O Deserto
de Gobi é um extenso deserto situado na região norte da República
Popular da China e região sul da Mongólia. A palavra Gobi significa
deserto, em mongol. Está entre os 5 maiores desertos do mundo, sendo o deserto
de Gobi o 5º.
Gobi
tem as seguintes dimensões: 1600 km de leste a oeste e 800 km de sul
a norte, ocupando uma de área de 1.295.000 em km², mais ou menos o tamanho do
estado brasileiro do Pará.
A média
da temperatura anual é de −2,5 °C a +2,8 °C e os valores extremos
chegaram a 38,0 °C e −43 °C em uma região, e 33,9 °C e
−47 °C em outra. É o deserto arenoso mais setentrional de todos, e
lar de alguns animais raros tais como o camelo-bactriano (de duas
corcovas) e o raríssimo cavalo-de-przewaiski.
Suas
areias foram pela primeira vez percorridas e descritas por um ocidental no ano
de 1275, na famosa viagem de Marco Polo junto ao pai e um tio, a Pequim.
O
deserto de Gobi é conhecido no mundo da Paleontologia pela riqueza e
qualidade das suas jazidas fósseis, onde foram descritas pela primeira vez
muitas espécies de dinossauros. É considerado um dos maiores sítios
paleontológicos do mundo, com fósseis petrificados a céu aberto.
Em 1993,
foram retirados fósseis de 67 dinossauros (incluindo um embrião fossilizado),
lagartos e mamíferos. Em 2006, uma equipe do paleontologista Jack Horner encontrou
67 esqueletos de psitacossauro, além dos 30 coletados no ano anterior.
Tempestades de areia
As
tempestades de areia oriundas dos desertos são não apenas um fenômeno meteorológico,
que afeta o clima tanto pela absorção quanto pela refração da radiação solar
pelas partículas em suspensão - também afetam a vida, muitas vezes associadas
as doenças que afetam desde seres marinhos quanto a animais terrestres e
pessoas.
As
tempestades de Gobi são especialmente afetadas por agregar elementos poluentes
das áreas industrializadas e populosas que atravessam. A tempestade vinda de
Gobi em abril de 1988 percorreu milhares de quilômetros, carregando finos
sedimentos de areia e da área industrial chinesa, atravessando o Oceano
Pacifico até atingir 25% da América do Norte (Canadá e EUA).
O
fenômeno foi registrado novamente em 2001, desta feita com o acompanhamento por
satélites pela NASA. Esta tempestade, em abril de 2001, teve sua origem
identificada na Sibéria, os ventos carregaram partículas dos desertos de Gobi,
na Mongólia, e de Taklamakan, na China, formando uma nuvem com mais de
2000 km de extensão. Esta nuvem tomou a cidade de Baichena, e depois
cobriu o Japão e Coreia do Norte, chegando enfim à América, indo do Alasca até
a Flórida, trazendo areia e contaminantes.
Num
estudo científico de 2004 realizado por universidades da China e de Hong Kong constatou-se
que amostras de partículas de três tempestades distintas continham, além dos
elementos típicos do solo, elementos orgânicos como fenantreno, fluoranteno,
pireno, benzopireno, benzofluoranteno, perileno, antraceno e outros -
derivados tanto da emissão de derivados do petróleo quanto de elementos
vegetais cerosos, provavelmente decorrente do atrito das partículas com a
vegetação.
Na parte chinesa do deserto está localizado o Parque eólico de Gensu, inaugurado em 2009, o maior parque eólico do mundo.
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