Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

sexta-feira, junho 16, 2023

Lago Retba, Senegal – Mais Salgado que o Mar Morto


Lago Retba, Senegal – Mais Salgado que o Mar Morto - O Lago Retba fica ao norte da península de Cap Vert, no Senegal, a cerca de 30 km a nordeste da capital, Dakar, no noroeste da África. 

O lago é separado do Oceano Atlântico apenas por um estreito corredor de dunas e recebe o nome de suas águas rosadas, causadas pelas algas Dunaliella salina.

As algas produzem um pigmento vermelho para auxiliar na absorção de luz, que fornece energia para criar ATP. A cor é particularmente visível durante a estação seca (de novembro a junho) e é menos visível durante a estação chuvosa (julho a outubro).

Quantidade de Sal

O lago é conhecido por seu alto teor de sal, até 40% em algumas áreas, tem mais sal do que o Mar Morto devido principalmente à entrada de água do mar e sua subsequente evaporação. 

Como o Mar Morto, o lago é suficientemente fluído para que as pessoas possam flutuar facilmente.

O sal é exportado para toda a região por até 3.000 colecionadores, homens e mulheres de toda a África Ocidental, que trabalham de 6 a 7 horas por dia, e protegem a pele com beurre de Karité (manteiga de karité), um emoliente produzido a partir de nozes de karité que ajuda a evitar danos nos tecidos.

O sal é usado pelos pescadores senegaleses para preservar o peixe, um componente de muitas receitas tradicionais, incluindo o prato nacional, uma refeição de peixe e arroz chamada thieboudienne.

Os peixes no lago se adaptaram ao seu alto teor de sal, desenvolvendo maneiras de bombear sal extra e manter seus níveis de água equilibrados. 

Os peixes são aproximadamente quatro vezes menores do que aqueles que vivem em um ambiente normal, como resultado do nanismo dos peixes de água salgada.

O lago é muito pequeno, tem apenas três quilômetros quadrados.

Nas margens do Lago Retba, você verá enormes montanhas de sal empilhadas umas sobre as outras que se sentaram e coletaram. O Senegal obtém muito sal desse lago.



 

quinta-feira, junho 15, 2023

O Império Romano



 

O Império Romano foi o período pós-republicano da antiga civilização romana, marcado por uma forma de governo autocrática conduzida por um imperador e por amplos domínios territoriais em volta do mar Mediterrâneo na Europa, África e Ásia.

A república que o antecedeu ao longo de cinco séculos encontrava-se numa circunstância de altiva instabilidade, na sequência de diversas guerras civis e agitações políticas, durante os quais Júlio César foi nomeado ditador perpétuo e assassinado em 44 a.C. 

As guerras civis culminaram na vitória de Otávio, filho adotivo de César, sobre Marco Antônio e Cleópatra na batalha de Áccio em 31 a.C. 

Detentor de uma autoridade inquestionável, em 27 a.C. o senado romano conferiu a Otávio poderes incondicionais e o novo título Augusto, assinalando desta forma o fim da república.

O período imperial prolongou-se por cerca de 500 anos. Os primeiros dois séculos foram marcados por um período de prosperidade e estabilidade política sem precedentes denominado Pax Romano.

Na sequência da vitória de Augusto e da posterior anexação do Egito, a dimensão do império aumentou admiravelmente.

Após o assassinato de Calígula em 41 d.C., o senado avaliou restaurar a república, o que levou a guerra pretoriana a proclamar Cláudio imperador.

Durante este período, assistiu-se ao maior alargamento do império desde a época de Augusto.

Após o suicídio de Nero em 68, teve início um breve período de guerra civil, durante o qual foram proclamados imperadores quatro generais.

Em 69, Vespasiano triunfou sobre os restantes, estabelecendo a dinastia flaviana. O seu filho, Tito, inaugurou o Coliseu de Roma, pouco após a erupção do Vesúvio.

Após o assassinato de Domiciano, o senado nomeou o primeiro dos cinco bons imperadores, período durante o qual o império atingiu o seu apogeu territorial no reinado de Trajano.

O assassinato de Cômodo em 192 desencadeou um período de conflito e declínio denominado ano dos cinco imperadores, do qual Septímio Severo saiu triunfante.

O assassinato de Alexandre Severo, em 235, levou à crise do terceiro século, durante a qual o senado proclamou 26 imperadores ao longo de cinquenta anos.

A imposição de uma Tetrarquia proporcionou um breve período de estabilidade, embora no final tenha desencadeado uma guerra civil que só terminou com o triunfo de Constantino em relação aos rivais.

Agora único governante do império, Constantino mudou a capital para Bizâncio, rebatizada Constantinopla em sua honra, a qual permaneceu capital do oriente até 1453.

Constantino também adotou o cristianismo, que mais tarde se tornaria a religião oficial do império.

A seguir à morte de Teodósio, o domínio imperial entrou em declínio como consequência de abusos de poder, guerras civis, migrações e invasões bárbaras, reformas militares e depressão econômica.

A deposição de Rômulo Augusto por Odoacro é o evento geralmente aceite para assinalar o fim do império ocidental.

No entanto, o Império Romano do Oriente prolongou-se por mais um milênio, tendo sido conquistado pelo Império Otomano em 1453.

O Império Romano foi uma das mais fortes potências econômicas, políticas e militares do seu tempo.

Foi o maior império da antiguidade Clássica e um dos maiores da História. No apogeu da sua extensão territorial exercia autoridade sobre mais de cinco milhões de quilômetros quadrados e uma população de mais de 70 milhões de pessoas, à época 21% da população mundial.

A longevidade e extensão do império proporcionaram uma vasta influência na língua, cultura, religião, técnicas, arquitetura, filosofia, lei e formas de governo dos estados que lhe sucederam.

Ao longo da Idade Média, foram feitas diversas tentativas de estabelecer sucessores do Império Romano, entre as quais o Império Latino e o Sacro Império Romano-Germânico.

A expressão colonial europeia, entre os séculos XV e XX, difundiu a cultura romana a uma escala mundial, desempenhando um papel significativo na construção do mundo contemporâneo.

Visão


 

A visão (a vista) é um dos cinco sentidos que permite aos seres vivos dotados de órgãos adequados, aprimorarem a percepção do mundo.

No entanto, os neuro anatomistas consideram que a visão depende não somente da intensidade, mas da forma do pulso de luz, e engloba de dois sentidos já que são diferentes os receptores responsáveis pela percepção da cor (i.e. pela estimativa da frequência dos fotões de luz) as cores, e pela percepção da luminosidade (i.e. pela estimativa do número de fotões de luz incidente) os bastonetes.

Vista desarmada ou a olho nu são expressões que significam olhar sem o uso de instrumentos.

A visão humana pode ser ampliada quando os olhos são armados com instrumentos ópticos, como o microscópio óptico ou como o microscópio eletrônico, que ampliam a visão de forma a nos permitir enxergar micróbios e corpos microscópicos que são corpos muito pequenos impossíveis de serem avistados a olho nu, ou seja, sem armar os olhos com esses instrumentos.

A visão humana pode ser armada também com telescópios para poder enxergar os corpos muito distantes, como estrelas situadas em outras galáxias muito distantes do planeta Terra.

A visão humana pode ser armada com outros instrumentos também, como binóculos infravermelho, que nos permite ter uma visão noturna. O observador armado com o binóculo infravermelho capta essa luz infravermelha que reflete os corpos no ambiente escuro e assim consegue enxergar tudo, embora tudo esteja no escuro.

Com esses binóculos também é possível visualizar a luz infravermelha que é emitida pelos corpos que estão emitindo calor, permitindo assim distinguir no escuro os corpos mais quentes dos corpos mais frios.

Existem outros instrumentos e aparelhos que nos permitem a visão de raios X, a visão através da imunofluorescência, a visão através da ressonância magnética dentre outras técnicas mais sofisticadas ainda que são utilizadas tanto pela Astronomia quanto pela Medicina para diagnósticos por imagem.

"Meu coração saltou-me aos olhos e te viu, depois, voltou ao peito e começou a te amar!"

(Francisco Silva Sousa) 


A noite chegou



"Mas a noite chegou. É a hora estranha e ambígua em que se fecham as cortinas do céu e se iluminam as cidades. Os revérberos se sobressaem sobre a púrpura do poente. 

Honestos ou desonestos, sensatos ou insanos, os homens dizem consigo: 'Enfim, acabou-se o dia!

Os plácidos e os de má índole pensam no prazer e todos acorrem ao lugar de sua preferência para beber a taça do esquecimento."

(Charles Baudelaire)

A noite é o período ocorrido durante a rotação da Terra em que não é recebida a luz do Sol, ou seja, aquela determinada região encontra-se na parte escura do planeta, é o período do dia compreendido entre o pôr e o Nascer do Sol.

Seu período de duração varia consoante a estação do ano e o local da Terra onde se encontra: é maior no inverno e menor no verão; maior nos polos, menor nos trópicos. A noite também pode ser somente o período do dia que vai das 18:00 às 23:59, situando-se entre a tarde e a madrugada.

Biologia

A maioria dos seres vivos tem na noite o período de descanso, muitas vezes com profundas alterações no metabolismo, tais como: redução dos batimentos cardíacos, diminuição da temperatura corporal (animais homeotérmicos) ou substituição da fotossíntese pela respiração (vegetais superiores).

São denominados noctívagos os seres que têm o período noturno como o de maior atividade, tais como morcegos, anfíbios, etc. A noite é, para algumas tribos, a hora das trevas reinarem e assim, esperarem até o sol sair de novo para poder pescar, caçar, etc.

quarta-feira, junho 14, 2023

João do Pulo - No Salto Triplo bateu o recorde mundial da modalidade.



João do Pulo - No Salto Triplo bateu o recorde mundial da modalidade. - João do Pulo - Em 1975, a palavra Salto Triplo entrou no vocabulário dos brasileiros. Nos jogos Pan Americanos no México, João Carlos de Oliveira bateu o recorde mundial da modalidade.

Nessa época, ficamos sabendo que o Brasil já tinha uma tradição de vitórias no salto triplo que começou com o Bi Campeão olímpico Ademar Ferreira da Silva nos anos 50.

João foi a principal estrela da delegação brasileira nas Olimpíadas de Montreal em 1976. Porém, uma inflamação no nervo ciático prejudicou seu desempenho. Mesmo assim ele garantiu a medalha de Bronze.

Em 1980 em Moscou, no meio da Guerra fria, com o boicote dos EUA e vários países aliados, João tinha grande chance de garantir o ouro na modalidade.

Seu recorde de 1975 só iria ser superado dez anos depois. Porém ele foi envolvido em uma patriotada dos soviéticos.

João Carlos de Oliveira, conhecido como João do Pulo nasceu em Pindamonhangaba em 28 de maio de 1954, foi um atleta, especializado em saltos, sendo ex-recordista mundial do salto triplo, medalhista olímpico e tetracampeão Pan-americano no triplo e no salto em distância.

João Carlos de Oliveira também foi um militar e foi por deputado estadual por São Paulo.

Carreira

Órfão de mãe começou a trabalhar aos sete anos de idade, como lavador de carros. Em 1973, treinado pelo então professor da USP Pedro Henrique de Toledo, o Pedrão, quebrou o recorde mundial Júnior de salto triplo no Campeonato Sul Americano de Atletismo com a marca de 14,75 m.

Em 1975, já como atleta adulto nos Jogos Pan Americanos da Cidade do México, o cabo do Exército Brasileiro conquistou a medalha de ouro no salto em distância com a marca de 8,19 m e, em 15 de outubro, também a medalha de ouro no salto triplo, com a incrível marca de 17,89 m, quebrando o recorde mundial desta modalidade em 45 cm, e que pertencia ao soviético Viktor Saneyev.

Era o favorito à medalha de ouro no salto triplo nos jogos Olimpíadas de Montreal, mas convalescendo de uma cirurgia na barriga, saltou apenas 16,90 m e foi superado por Saneyev (17,29 m) e pelo norte-americano James Butts (17,18 m), ficando com a medalha de bronze. Além disso, foi quarto colocado no salto em distância.

Nos Jogos Pan-americanos de Porto Rico, tornou-se bicampeão tanto do salto triplo como do salto em distância, acumulando um tetracampeonato Pan-americano em duas provas. Neste último, derrotou ninguém menos que o futuro tetracampeão olímpico da prova, Carl Lewis.




Em Moscou

A disputa do salto triplo em Moscou em 1980 foi coberta de controvérsias com relação ao favorecimento aos atletas da casa pelos juízes soviéticos.

O tricampeão olímpico Viktor Saneyev e seu compatriota Jack Uudmae eram os atletas do país na prova. João, recordista mundial com a marca até então inatingível de 17,89 m, conquistada em 1975, era o maior adversário dos dois atletas da casa.

João teve dois saltos anulados durante a disputa pelos fiscais soviéticos e um deles considerados por analistas internacionais como um novo recorde mundial, acima dos 18 metros; os mesmos observadores consideraram os dois saltos perfeitamente válidos.

A intenção, segundo os críticos, era dar um quarto e inédito título olímpico a Saneyev, então tricampeão olímpico da modalidade. Mesmo assim, Saneyev ficou apenas com a prata – 17,24 m – sendo superado por Uudmae – 17,35 m – e João ficou com o bronze de um de seus saltos menores validados, 17,22 m.

Na época, o técnico letão de Uudmae, Harry Seinberg, chegou a confessar, em conversas informais, que as marcas de João haviam sido alteradas para favorecer os atletas da casa, mas nunca confirmou sua afirmação à IAAF nem ao COI.

Apenas em 2000, vinte anos após os Jogos de Moscou, o jornal australiano The Sydney Morning Herald, o maior da Austrália, fez uma grande reportagem demonstrando que os saltos anulados do brasileiro faziam parte de uma operação soviética para dar o tetracampeonato olímpico a Saneyev.

O plano acabou não dando certo por causa do melhor salto de Uudmae, mas mesmo assim a medalha de ouro ficou com a URSS.

Títulos mundiais de João do Pulo

Em contraponto à falta de sorte em Olimpíadas, na era pré-Campeonato Mundial de Atletismo João do Pulo foi tricampeão mundial do salto triplo em 1977 (em Dusseldorf), 1979 (em Montreal) e 1981 (em Roma), com 17,37 m, vencendo Jack Uudmae, um ano depois dos Jogos Olímpicos, e o futuro recordista mundial Willie Banks, dos Estados Unidos.

Porta-Bandeira do Brasil no desfile de abertura em Montreal em 1976 e em Moscou em 1980, João foi o principal ídolo do esporte dito amador brasileiro entre 1975 e 1981

Acidente e Morte

João Carlos de Oliveira teve a carreira de atleta brutalmente interrompida em 22 de dezembro de 1981, quando sofreu um grave acidente automobilístico na Via Anhanguera, no sentido Campinas – São Paulo.

Após quase um ano de internação na UTI, sua perna direita teve de ser amputada, no que significou o encerramento de sua carreira de atleta.

Nos anos seguintes, estudou Educação Física e entrou na vida política, tendo sido eleito deputado estadual em São Paulo pelo PFL, em 1986, e reeleito em 1990. Não conseguiu se reeleger em 1994 e 1998.

João do Pulo morreu em 29 de maio de 1999 devido a cirrose hepática e infecção generalizada; passou os últimos anos de vida solitária, sofrendo de depressão, alcoolismo e com problemas financeiros - chegou a ser preso por não pagar pensão alimentícia a um de seus dois filhos.

Sua única fonte de renda era o soldo de segundo tenente reformado do Exército.

Seu recorde mundial somente foi batido quase dez anos depois, pelo norte-americano Willie Banks, com 17,90 m, em Indianápolis, em 16 de junho de 1985.

Seu recorde brasileiro e sul-americano só foi batido mais de vinte e um anos depois, por Jardel Gregório, com 17,90 m, em Belém, em 20 de maio de 2007 (que coincidentemente também foi atleta do antigo técnico de João do Pulo, Pedrão). 

Eleito pela Federação Mundial de Atletismo como o 4.º maior triplista da história, João também teve seu nome marcado na MPB: foi homenageado pelos compositores Aldir Blanc e João Bosco com a canção "João do Pulo".

O atleta recebeu uma homenagem póstuma dos Correios em 15 de outubro de 2016, pelos 41 anos do recorde estabelecido no Pan de 1975, com um selo postal.

Eu tenho - Caio Fernando Abreu

Eu tenho uma porção de coisas para te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende?

(Caio Fernando Abreu)



Caio Fernando Loureiro de Abreu nasceu em Santiago – RS no dia 12 de setembro de 1948 foi um jornalista, dramaturgo e escritor.

Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo de morte e, principalmente, de angustiante solidão.

Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um “fotógrafo” da fragmentação contemporânea".

Caio Fernando Abreu estudou letras e artes cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João Gilberto Noll.

No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.


Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritora Hilda Hilst, em Campinas, São Paulo.

No início da década de 1970, ele se exilou por um ano na Europa, morando, respectivamente, na Espanha, na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.

Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo.

A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1984, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador de HIV. Abreu era declaradamente homossexual em plena época da ditadura militar no Brasil.

Um ano depois, Caio Fernando Abreu voltou a viver novamente com seus pais, tempo durante o qual se dedicaria à jardinagem, cuidando de roseiras.

Morreu em 25 de fevereiro de 1996, no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, no mesmo dia que Mário de Andrade. Seus restos mortais jazem no Cemitério São Miguel e Almas.

A residência onde Caio Fernando viveria seus últimos anos de vida seria demolida na penúltima semana de junho de 2022, apesar da mobilização popular contra a destruição do imóvel. Tal casa ficava no número 12 da Rua Doutor Oscar Bittencourt, no bairro Menino Deus de Porto Alegre.

Objetos que pertenceram ao escritor foram guardados no Espaço de Documentação e Memória Cultural da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC-RS.

Tal coleção inclui manuscritos, recortes de jornais, originais de livros e outros documentos.

Seu primeiro romance, Limite branco (1970), já possui as marcas que iriam acompanhar sua trajetória literária: a angústia diante do devir e a morte como certeza no final da jornada. Segundo sua perspectiva literária, a vida deve ser buscada continuamente.

Caio Fernando Abreu viveu intensamente a época da ditadura, em suas obras literárias, o autor buscava inspiração em momentos importantes de sua vida, fazia uma releitura rápida, porém despercebida de seu modo de pensar, a maioria de suas criações e personagens retratavam um modo cinzento e triste de viver, na busca inquietante pela felicidade.

Em 2018, a editora Companhia das Letras reuniu no livro "Contos Completos" todos os contos de Caio Fernando Abreu.

O volume abarca seis títulos - Inventário do irremediável (1970), O ovo apunhalado (1975), Pedras de Calcutá (1977), Morangos mofados (1982), Os dragões não conhecem o paraíso (1988) e Ovelhas negras (1995) -, além de dez contos avulsos, sendo três deles inéditos em livro.