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segunda-feira, outubro 16, 2023

A Inquisição ou Santa Inquisição

 

 

A Inquisição, ou Santa Inquisição foi um grupo de instituições dentro do sistema jurídico da Igreja Católica Romana cujo objetivo era combater a heresia, blasfêmia, bruxaria e costumes considerados desviantes. 

Violência, tortura, ou a simples ameaça da sua aplicação, foram usadas pela Inquisição para extrair confissões dos hereges. Começou no século XII na França para combater as dissidências religiosas, em particular, em relação aos cátaros e valdenses.

Entre os outros grupos que foram investigados pela Inquisição Medieval encontram-se os fraticellis, os hussitas (seguidores de Jan Hus) e as beguinas, e os conversos.

 A partir da década de 1250, os inquisidores eram geralmente escolhidos entre os membros da Ordem Dominicana para substituir a prática anterior de utilizar clérigos locais como juízes. 

O termo Inquisição medieval cobre os tribunais do século XII até meados do século XV.

No final da Idade Média e início do Renascimento, o conceito e o alcance da Inquisição foram significativamente ampliados em resposta à Reforma Protestante e à Contrarreforma Católica. Alargou-se a outros países europeus, resultando nas Inquisição Espanhola e Portuguesa.

Esses dois reinos em particular operavam tribunais inquisitoriais ao longo de seus respectivos impérios (o Espanhol e o Português) na América, Ásia e África (resultando nas Inquisições Goesa, Peruana e Mexicana, entre outras). 

Um foco particular das inquisições espanhola e portuguesa foram os conversos, ou seja, judeus e muçulmanos que se tinham convertido ao catolicismo, e que eram considerados suspeitos de secretamente terem voltado a praticar suas religiões anteriores.

A instituição da Inquisição persistiu até o início do século XIX (exceto dentro dos Estados Pontifícios), após as guerras napoleônicas na Europa e depois das guerras hispano-americanas de independência na América.

Sobreviveu como parte da Cúria Romana, e recebeu um novo nome em 1908, sob o Papa Pio X, como "Sacra Congregação do Santo Ofício".

Em 1965, por ocasião do Concilio Vaticano II, durante o pontificado de Paulo VI e em clima de grandes transformações na Igreja após o papado de João XXIII, assumiu o seu nome atual: Congregação para a Doutrina da Fé.


Animais com cérebros mais simples são menos sencientes?


 

Uma visão por vezes defendida é a de que os animais que possuem cérebros mais simples são "menos sencientes" do que animais que possuem cérebros mais complexos.

Pela mesma razão, também é defendido que há estágios na vida de um mesmo indivíduo em que ele é menos senciente, como no caso de um feto já senciente (em comparação à depois de nascer) e em casos de demência.

Quem adota essa visão normalmente defende também que, por isso, estaria justificado hierarquizar a consideração moral devida aos animais: acima os humanos, depois os outros primatas, depois os outros mamíferos, e assim por diante.

Essa visão também é utilizada para defender que devemos uma consideração maior a adultos do que a filhotes. Entretanto, essa visão confunde três conceitos distintos: senciência, valência e cognição. Vejamos:

Senciência

A senciência é a capacidade de ter experiências. É a diferença entre ser algo e ser alguém. Um sapato é algo porque não é capaz de experiências, não tem uma consciência.

Não há o ponto de vista do sapato. Já o que há de comum entre um humano, uma galinha, um peixe e uma abelha é que são sencientes: há alguém "dentro" daqueles corpos, possuem consciência.

Nesse sentido, senciência é uma questão binária: ou se é senciente, ou não se é. Não há graus do quanto se é uma coisa ou do quanto se é alguém. Um ser com um cérebro muito simples é tão alguém quanto é um ser com um cérebro muito complexo.

Valência

O que existe são graus de valência, que dizem respeito ao quão positivas ou negativas são as experiências. Por exemplo, se bato de leve meu braço na parede, terei uma sensação de dor leve, mas, se quebrou uma perna, terei uma dor intensa.

Entretanto, isso não implica que, ao compararmos as sensações que dois tipos de seres estão sentindo, sempre um deles terá a sensação mais intensa.

Por exemplo, imaginemos que, certo dia, um humano quebra uma perna e um porco sofre um arranhão leve. Nesse caso, a sensação que o humano está sentido é mais intensa. Entretanto, suponha que no dia seguinte acontece o oposto. Nesse caso, a sensação que o porco sente é mais intensa.

É claro, é bastante possível que seres diferentes tenham intensidades de valência diferentes diante de um mesmo estímulo. Por exemplo, um tapa de mesma intensidade em um adulto e em um bebê provavelmente doerão muito mais no bebê (e isso é assim mesmo que os adultos tenham um grau de cognição maior).

Há animais que sentem de maneira mais intensa do que outros, diante de um mesmo estímulo, em todas as situações?

É possível, mas muito provavelmente de maneira contrária àquela pressuposta pela visão que estamos a discutir. Por razões evolutivas, é possível que cérebros menos complexos sintam de maneira mais intensa.

Vejamos por que:

Por pressão seletiva, é bastante possível que a valência seja mais intensa em estágios onde o animal não possui certas capacidades cognitivas desenvolvidas (por exemplo, quando são ainda filhotes, ou mesmo antes de nascerem ou de saírem dos ovos, desde que seu sistema nervoso já esteja formado).

Isso seria assim porque nesses estágios, como não possuem as capacidades cognitivas desenvolvidas ainda, a única motivação que teriam para o seu comportamento e aprendizado seria evitar experiências negativas e buscar experiências positivas.

Isso é especialmente verdadeiro no caso de animais precociais, pois precisam ser bastante ativos para poderem quebrar a casca e sair do ovo, e também para terem alguma chance de sobreviver após saírem do ovo, uma vez que na maioria das espécies ovíparas os filhotes não recebem cuidado parental.

Isto é, por pressão seletiva, é bastante possível que animais com capacidades cognitivas menos desenvolvidas sintam de maneira ainda mais intensa. Isso é assim tanto se compararmos adultos e filhotes de uma mesma espécie, quanto se compararmos animais de espécies diferentes.

Grau de cognição

Já o grau de cognição é outra coisa, completamente distinta. Diz respeito ao quão inteligente é determinado animal. Isso não torna um animal mais senciente do que outro.

Seres pouco inteligentes são tão "alguém" quanto são seres muito inteligentes. Vimos também que sua menor inteligência também não faz com que suas experiências sejam menos intensas.

Como vimos no parágrafo anterior, é possível que seja ainda mais intensa. Richard Ryder, criador do termo especismo, enfatiza esse ponto: "Suas experiências podem ser mais simples do que as nossas, mas serão menos intensas?

Talvez a dor primitiva que uma lagarta sente ao ser esmagada seja maior do que nossos sofrimentos mais sofisticados".

Claro, há certas formas de alguém ser prejudicado que dependem de sua capacidade cognitiva. Somente alguém que entende que vai morrer daqui a algumas horas é capaz de sofrer por antecipação à sua morte.

Somente seres que se lembram de acontecimentos negativos passados podem sofrer por conta disso. Entretanto, como ilustra o caso dos bebês, existem vários outros contextos onde é a menor capacidade cognitiva que implica no sofrimento maior. Em resumo, não há uma correlação necessária entre maior capacidade cognitiva e experiência mais intensa.

Dadas as razões apresentadas acima, parece não haver como justificar dar uma consideração menor a seres cognitivamente menos capazes, com base na alegação de que são "menos sencientes" pois, como vimos, tal alegação não parece se sustentar.

 

Não há como conciliar ciência com religião, afirma Hawking


Não há como conciliar ciência com religião, afirma HawkingAos 21 anos, o físico e cosmólogo Stephen Hawking (na ilustração) recebeu a pior notícia de sua vida: os médicos diagnosticaram que ele era portador de uma rara doença degenerativa.

Uma atípica esclerose lateral amiotrófica, o que o deixou sem fala e imobilizou gradualmente todo o seu corpo.

Pessoas com essa doença morrem em média 14 meses após o diagnóstico. No entanto, o físico, que “fala” por intermédio de um computador, ultrapassou os 70 anos de vida. Para ele, não se trata de milagre. Hawking é ateu.

Stephen William Hawking nasceu no dia 8 de janeiro de 1942 em Oxford, na Grã-Bretanha. Divorciado, casou-se duas vezes. Tem três filhos.

É o mais famoso físico da atualidade. É teórico da termodinâmica, mecânica quântica e relatividade.

Em 1974, ele chamou a atenção da comunidade científica ao defender haver um vínculo entre a gravidade e a teoria quântica.

É um divulgador da ciência e cosmologia. Escreveu vários livros - o mais conhecido deles é “Uma Breve História do Tempo: do Big Bang aos Buracos Negros”, que, lançado em 1988 vendeu milhões de exemplares. O livro foi best-seller também no Brasil.

Ele tem participado de programas na TV e aparecido em séries como “Star Trek” e “Os Simpsons”. 

Em alguns de seus livros, Hawking faz referência a “Deus”, mas, “metaforicamente”, explica.

Para ele, a ciência e religião estão em confronto entre si. E o que vencerá é o conhecimento científico porque se baseia na observação e na razão, e, por isso, funciona. Já a religião, disse, tem como base a autoridade.

Disse em uma entrevista que a vida após a morte é um conto de fada e é para “quem tem medo de escuro”.

Hawking morreu em sua casa em Cambridge, Inglaterra, no começo da manhã de 14 de março de 2018, com a idade de 76 anos

 

domingo, outubro 15, 2023

A Cerveja


 

“Beba cerveja e você vai dormir. Durma e você evitará o pecado. Evite o pecado e você será salvo. Portanto, beba cerveja e você será salvo.”

Provérbio Alemão Medieval

Este provérbio pode ser interpretado de várias maneiras. Em um nível superficial, ele parece sugerir que beber cerveja é um caminho para evitar o pecado e, portanto, alcançar a salvação.

Na Idade Média, a cerveja era uma bebida comum e importante, muitas vezes mais segura para o consumo do que a água não tratada, devido ao processo de fermentação que matava bactérias.

Dessa forma, o ato de beber cerveja poderia ser visto como algo benéfico para a saúde e o bem-estar das pessoas, o que, por sua vez, poderia ser considerado como evitando pecados relacionados à negligência de cuidar de si mesmo.

Além disso, a cultura medieval estava profundamente enraizada na religião cristã, e a ideia de evitar o pecado para alcançar a salvação era uma preocupação central. Portanto, o provérbio também pode ser interpretado como uma maneira humorística de enfatizar a importância de levar uma vida virtuosa.

A Cerveja

A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada. Acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas que foram criadas pelo ser humano. 

Atualmente, é a terceira bebida mais popular do mundo, logo depois da água e do do café. É a bebida alcoólica mais consumida no mundo atualmente.

História

Historicamente, a cerveja já era conhecida pelos antigos sumérios, egípcios, mesopotâmios e iberos, remontando, pelo menos, a 6 000 a.C. A agricultura surgiu na Mesopotâmia em um período entre a revolução do Neolítico e a Idade dos Metais.

A mais antiga lei que regulamenta a produção e a venda de cerveja é a Estela de Hamurabi, que data de 1 760 a.C. Nela, se condena à morte quem não respeita os critérios de produção de cerveja indicados.

Incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja, relacionando direitos e deveres dos clientes das tabernas. 

O Código de Hamurabi também estabelecia uma ração diária de cerveja para o povo da Babilônia: 2 litros para os trabalhadores, 3 para os funcionários públicos e 5 para os administradores e o sumo sacerdote.

O código também impunha punições severas para os taberneiros que tentassem enganar os seus clientes.

A notícia mais antiga que se tem da cerveja vem de 2 600 a 2 350 a.C. Desta época, arqueólogos encontraram menção no Hino a Ninkasi, a deusa da cerveja, de que os sumérios já produziam a bebida.

Já na babilônia dá-se conta da existência de diferentes tipos de cerveja, originadas de diversas combinações de plantas e aromas, e o uso de diferentes quantidades de mel. Mesopotâmios estavam bebendo cerveja de vasos individuais há 3.500 anos.

Posteriormente, no antigo Egito, a cerveja, segundo o escritor grego Ateneu de Náucrates (século III), teria sido inventada para ajudar a quem não tinha como pagar o vinho.

Inscrições em hieróglifos e obras artísticas testemunham o gosto deste povo pelo henket ou zythum, apreciado por todas as camadas sociais.

Até um dos faraós Remesses III (r. 1184–1153 a.C.), passou a ser conhecido como "faraó-cervejeiro" após doar, aos sacerdotes do Templo de Amon, 466 308 ânforas ou aproximadamente um milhão de litros de cerveja provenientes de suas cervejarias.

Praticamente qualquer açúcar ou alimento que contenha amido pode, naturalmente, sofrer fermentação alcoólica. Assim, bebidas semelhantes à cerveja foram inventadas de forma independente em diversas sociedades em redor do mundo.

Na Mesopotâmia, a mais antiga evidência referente à cerveja está numa tabua sumeriana com cerca de 6000 anos de idade na qual se veem pessoas tomando uma bebida através de juncos de uma tigela comunitária.

A cerveja também é mencionada na Epopeia de Gilgamesh. Um poema sumeriano de 3900 anos homenageando a deusa dos cervejeiros, Ninkasi, contém a mais antiga receita que sobreviveu, descrevendo a produção de cerveja de cevada utilizando pão.

A cerveja teve alguma importância na vida dos primeiros romanos, mas, durante a Republica Romana, o vinho destronou a cerveja como a bebida alcoólica preferida, passando está a ser considerada uma bebida própria de bárbaros. Tácito, em seus dias, escreveu depreciativamente acerca da cerveja preparada pelos povos germânicos.

Na Idade Média, vários mosteiros fabricavam cerveja, empregando diversas ervas para aromatiza-la, como mírica, rosmarino, louro, sálvia, gengibre e o lúpulo, este utilizado até hoje e introduzido no processo de fabricação da cerveja entre os anos 700 e 800.

O uso de lúpulo para dar o gosto amargo da cerveja e para preservá-la é atribuída aos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. Houve um tempo em que o papel da levedura na fermentação era desconhecido.

Na Era Viquingue, cada família tinha sua própria vara de cerveja que eles usavam para agitar a bebida durante a produção. Estas varas de cerveja eram consideradas herança de família, porque era o uso da vara que garantia que a cerveja daria certo.

Hoje em dia, sabe-se que estas varas continham uma cultura bacteriana de levedura. A Reinheitsgebot ("Lei da Pureza da Cerveja" Alemã de 1516) - definia os únicos materiais permitidos para fabricação de cerveja como sendo malte, lúpulo e água.

Com a descoberta do fermento e de sua função no final da década de 1860 por Louis Pasteur, a lei teve que ser alterada. 

A maior parte das cervejas, até tempos relativamente recentes, eram do tipo que agora chamamos de Ales. As Lagers foram descobertas por acidente no século XVI, quando a cerveja era estocada em frias cavernas por longos períodos; desde então, elas ultrapassaram largamente as cervejas tipo ale em volume.

O lúpulo é cultivado na França desde o século IX. O mais antigo escrito remanescente a registrar o uso do lúpulo na cerveja data de 1067 pela abadessa Hildegarda de Bingen: "Se alguém pretender fazer cerveja da aveia, deve prepará-la com lúpulo."

No século XV, na Inglaterra, a fermentação sem lúpulo podia dar origem a uma bebida tipo ale - o uso do lúpulo torná-la-ia uma cerveja. A cerveja com lúpulo era importada para a Inglaterra (a partir dos Países Baixos) desde cerca de 1400, em Winchester.

O lúpulo passou a ser cultivado na ilha a partir de 1428. A Companhia dos Fabricantes de Cerveja de Londres foi longe a ponto de especificar que "nenhum lúpulo, ervas, ou coisa semelhante será colocada dentro de nenhuma ale ou bebida alcoólica enquanto a ale estiver sendo feita - mas somente um licor (água), malte e uma levedura". Contudo, por volta do século XVI, "ale" veio a referir-se a qualquer cerveja forte, e todas as ales e cervejas continham lúpulo.

Ingredientes

Os ingredientes básicos da cerveja são: água; uma fonte de amido, tais como malte de cevada, capaz de ser sacarificado (convertidos em açucares), então fermentados (convertido em álcool e dióxido de carbono); uma levedura de cerveja para produzir a fermentação, e o lúpulo. 

Uma mistura de fontes de amido pode ser usada, com uma fonte secundária de amido, como o milho ou arroz, sendo muitas vezes denominado um adjunto, especialmente quando utilizado quando o objetivo é obter uma cerveja mais leve e refrescante.

Já a adjunção de outros cereais não maltados como a aveia e o centeio confere um caráter mais encorpado à cerveja. Fontes de amido menos utilizadas incluem milho, sorgo, raiz de mandioca na África, tubérculo de batata no Brasil, e agave no México, entre outros. 



Os beduínos


 

Os beduínos são parte de um grupo árabe habitante dos desertos, tradicionalmente dividido em tribos ou clãs. O termo "beduíno" deriva de uma forma plural da palavra árabe badawī, como pronunciado em dialetos coloquiais.

O termo árabe badawī deriva da palavra bādiyah, que significa deserto semiárido. O termo "beduínos" significa, portanto, "pessoas do deserto".

Os beduínos são originários da Arábia e, no século VII, durante as conquistas árabes, expandiram-se pelo Norte da África. Os beduínos, no século XXI estão organizados em tribos que falam a língua badawi e consideram-se descendentes dos árabes.

Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos coraixitas habitavam a região litorânea e viviam do comércio fixo.

Na península Arábica, onde sempre viveram os grupos principais, as difíceis condições de vida no deserto geraram conflitos pelo uso de poços de água e pastagens, levando bandos de beduínos a eventuais ataques a caravanas e outras formas de roubo contra vizinhos e forasteiros. 

Na difícil vida no deserto, o camelo é fundamental para a sua sobrevivência. Além de meio de transporte, o animal fornece leite, carne e a pele.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o estilo de vida desse povo começou a modificar-se. Submetidos ao controle dos governos dos países onde viviam, eles passaram a enfrentar dificuldades para perambular à vontade como nômades.

O número de beduínos diminuiu, e hoje o estilo de vida deles é cada vez mais sedentário. Entretanto, a fervorosa adesão ao islamismo e o caráter tribal das sociedades permanece.

Cada grupo reúne várias famílias sob a liderança máxima de um chefe hereditário (xeque). As várias tribos também têm estatuto diferente. Algumas são consideradas "nobres", porque teriam ancestrais importantes.

Outras, "sem ancestrais", servem às de maior status, com seus membros atuando como artesãos, ferreiros, artistas ou fazendo outros tipos de trabalho.

Vamos falar sobre a verdade?


 

A verdade na ciência refere-se à compreensão mais precisa e precisa que os cientistas têm sobre o mundo natural com base em evidências empiricamente verificáveis.

A ciência busca descobrir e descrever leis e princípios que governam o funcionamento do universo, e essas descobertas são consideradas verdadeiras dentro do contexto da teoria científica atual.

No entanto, é importante notar que a ciência não busca a verdade absoluta ou final, mas sim uma compreensão cada vez mais precisa e refinada do mundo natural.

As teorias científicas estão sempre sujeitas a revisão e ajustes à medida que novas evidências são coletadas e novas descobertas são feitas. Portanto, o que é considerado verdade na ciência pode mudar ao longo do tempo à medida que nosso conhecimento se expande e se aprofunda.

Em resumo, a verdade na ciência é uma representação atualizada e confiável do mundo natural com base em evidências e métodos científicos, mas está sempre sujeita a revisão e ajustes à medida que nossa compreensão evolui.

 Já no campo da filosofia o tema torna-se muito mais amplo com múltiplas perspectivas e nuances de pensamentos tais quais descritos como ''formas'' que a verdade se apresenta as seguintes:

Correspondência:

A teoria da correspondência afirma que uma afirmação é verdadeira quando corresponde ou se adequa aos fatos do mundo. Em outras palavras, a verdade é uma relação entre uma proposição e o estado de coisas que ela descreve. Por exemplo, a afirmação "o céu é azul" é verdadeira se o céu de fato for azul.

Coerência:

A teoria da coerência sugere que a verdade está relacionada à consistência interna de um conjunto de afirmações ou crenças. Se as afirmações se encaixam logicamente umas nas outras, então elas são consideradas verdadeiras. Essa abordagem é frequentemente aplicada na filosofia da lógica e da epistemologia

Pragmatismo:

O pragmatismo, associado a filósofos como William James e Charles Peirce, argumenta que a verdade está vinculada à utilidade prática das crenças. Em outras palavras, uma afirmação é verdadeira se funcionar bem na prática e levar a resultados desejados. A ênfase aqui está no valor das crenças para a ação humana.

Relativismo:

O relativismo sustenta que a verdade é relativa e depende do contexto cultural, social ou individual. De acordo com essa perspectiva, o que é considerado verdadeiro pode variar de uma cultura para outra ou de uma pessoa para outra.

Princípio da Pragmática:

Filósofos como Richard Rorty argumentam que não há uma verdade objetiva ou absoluta. Em vez disso, a verdade é moldada pelas práticas linguísticas e sociais, e as crenças verdadeiras são aquelas que são socialmente aceitas em uma determinada comunidade.

É importante se ater ao fato de que essas percepções da verdade tendem a destoar muito mas em suma elas acabam sendo em última instancia derivações de uma mesma raiz/origem, que é a afirmação de que algo é ou não factível e ''verdadeiro'' por mais redundante que isso possa soar.

Considerando tudo isso, provavelmente de todas a ideia de valor epistêmico relacionadas a verdade a mais polemica seja a da verdade absoluta, que seria em suma uma verdade evidentemente inegável, muitos associam isso a ideia de um deus absoluto como uma verdade, mas debater essa questão passa longe de ser algo de monopólio religioso.

Como ateu, reconheço a existência das verdades empíricas e temporais das ciências naturais, mas não vejo de forma alguma como seria possível negar a existência de verdades absolutas.

Por exemplo, a afirmação "2 + 2 = 4" é universalmente verdadeira, independentemente do contexto ou da perspectiva, ou o clássico argumento logico de que seria contradição performativa a própria afirmação de não existirem verdades absolutas, já que por si só a afirmar já se pressupõe que essa afirmação fosse uma verdade, a priori.

O Tema da verdade é muito interessante não é ''verdade''?

A/D

sábado, outubro 14, 2023

Em nome de Deus! - O Papa Sorriso, morreu quando fazia apenas 33 dias que fora eleito.


*Uma investigação em torno do assassinato de João Paulo I. 

Tarde da noite de 28 de setembro ou cedo na manhã de 29 de setembro de 1978, o Papa João Paulo I, Albino Luciani, conhecido como o Papa Sorriso, morreu quando fazia apenas 33 dias que fora eleito.

A causa da morte - sem o laudo pericial de uma autópsia - foi anunciado pelo Vaticano à imprensa mundial como tendo sido um "infarto do miocárdio". 

David Yallop começou a investigar essa morte a pedido de pessoas residentes na Cidade do Vaticano, inconformadas com o silêncio que pesava sobre as verdadeiras circunstâncias a respeito da descoberta do corpo do Papa. 

Durante a contínua e intensa pesquisa que realizou nos três anos seguintes, Yallop iria descobrir - como Albino Luciani havia descoberto durante seu pontificado - a existência de uma cadeia de corrupção, ligando figuras de proa nos círculos financeiros, políticos, clericais e do crime numa conspiração de âmbito mundial.

Um feroz inimigo da corrupção, a despeito de seu modo humilde e cortês, Albino Luciani não chegou a viver para colocar em ordem a casa que agora chefiava.

O novo Papa havia iniciado uma revolução. Havia ordenado uma investigação no Banco do Vaticano, e especificamente nos métodos empregados pelo seu Presidente, o Bispo Paul Marcinkus.

Ele estava a ponto de efetuar uma radical mudança de postos no staff do Vaticano e havia discutido uma lista de remoções com o seu Secretário de Estado, o Cardeal Jean Villot (cujo nome constava da lista), na última noite da sua vida.

Essa lista tinha relação direta com outra em poder do Papa - uma lista de clérigos dentro do Vaticano que pertenciam à Maçonaria - fato que por si só justificava imediata excomunhão da Igreja Católica Romana.

Luciani sabia também de um informal e ilegal ramo da Maçonaria, chamado P2, que se estendendo muito além dos limites da Itália, na sua acumulação de riqueza e poder, havia certamente penetrado no Vaticano, envolvendo padres, bispos e até mesmo cardeais.

Causava, porém, alarme talvez ainda maior o fato de que Luciani estava planejando adotar uma posição liberal na controvertida questão do controle da natalidade. 

Em flagrante contraste com a impressão mais tarde dominante da inflexibilidade do Papa com respeito a esse tópico, Luciani havia de fato planejado receber no mês seguinte uma delegação do Congresso americano enviada pelo Departamento de Estado para discutir a questão do controle populacional.

Seis homens em particular tinham razões poderosas para quererem controlar as atividades do Papa João Paulo I. Além do Bispo Marcinkus e do Cardeal Villot, no Vaticano, o banqueiro siciliano Michele Sindona estava em Nova York resistindo às tentativas do Governo Italiano de conseguir sua extradição a rede de irregularidades no Banco do Vaticano, que a nova investigação do Papa iria inevitavelmente revelar, incluía a "lavagem" do dinheiro da Máfia, com isso levando o assunto de volta a Sindona, através de suas antigas ligações com Roberto Calvi.

Em Chicago, o chefe da mais rica arquidiocese do mundo, Cardeal Cody, estava a pique de ser removido pelo novo Papa. Sobre pelo menos três desses homens pairava a sombra de um outro, Licio Gelli - o "Titereiro", que controlava a loja maçônica P2 e através dela controlava a Itália.

As revelações de David Yallop mostram em detalhes as atividades financeiras criminosas que levaram ao suborno, chantagem e, indo além em mais de uma oportunidade, ao assassinato. 

Yallop está convencido de que o assassinato era o destino que aguardava o Papa João Paulo I, Albino Luciani, e apresenta neste livro as provas de sua convicção.

O primeiro livro de David Yallop, To Encourage the Others (Para Encorajar os Outros), levou o Governo Britânico a reabrir um caso de homicídio, cujo processo estava oficialmente encerrado na justiça havia 20 anos.

O livro provocou acalorados debates na TV inglesa, na Câmara dos Lordes e pronunciamento de diversos escritores, restando ao fim da polêmica a convicção pública de que houvera um grave erro judiciário.

Seu segundo livro, The Day the Laughter Stopped (O Dia em que o Riso Parou), foi aclamado nos dois lados do Atlântico como a biografia definitiva e a reabilitação póstuma do comediante do cinema mudo Roscoe (Fatty) Arbuckle, que ficou conhecido no Brasil com o apelido de Chico Bóia.

Essa obra esclareceu o mistério de um homicídio praticado havia 50 anos. Deliver Us From Evil (Livrai-nos do Mal) foi estimulado pelo desejo de Yallop de pôr um homem na cadeia, o tristemente célebre Estripador de Yorkshire, homicida que durante mais de cinco anos zombou dos esforços da polícia britânica para identificá-lo.

As conclusões do autor, certíssimas, resultaram na prisão do criminoso, após uma série horrenda de crimes em que as vítimas foram sempre mulheres. Pouco depois disso, David Yallop, nascido católico romano, foi solicitado a investigar a morte do Papa João Paulo I.

Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.” – Salmos, 137:9

 *Prefacio do livro de David Yallop “Em Nome de Deus,” uma investigação sobre a verdadeira causa da morte de João Paulo I. É uma verdadeira máfia esse Vaticano.