Caixa pintada com cenas de
Tutancâmon combatendo os núbios e asiáticos
Em
novembro de 1922 o arqueólogo Howard Carter entrou numa tumba antes lacrada e
deu uma olhada no que tinha lá dentro. Segundo registros, ele disse para os que
o acompanhavam: "Aqui dentro, vejo maravilhas".
Era a
tumba do Faraó Tutancâmon, cheia de tesouros e belezas. Mas que carregava
consigo uma maldição descrita como "terrível" anos depois: várias
pessoas que se envolveram com a tumba morreram.
Lenda
Por
muitos anos, rumores de uma " Maldição do faraó" (provavelmente
abastecido por jornais que procuravam vendas no momento da descoberta) persistiram,
enfatizando a morte prematura de alguns dos que haviam entrado no túmulo.
O mais
proeminente foi a morte de Carnarvon, que morreu em 5 de abril de 1923, apenas
cinco meses após a descoberta do primeiro degrau que levou à tumba em 4 de
novembro de 1922.
Um
estudo de documentos e fontes acadêmicas levou The Lancet a concluir
que a morte de Carnarvon não tinha nada a ver com a tumba de Tutancâmon,
independentemente de ser por causa de uma maldição ou exposição a fungos
tóxicos (microtoxinas).
A causa
da morte de Carnarvon foi a pneumonia que sobrevinha à erisipela (facial) (uma
infecção estreptocócica da pele e tecido mole subjacente). A pneumonia foi
considerada apenas uma das várias complicações, decorrentes da infecção
progressivamente invasiva, que acabou resultando em falência de múltiplos
órgãos".
O conde
era "propenso a infecções pulmonares frequentes e graves" segundo
o The Lancet e havia uma "crença geral de que um ataque agudo de
bronquite poderia tê-lo matado. Em um estado tão debilitado, o sistema
imunológico do conde era facilmente oprimido pela erisipela".
Um
estudo mostrou que das 58 pessoas que estavam presentes quando a tumba e o sarcófago foram
abertos, apenas oito morreram em doze anos; Howard Carter morreu de
linfoma em 1939 aos 64 anos.
Os
últimos sobreviventes incluíram a filha de George Herbert, e o arqueólogo
americano J.O. Kinnaman que morreu em 1961, 39 anos após o evento.
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