Uma
enorme cidade subterrânea, que permaneceu ativa por milhares de anos quase sem
interrupções, repousa a mais de 85 metros de profundidade, abaixo das famosas
“chaminés de fadas” da Capadócia, na Turquia.
Rajadas
de vento violentas erguem o solo no ar enquanto passeio pelo Vale do Amor da
Capadócia. Colinas com tons de amarelo e rosa tingem o panorama marcado por
profundos cânions vermelhos e formações rochosas que parecem grandes chaminés e
surgem à distância.
O local
é seco, quente e o vento é forte. Mas a beleza é avassaladora.
Milênios
atrás, este volátil ambiente vulcânico esculpiu naturalmente os pináculos, até
que atingissem seus formatos cônicos parecidos com cogumelos, que agora atraem
milhões de visitantes para caminhar ou andar de balão nesta região central da
Anatólia.
Mas,
abaixo da frágil superfície da Capadócia, encontra-se outra maravilha, também
de proporções gigantescas, que passou séculos escondida: uma cidade subterrânea
que podia abrigar por meses até 20 mil habitantes de cada vez.
A antiga
cidade de Elengubu, hoje conhecida como Derinkuyu, fica a mais de 85 metros
abaixo da superfície e inclui 18 níveis de túneis. É a maior cidade subterrânea
escavada do mundo.
Ela foi
habitada de forma quase constante por milhares de anos, trocando de mãos, dos
frígios para os persas e depois para os cristãos, na Era Bizantina. Até que foi
finalmente abandonada nos anos 1920 pelos gregos capadócios, que fugiram em
massa para a Grécia após a derrota na Guerra Greco-Turca de 1919-1922.
Os
salões da cidade espalham-se por centenas de quilômetros embaixo da terra, mas
acredita-se que mais de 200 pequenas cidades subterrâneas separadas, que também
foram descobertas na região, possam estar conectadas a esses túneis, criando
uma enorme rede subterrânea. (Livros, Contos e versos)
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