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terça-feira, dezembro 19, 2023

A Escravidão na Roma Antiga


 

A escravidão na Roma Antiga implicava uma quase absoluta redução nos direitos daqueles que ostentavam essa condição, convertidos em simples propriedades dos seus donos.

Com o passar do tempo, os direitos dos escravos aumentaram. Contudo, mesmo depois da alforria (manumissio), um escravo liberto não possuía muitos dos direitos e privilégios dos cidadãos romanos. Estima-se que mais de 30% da população da Roma Antiga era formada por escravos.

Durante o final da república ocorreram várias revoltas de escravos, conhecidas como guerras servis. As revoltas de escravos, tal como terceira Guerra Servil foram duramente reprimidas. Em latim, o escravo era denominado servus ou ancillus (este último termo era aplicado mais particularmente ao escravo que servia no lar).

Normalmente, as pessoas reduzidas à escravidão ou mantidas nesta condição provinham de povos conquistados, o que se manifestava com frequência em características físicas ou língua diferentes das dos amos. Os romanos consideravam a escravidão como infame, e um soldado romano preferia suicidar-se antes de cair escravo de um povo bárbaro, ou seja, não romano.

Origem dos escravos

As estimativas em relação à proporção de escravos na população do Império Romano são variáveis. A porcentagem da população da Itália que vivia como escrava varia de 30 a 40 por cento no século I a.C., totalizando de dois a três milhões de escravos até o final do século I a.C., entre 35%-40% da população italiana da época. 

Para o Império Romano como um todo, a população escrava foi estimada em cerca de cinco milhões, representando entre 10 - 15% da população total. Estima-se que 49% de todos os escravos eram de propriedade da elite, que compunha menos de 1,5% da população do império. Cerca de metade de todos os escravos trabalhavam no campo e o restante nas cidades.

Na Roma Antiga, a escravidão não era baseada na raça, como se achavam a um certo tempo atrás, por mais que haviam escravos negros entre os escravos do Império Romano.

Os escravos eram capturados por toda a Europa e na região do Mediterrâneo, incluindo povos celtas, germânicos, trácios, eslavos, cartagineses e um pequeno grupo de etíopes no Egito Romano. 

Até o século I a.C., o costume impedia a escravização de cidadãos romanos e italianos que viviam na Gália Cisalpina, mas antes disso muitos italianos do sul e do centro da Itália foram escravizados após serem conquistados. Na Itália, a maioria dos escravos eram itálicos.

Regras

Um escravo era um bem que era possuído, despojado de todo direito. O dono possuía o direito sobre a sua vida e a sua morte. O termo "manus" simbolizava o domínio do dono sobre o escravo, do mesmo modo que o domínio do marido sobre a sua esposa.

A sua condição real era porém variável, segundo a proximidade do amo: os escravos agrícolas dos villae ou das minas eram muito maltratados; os escravos domésticos (ancillae) que viviam com a família eram mais favorecidos e muito com frequência libertos após um certo período.

O status social de um homem era medido em função do número de escravos que possuía. O preço do escravo variou muito segundo as épocas e os lugares, mas situava-se, de média, por volta de 2000 sestécios; o seu sustento aproximava-se aos 310 sestércios por ano. Toda criança nascida de mulher escrava tornava-se também escravo.




Os escravos trabalhavam todos os dias salvo durante as festividades das saturnais de dezembro e os compitais de janeiro.

Emancipação

Na Roma Antiga, um liberto era um antigo escravo que tinha sido emancipado pelo seu amo. Convertia-se num homem quase livre: não tinha todos os direitos do homem livre, permanecia "cliente". As suas crianças seriam totalmente livres.

Converter-se em escravo

Convertia-se em escravo por dívida, como prisioneiro de guerra, por atos de pirataria ou por mau comportamento cívico. Uma criança nascida de escrava tornava-se também escrava. Um escravo nascido na morada do seu dono era chamado verna.

Período da Republica Romana

Até o século III, os Romanos podiam tornar-se escravos por dívidas, isto era o nexo. Até a sua abolição, este tipo de escravização provocava o descontentamento da plebe. O escravo romano é descrito por Plauto como um membro da família.

O forte aumento do número dos escravos prisioneiros de guerra (o seu número passou a 15 ou 20% no século II a.C.) e a sua integração nos latifúndios, transformam-nos em homens-máquinas como descreveu Catão o Velho.

Todas as campanhas militares traduziam-se na importação de uma grande quantidade de escravos, às vezes toda a população vencida, como ocorreu durante a destruição de Cartago em 146 a.C.

O escravo romano é ambivalente: era ao mesmo tempo homem e mercadoria. O seu valor monetário era um incentivo para o amo, a fim de cuidá-lo para que o seu investimento fosse rentável. Assim mesmo, tinha deveres para com ele: alimentá-lo, vesti-lo e alojá-lo.

As privações eram os castigos mais correntes, mas os golpes, as mutilações, ou até mesmo, em certas épocas, a morte, podiam ser praticados com impunidade. Catão o Velho, que os seus contemporâneos consideravam como rígido, até mesmo excessivo, dizia: "o escravo deve trabalhar ou dormir".

A situação do escravo romano varia segundo a sua dedicação:

o escravo rural executava os trabalhos agrícolas, e vivia em condições penosas, sobretudo nas grandes propriedades agrícolas. As revoltas de escravos no período republicano foram chamadas de Guerras Servis, e marcaram as regiões de agricultura intensiva: Sicília, Campânia. A revolta mais célebre foi a do gladiador Espártaco em 73 a.C., Espártaco venceu vários exércitos romanos antes ser vencido. A repressão feroz desta revolta serviu de exemplo dissuasório a futuros amotinados.

Os escravos nas minas eram os mais maltratados.

O escravo de cidade era geralmente o mais favorecido. Nas casas modestas, alguns escravos eram próximos do amo e formavam parte aproximadamente da família. Nas grandes casas (domus), as tarefas numerosas e variadas permitiam uma especialização, distinguindo dos trabalhos " nobres " (magister): secretário, contável, pedagogo, etc.; e os trabalhos menores (minister). Muitos escravos gregos eram perceptores. A prostituição, pouco evocada pelos historiadores, era uma realidade constatada, por exemplo em Pompeia pelos grafites e os lupanares.

O escravo público (servido publici) pertencia ao Estado. Realizava tarefas de interesse geral, e trabalhava para os serviços municipais: a sua situação variava dependendo de que se dedicasse à limpeza, ao serviço dos edifícios públicos, ou ao contrário nas tarefas da administração. No mais baixo da escala, os escravos das minas eram os verdadeiramente forçados.

Os romanos da república conheciam um sistema incentivador para o escravo: mediante o peculium, poupança que realiza o escravo sobre os lucros de uma atividade, com frequência artesanal ou comercial; o peculium pertencia ao amo, mas o escravo o dispunha de prazos para recomprar a sua liberdade.

Período do Principado

As leis romanas evoluíram com o tempo, e por volta do século I a.C. o amo perdeu o direito sobre a vida e morte dos seus escravos. Sob o Império Romano, as leis melhoraram a situação dos escravos, certos maus tratos foram postos fora da lei e duramente condenados, foi proibido igualmente revender um escravo velho.

As condições do escravo rural melhoraram ligeiramente (não ocorreu mais nenhuma guerra servil) porque o aprovisionamento massivo escravos durante os grandes conflitos esgotou-se. A cidade de Roma contava provavelmente com vários centos de milhares de escravos.

Distingue-se uma nova categoria de escravos, os escravos imperiais. Propriedade do imperador, trabalhavam as suas propriedades e serviam nos palácios, bem como na administração de Estado, quer como escravo ou como liberto.

Segundo Marc Ferro, havia de 2 a 3 milhões de escravos na província da Itália, ou seja, por volta de 30% da população no começo do principado. A possibilidade de se tornar liberto oferecia uma esperança de saída da condição de escravo.

Chegou a ser usual nas grandes casas que o amo liberasse, no seu testamento, uma parte da servidão. A prática da libertação no período imperial romano era corrente, até o ponto de ser criado sob Augusto um imposto sobre os libertos e uma limitação do número de libertos concedidos por testamentos.

As primeiras leis protegendo-os chegaram com Adriano. A sua condição melhorou pouco a pouco, sobretudo sob a influência do estoicismo.

Baixo Império

A quantidade de escravos foi reduzida com a adoção cada vez mais frequente do Colonato. Também ocorreram revoltas (Bagaudas). No século IV, o Império Romano oficializou o cristianismo (Édito de Tessalônica), sem mudar o princípio da escravidão.

Com a queda do Império Romano, a escravidão perdurou, mas houve um regresso a uma economia essencialmente rural, na qual a servidão medieval substituiu a escravidão.


Houve um tempo...


 

Houve um tempo em que não havia mensagens, mas havia olhares que diziam tudo, onde não havia likes, mas as pessoas conheciam-se e cumprimentavam-se na rua.

Houve um tempo em que o conselho de um pai era melhor do que qualquer pesquisa no google e a história de um avô era mais verdadeira do que qualquer referência na Wikipedia.

Houve um tempo em que o e-mail não existia, mas havia recados, cartões postais e cartas de amor, algumas em caixinhas de fósforos.

Momentos em que ninguém te insultou escondido no anonimato de uma rede social e era ao balcão do bar onde se discutia com argumentos, com respeito e partilhando um copo de uma bebida qualquer.

Houve um tempo em que as pessoas não fingiam o que não eram, onde não existia fotoshop, nem filtros e eram os anos que comandavam o desenhar das rugas.

Sim, na verdade, anseio por aqueles momentos em que tudo era mais simples, mais verdadeiro quando eram os nossos corações que vibravam e não os tele móveis!

Houve esse tempo...

(A/D)

segunda-feira, dezembro 18, 2023

Sayhuite - Peru


 

Sayhuite - Peru é um sitio arqueológico 47 Km a leste da cidade Abancay, a cerca de 3 horas de distância da cidade de Cusco, na região Apurimac. O local é considerado um centro de culto religioso do povo Inca, com foco na água. 

Nos Monumentos do Inca por John Hemming, ele aponta para uma narrativa colonial que descreve o interior do templo Sayhuite. O templo apresentava colunas maiores envoltas em tecidos com faixas douradas da “espessura da mão”.

O templo também estava sob os cuidados da sacerdotisa Asarpay, que saltou para a morte no desfiladeiro próximo de 400 metros para evitar a captura pelas forças espanholas.

Uma característica importante do local é o monólito Sayhuite, uma enorme rocha contendo mais de 200 figuras geométricas e zoomórficas, incluindo répteis, sapos e felinos.

Encontrada no topo de uma colina chamada Concacha, a pedra foi esculpida como um modelo hidráulico topográfico, completo com terraços, lagoas, rios, túneis e canais de irrigação. 

As funções ou propósitos da pedra não são conhecidos, mas o pesquisador Dr. Arlan Andrews acredita que o monólito foi usado como um modelo em escala para projetar, desenvolver, testar e documentar o fluxo de água para projetos públicos de água e para ensinar aos antigos engenheiros e técnicos os conceitos e práticas necessárias. 

A rocha foi "editada" várias vezes, com material novo, seja alterando os caminhos da água ou adicionando rotas completamente. Cerca de dois metros de comprimento e quatro metros de largura, o monólito é a atração mais popular do sitio arqueológico.

Significado do Monólito

Embora os criadores permaneçam um mistério, o monólito fornece aos arqueólogos informações sobre a cultura da população pré-colombiana. Os arqueólogos determinaram que o local era um centro religioso inca, onde eram realizados rituais e cerimônias de adoração à água.

O monólito é uma pista importante para isso, pois representa um fluxo semelhante ao da água entre as esculturas. O arqueólogo Gary Urton afirma que “as esculturas na parte superior representam terraços, canais de irrigação, pumas e outros animais, como lagartos” e que pode ser uma representação simbólica do vale. 

Embora o significado preciso desta pedra permaneça sem solução, o monólito faz parte do material cultura do povo Inca e, como tal, ajuda os arqueólogos a descobrir como e por que viviam dessa maneira.

Compreender a cultura Inca de uma perspectiva arqueológica ajuda os arqueólogos a aplicar esse conhecimento a civilizações semelhantes e a encontrar ligações entre culturas antigas.

Turismo

Devido ao seu tamanho e esculturas complexas, o monólito é um local popular para turistas. Uma possível explicação para as esculturas complexas é que a pedra representa um ritual religioso, possivelmente associado à água, realizado pelos antigos Incas.

Incentivar os turistas a examinar este monólito é importante, pois aumenta a conscientização sobre o registro arqueológico e a importância de preservar a cultura material.

Importância da preservação

Preservar o local de Sayhuite e o monólito é crucial, porque a arqueologia é um processo destrutivo. Além disso, o saque é um problema comum em sítios arqueológicos e pode dificultar a análise realizada por arqueólogos de povos e culturas do passado.

Preservar o sítio arqueológico de Sayhuite inclui deixar partes do sítio não escavadas e proteger o monólito contra vandalismo e erosão. Para proteger o sítio arqueológico do vandalismo e dos saques, a educação do público em geral é crucial.

Isto cria formas de o público se envolver numa parte significativa da história e aumenta a consciência para a importância da preservação no campo da arqueologia. A preservação do local permite novos avanços tecnológicos, o que ajudaria os arqueólogos a estudar o local e poderia ajudá-los a compreender o significado do monólito em maior extensão e com mais precisão.

Parque Nacional de Anavilhanas



O parque nacional de Anavilhanas é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada no estado do Amazonas, com território distribuído pelos municípios de Iranduba, Manaus e Novo Airão.

Abrangendo cerca de 400 ilhas, o parque situa-se no rio Negro, próximo ao parque nacional do Jaú. Foi criado originalmente como estação ecológica, através do Decreto Nº 86.061, emitido em 2 de junho de 1981, com uma área de 350 018 ha.

A Lei ordinária Nº 11.799, de 29 de outubro de 2008, veio recategorizar a unidade de conservação como parque nacional. Sua administração cabe atualmente ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A área da unidade é de domínio público. As visitas na unidade são proibidas (exceto com objetivo educacional e previsto em seu plano de manejo); a pesquisa científica depende do órgão responsável (que nesse caso é o ICMBio); não são permitidas alterações em seus ecossistemas (salvo algumas exceções).

Apesar de suas 400 ilhas, Anavilhanas não é o maior arquipélago fluvial do mundo. O maior arquipélago fluvial do mundo é o de Mariuá, em Barcelos (AM), com aproximadamente 700 ilhas.

Noel Leslie, Condessa de Rothes - Sobrevivente do Titanic

Lucy Noël Martha Leslie, Condessa de Rothes

 

Lucy Noël Martha Leslie, Condessa de Rothes nascida Dyer-Edwardes, nasceu no dia 25 de dezembro de 1878. Foi a esposa de Norman Leslie, 19º Conde de Rothes.

Notável filantropa e líder social, ela foi uma das heroínas durante o naufrágio do Titanic, famosa por tomar o leme de seu bote e posteriormente ajudar nos remos até serem resgatados pelo navio Carpathia. 

A condessa foi por muitos anos uma figura popular na sociedade londrina, conhecida por sua beleza, personalidade brilhante, dança graciosa e diligência com a qual ela ajudou a organizar generosos eventos patrocinados pela realeza inglesa e membros da nobreza. 

Esteve durante muito tempo envolvida em trabalhos de caridade por todo o Reino Unido, mas notavelmente ajudando a Cruz Vermelha com angariação de fundos e como enfermeira no Coulter Hospital em Londres durante a Primeira Guerra Mundial. 

Lady Rothes foi também uma das benfeitoras líder da Queen Victoria School e no The Chelsea Hospital for Women, conhecido hoje como Queen Charlotte’s and Chelsea Hospital.

Noël Rothes é melhor conhecida como heroína da tragédia do Titanic em 1912, ajudando a comandar o bote salva-vidas, juntamente com o marinheiro Thomas William (Tom) Jones.

Noël conduziu o leme do bote, levando-o para longe do navio que afundava e posteriormente ajudando nos remos até a chegada do navio de resgate, enquanto encorajava os outros sobreviventes com sua calma determinação e otimismo. 

Ela embarcou em Southampton em 10 de abril com seus pais, Thomas e Clementina Dyer-Edwardes, a prima de seu marido, Gladys Cherry e sua criada Roberta Maioni. 

Seus pais desembarcaram em Cherbourg-Octeville, enquanto os outros continuaram a viagem em direção a Nova Iorque e possivelmente Vancouver, Colúmbia Britânica para encontrar o Conde de Rothes que já estava em visita aos Estados Unidos e Canadá à negócios.

Antes do Titanic deixar Southampton, Noël concedeu uma entrevista a um correspondente de Londres para o New York Herald na qual ela explicava que estava indo para os EUA para se juntar ao seu marido.

Ela admitiu que também estavam pessoalmente interessados ​​em comprar um laranjal na Costa Oeste. Perguntada pelo repórter como ela se sentia sobre "deixar a sociedade londrina por uma fazenda de frutas na Califórnia," Noël respondeu: "Estou cheia de alegres expectativas."

Enquanto Noël e Gladys foram originalmente instaladas em uma cabine básica da Primeira Classe, a C-37, se acredita que elas foram relocadas numa suíte mais ampla, a C-77. Em uma entrevista na imprensa americana, Rothes foi citada dizendo que ela e Cherry ocuparam a cabine B-77. 

As mulheres estavam em suas camas quando o Titanic colidiu com um iceberg às 23:40 h. de 14 de abril. A dupla foi acordada pela pancada e subiram ao Convés para investigar o ocorrido. Foram instruídas pelo capitão Smith, comandante do Titanic, para retornarem para suas cabines e vestir os coletes salva-vidas.

Noël, Gladys e a criada de Noël embarcaram no bote número 8, que foi baixado aproximadamente à 1:00 da manhã, mais de uma hora depois da colisão. O bote foi lançado simultaneamente com o bote número 6, mas chegou à água primeiro, fazendo dele o primeiro do lado de bombordo a se afastar do navio.

Tom Jones, o marinheiro posto no comando do bote pelo Capitão Smith, posteriormente disse que Rothes "tinha muito a dizer, então eu a coloquei para conduzir o bote," um elogio às suas habilidades de liderança. 

Ela tomou o comando do leme, o conduzindo por mais de uma hora antes de pedir a Gladys para assumir o bote por um tempo para confortar uma jovem recém-casada espanhola, María Josefa Peñasco y Castellana, cujo marido se perdeu no naufrágio.

Lá, ela permaneceu durante toda a noite, remando o tempo todo e ajudando a aumentar a moral de outras mulheres até que o bote fosse resgatado pelo RMS Carpathia na manhã seguinte.

Quando o Carpathia foi avistado, o ânimo voltou e diversos a bordo do bote começaram a cantar o hino de Philip Bliss, “Pull for the Shore” Depois, Noël sugeriu que cantassem “Lead, Kindley Light”: "Lead, kindly light, amid the encircling gloom/Lead thou me on! /The night is dark, and I'm far from home/Lead thou me on!"

Noël foi retratada no filme televiso de 1979 S.O.S Titanic por Kate Howard, no filme de James Cameron de 1997, Titanic por Rochelle Rose, e na minissérie de Julian Fellowes de 2012, Titanic por Pandora Collin.

Lucy Noël Martha Leslie faleceu no dia 12 de setembro de 1956.

domingo, dezembro 17, 2023

Quinto Sertório - Um General Romano


 

Quinto Sertório, foi um general e político romano. Tomou o lado de Caio Mário na guerra civil que opôs o partido deste ao de Lúcio Cornélio Sula. Sua família era importante em Nussa, uma cidade dos sabinos. Seu pai morreu cedo, e ele foi criado pela sua mãe viúva, de nome Rhea.

Em 83 a.C. foi enviado como procônsul para a Península Ibérica, onde assumiu o governo tanto da Hispânia Ulterior como da Citerior. Após a vitória de Sula na Itália, este enviou contra Sertório um exército sob o comando de Caio Ânio que o expulsou das suas províncias, forçando-o a levar uma vida de salteador em terras africanas.

Sertório iniciou em 80 a.C. uma campanha na Península Ibérica para recuperar as suas províncias, após os lusitanos lhe terem prometido o seu apoio e o terem convidado a ser seu líder.

General hábil, derrotou então sucessivos exércitos romanos enviados contra si. Por outro lado, tido também como político e sábio administrador, logrou insinuar-se, pouco a pouco, entre as diferentes tribos, introduzindo vários elementos dos costumes romanos.

Fez com que as crianças, filhas dos chefes tribais, fossem à escola em Osca, onde recebiam uma educação romana e adoptavam as vestes dos jovens romanos. Depois de uma revolta das tribos, Sertório executou diversas destas crianças, filhos dos chefes tribais que ele tinha enviado para a escola em Osca, e vendeu as sobreviventes como escravas.

"Sertório colocou de lado sua antiga clemência e mansidão e forjou injustiça contra os filhos dos ibéricos que estavam a ser educados em Osca, matando alguns, e vendendo outros para a escravatura."

Sertório dominou grande parte da Península Ibérica até à sua morte, derrotando sucessivamente os exércitos, comandados pelos generais romanos com mais reputação na época, como Cneu, Pompeio ou Quinto Cecílio Metelo Pio, enviados contra ele.

O seu sucesso levou também a que os seus domínios na Península Ibérica servissem de refúgio a vários romanos fugidos de Roma em virtude dos sobressaltos políticos lá vividos. Um reforço substancial que recebeu terá sido aquele levado por Marco Perperna Ventão em 77 a.C. após a derrota na Itália da revolta conduzida por Lépido.

Sertório foi assassinado num banquete pelo seu lugar-tenente Perperna e por outros dos seus oficiais. A sua morte significou o rápido colapso da resistência contra o poder estabelecido em Roma.

A política de assimilação, adoptada pelo governo de Roma em relação às suas conquistas, acabou por transformar o território numa província romana, fato para que até certo ponto concorrera a administração de Sertório ao tentar implantar entre os lusitanos os usos e os costumes da civilização romana. O nome de Sertório está ligado à lenda da fundação da Sertã.

Plutarco dedicou-lhe uma biografia das suas Vidas Paralelas, em que o comparou a Felipe II da Macedônia, Antígono Monoftalmo e Aníbal, que, como ele, também tinham perdido um olho. 

A sua vida é escrita em paralelo à de Euménio de Cárdia, um general de Alexandre Magno: "Ambos nasceram para liderar e eram dotados de grande talento para a guerra e de habilidade para frustrarem os seus inimigos.

Ambos estavam exilados dos seus países, comandavam soldados estrangeiros e, nas suas mortes, sofreram uma Fortuna que lhes foi dura e injusta, pois ambos foram vítimas de conspirações e foram mortos pelos mesmos homens com quem tinham vencido os seus inimigos."

Ney Matogrosso

Ney Matogrosso com a mãe e o pai.
 

O pai de Ney Matogrosso, Antônio Matogrosso Pereira, era militar e ficou chocado ao ver o filho performando com trajes exóticos e movimentos ousados. O assunto foi contado pelo próprio Ney.

Eu tinha 17 anos e tinha que sair daquela casa. Eu era o pomo da discórdia. Meu pai e minha mãe iam se separar por minha causa e não queria carregar essa culpa.

Achei por bem ir cuidar da minha vida. Ele falou que nunca ia me ajudar, mas eu disse que não queria nada dele. Falei para não se preocupar, que eu seria responsável por mim. Foi isso o que aconteceu.

Tive o que comer e não tive, mas fui responsável. Ele começou a me observar e veio me visitar. Ele via que eu era uma pessoa independente. Ele oferecia dinheiro, mas não aceitei.

Ele não me viu no palco na época do Secos & Molhados. Me viu quando comecei a fazer show só. A primeira vez que ele me viu pela televisão, ficou muito chocado.

Eu estava com uma calça larga que parecia uma saia. Ele disse que eu estava pintado, cantando fino, se requebrando e de saia! A saia foi o que mais incomodou!

Eu morava em São Paulo. Morava em dois cômodos. Ele veio para mim e disse para eu sair dessa vida. Eu disse que era feliz e ele tinha que aceitar.

Quando fui visitar ele, fui de calça laranja. Ele disse para não visitar com calça laranja. Ele estava mais preocupado com a cor da calça do que minha presença". Essa e outras histórias você fica sabendo no Livro "Ney Matogrosso.

Contra o Livre Arbítrio


 

“Uma das objeções mais comuns à minha posição sobre o livre arbítrio é que aceitá-lo poderia ter consequências terríveis, psicológica ou socialmente.

Esta é uma réplica estranha, análoga à que muitas pessoas religiosas alegam contra o ateísmo: sem a crença em Deus, os seres humanos deixarão de ser bons uns com os outros.

Ambas as respostas abandonam qualquer pretensão de se preocupar com o que é verdade e apenas mudam de assunto. Mas isso não significa que nunca devamos preocupar-nos com os efeitos práticos de manter crenças específicas. [...]

Será que o livre arbítrio seria de alguma forma necessário para que a bondade se manifestasse? Como, por exemplo, alguém se torna cirurgião pediátrico?

Bem, primeiro você deve nascer com um sistema nervoso intacto e depois receber uma educação adequada. Não há liberdade lá, receio.

Você também deve ter talento físico para o trabalho e evitar quebrar as mãos no rugby. Escusado será dizer que não é bom ser alguém que desmaia ao ver sangue. Considere essas conquistas como boa sorte também.

Em algum momento você terá que decidir se tornar um cirurgião - provavelmente como resultado de primeiro querer se tornar um. Você será a fonte consciente desse desejo?

Você será responsável por isso prevalecer sobre todas as outras coisas que você deseja, mas que são incompatíveis com a carreira médica? Não.

Se você conseguir se tornar um cirurgião, simplesmente se verá um dia, com o bisturi na mão, na confluência de todas as causas genéticas e ambientais que o levaram a se desenvolver nessa linha.

Nenhum desses eventos exige que você, o sujeito consciente, seja a causa última de suas aspirações, habilidades e comportamento resultante. E, nem é preciso dizer, você não pode levar nenhum crédito pelo fato de não ter nascido psicopata.

É claro que não estou dizendo que você pode se tornar um cirurgião por acidente - você deve fazer muitas coisas, deliberadamente e bem, e na sequência apropriada, ano após ano.

Tornar-se cirurgião exige esforço. Mas você pode receber o crédito por sua disposição de fazer esse esforço? Para inverter a situação, sou responsável pelo fato de nunca me ter ocorrido que gostaria de ser cirurgião?

Quem leva a culpa pela minha falta de inspiração? E se o desejo de ser cirurgião surgir de repente amanhã e se tornar tão intenso que eu abandone meus outros objetivos profissionais e me matricule na faculdade de medicina?

Será que eu – isto é, a parte de mim que está realmente vivenciando a minha vida – seria a verdadeira causa desses desenvolvimentos?

Cada momento de esforço consciente – cada pensamento, intenção e decisão – terá sido causado por eventos dos quais não tenho consciência. Onde está o livre arbítrio nisso?" -

Sam Harris, Vida sem livre arbítrio, 9 de setembro de 2012