O encontro da Rainha
Nzinga Mbande ou Dona Ana de Sousa, do Reino do Ndongo com o Governador de
Luanda João Corrêa de Souza em 1657
Após décadas lutando
contra os portugueses de Luanda e seus aliados, assegurando a autonomia de seu
Reino, em 1659 a Rainha Nzinga assinou um novo tratado de paz com Portugal.
Ajudou a reinserir
antigos escravos e formou uma economia que, ao contrário de outras no
continente, não dependia do tráfico de escravos.
Em 1657, um grupo de
missionários capuchinhos italianos convenceram-na a retornar à fé católica e,
então, o governador de Angola, Luís Martins de Sousa Chichorro, restituiu-lhe a
irmã, que ainda era mantida cativa.
Dona Ana faleceu de forma
pacífica aos oitenta anos de idade, como uma figura admirada e respeitada por
Portugal. Atualmente Njinga é considerada uma heroína na história de Angola,
sendo até hoje lembrado por seus feitos políticos e militares.
Uma das principais ruas
de Luanda, capital da atual Angola leva seu nome e, na mesma cidade,
encontra-se uma estátua no Largo do Quinaxixi, construída a mando do presidente
José Eduardo dos Santos em comemoração aos 27 anos de independência do país.
Não sei como o povo
consegue se deixar dominar a esse ponto. Repare o acento da rainha.
Ninguém escraviza outra
pessoa sem o consentimento dela. Para que isso aconteça é porque se deixaram
dominar é difícil conseguir de volta a liberdade.
Fonte: Cavazzi, Giovanni Antônio da Montecuccolo.
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