O Mosteiro de Sumela é um
mosteiro ortodoxo grego, situado no sopé de um penhasco em frente ao vale de
Altındere, na região de Maçka, na província de Trebizonda, na atual Turquia.
Está localizado a uma
altitude de aproximadamente 1 200 metros, sendo uma grande atração turística do
Parque Nacional de Altindere.
Foi fundado no ano de 386
d.C. durante o reinado do imperador Teodósio I (375-395). Diz a lenda que dois
padres se comprometeram a fundar um mosteiro no lugar, depois de ter descoberto
um ícone milagroso da Virgem Maria em uma caverna na montanha.
Durante sua longa história,
o mosteiro caiu em ruínas várias vezes e foi restaurado por vários imperadores
bizantinos. Durante o século VI, foi restaurado e ampliado pelo general
Belisário a mando de Justiniano.
Atingiu sua forma atual no
século XIII depois de ganhar destaque durante o reinado de Aleixo III (1349-1390)
do Império de Trebizonda, (criado em 1204). Naquele tempo, ao mosteiro era
concedido anualmente uma quantidade de fundos imperiais.
Durante os reinados de
Manuel III, filho de Aleixo III, e dos príncipes subsequentes, Sumela ganhou
mais riqueza através de subsídios imperiais. Após a conquista pelos otomanos
liderados pelo sultão Maomé II, o Conquistador em 1461, lhe foi concedida a
proteção por ordem do sultão e que foi renovada pelos sultões sucessivos.
Monges e viajantes puderam
assim continuar a viagem até lá ao longo dos anos, e o mosteiro continuou
extremamente popular até ao século XIX. Em 1682 e por mais algumas décadas
abrigou o Phrontisterion de Trapezous (Escola de Trebizonda), uma conhecida
instituição grega educacional da região.
Depois de uma breve
ocupação de Trebizonda pelo Império Russo de 1916 a 1918. O Mosteiro foi
abandonado em 1923, na sequência da troca de populações entre a Grécia e a
Turquia, de acordo com o Tratado de Lausanne que definiu as fronteiras da
Turquia moderna.
Os monges foram obrigados
partir e não foram autorizados a tomar qualquer propriedade com eles, pelo que
enterram o famoso ícone de Sumela sob o chão do mosteiro na capela de Santa
Bárbara.
Em 1930, um monge
secretamente retornou ao Sumela e recuperou o ícone, transferindo-o para o novo
Mosteiro de Soumela Panagia, nas encostas do Monte Vermio perto da cidade de
Naousa, na Macedónia, Grécia.
Hoje a função principal do
mosteiro é ser uma atração turística. Sua localização, com vista para as
florestas e riachos abaixo, o torna extremamente popular pela sua atração
estética, bem como pelo seu significado cultural e religioso. Em 15 de agosto
de 2010 a liturgia Ortodoxa foi novamente permitida no mosteiro, depois de
décadas de proibição.
Os principais elementos que
compõem o complexo arquitetônico do mosteiro são a igreja, várias capelas,
cozinhas, salas de estudo, uma pousada, uma biblioteca, e uma fonte sagrado
venerada tanto pelos gregos ortodoxos como pelos muçulmanos.
Existe ainda um aqueduto de
grandes dimensões, que alimentava de água o mosteiro, compostos por inúmeros
arcos sustentando o canal de transporte de água, o qual ao longo dos tempos têm
sido alvo de vários restauros.
O acesso ao complexo
monástico é feito através de uma longa e íngreme escada, a qual termina na
caverna onde está implantada a igreja principal, após passar por duas salas da
guarda.
A influência da arquitetura
otomana está amplamente representada e faz-se notar principalmente nos
armários, nichos e lareiras dos quartos nos edifícios que rodeiam o pátio.
Os frescos do mosteiro
estão severamente danificados, o tema principal era composto por cenas bíblicas
contando a história de Cristo e da Virgem Maria, porém as suas configurações
originais foram removidas na sua larga maioria. Fonte: Wikipédia.