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sábado, fevereiro 10, 2024

A "maldição" da tumba do faraó

Caixa pintada com cenas de Tutancâmon combatendo os núbios e asiáticos


Em novembro de 1922 o arqueólogo Howard Carter entrou numa tumba antes lacrada e deu uma olhada no que tinha lá dentro. Segundo registros, ele disse para os que o acompanhavam: "Aqui dentro, vejo maravilhas".

Era a tumba do Faraó Tutancâmon, cheia de tesouros e belezas. Mas que carregava consigo uma maldição descrita como "terrível" anos depois: várias pessoas que se envolveram com a tumba morreram.

Lenda

Por muitos anos, rumores de uma " Maldição do faraó" (provavelmente abastecido por jornais que procuravam vendas no momento da descoberta) persistiram, enfatizando a morte prematura de alguns dos que haviam entrado no túmulo.

O mais proeminente foi a morte de Carnarvon, que morreu em 5 de abril de 1923, apenas cinco meses após a descoberta do primeiro degrau que levou à tumba em 4 de novembro de 1922.

Um estudo de documentos e fontes acadêmicas levou The Lancet a concluir que a morte de Carnarvon não tinha nada a ver com a tumba de Tutancâmon, independentemente de ser por causa de uma maldição ou exposição a fungos tóxicos (microtoxinas). 

A causa da morte de Carnarvon foi a pneumonia que sobrevinha à erisipela (facial) (uma infecção estreptocócica da pele e tecido mole subjacente). A pneumonia foi considerada apenas uma das várias complicações, decorrentes da infecção progressivamente invasiva, que acabou resultando em falência de múltiplos órgãos". 

O conde era "propenso a infecções pulmonares frequentes e graves" segundo o The Lancet e havia uma "crença geral de que um ataque agudo de bronquite poderia tê-lo matado. Em um estado tão debilitado, o sistema imunológico do conde era facilmente oprimido pela erisipela".

Um estudo mostrou que das 58 pessoas que estavam presentes quando a tumba e o sarcófago foram abertos, apenas oito morreram em doze anos; Howard Carter morreu de linfoma em 1939 aos 64 anos. 

Os últimos sobreviventes incluíram a filha de George Herbert, e o arqueólogo americano J.O. Kinnaman que morreu em 1961, 39 anos após o evento.




Howard Carter e associados abrindo as portas do santuário na câmara funerária

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