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terça-feira, janeiro 03, 2023

A Papisa Joana


 

A Papisa Joana era, segundo uma lenda, uma mulher que teria reinado como papa, e governado a Igreja católica por dois ou três anos, durante a Idade Média. Embora a história pretensamente tenha se passado no século IX, só surgiu nas crônicas do século XIII, e posteriormente se espalhou por toda a Europa.

Conquanto em certos meios lograsse atenção, a lenda não encontra mais nenhum historiador e estudioso moderno que lhe dê crédito. Antes, a reputam como fictícia, possivelmente originada numa sátira antipapal. A lenda aparece pela primeira vez em documentos do início do século XIII, situando os acontecimentos em 1099. 

Outro cronista, também do século XIII, data o papado de Joana de até três séculos e meio antes, depois da morte do papa Leão IV, coincidindo com uma época de crise e confusão na diocese de Roma. Joana teria ocupado o cargo durante dois ou três anos, entre o papa Leão IV e o papa Bento III (anos de 850 e 858).

A história possui várias versões. Segundo alguns relatos, Joana teria sido uma jovem oriental, nascida com o possível nome de Giliberta, talvez de Constantinopla, que se fez passar por homem para escapar à proibição de estudar imposta às mulheres.

Extremamente culta, possuía formação em filosofia e teologia. Ao chegar a Roma, apresentou-se como monge e surpreendeu os doutores da Igreja com sua sabedoria. Teria chegado ao papado após a morte do papa Leão IV, com o nome de João VII. A mesma lenda conta que Joana se tornou amante de um oficial da Guarda Suíça e ficou grávida.

Outra versão - a de Martinho de Opava - afirma que Joana teria nascido na cidade de Mogúncia, na Alemanha, filha de um casal inglês aí residente à época. Na idade adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Foram ambos para a Grécia, onde passaram três anos, após o que se mudaram para Roma.

Para evitar o escândalo que a relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas, passando assim por monge, com o nome de Johannes Angelicus, e teria então ingressado no mosteiro de São Martinho.

Conseguiu ser nomeada cardeal, ficando conhecida como João, o Inglês. Segundo as fontes, João, em virtude de sua notável inteligência, foi eleito Papa por unanimidade após a morte de Leão IV (ocorrida a 17 de julho de 855).

Apesar de ter sido fácil ocultar sua gravidez, devido às vestes folgadas dos Papas, acabou por ser acometida pelas dores do parto em meio a uma procissão numa rua estreita, entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente, e deu à luz perante a multidão.

As versões divergem também sobre este ponto, mas todas coincidem em que a multidão reagiu com indignação, por considerar que o trono de São Pedro havia sido profanado. João/Joana teria sido amarrada num cavalo e apedrejada até à morte.

Neste trajeto depois foi posta uma estátua de uma donzela com uma criança no colo com a inscrição Parce Pater Patrum, Papissae Proditum Partum, conforme mais tarde 1375 atestado pelo Mirabilia Urbis Romae.

Noutro relato, Joana teria morrido devido a complicações no parto, enquanto os cardeais se ajoelhavam clamando: "Milagre, milagre!". Existem muitas controvérsias sobre esta história. Alguns historiadores tornaram-se partidários de sua veracidade, outros contestaram-na como pura invenção.

Alguns céticos afirmam que o mito pode ter surgido em Constantinopla, devido ao ódio da Igreja Ortodoxa contra a Igreja Católica. O objetivo seria desmoralizar a igreja rival. Outra vertente é de que este papa seria, na verdade, um eunuco que, por ser castrado, não foi eleito, mas antes rotulado de “mulher”.

Outra hipótese é que, no século XIII, o papado tinha um grande número de inimigos, especialmente entre a Ordem dos Franciscanos ou a dos Dominicanos, descontentes com as diversas restrições a que eram submetidas. Para se vingar, teriam espalhado verbalmente a história da papisa.

Barônio considera a papisa um monstro que os ateus e os heréticos tinham evocado do inferno por sortilégios e malefícios. Florimundo Raxmond compara Joana a um segundo Hércules enviado do céu para esmagar a Igreja romana, cujas abominações tinham excitado a cólera de Deus. Contudo, a papisa foi defendida por um historiador inglês chamado Alexandre Cook.

No seu libelo, o padre Labbé acusava João Hus, Jerônimo de Praga, Wiclef, Lutero e Calvino de serem os inventores da história da papisa, mas provou-se que, tendo Joana subido à Santa Sé perto de seis séculos antes do nascimento do primeiro daqueles personagens, era impossível que eles tivessem imaginado tal fábula; e que, em todo o caso, Mariano, que escrevera a vida da papisa mais de 50 anos antes deles, não poderia tê-la copiado das suas obras. Eis uma asseveração transcrita de Labbé:

Outras lendas de mulheres na Igreja

Além da fábula da Papisa Joana, circulam diversas lendas sobre mulheres que teriam vestido o hábito sacerdotal. Uma cortesã chamada Margarida ter-se-ia disfarçado de padre e entrado para um convento de homens, onde tomou o nome de Frei Pelágio; Eugênia, filha do célebre Filipe, governador de Alexandria no reinado do imperador Galiano, dirigia um convento de frades, e não descobriu o seu sexo senão para se desculpar de uma acusação de sedução que lhe fora intentada por uma jovem.

A crônica da Lombardia, composta por um monge da Abadia do Monte, refere igualmente, segundo um padre chamado Heremberto (que escrevia trinta anos depois da morte de Leão IV), a história de uma mulher que fora patriarca de Constantinopla.

Camille Claudel

Uma história triste, mas que merece ser conhecida:

Camille Claudel (1864 - 1943) foi a musa e amante do escultor e pintor francês Auguste Rodin (1840 - 1917), mas também uma escultora extraordinária, internada em um manicômio como mulher livre.

Desde criança mostrou um talento precoce para a escultura. Na época, as mulheres não eram admitidas na academia de belas artes, mas uma exceção foi feita para Camille.

Foi assim que conheceu Auguste Rodin, um famoso escultor estabelecido nos círculos artísticos parisienses, tornando-se primeiro seu aluno e, finalmente, seu amante.

Que com Rodin será um relacionamento avassalador, mas também atormentado pelos preconceitos da sociedade e pela rejeição da família de Camille que desaprovava seu relacionamento com Rodin.

Muitas das obras de Rodin foram feitas em conjunto com Camille, mas enquanto Rodin recebeu as honras, Camille viveu na sombra, concordando em compartilhar com outra mulher, com quem teve um filho.

Eventualmente Camille rompeu seu relacionamento com o escultor, foi então que a mãe de Camille, que se envergonhava do comportamento de sua filha, decidiu trancá-la em um asilo.

Ela nunca mais sairia disso: tentativas inúteis de deixar claro que não era louca, essa mulher brilhante permanecerá segregada por mais de trinta anos em um quarto miserável. “Sou censurada por ter morado sozinha, por ter gatos em casa, por sofrer de delírios de perseguição! É com base nessas acusações que estou encarcerada como criminosa, privada de liberdade, comida, fogo. De onde vem tanta ferocidade humana?"

No final, esquecida por todos, ela morreu em 1943, após trinta anos de prisão. Seu corpo foi enterrado em uma vala comum, sem membros da família presentes em seu funeral.

Hoje ela finalmente fez justiça e suas obras são exibidas ao lado das de Rodin.

Da página da Aurora Maria Giusti



 Obra de Camille Claudel

As primeiras sociedades.

A mais antiga de todas as sociedades, e a único natural, é a da família. As crianças apenas permanecem ligadas ao pai o tempo necessário que dele necessitam para a sua conservação. Assim que cesse tal necessidade, dissolve-se o laço natural.

As crianças, eximidas da obediência devida ao pai, o pai isento dos cuidados devidos aos filhos, reentram todos igualmente na independência. Se continuam a permanecer unidos, já não é naturalmente, mas voluntariamente, e a própria família apenas se mantém por convenção.

Esta liberdade comum é uma consequência da natureza do homem. Sua primeira lei consiste em proteger a própria conservação, seus primeiros cuidados os devidos a si mesmo, e tão logo se encontre o homem na idade da razão, sendo o único juiz dos meios apropriados à sua conservação, torna-se por si seu próprio senhor.

É a família, portanto, o primeiro modelo das sociedades políticas; o chefe é a imagem do pai, o povo a imagem dos filhos, e havendo nascido todos livres e iguais, não alienam a liberdade a não ser em troca da sua utilidade.

Toda a diferença consiste em que, na família, o amor do pai pelos filhos o compensa dos cuidados que estes lhe dão, ao passo que, no Estado, o prazer de comandar substitui o amor que o chefe não sente por seus povos.

Grotius nega que todo poder humano seja estabelecido em favor dos governados. Sua mais frequente maneira de raciocinar consiste sempre em estabelecer o direito pelo fato. Poder-se-ia empregar um método mais consequente, não, porém mais favorável aos tiranos.

É, pois, duvidoso, segundo Grotius, saber se o gênero humano pertence a uma centena de homens, ou se esta centena de homens é que pertence ao gênero humano, mas ele parece pender, em todo o seu livro, para a primeira opinião.

É este também o sentimento de Hobbes. Eis assim a espécie humana dividida em rebanhos de gado, cada qual com seu chefe a guardá-la, a fim de devorá-la.

Assim como um pastor é de natureza superior à de seu rebanho, os pastores de homens, que são seus chefes, são igualmente de natureza superior à de seus povos. Desta maneira raciocinava no relato de Fílon, o imperador Calígula, concluindo muito acertadamente dessa analogia que os reis eram deuses, ou que os povos eram animais.

O raciocínio de Calígula retorna ao de Hobbes e ao de Grotius. Aristóteles, antes deles todos, tinha dito que os homens não são naturalmente iguais, e que uns nascem para escravos e outros para dominar.

Aristóteles tinha razão, mas ele tomava o efeito pela causa. Todo homem nascido escravo nasce para escravo, nada é mais certo: os escravos tudo perdem em seus grilhões, inclusive o desejo de se livrarem deles; apreciam a servidão, como os companheiros de Ulisses estimavam o próprio embrutecimento. Portanto, se há escravos por natureza, é porque houve escravos contra a natureza. A força constituiu os primeiros escravos, a covardia os perpetuou.

Eu nada disse do rei Adão, nem do imperador Noé, pai de três grandes monarcas que partilharam entre si o Universo, como o fizeram os filhos de Saturno, nos quais se acreditou reconhecer aqueles.

Espero que me agradeçam por esta moderação, porque, descendente que sou de um desses príncipes, quiçá do ramo mais velho, quem sabe se, pela verificação dos títulos, eu não me sentiria de algum modo como o legítimo rei do gênero humano?

Seja como for, não se pode deixar de convir em que Adão não foi soberano do mundo como Robinson o foi em sua ilha, enquanto permaneceu o único habitante; e o que havia de cômodo nesse império era o fato de que o monarca, seguro em seu trono, não tinha a recear nem rebeliões, nem guerras, nem conspirações.

 Jean Jacques Rousseau



segunda-feira, janeiro 02, 2023

Intimidade

Muitas pessoas confundem sexo com intimidade.

Há casais que vivem ‘juntos’, ‘dividem’ a mesma cama, fazem sexo diariamente e não são íntimos.

No entanto, há pessoas que se encontram por alguns minutos, trocam um olhar e, sem mesmo se ‘despirem’ ou ‘tocarem’, criam uma relação de intimidade.

Viver junto, não é morar na mesma casa.

Dividir não é partir ao meio.

Despir não é tirar a roupa.

Tocar não é encostar um corpo no outro.

Quando somos íntimos.

Mesmo com roupas, estamos despidos.

Mesmo à distância, estamos unidos.

Simplifiquem a coisa.

Sol da Cunha



 

O Monte Rainier

O Monte Rainier é um estratovulcão e, a montanha mais alta do estado norte-americano de Washington. Faz parte da Cordilheira das Cascatas.

Sua altitude é de 4 392 m, e em dias de tempo claro seu pico permanentemente nevado pode ser facilmente avistado de Seattle e outras cidades da região.

A sua grande proeminência (4 026 m) torna-o na 21.ª montanha mais proeminente do mundo.

Seu nome é uma homenagem a um almirante britânico, Peter Rainier. Toda a montanha, assim como as zonas circundantes, está integrada num parque nacional, o "Mount Rainier National Park", de excecional beleza natural, com florestas virgens, cataratas, prados alpinos, e outras atrações.

Por tratar-se de um estratovulcão, acredita-se que seja apenas uma questão de tempo até que uma erupção catastrófica ocorra. Graças às enormes geleiras presentes nas encostas da montanha, o risco que uma erupção de grande porte se torna significativamente maior, porque o calor dos materiais vulcânicos recém-expelidos as derreteria, causando lahares, ou seja, enormes deslizes de gelo, água e terra.

Nessa situação, milhares de pessoas poderiam perecer, já que ao contrário do Monte Santa Helena, o Rainier encontra-se relativamente próximo a áreas povoadas.

Apesar disso, os habitantes da região em geral sentem um grande afeto pela montanha, e ela figura na placa de todos os automóveis registrados no estado de Washington.



 

O Uirapuru

Uirapuru-verdadeiro é uma ave canora conhecida pelo seu canto particularmente elaborado, o que justifica que também seja conhecido vulgarmente como músico ou corneta. É reconhecido, também, apenas por Uirapuru ou Arapuru, Guirapuru, Rendeira, Tangará ou Virapuru. O termo é originário da língua Tupi-guarani "wirapu 'ru" e aplica-se ainda a outros Trogloditíneos e Piprineos Amazônicos. É famoso pelo seu canto e pelas lendas que o envolvem. É usado como talismã para trazer sorte na vida e no amor, sendo empalhado ou utilizado a sua pele.

Morfologia

Tem uma plumagem simples, pardo-avermelhada com desenhos brancos pintados de preto em cada lado da cabeça, garganta e peito vermelho-vivo, que não alcança a exuberância do seu canto. Possui um bico forte e pés grandes e mede, em média, 12,5 cm.

Habitat e distribuição geográfica

O seu habitat preferencial é o estrato inferior da floresta úmida, tanto em terra firme como, principalmente, em florestas de várzea. É nativo da America do Sul – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, - podendo ser encontrado em quase toda a Amazônia brasileira, exceto no alto Rio Negro e na região oriental do Rio Tapajós.

Alimentação

Come, principalmente, insetos, mas também se alimenta de frutas. Acredita-se que o uirapuru, como vários outros pássaros amazônicos, alimenta-se mais ativamente durante as estações chuvosas, quando formigas taocas saem dos formigueiros e passam a atacar animais rasteiros próximos, provocando movimentação que atrai os pássaros. Igualmente, crê-se que o Uirapuru tenha o hábito de esperar até que outras espécies deixem o local para se alimentar, inspirando o ditado de que "enquanto os outros comem, o Uirapuru canta".

Comportamento

O uirapuru locomove-se rapidamente no solo ou no meio das folhagens. Pode formar casais ou ficar em conjunto com outras espécies de pássaros. Há uma lenda que diz que ele atrai bandos de aves com a sua bela melodia; entretanto, ele apenas integra bandos em busca de alimento. Seus voos são curtos e sussurrantes em movimentos de vai-e-vens (voa e volta para o mesmo lugar), em área limitada.

O canto do Uirapuru

No folclore do norte do Brasil, o uirapuru é conhecido por ter um dos mais belos cantos entre as aves, fazendo com que todos os outros pássaros param de cantar para ouvi-lo. Também se diz que, por lembrar um flautim, flauta, ou clarinete, o canto do uirapuru inspiraria poetas.

O compósito Villa-Lobos compôs em 1917 o poema sinfônico "Uirapuru", baseado em material do folclore coletado em viagens pelo interior do Brasil. Na lenda que inspirou a obra, o pássaro encantado - "rei do amor" - é flechado no coração por uma moça embevecida com a suave canão e transforma-se em um bonito jovem.

O canto do uirapuru pode ser curto e forte, quando pretende demonstrar domínio do território; ou longo e melodioso, quando sua intenção é a atração sexual. Dura de 10 a 15 minutos ao amanhecer e ao anoitecer, na época da construção do ninho, e canta apenas cerca de quinze dias por ano. Ao todo, foram registrados sete cantos diferentes desta ave.





 


 

domingo, janeiro 01, 2023

A Tragédia de Nazino


A Tragédia de Nazino foi a deportação em massa de 6 000 pessoas em 1933 para a ilha de Nazino na União Soviética, das quais mais de 4 000 morreram. 

A pequena e isolada ilha da Sibéria ocidental está localizada a cerca de 800 km ao norte de Tomsk, no distrito de Alexandrovsky, no Oblast de Tomsk, perto da confluência dos rios Ob e Nazina.

Conhecida como "Ilha da Morte" ou "Ilha dos Canibais", entre 4 000 e 6 000 "colonos especiais" soviéticos morreram ali em menos de quatro semanas no final da primavera de 1933, depois de terem sido abandonados sem-abrigo, tendo apenas farinha para alimento, poucas ferramentas e roupas. Muitos recorreram ao canibalismo para sobreviver.

Um relatório sobre os fatos foi enviado para Joseph Stalin por Vassilii Arsenievich Velichko. O relatório foi distribuído pela Lazar Kaganovich aos membros do Politburo, e foi preservado em um arquivo em Novosibirsk. 

Ele afirma que 6 114 "elementos supérfluos" (também conhecido como "déclassé", elementos socialmente perigosos ou pessoas sem classes) chegaram na ilha no final de maio de 1933.

Eles tinham sido transportados de Moscou e Leningrado, inicialmente por trem para Tomsk, em seguida, por barcaça para Nazino, durante o transporte fluvial pelo menos 27 pessoas morreram. 

Não havia abrigo na ilha, nevou na primeira noite, e nenhum alimento foi distribuído por quatro dias. No primeiro dia, 295 pessoas foram enterradas.

Uma comissão especial foi então criada em setembro de 1933 pelo Comitê Regional do Partido Comunista da Sibéria Ocidental, sendo os relatórios publicados em 2002 pelo grupo Memorial.

O Plano

Em fevereiro 1933 Genrikh Yagoda, chefe da OGPU (polícia secreta), e Matvei Berman, chefe dos GULAG propuseram um "plano grandioso" a Stalin, para reassentar até dois milhões de pessoas na Sibéria e Cazaquistão em "áreas especiais ".

Os deportados ou colonos seriam usados para transformar mais de um milhão de hectares de terra virgem em área produtiva, tornando a URSS autossuficiente em dois anos. 

Este plano foi baseado na experiência de deportar dois milhões de kulaks e outros trabalhadores agrícolas para as mesmas áreas, nos três anos anteriores.

Os recursos disponíveis para apoiar o plano eram severamente limitados pela fome causada pela introdução de fazendas coletivas e da “Deskulakização” impostas pelas autoridades soviéticas. 

O plano original direcionava-se aos vários tipos de kulaks, camponeses, "elementos urbanos", pessoas que viviam nas fronteiras ocidentais da URSS, e pequenos criminosos.

 No início da Primavera de 1933, o número havia sido reduzido para um milhão de deportados. Stalin rejeitou o plano de maio 1933, época em que os deportados chegaram na ilha.

Muitos dos deportados eram pessoas de Moscou e Leningrado, que haviam sido incapazes de obter um passaporte interno. 

A obtenção obrigatória do passaporte tinha começado em 27 de dezembro de 1932, por decisão do Politburo de emitir este tipo de documento para todos os moradores de grandes cidades.

Um de seus objetivos era "limpar Moscou, Leningrado e os outros grandes centros urbanos da URSS de elementos supérfluos não relacionados com a produção ou trabalho administrativo, bem como kulaks, criminosos e outros elementos antissociais e socialmente perigosos".

Estes elementos supérfluos ou socialmente perigosos, eram: ex-mercadores, comerciantes, camponeses que fugiram da fome no campo, criminosos, ou qualquer pessoa que não se encaixava na estrutura idealizada de classe comunista, a eles não foram emitidos passaportes e assim poderiam ser presos e deportados das cidades após um processo administrativo sumário, onde normalmente não estavam presentes.

A maioria dos detidos eram deportados dentro de dois dias. Entre março e julho de 1933, 85 937 pessoas que viviam em Moscou foram presas e deportadas por não possuírem passaportes; em Leningrado foram deportadas no mesmo período 4 776 pessoas. 

Os detidos em conexão com a limpeza de Moscou antes do primeiro de maio de 1933, Dia do Trabalhador, foram deportados para o campo de trânsito Tomsk, com muitos sendo posteriormente enviado para a Ilha de Nazino.

Transporte

Um trem com os deportados deixou Moscou no dia 30 de abril, e um comboio semelhante deixou Leningrado no dia anterior, com ambos chegando ao destino em 10 de maio. A ração diária, durante a viagem, era de 300 gramas de pão por pessoa.

Grupos de criminosos roubavam a comida e as roupas de outros deportados. Como as autoridades de Tomsk não estavam familiarizadas com deportados urbanos, para evitar dificuldades decidiram enviá-los imediatamente para os locais de trabalho mais isolados.

Em 14 de maio, quatro barcaças fluvial, inicialmente projetadas para transportar madeira, foram preenchidas com cerca de 5 000 deportados. 

Cerca de um terço dos deportados eram criminosos que foram enviados a fim de "descongestionar as prisões" e metade eram de "elementos supérfluos" de Moscou e Leningrado.

As autoridades da Alexandro-Vakhovskaya, que eram para estar no comando dos campos de trabalho na ilha, foram informados de que eles seriam enviados ao local em 5 de maio.

Estas nunca tinha trabalhado com deportados urbanos e não tinham comida, ferramentas e suprimentos para apoiá-los.

Os deportados foram mantidos abaixo do convés principal nas barcaças e, aparentemente, alimentados com uma ração diária de somente 200 gramas de pão por pessoa. 

Vinte toneladas de farinha de trigo - cerca de quatro quilos por pessoa - também foram transportados, mas as barcaças não continham outros alimentos, utensílios de cozinha, ou ferramentas.

Todo o pessoal de supervisão, dois comandantes e cinquenta guardas, tinham sido recentemente recrutados, sendo que os guardas não possuíam sapatos ou uniformes.

Vida e morte na Ilha de Nazino

As barcaças chegaram na ilha de Nazino durante a tarde de 18 de maio, uma ilha pantanosa com cerca de 3 km de comprimento e 600 metros de largura. 

Não havia lista dos deportados que desembarcam, mas à chegada foram contados 322 mulheres e 4 556 homens, além de 27 corpos de pessoas que morreram durante a viagem de Tomsk até a ilha. 

Mais de um terço dos deportados eram fracos demais para ficar em fila na chegada. Cerca de 1 200 deportados adicionais chegaram em 27 de maio.

Assim que as vinte toneladas de farinha foram depositadas na ilha e a distribuição começou, iniciaram diversos conflitos e os guardas atiraram contra os deportados, sendo a farinha transferida para a margem oposta à ilha. 

A distribuição na ilha foi iniciada novamente na manhã seguinte, com mais brigas e mais disparos.

Depois disso, toda a farinha foi distribuída via "brigadeiros" que coletaram farinha para sua brigada com cerca de 150 pessoas. Os brigadeiros eram muitas vezes criminosos que abusaram de suas posições. 

Não havia fornos para assar pão, de modo que os deportados comiam a farinha misturada com água do rio, o que levou a disenteria.

Alguns deportados fizeram jangadas primitivas para tentar escapar, mas a maioria destas afundou provocando diversas mortes. Os guardas caçavam e matavam outros fugitivos, como se estivessem caçando animais por esporte. 

Por causa da falta de transporte para o resto do país, exceto a montante do rio, em Tomsk, e a dureza da vida na Taiga, a totalidade dos outros fugitivos foi presumida como mortos.

Em 21 de maio os três oficiais da saúde contaram 70 novas mortes por efeitos de canibalismo observados em cinco casos. Durante o mês seguinte cerca de 50 pessoas foram presas por canibalismo. 

No início de junho, 2 856 deportados foram transferidos para assentamentos menores a montante do rio Nazina deixando apenas 157 deportados na ilha, que não puderam ser transferidos por razões de saúde.

Várias centenas dos deportados morreram durante a transferência, outros 1 500 a 2 000 deportados morreram na ilha e centenas de fugitivos haviam desaparecido. 

Os que sobreviveram encontraram-se com poucas ferramentas e alimentos em seus novos assentamentos.

No início de julho novos assentamentos foram construídos pelas autoridades que utilizaram trabalho não deportado, mas apenas 250 colonos foram transferidos para lá, devido ao fato que 4.200 novos deportados tinham chegado a Tomsk e foram alojados nestes assentamentos.

De acordo com a carta enviada por Velichko a Stalin em 20 de agosto, apenas 2 200 pessoas sobreviveram dos cerca 6 700 deportados que ele calculou tinham chegado de Tomsk. A carta de Velichko resultou em uma comissão para estudar o caso.

 Em outubro, a Comissão estimou que dos 2 000 sobreviventes, metade estava doente e acamada e que apenas cerca de 200 a 300 eram capazes de trabalhar. 



 

Negócio de familia.

O turco era dono de uma enorme fábrica de linguiça e tinha um filho de 10 anos. 

Já que o garoto um dia herdaria os negócios do pai, ele resolveu explicar como funcionava uma das máquinas: 

- Presta atenção, filho: essa é uma máquina de fazer linguiça. Vou-lhe mostrar como funciona.

Então ele colocou um burro vivo de um lado da máquina e puxou uma alavanca. Eles esperaram por alguns minutos e centenas de linguiças saíram do outro lado. 

O garoto olhou perplexo, pensou e disse: 

- Nossa pai... Não entendi nada! 

Então ele repetiu a operação e a resposta foi a mesma: 

- Nossa pai... Não entendi nada! 

Por mais que o turco se esforçasse o menino não compreendia, até que, muito confuso, ele perguntou: 

- Escuta pai, não existe nenhuma máquina onde se ponha uma linguiça de um lado e saia um burro vivo do outro? 

O pai, perdendo a paciência, olhou para o filho e desabafou: 

- Tem sim, filho... A sua mãe! 




Quem é deus?


Na nossa infância, ouvimos fábulas sobre o bicho papão, papai Noel, cegonha... Com o passar do tempo, somos esclarecidos de que tudo é uma fábula.

Com deus, é diferente.

Você cresce e ver todos a sua volta, adorando e temendo esse ser invisível que ninguém nunca viu; que fica lá no céu nos policiando e dizendo o que devemos e não devemos fazer. No entanto, alguns de nós passamos a nos questionar sobre diversas coisas, isso inclui a religião:

- Onde está deus?

- Se deus existe, por que o mundo está deste jeito?

- Como sabem que a bíblia é um livro sagrado?

- Por que religião custa tão caro?

- Se deus é puro amor, porque permite que pastores enriqueçam tomando o pouco que os pobres têm?

- Por que o dilúvio e o apocalipse futuro?

- Por que pessoas nascem doentes, cegas, aleijadas, loucas?

- Com tantas religiões no planeta como podemos afirmar que o catolicismo é a religião correta?

- Será que existe lá em cima esse ser supremo?

Bem, na verdade lá em cima não existe o paraíso, e sim o universo, que de tão grandioso seria impossível um deus mandar em tudo.

Se deus é tão bom, então por que a bíblia, que foi inspirada por ele, contém coisas absurdas como essas?

Em êxodo 21, 7-8, por exemplo, ensina como vender a própria filha como escrava. Em Levítico 25, VS 44, explica-se que os escravos devem ser comprados nas nações vizinhas.

“As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.” – (I Cor, 14, VS 34)

Não é de admirar que milhares de mulheres fossem assassinadas por seus maridos, que ficaram impunes -, não era crime matar a esposa que cometia adultério. Esse versículo do “livro sagrado” é um verdadeiro estimulo a essa violência.

I Samuel “A Terra é sustentada por colunas”.

Doenças como surdez, cegueira e mentais, são causadas por demônios – Mateus 12:22; Marcos 09:25; Lucas 08:27.

Serpentes comem pó, e rastejam devido a uma maldição divina – Gen. 03:14

“Não cuideis que vim trazer a paz a terra; não vim trazer paz, mas espada; Por que eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” (Mateus 10, 34-36)

Você acredita que isso seja amor?

A bíblia realmente é um livro inspirado por um deus bondoso?

 Francisco Silva Sousa