O Império
Romano foi o período pós-republicano da antiga civilização romana, marcado
por uma forma de governo autocrática conduzida por um imperador e por
amplos domínios territoriais em volta do mar Mediterrâneo na Europa, África e
Ásia.
A república que o antecedeu ao longo de cinco séculos
encontrava-se numa circunstância de altiva instabilidade, na sequência de
diversas guerras civis e agitações políticas, durante os quais Júlio
César foi nomeado ditador perpétuo e assassinado em 44 a.C.
As guerras civis
culminaram na vitória de Otávio, filho adotivo de César, sobre Marco
Antônio e Cleópatra na batalha de Áccio em 31 a.C.
Detentor de
uma autoridade inquestionável, em 27 a.C. o senado
romano conferiu a Otávio poderes incondicionais e o novo título
Augusto, assinalando desta forma o fim da república.
O período imperial
prolongou-se por cerca de 500 anos. Os primeiros dois séculos foram marcados
por um período de prosperidade e estabilidade política sem precedentes
denominado Pax Romano.
Na sequência da vitória
de Augusto e da posterior anexação do Egito, a dimensão do império aumentou
admiravelmente.
Após o assassinato
de Calígula em 41 d.C., o senado avaliou restaurar a república, o que
levou a guerra pretoriana a proclamar Cláudio imperador.
Durante este período,
assistiu-se ao maior alargamento do império desde a época de Augusto.
Após o
suicídio de Nero em 68, teve início um breve período de guerra civil,
durante o qual foram proclamados imperadores quatro generais.
Em 69,
Vespasiano triunfou sobre os restantes, estabelecendo a dinastia flaviana.
O seu filho, Tito, inaugurou o Coliseu de Roma, pouco após a erupção do
Vesúvio.
Após o
assassinato de Domiciano, o senado nomeou o primeiro dos cinco bons
imperadores, período durante o qual o império atingiu o seu apogeu territorial
no reinado de Trajano.
O assassinato de
Cômodo em 192 desencadeou um período de conflito e declínio denominado ano
dos cinco imperadores, do qual Septímio Severo saiu triunfante.
O assassinato de
Alexandre Severo, em 235, levou à crise do terceiro século, durante a qual o
senado proclamou 26 imperadores ao longo de cinquenta anos.
A imposição de
uma Tetrarquia proporcionou um breve período de estabilidade, embora no
final tenha desencadeado uma guerra civil que só terminou com o triunfo de
Constantino em relação aos rivais.
Agora único governante
do império, Constantino mudou a capital para Bizâncio, rebatizada
Constantinopla em sua honra, a qual permaneceu capital do oriente até
1453.
Constantino
também adotou o cristianismo, que mais tarde se tornaria a religião oficial do
império.
A seguir à morte de
Teodósio, o domínio imperial entrou em declínio como consequência de abusos de
poder, guerras civis, migrações e invasões bárbaras, reformas militares e
depressão econômica.
A deposição de Rômulo
Augusto por Odoacro é o evento geralmente aceite para assinalar o fim
do império ocidental.
No entanto, o
Império Romano do Oriente prolongou-se por mais um milênio, tendo sido
conquistado pelo Império Otomano em 1453.
O Império Romano foi uma
das mais fortes potências econômicas, políticas e militares do seu tempo.
Foi o maior
império da antiguidade Clássica e um dos maiores da História. No apogeu da
sua extensão territorial exercia autoridade sobre mais de cinco milhões de
quilômetros quadrados e uma população de mais de 70 milhões de pessoas, à época
21% da população mundial.
A longevidade e extensão
do império proporcionaram uma vasta influência na língua, cultura, religião,
técnicas, arquitetura, filosofia, lei e formas de governo dos estados que lhe
sucederam.
Ao longo da Idade Média,
foram feitas diversas tentativas de estabelecer sucessores do Império Romano,
entre as quais o Império Latino e o Sacro Império Romano-Germânico.
A expressão
colonial europeia, entre os séculos XV e XX, difundiu a cultura romana a
uma escala mundial, desempenhando um papel significativo na construção do mundo
contemporâneo.
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