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sexta-feira, setembro 16, 2022

Jesus Voltando


Jesus Voltando - Quando o século XV dava lugar ao XVI, Jesus voltou. Reapareceu na Espanha, nas ruas de Sevilha.

Nenhuma fanfarra saudou seu advento, nem coros de anjos, nem espetáculos sobrenaturais, nem extravagantes fenômenos meteorológicos.

Ao contrário, ele chegou "de mansinho" e "sem ser visto". No entanto, vários passantes o reconheceram, sentiram uma irresistível atração para ele, cercaram-no, amontoaram-se à sua volta, seguiram-no.

“Jesus andou com toda modéstia entre eles, um suave sorriso de inefável misericórdia” nos lábios, estendeu-lhes as mãos, concedeu-lhes sua bênção; e um velho na multidão, cego de infância, milagrosamente recuperou o dom da visão.

A multidão chorou e beijou o chão a seus pés, enquanto crianças jogavam flores à sua frente, cantavam e erguiam as vozes em hosanas.

 Nos degraus da catedral, um préstito em prantos conduzia para dentro um caixãozinho aberto.

Em seu interior, quase escondida pelas flores, jazia uma criança de sete anos, filha única de um cidadão importante.

Exortada pela multidão, a mãe enlutada voltou-se para o recém-chegado e implorou-lhe que trouxesse de volta à vida a menina morta.

O cortejo fúnebre parou, e o caixão foi deposto aos pés dele nos degraus da catedral.

 - Levanta-te, donzela! Ele ordenou em voz baixa, e a menina logo se pôs sentada, olhando em volta e sorrindo, os olhos arregalados de espanto, ainda a segurar o buquê de rosas brancas que fora colocado em suas mãos.

 Esse milagre foi testemunhado pelo cardeal e Grande Inquisidor da cidade, quando passava com seu séquito de guarda-costas “um velho”, de quase noventa anos, alto e empertigado de estatura, com uma cara enrugada e olhos muito fundos, nos quais, no entanto, ardia ainda um brilho de luz.

Tal era o terror que ele inspirava que a multidão, apesar das circunstâncias extraordinárias, caiu em deferente silêncio e abriu-se para dar-lhe passagem.

Tampouco alguém ousou interferir quando, por ordem do velho prelado, o recém-chegado foi sumariamente preso pelos guarda-costas e levado para a prisão.

Esta é a abertura da Parábola do Grande Inquisidor, de Feodor Dostoievski, uma narrativa mais ou menos independente, de vinte e cinco páginas, embutida nas oitocentas e tantas de Os Irmãos Karamazov, romance publicado pela primeira vez em fascículos numa revista de Moscou em 1879 e 1880.

O verdadeiro significado da parábola está no que vem depois do dramático prelúdio. Pois o leitor espera, claro, que o Grande Inquisidor fique devidamente horrorizado ao saber da verdadeira identidade do seu prisioneiro. Não é isso, porém, que acontece.

Quando ele visita Jesus na cela, está claro que sabe muitíssimo bem quem é o prisioneiro; mas esse conhecimento não o detém.

Durante o prolongado debate filosófico que se segue, o velho permanece inflexível em sua posição. Nas escrituras, Jesus é tentado pelo demônio no deserto com a perspectiva de poder, autoridade.

Desde que Os Irmãos Karamazov foi publicado e traduzido, o Grande Inquisidor de Dostoievski gravou-se em nossa consciência como a imagem e a encarnação definitivas da Inquisição.

Podemos compreender o agônico dilema do velho prelado. Podemos admirar a complexidade de seu caráter.

Podemos até mesmo respeitá-lo pelo martírio pessoal que está disposto a aceitar, sua autocondenação à perdição, em nome de uma instituição que considera maior que ele próprio.

Também podemos respeitar seu realismo secular e a compreensão brutalmente cínica por trás dele, a sabedoria mundana que reconhece o mecanismo e a dinâmica do poder mundano.

Alguns de nós bem podem se perguntar se - estando na posição dele e com suas responsabilidades não seriam impelidos a agir como ele.

Mas apesar de toda tolerância, da compreensão, talvez da simpatia e perdão que consigamos angariar para esse homem, não podemos escapar à consciência de que ele é, por qualquer padrão moral honesto, intrinsecamente mau e que a instituição que representa é culpada de uma monstruosa hipocrisia.

Até onde é exato, representativo, o retrato pintado por Dostoievski? Em que medida a figura na parábola reflete com justeza a instituição histórica real?

E se a Inquisição, personificada pelo velho prelado de Dostoievski, pode de fato ser equiparada ao demônio, em que medida pode essa equiparação ser estendida à Igreja como um todo?

Para a maioria das pessoas hoje, qualquer menção à Inquisição sugere a Inquisição da Espanha. Ao buscar uma instituição que refletisse a Igreja Católica como um todo, também Dostoievski invocou a Inquisição na Espanha.

Mas a Inquisição, como existiu na Espanha e em Portugal, foi única desses países e tinha de prestar contas, na verdade, pelo menos tanto à Coroa quanto à Igreja.

Isso não pretende sugerir que a Inquisição não existiu e atuou em outras partes. Existiu e atuou, sim.

Mas a Inquisição papal ou romana como foi conhecida a princípio informalmente, depois oficialmente diferiu daquela da Península Ibérica.

Ao contrário de suas correspondentes ibéricas, a papal ou romana não tinha de prestar contas a nenhum potentado secular.

Atuando por toda a maior parte do resto da Europa, só tinha aliança com a Igreja. Criada no início do século treze, pré-datou a Inquisição espanhola em cerca de 250 anos.

Também durou mais que as correspondentes ibéricas. Enquanto a Inquisição na Espanha e Portugal se achava extinta na terceira década do século dezenove, a papal ou romana sobreviveu.

Existe e continua ativamente em função até mesmo hoje. Mas o faz sob um nome novo, menos emotivo e estigmatizado.

Com seu atual título desinfetado de Congregação para a Doutrina da Fé, ainda desempenha um papel de destaque na vida de milhões de católicos por todo o globo.

Seria um erro, porém, identificar a Inquisição com a Igreja como um todo. Não são a mesma instituição. Por mais importante que a Inquisição tenha sido, e continue a ser no mundo do catolicismo romano, permanece apenas como um aspecto da Igreja.

Houve e ainda há muitos outros aspectos, que nem todos merecem o mesmo opróbrio. Este livro é sobre a Inquisição em suas várias formas, como existiu no passado e existe hoje. Se ela surge sob uma luz dúbia, essa luz não precisa necessariamente estender-se à Igreja em geral.

Em sua origem, a Inquisição foi produto de um mundo brutal, insensível e ignorante. Assim, o que não surpreende, foi ela própria brutal, insensível e ignorante. E não o foi mais do que inúmeras outras instituições da época, espirituais e temporais.

Tanto quanto essas outras instituições fazem parte de nossa herança coletiva. Não podemos, portanto, simplesmente repudiá-la e descartá-la. Devemos enfrentá-la, reconhecê-la, tentar compreendê-la em todos os seus excessos e preconceitos, e depois integrá-la numa nova totalidade.

Meramente lavar as mãos em relação a ela equivale a negar alguma coisa em nós mesmos, em nossa evolução e desenvolvimento como civilização uma forma, na verdade, de automutilação.

Não podemos ter a presunção de emitir julgamento sobre o passado segundo critérios do que é politicamente correto em nosso tempo. Se tentarmos fazer isso, descobriremos que todo o passado é culpado. Então ficaremos apenas com o presente como base para nossas hierarquias de valor; e quaisquer que sejam os valores que abracemos, poucos de nós serão tolos o bastante para louvar o presente como algum tipo de ideal último.

Muitos dos piores excessos do passado foram causados por indivíduos que agiam com o que, segundo o conhecimento e moral da época, julgavam as melhores e mais dignas das intenções.

Seria precipitado imaginar como infalíveis nossas próprias intenções dignas. Seria precipitado imaginar essas intenções incapazes de produzir consequências desastrosas como aquelas pelas quais condenamos nossos antecessores.

A Inquisição às vezes cínica e venal, às vezes maniacamente fanática em suas intenções supostamente louváveis na verdade pode ter sido tão brutal quanto a época que a gerou.

Deve-se repetir, no entanto, que não pode ser equiparada à Igreja como um todo.

E mesmo durante seus períodos de mais raivosa ferocidade, a Inquisição foi obrigada a lutar com outras faces, mais humanas, da Igreja com as ordens monásticas mais esclarecidas, com ordens de frades como a dos franciscanos, com milhares de padres, abades, bispos e prelados individuais de categoria superior, que tentavam sinceramente praticar as virtudes tradicionalmente associadas ao cristianismo.

E não se deve esquecer a energia criativa que a Igreja inspirou na música, pintura, escultura e arquitetura que representa um contraponto para as fogueiras e câmaras de tortura da Inquisição.

No último terço do século dezenove, a Igreja foi obrigada a abrir mão dos últimos vestígios de seu antigo poder secular e político. Para compensar essa perda, buscou consolidar seu poder espiritual e psicológico, exercer um controle mais rigoroso sobre os corações e mentes dos fiéis.

Em consequência disso, o papado se tornou cada vez mais centralizado; e a Inquisição se tornou cada vez mais a voz definitiva do papado. É nessa condição que “re-rotulada de Congregação para a Doutrina da Fé funciona hoje”.

Mas mesmo agora, a Inquisição não impõe de todo a sua vontade. Na verdade, sua posição é cada vez mais assediada, à medida que católicos em todo o mundo adquirem o conhecimento, a sofisticação e a coragem de questionar a autoridade de seus pronunciamentos inflexíveis.

Certamente que houve e, pode-se bem dizer, ainda há Inquisidores dos quais a parábola de Dostoievski oferece um retrato preciso. Em alguns lugares e épocas, esses indivíduos podem de fato ter sido representantes da Inquisição como instituição. Isso, porém, não faz deles necessariamente uma acusação à doutrina cristã que em seu zelo buscaram propagar.

Quanto à própria Inquisição, os leitores deste livro bem podem constatar que foi uma instituição ao mesmo tempo melhor e pior que a descrita na parábola de Dostoievski.

Michael Baigent e Richard Leigh – A Inquisição

quinta-feira, setembro 15, 2022

Rogério Cardoso - O Rolando Lero da Escolinha do Professor Raimundo

Rogério Cardoso - O Rolando Lero da Escolinha do Professor Raimundo - Rogério Cardoso Furtado nasceu em Mococa, São Paulo no dia 7 de março de 1937. Foi um ator, comediante e compositor.

Começou sua carreira em 1952 no rádio, atuando como contrarregra. Antes disso, estudou odontologia, mas interrompeu os estudos para seguir na carreira artística. Estreou em 1958 no teatro e ao todo chegou a fazer mais de quarenta peças.

A carreira televisiva teve início em 1963 na Excelsior, onde participou dos programas humorísticos A Cidade se Diverte, Moacyr Franco Show e Times Square. Na Record, fez A Praça da Alegria. É também lembrado, por, em 1969, ter estrelado um comercial cômico da Volkswagen Variant.

Rogério formou-se em Direito em 1983 e seguiu fazendo comédia, principalmente na televisão. Com seus personagens sempre cômicos e marcantes, conseguiu conquistar o gosto do público. Entre eles, se destacou com o estudante Rolando Lero do programa Escolinha do Professor Raimundo (do famoso bordão "Captei Vossa Mensagem Amado Guru!") liderado por Chico Anysio, na Globo. Sendo este o personagem mais marcante de sua carreira.

Seu outro grande personagem de sucesso foi o "Salgadinho", na telenovela Explode Coração. O êxito o motivou a tentar carreira na política, elegendo-se vereador pelo PFL do Rio de Janeiro, em 1996. Rogério foi eleito como suplente e veio a assumir o mandato em 1999, ficando dois anos como vereador. Em sua curta carreira na política, realizou projetos sobre questões relacionadas à primeira infância.

Apesar da longa carreira na televisão e no teatro, Rogério só veio a atuar no cinema no final da década de 1990. Entre os filmes que atuou, esteve como Padre João em O Auto da Compadecida, grande sucesso do cinema brasileiro.

No início dos anos 2000, atuava ao lado da atriz Nair Bello no programa Zorra Total, onde interpretava o personagem Epitáfio, e aparecia toda semana na TV com o personagem Seu Flor, no programa A Grande Família, um dos mais tradicionais da Rede Globo. Foram seus últimos trabalhos na televisão.

Rogério Cardoso também se destacou como compositor, um dos seus sucessos é a música Pequeno Mundo, versão brasileira da música It’s a Small Word da Disney.

Rogério Cardoso morreu na manhã do dia 24 de julho de 2003, em sua casa no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, aos 66 anos. Ele teria sofrido um infarto fulminante. Por coincidência, ele faleceu numa quinta-feira, mesmo dia em que era exibido o seriado A Grande Família, onde fazia o Seu Flor. Em homenagem ao ator, o programa reprisou no dia um episódio em que Rogério Cardoso se destacou. Foi enterrado no Cemitério Municipal de sua cidade natal, Mococa.



 

Era - Divano

Era é um projeto musical criado pelo francês Eric Levi, antes membro do grupo de glam rock Shakin Street.

Suas músicas, geralmente cantadas em língua imaginário parecida com o latim, misturam música clássica, ópera e canto gregoriano com outros estilos contemporâneos. Músicas em inglês foram ganhando espaço a cada álbum, e no CD, Reborn, há também faixas cantadas em árabe.

O primeiro álbum teve grande sucesso comercial. A música Mother foi usada na trilha sonora do filme Alta Velocidade (2001), de Sylvester Stallone. E na Austrália, a música Ameno foi usada na campanha "The Power of Yes" (O Poder do Sim) da Optus Telecommunications. Ele também conta com algumas faixas que foram compostas por Eric Levi antes do surgimento da banda e que foram utilizadas na trilha sonora do filme Les Visiteurs, de 1993.

Muitas vezes a banda, que já vendeu mais de 4 milhões de copias na França e 12 milhões ao redor do mundo, apresenta vestes e armas da Idade Médianos seus concertos.

O universo visual de Era é o complemento de sua inspiração musical, utilizando sinais e sentimentos próximos aos religiosos, explorando uma dimensão universal, um universo de emoções, espirituais e místicas.

Seu estilo pode ser descrito como new age e pode ser considerado similar ao de artistas como Enigma, Gregorian, Deep Forest e Enya.

Alguns componentes da banda são cátaros e católicos, e no clipe da música Enae Volare Mezzo percebemos forte influência mística do catarismo.

Ao ser estabelecido o programa de história e de francês (respectivamente a Idade Média e o  estudo de um romance medieval) dos alunos do segundo ano do ensino secundário na França, o estudo das músicas de Era foi incluído no currículo dos cursos de música.     

 




A Criação do Universo


                 

A criação como está definida na bíblia sagrada me parece uma coisa muito comum e fantasiosa, sem nexo e poucos argumentos cientifico.

Nesse vazio existente antes da criação em que situação estava Deus quando criou o dia e a noite, o imenso Universo, a própria Terra?

Tudo isso tem a ver com a também, criação do paraíso e o inferno. Se você acreditar que o Universo foi cunhado dessa forma, também vai crer que se não for bonzinho aqui na terra estará condenado ao fogo eterno.

Essa ideia mágica da constituição do Universo, dos mares, da luz, das trevas, dos animais e finalmente do ser humano, deixa transparecer que foi assim que se caracterizou a arte de se fazer desenho animado e a profissão dos mágicos.

Eu prefiro acreditar que formação universal se tenha dado pelos meios da lenta evolução, da transformação.

Já ouvi alguém dizer que se houve evolução por qual motivo não vemos hoje algo diferente acontecendo?

Isso não é verdade, às vezes nos deparamos com alguma coisa desconhecida. Seres vivos e fenômenos que nunca foram catalogados. Coisas que a ciência desconhece e que a partir de estudos revelaram sua verdadeira origem

Contamos ainda com a exterminação dos dinossauros, pois sem o desaparecimento deles, a vida humana e de muitos outros seres vivos, teria sido impossível de evoluir.

Não consigo acreditar que se possa criar alguma coisa do nada.

Quando foi acontecer o suposto dilúvio que iria pôr fim a humanidade pecadora, por qual motivo deus ordenou a Noé que pegasse um casal de cada ser vivo para preservação.

Ora, se ele criou tudo misteriosamente, seria mais simples e menos atribulado, acabar com tudo e depois criar novamente, e não impor um desmesurado esforço a um homem de catar todos esses animais.

Acho mais sensata à explicação científica da formação de todas as coisas, mesmo com muitas interrogações, muitas dúvidas, do que as afirmações bíblicas.

 Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay

Contradições


 

Cada vez mais eu fico com um pé atrás de quem lê a bíblia e acredita no que ela diz.

Não posso acreditar que tudo aquilo seja verdade.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher. (Gênesis 1:26,27)

Aí vem aquele menino maluquinho Kim Jong-un com cara de leitão obeso, que escraviza seu povo, que mandou assassinar seu próprio irmão e dizem que mandou matar um tio. Agora vive a intrometer-se com outros povos e que está poderá proporcionar uma guerra nuclear.

Essa criatura pode se incluir nessas de que é a imagem e perfeição de deus?

Em Mateus 10:34 Jesus diz:” Não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada”. Se Cristo é o “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6), por que fez esta declaração? 

Assim está mais de acordo. É assim que vejo os ensinamentos da bíblia. Puro estímulo a violência!

quarta-feira, setembro 14, 2022

Henri Charrière - O Papillon

 



 

Henri Charrière nasceu em Saint-Étienne-de-Lugdarés, Ardèche – França no dia 16 de novembro de 1906, foi um escritor francês, considerado autor do famoso livro Papillon, posteriormente transformado em filme em 1973.

Foi um ex-militar da Marinha Francesa, transformou-se em vagabundo e aplicava pequenos golpes em Paris, por volta dos anos 1930.

Foi condenado injustamente à pena de prisão perpétua pelo assassinato de um cafetão e mandado para o exílio na Guiana Francesa, mais especificamente a Ilha do Diabo, onde conheceu outros personagens os quais participaram de seu livro lançado nos anos 1960.

Juventude

Charrière tinha duas irmãs mais velhas. Sua mãe morreu quando ele tinha 10 anos. Aos 17 em 1923, ele se alistou na Marinha da França e serviu por dois anos. Depois disso, ele se tornou um membro do submundo de Paris. Mais tarde, ele se casou e teve uma filha.

Prisão

A versão de sua vida apresentada em seu romance semibiográficoPapillon, afirmava que Charrière foi condenado em 26 de outubro de 1931 pelo assassinato de um cafetão chamado Roland Le Petit, uma acusação que ele negou veementemente.

Ele foi condenado à prisão perpétua e dez anos de trabalhos forçados. Casou-se com Georgette Fourel, prefeita do 1º arrondissement de Paris, em 22 de dezembro de 1931. (Eles se divorciaram em 8 de julho de 1970 por decisão do Tribunal Superior de Paris).

Após uma breve temporada na prisão transitória de Beaulieu em Caen, França, ele foi transportado em 1933 para a prisão de St-Laurent-du-Maroni no rio Maroni, no assentamento penal da Guiana Francesa continental.

Segundo o livro, ele escapou pela primeira vez em 28 de novembro de 1933 e foi acompanhado pelos companheiros de prisão André Maturette e Joanes Clousiot, que o acompanharam durante grande parte de sua fuga.

Trinta e sete dias depois, o trio foi capturado pela polícia colombiana perto da aldeia de Riohacha, região do Caribe Norte da Colômbia, e foi preso.

Posteriormente, Charrière escapou durante uma noite chuvosa e fugiu para a Península de La Guajira, onde foi adotado por uma tribo indígena. Ele passou vários meses morando com os nativos, mas sentiu que precisava seguir em frente, uma decisão da qual se arrependeria no final.

Depois de partir, ele foi rapidamente recapturado e enviado de volta à Guiana Francesa para ser colocado em confinamento solitário pelos próximos dois anos.

Após sua libertação do confinamento solitário, ele passou mais sete anos na prisão. Durante este período, ele tentou escapar várias vezes, resultando em respostas cada vez mais brutais de seus captores.

Ele afirmou que então foi confinado à Ilha do Diabo, um campo de trabalho (a Ilha do Diabo não era um campo de trabalho tanto quanto um campo de internamento) que, na época, era conhecido por ser inevitável.

(As autoridades francesas divulgaram posteriormente os registros da colônia penal que contradiziam isso; entre outros detalhes, Charrière nunca tinha sido preso na Ilha do Diabo.)

No entanto, ele finalmente conseguiu sua libertação permanente em 1941 usando um saco de cocos como uma jangada improvisada e navegando na maré fora da ilha, ele escapou com outro condenado. No entanto, seu companheiro se afogou em areia movediça quando chegaram à costa da Guiana Francesa.

Depois de se encontrarem com alguns prisioneiros chineses fugitivos no continente, eles compraram um barco e navegaram para Georgetown, na Guiana Britânica.

Depois de quase um ano, um entediado Charrière juntou-se a outro grupo de condenados fugitivos em um novo barco com a intenção de chegar às Honduras Britânicas.

No entanto, depois de entrar em um ciclone, eles só conseguiram chegar à Venezuela. Todos foram presos e enviados a um violento assentamento penal em El Dorado, Estado de Bolívar.

Após um ano de prisão, Charrière foi libertado com documentos de identidade em 3 de julho de 1944. Cinco anos depois, recebeu a cidadania venezuelana.

Os registros franceses de sua vida de 1933-1944 apresentam um relato diferente: Ele deixou a cidadela de Saint-Martin-de-Ré em 29 de setembro de 1933 a bordo do Martinière e desembarcou em 14 de outubro com o status de "transportado" para Saint-Laurent-du-Maroni.

Passa pouco tempo no acampamento de transporte, pois ele é designado como auxiliar de enfermagem do Hospital Colonial André-Bouron, onde vê muitos internos retornando da corrida e contam suas histórias de fuga nas quais ele se inspirará.

Este lugar o impede de trabalhar em sítios madeireiros ou concessões agrícolas que aniquilam condenados em poucos meses. Ele escapou pela primeira vez em 5 de setembro de 1934, mas falhou na Colômbia, um país que retornou condenados fugitivos à França.

Julgando pelo Tribunal Marítimo Especial, ele passou dois anos nas celas do isolamento da Ilha de São José. Transferido várias vezes, ele acabou como chefe de enfermagem em um acampamento da Indochina no continente da Guiana, o acampamento florestal de Cascades do qual ele escapou na noite de 18 a 19 de março de 1944, junto com outros quatro companheiros.

Vida posterior

Depois de Charrière ter cumprido um ano de liberdade provisória, ele recebeu sua liberdade total em 1945. Ele permaneceu na Venezuela e se naturalizou. Ele se casou com uma venezuelana identificada como Rita Bensimon.

Ele abriu restaurantes em Caracas e Maracaibo. Foi posteriormente tratado como uma celebridade menor, mesmo sendo convidado com frequência para aparecer em programas de televisão locais.

Ele finalmente retornou à França, visitando Paris em conjunto com a publicação de seu livro de memórias Papillon (1969). O livro vendeu mais de 1,5 milhão de cópias na França, levou um ministro francês a atribuir "o declínio moral da França" às minissaias e Papillon

Charrière interpretou o papel de um ladrão de joias em um filme de 1970 chamado ''Popsy Pop'' dirigido pelo diretor francês Jean Vautrin.

Em 1970, o Sistema de Justiça francês concedeu um perdão a Charrière por sua condenação por assassinato em 1931.

Em 29 de julho de 1973, Charrière morreu de câncer na garganta em Madri, Espanha.

Considerada como a "maior história verídica de fuga e aventura alguma vez escrita", o famoso livro "Papillon", de Henri Charriere, tem sua autoria contestada.

Estudos da vida do escritor relatam que na realidade Charriere teria sido um impostor que se apropriou da história do verdadeiro escritor, René Belbenoit, que viveu e escreveu experiência na ilha do Diabo.

Papillon foi adaptado para o filme Papillon (1973), dirigido por Franklin J. Schaffner e estrelado por Steve McQueen como Henri Charrière. Dalton Trumbo foi o roteirista, e o próprio Charrière atuou como consultor no local.

Em 2017 foi lançado um novo filme Papillon, dirigido por Michael Noer cujo protagonista foi representado pelo ator Charlie Hummam.

Adeus.

Já gastamos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes.

Gastamos tudo menos o silêncio.

Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.

Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.

E eu acreditava.

Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.

É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.

Quando agora digo: meu amor, já não se passa absolutamente nada.

E, no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.

Dentro de ti não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugênio de Andrade

 ***

Eugênio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas nasceu em Fundão, Povoa de Atalaia – Portugal no dia 19 de janeiro de 1923 e foi um poeta português.

O poeta mudou-se para Lisboa aos dez anos devido à separação dos seus pais.

Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em 1936. Em 1938, aos 15 anos, enviou alguns desses poemas a Antônio Botto que, gostando do que leu, o quis conhecer, encorajando-lhe a veia literária.

Em 1943 mudou-se para Coimbra onde regressa depois de cumprido o serviço militar convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspetor Administrativo do Ministério da Saúde.

Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, numa casa que só deixou mais de quatro décadas depois, quando se mudou para o edifício da extinta Fundação Eugênio de Andrade na Foz do Douro.

Durante os anos que se seguem até à data da sua morte, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira.

Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugênio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com “essa debilidade do coração que é a amizade”.

Recebeu inúmeras distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prêmio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1988), Grande Prêmio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prêmio Camões (2001). 

Em 8 de julho de 1982 foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’lago da Espada, do Mérito Cientifico, Literário e Artístico e em 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.

Faleceu em 13 de junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada. Encontra-se sepultado no cemitério do Prado do Repouso, no Porto. A sua campa é rasa em mármore branco, desenhada pelo arquiteto seu amigo Siza Vieira, possuindo os versos do seu livro As Mãos e os Frutos.

Em 1940, José Fontinhas, contava 17 anos, publicou Narciso (escrito em 1939), poema ao estilo de Botto e homossexualmente explícito, uma estreia que depressa achou embaraçosa.

Em 1942, já sob o pseudónimo de Eugênio de Andrade, publicou Adolescente. A sua consagração acontece mais tarde, em 1948, com a publicação de As mãos e os frutos, que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio. A obra poética de Eugénio de Andrade é essencialmente lírica, considerada por José Saramago como uma “poesia do corpo a que chega mediante uma depuração contínua”.

Ainda na década de 40 colabora no seminário Mundo Literário (1946-1948).

Entre as dezenas de obras que publicou encontram-se, na poesia, Os amantes sem dinheiro (1950), As palavras interditas (1951), Escrita da Terra (1974), Matéria Solar (1980), Rente ao dizer (1992), Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os lugares do lume (1998).

Em prosa, publicou Os afluentes do silêncio (1968), Rosto precário (1979) e À sombra da memória (1993), além das histórias infantis História da égua branca (1977) e Aquela nuvem e as outras (1986).

Foi também tradutor de algumas obras, como dos espanhóis Frederico Garcia Lorca e Antônio Buero Vallejo, da poetisa grega clássica Safo (Poemas e fragmentos, em 1974), do grego moderno Yannis Ritsos, do francês Renê Char e do argentino Jorge Luis Borges.

Em setembro de 2003 a sua obra Os sulcos da sede foi distinguida com o prêmio de poesia do Pen Clube Português. Tem uma biblioteca com o seu nome no Fundão.