estourado, mas dando gargalhadas.

O médico que vai atendê-lo estranha a situação e pergunta:
- Meu amigo, você está louco? O seu pé aí todo torto e você rindo?

- Sabe o que é Doutor? - Disse ele, tentando segurar o riso - A gente estava jogando contra o time dos Destruidores Sanguinários, lá no campo do bairro... O pessoal desse time é barra pesada e começou a sacanear com a gente! – disse o cara segurando o pé. 

- Aí teve uma hora que eu fui bater escanteio e um jogador deles trocou a bola por uma pedra quando todo mundo estava distraído, Doutor... Aí eu fui com tudo e chutei, né! Olha só no que deu!

- É, estou vendo! - Respondeu o médico - Mas então, você tá rindo de quê?

- Do zagueiro deles que tirou a pedra da área com uma cabeçada!




A Vida é uma Mulher!



Para ver a beleza última de uma obra não bastam todo o saber e toda a disposição; os mais raros e felizes acasos são necessários, para que o véu de nuvens se afaste uma vez desses cumes e nós os vejamos refulgir ao Sol. 

Não apenas devemos estar no lugar certo para presenciar isso: nossa alma teve de arrancar ela própria o véu de suas alturas e necessitar de uma expressão e símbolo exterior, como que para ter um ponto de apoio e continuar senhora de si. 

Mas é tão raro que tudo isto suceda ao mesmo tempo, que me inclino a crer que as maiores alturas de tudo o que é bom, um ato, a humanidade, a natureza, permaneceram algo oculto e velado para a maioria e mesmo para os melhores dos seres humanos até hoje:- o que se revela para nós, no entanto, revela-se apenas uma vez! - Os gregos bem que rezavam: “Duas e três vezes tudo o que é belo!”. 

Ah, eles tinham aí uma boa razão pra evocar os deuses, pois a profana realidade não nos dá o belo, ou o dá somente uma vez! 

Quero dizer que o mundo é pleno de coisas belas, e, contudo pobre, muito pobre de belos instantes e revelações de tais coisas. 

Mas talvez esteja nisso o mais forte encanto da vida: há sobre ela, entretecido de ouro, um véu de belas possibilidades, cheio de promessa, resistência, pudor, desdém, compaixão, sedução.

Sim, a vida é uma mulher!

Friedrich Nietzsche

sexta-feira, janeiro 20, 2023

Yul Brynner e Suas Curiosidades



 

Yul Brynner e Suas Curiosidades - Yul Brynner nasceu em Vladivostok cidade da Federação Russa no dia 11 de julho de 1920, foi um ator russo-americano.

Devido à sua ascendência mongol passou a se denominar Taidje Khan. Brynner era filho do inventor e cônsul suíço na Rússia Boris Brynner e Marussia Blagowidowa.

Depois que seu pai deixou a família na década de 1930, passou a infância entre Pequim e Paris, chegando a estudar Filosofia na Sorbonne. Em 1941, chegou aos Estados Unidos para estudar teatro. Oito anos depois estreou no cinema com o filme Port of New York.

Raspou a cabeça em 1951 quando foi convidado a representar o rei de Sião no musical da Broadway O Rei e Eu, peça que representou durante trinta anos. Anos depois ele ganhou o Oscar de melhor ator pela sua atuação no filme O Rei e Eu, baseado no mesmo espetáculo. Nos anos 70 ele retomaria o personagem em uma série de televisão.

Estrelou várias produções de sucesso entre as quais podem ser citadas: Os Dez MandamentosSete Homens e um DestinoAnastácia, a Princesa EsquecidaOs Irmãos KaramazovTaras Bulba e O Farol do Fim do Mundo.

Casou quatro vezes e teve quatro filhos. Faleceu vítima de um câncer no pulmão, no mesmo dia em que faleceu o ator Orson Welles em Nova York no dia 10 de outubro de 1985.



Curiosidades de Yul Brynner

Nasceu na Rússia. Iniciou a carreira de ator na França, e falava francês fluentemente.

Confessou em entrevista que quando falava de cinema com a esposa francesa, eles falavam em inglês, mas quando era sobre arte, falavam em francês.

Em 1951, Brynner fez o teste para o papel do Rei em O Rei e Eu e conseguiu. Não é exagero dizer, neste ponto, que o resto é história.

Brynner acabou atuando como o Rei 4.625 vezes - o que inclui apresentações na Broadway, apresentações em turnê e revivals em 1977, 1979 e 1985. É bastante seguro presumir que ele nunca esqueceu suas falas.

Quando a Twentieth Century Fox estava se preparando para fazer uma versão cinematográfica de O Rei e Eu, é claro que eles se voltaram para Brynner.

Ele já havia ganhado um Tony por sua interpretação, então eles teriam sido loucos em não o escalar aqui. Brynner não decepcionou. Em 1956, ele recebeu o Oscar de Melhor Ator por seu papel.

É raro um ator ganhar um Tony e um Oscar por interpretar o mesmo papel. Brynner é uma das apenas 10 pessoas a fazer isso.

Além do Oscar e do Tony, havia outro fator diferenciador no papel de Brynner como rei: seu penteado. Ou, na verdade, a falta de um.

Na década de 1950, os homens que sofriam de calvície masculina faziam exatamente isso: sofriam. A cabeça raspada de Brynner em O rei e eu deixei a América saber que careca era linda. Também se tornou a marca registrada de Brynner.

Ele se casou com Doris Kleiner no set do filme The Magnificent Seven.

Embora se casar no set de The Magnificent Seven possa ter sido especial, a experiência de Brynner lá não foi. Ele estava tendo problemas com sua co-estrela Steve McQueen.

McQueen estava com raiva porque Brynner tinha mais falas do que ele, então o diretor teve que prometer a McQueen que pelo menos estaria na câmera mais do que Brynner.

Isso pareceu acalmar McQueen - pelo menos até que eles começaram a atirar.

Em janeiro de 1985, enquanto morria de câncer de pulmão, ele insistiu em filmar um comercial de televisão, aconselhando a todos: "Agora que eu me for, digo a vocês para não fumarem..."

O comercial teve um profundo efeito sobre o público, desde que foi lançado após sua morte. Sua decisão de compartilhar o que o matou lhe rendeu toda uma nova geração de fãs que o respeitavam e admiravam por esse gesto inesquecível. 

 

Gratidão



Pela amizade que você me devota, por meus defeitos que você nem nota. Por meus valores que você aumenta, por minha fé que você alimenta.

Por esta paz que nós nos transmitimos, por este pão de amor que repartimos. Pelo silêncio que diz quase tudo, por este olhar que me reprova mudo. Pela pureza dos seus sentimentos, pela presença em todos os momentos. Por ser presente, mesmo quando ausente, por ser feliz quando me vê contente.

Por este olhar que diz: “Amigo, vá em frente!” Por ficar triste, quando estou tristonho, por rir comigo quando estou risonho.

Por repreender-me, quando estou errado, por meu segredo, sempre bem guardado. Por seu segredo, que só eu conheço, e por achar que apenas eu mereço.

Por me apontar o caminho a todo o instante, por esse amor fraterno tão constante. Gratidão a mãe TERRA que nos da à semente.

Autor Desconhecido

Carl Sagan

Carl Edward Sagan foi um notável cientista, professor, astrônomo e biólogo. Autor de mais de 600 publicações e de mais de 20 livros de ciência e ficção científica, é considerado o cientista americano mais influente do século XX. 

Sua contribuição foi imprescindível para o desenvolvimento de programas espaciais da NASA – National Aeronautics and Space Administration (Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica).

Carl Sagan nasceu na cidade de Nova York no dia 9 de novembro de 1934, descendente de uma família de judeus ucranianos. 

Seu pai era operário e sua mãe dona de casa. Desde a infância demonstrava curiosidade pela natureza e interesse em leitura. Com apenas cinco anos de idade visitou pela primeira vez uma biblioteca pública em busca de livros sobre as estrelas. 

Concluiu seus estudos secundários em Nova Jersey e depois frequentou a Universidade de Chicago, graduando-se em Artes e em Ciências no ano de 1955. Fez mestrado em Física no ano seguinte e concluiu o doutorado em Astronomia e Astrofísica em 1960.

Na sequência trabalhou em laboratórios e no Observatório Astrofísico Smithsonian em Cambridge, Massachusetts. Paralelamente lecionou e pesquisou na Universidade de Harvard até 1968, quando passou a administrar o laboratório de pesquisas planetárias da Universidade Cornell em Ithaca, Nova York. 

Foi lá que Sagan aprofundou-se nos conceitos da exobiologia, pesquisando a existência de vida extraterrestre e formulando diversas experiências com aparelhos que captavam sinais do Cosmos. 

Em 1971 foi nomeado professor titular e diretor do laboratório de estudos planetários. De 1972 a 1981 foi diretor associado ao Centro de Radiofísica e Investigação Espacial de Cornell.

Vinculado desde a década de 1950 ao programa espacial da NASA, Carl Sagan contribuiu com seus conhecimentos durante a realização de muitos feitos históricos. 

Assessorou os astronautas que participaram da missão Apollo 11 antes de irem à Lua em 1969, liderou expedições que enviavam naves para investigar o Sistema Solar, criou a primeira mensagem física enviada ao espaço em uma placa anodizada acoplada a sonda espacial Pionner em 1972. 

Estimulou a busca de vestígios da existência de vida em outros planetas e esteve presente em diversos cargos de destaque nos órgãos encarregados das pesquisas sobre o Cosmos.

Mostrou que Titã, uma das luas de Saturno, possuía oceanos de compostos líquidos. Apontou que em uma das luas de Júpiter, chamada Europa, poderiam existir oceanos subterrâneos de água, possibilitando a existência de vida.

Era considerado um intelectual brilhante e sua capacidade de transmitir ideias científicas complexas aos leigos era notável. 

Dentro de sua abrangente obra, algumas conquistaram o grande público: o livro “Cosmos” foi adaptado para a TV na forma de série vencedora do Emmy em 1981, “Os Dragões do Éden” conquistou o Prêmio Pulitzer de Literatura em 1978 e o romance de ficção cientifica “Contato” virou filme em 1997 fazendo muito sucesso.

Aos 60 anos Sagan foi diagnosticado com mielodisplasia, um câncer raro na medula óssea. Recebeu três transplantes de sua irmã e fez tratamento durante dois anos. 

Faleceu no dia 20 de dezembro de 1996 de pneumonia derivada da doença, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson em Seattle, Estados Unidos.

Seu último livro, “Bilhões e Bilhões” foi lançado no ano seguinte por Ann Druyan, sua esposa e assessora. Até seu falecimento, Carl Sagan continuava ministrando o curso de Pensamento Crítico na Universidade Cornell.

Desde 2009 diversas organizações em prol do humanismo promovem a comemoração do “Carl Sagans’s Day”, celebrado em 9 de novembro de todo ano em vários países. 

Como forma de inspiração, o intuito é organizar eventos de astronomia, feiras de ciências, visitas ao plenário, palestras e promover demais temáticas ligadas ao universo científico.




quinta-feira, janeiro 19, 2023

Endinheirado



A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produzem ricos.

Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos, mas de endinheirados.

Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.

Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Por que, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.

Mia Couto