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domingo, dezembro 10, 2023

A Lista de Schindler





A Lista de Schindler é um filme de drama histórico norte-americano de 1993 dirigido e produzido por Stiven Spielberg e escrito por Steven Zaillian. É baseado no romance de 1982, Schindle’s Ark, do romancista australiano Thomas Keneally.

O filme segue Oskar Schindler, um empresário alemão, junto com sua esposa Emilie Schindler, salvou mais de mil refugiados judeus holandeses do Holocausto, principalmente poloneses, empregando-os em suas fábricas durante a Segunda Guerra Mundial. 

É estrelado por Liam Neeson como Schindler, Bem Kingsley como o contador judeu de Schindler Itzhak Stern e Ralph Fiennes como o oficial da SS Amon Goth.

As ideias para um filme sobre os Schindlerjuden (judeus Schindler) foram propostas desde 1963. Poldek Pfefferberg, um dos Schindlerjuden, fez da sua vida a missão de contar a história de Schindler. Spielberg ficou interessado quando o executivo Sidney Sheinberg enviou a ele uma resenha sobre a Schindler's Ark. 

A Universal Pictures comprou os direitos do romance, mas Spielberg, sem saber se estava pronto para fazer um filme sobre o Holocausto, tentou passar o projeto para vários diretores antes decidir dirigi-lo.

A fotografia principal ocorreu em Cracóvia, Polônia, durante 72 dias em 1993. Spielberg filmou em preto e branco e abordou o filme como um documentário. 

O diretor de fotografia Janusz Kaminski queria criar uma sensação de atemporalidade. John Williams compôs a partitura, e o violinista Itzhak Perlman tocou o tema principal.

A Lista de Schindler estreou em 30 de novembro de 1993, em Washington DC e foi lançada em 15 de dezembro de 1993, nos Estados Unidos. 

Frequentemente listado entre os melhores filmes já feitos, o filme recebeu elogios da crítica internacional pelo o tom de direção de Spielberg, performances e atmosfera; também foi um sucesso de bilheteria, faturando US $ 322 milhões em todo o mundo com um orçamento de US $ 22 milhões.

Foi indicado a doze Oscars, vencendo sete, incluindo melhor Filme, e Melhor Diretor (Spielberg), como também muitos outros prêmios (incluindo 3 Globos de Ouro e 7 BAFTAs). 

Em 2007, o American Film Institute elegeu Schindler's List como o oitavo melhor filme americano da história. 

O filme foi designado como "cultural, histórico ou esteticamente significativo" pela Biblioteca do Congresso em 2004 e selecionado para preservação no National Film Registry.

Sinopse

O filme começa em 1939 com os alemães iniciando a relocação dos judeus poloneses no Gueto de Cracóvia, pouco tempo depois do início da Segunda Guerra. 

Enquanto isso, Oskar Schindler, um empresário alemão, chega na cidade com a esperança de fazer uma fortuna lucrando com a guerra. Schindler, um membro do Partido Nazista, oferece subornos para oficiais da Wehrmacht e da SS em troca de contratos.

Patrocinado pelos militares, ele adquire uma fábrica para produzir panelas para o exército.

 Sem saber muito como comandar a empresa, ele ganha a colaboração de ItzhakStern, um oficial da Judenrat (Conselho Judeu) de Cracóvia que tem contatos com a comunidade empresária de judeus e os mercadores negros dentro do Gueto.

Os empresários judeus emprestam o dinheiro à Schindler para a fábrica em troca de uma pequena parte dos produtos produzidos. 

Ao abrir a fábrica, Schindler agrada aos nazistas, aproveita sua fortuna e sua posição como "Herr Direktor", enquanto Stern cuida de toda a administração.

Schindler contrata judeus poloneses ao invés de poloneses católicos por serem mais baratos (os próprios trabalhadores não recebem nada; os salários são pagos a SS). 

Os trabalhadores da fábrica recebem permissão para sair do Gueto, e Stern falsifica documentos para garantir que o maior número de pessoas sejam consideradas "essenciais" para o esforço de guerra da Alemanha, que os salva de serem transportados para campos de concentração, ou de serem mortos.

O Tenente Amon Goth da SS chega em Cracóvia para supervisionar a construção do campo de concertação de Plaszów. 

Com o campo completo, ele ordena a liquidação final do gueto e a Operação Reinhard em Cracóvia começa, com tropas esvaziando os apartamentos e matando arbitrariamente qualquer um que proteste ou não coopere.

Schindler, assistindo ao massacre de um morro, é profundamente afetado. Mesmo assim ele é cuidadoso para firmar amizade com Göth e, através da atenção de Stern para subornos, Schindler continua a ter apoio e proteção da SS.

Durante esse período, Schindler suborna Göth para que ele possa construir seu próprio subcampo para seus trabalhadores, para sua fábrica continuar funcionando e para proteger os judeus de serem executados. 

Enquanto o tempo passa, Schindler age conforme as informações dadas por Stern e tenta salvar o maior número possível de vidas.

Enquanto os rumos da guerra mudam, Göth recebe ordens de Berlim para exumar e queimar os restos de todos os judeus mortos no Gueto de Cracóvia, desmantelar Płaszów e enviar os judeus restantes - incluindo os trabalhadores de Schindler - para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em um primeiro momento, Schindler se prepara para deixar Cracóvia com sua fortuna. 

Ele não consegue fazer isso, todavia, e prevalece sobre Göth para permitir que ele mantenha seus trabalhadores para levá-los a uma fábrica em Zwittau-Brinnlitz, sua cidade natal, longe da Solução Final, em funcionamento na Polônia ocupada.

Göth eventualmente consente, porém cobra grandes subornos para cada trabalhador. Schindler e Stern fazem uma lista de trabalhadores que serão mantidos longe dos trens para Auschwitz.

"A Lista de Schindler" compreende esses judeus "especializados", e para muitos no campo de Płaszów, ser incluído na lista significa a diferença entre a vida e a morte. Quase todos os membros de sua lista chegam em segurança a Brinnlitz. 

O trem que levava as mulheres judias acidentalmente é redirecionado para Auschiwitz. Ao saber disso, Schindler vai imediatamente para o campo. Com a intenção de resgatar as mulheres, ele suborna o comandante do campo, Rudolf Hob, com diamantes.

Com o problema resolvido, as mulheres finalmente chegam em Brinnlitz. Schindler institui um controle firme nos oficiais da SS enviados para a fábrica, os proibindo de entrar nas áreas de produção. 

Para manter seus trabalhadores vivos, ele gasta sua fortuna subornando oficiais nazistas e comprando produtos de outras companhias, significando que ele nunca produziu cartuchos de artilharia funcionais durante sete meses. Seu dinheiro acaba quase ao mesmo tempo que o exército alemão se rende, encerrando a guerra.

Como um membro do Partido Nazista e alguém que lucrou com a guerra, em 1945, Schindler deve fugir do Exército Vermelho. Ele arruma suas coisas em um carro e se despede de seus trabalhadores. 

Antes de ir embora, seus trabalhadores lhe entregam uma carta explicando que ele não é um criminoso, junto com um anel com uma citação do Talmude, "Aquele que salva uma vida salva o mundo inteiro". 

Schindler fica tocado, mas profundamente envergonhado, achando que poderia ter feito mais para salvar mais vidas, como vender seu carro e seu broche nazista para salvar outras pessoas. Chorando, ele deixa a fábrica com sua esposa durante a noite.

Os Judeus de Schindler dormem ao lado dos portões da fábrica e são acordados pelo Sol no dia seguinte. Um soldado soviético chega e anuncia aos judeus que eles foram libertados pelo Exército Vermelho. Eles andam até uma cidade próxima em busca de comida.

Depois de algumas cenas mostrando eventos do pós-guerra, como a execução de Amon Göth e um sumário sobre a vida posterior de Schindler, o filme retorna para os judeus andando até a cidade. 

Enquanto eles andam, as imagens e preto e branco mudam para imagens coloridas dos Judeus de Schindler no presente, no túmulo de Schindler em Jerusalém (onde ele queria ser enterrado). 

O filme se encerra mostrando uma procissão dos judeus que trabalharam na fábrica de Schindler, cada um colocando uma pedra em sua lápide - um tradicional costume judeu de indicar grande gratidão ou agradecimentos a alguém falecido. 

Os atores que interpretaram os personagens principais caminham de mãos dadas com a pessoa real interpretada, colocando suas pedras enquanto passam. Na cena final, Liam Neeson (apesar de seu rosto não ser visível) coloca um par de rosas na lápide.

Desenvolvimento

Poldek Pfefferberg foi um dos "Judeus de Schindler", e fez como sua missão de vida contar a história de seu salvador. Pfefferberg tentou produzir uma cinebiografia sobre Oskar Schindler com a metro-Goldwyn-Mayer em 1963, com Howard Koch escrevendo o roteiro, porém o acordo não deu certo.

Em 1982, Thomas Keneally publicou Schindler's Ark, um romance que ele escreveu depois de ter conhecido Pfefferberg. 

Sid Sheinberg, então presidente da Music Corporation of América, enviou ao diretor Steven Spielberg uma resenha do livro feita pelo The New York Times. Spielberg ficou espantado com a história de Schindler, jocosamente perguntou se era verdade. Spielberg "foi atraído para a natureza paradoxal [de Schindler] … Era sobre um Nazista salvando Judeus… 

O que levaria um homem como este a de repente pegar tudo que ele ganhou e colocar a serviço para salvar essas vidas?" Spielberg expressou interesse suficiente para a Universal Pictures comprar os direitos do romance, e no começo de 1983 Spielberg se encontrou com Pfefferberg. 

Pfefferberg perguntou a Spielberg, "Por favor, quando você vai começar?", Spielberg respondeu, "Daqui a dez anos". (Nós créditos finais, Pfefferberg é creditado como consultor, sob o nome de "Leopold Page").

O diretor estava inseguro sob sua própria humanidade ao fazer um filme sobre o Holocausto, e o projeto em sua consciência. Spielberg tentou passar o projeto para o diretor Roman Polanski, que recusou. A mãe de Polanski morreu em Auschwitz e ele viveu no Gueto de Cracóvia.

Polanski eventualmente dirigiu seu próprio filme sobre a Segunda Guerra em 2002, com O Pianista. Spielberg também ofereceu o filme a Sydney Pollack e Martin Scorsese, que foi anexado a direção de Schindler's List em 1988. Entretanto, ele estava inseguro sobre deixar Scorsese dirigir o filme, já que "Eu teria desperdiçado a chance de fazer para os meus filhos e família sobre o Holocausto". 

Spielberg ofereceu a Scorsese a chance de dirigir o remake de Cape Fear no lugar. Billy Wilder demonstrou interesse em dirigir o filme "como um memorial para a maior parte de sua família, que foram para Auschwitz". Spielberg finalmente decidiu dirigir o filme depois de ouvir sobre o Genocídio na Bósnia e vários negadores do holocausto. 

Com a ascensão do neonazismo depois da queda do Muro de Berlim, ele ficou preocupado que as pessoas estavam aceitando a intolerância como no início da década de 1930.

Além disso, Spielberg estava ficando envolvido com sua herança judia ao criar seus filhos. Sid Sheinberg deu luz verde para o filme sob uma condição: Spielberg faria Jurassic Park primeiro. O diretor mais tarde disse, "Ele sabia que após eu dirigir Schindler's List eu não conseguiria fazer Jurassic Park".

Em 1983, Thomas Keneally foi contratado para adaptar seu livro, entregando um roteiro de 220 páginas. Keneally se focou nas inúmeras relações de Schindler, e admitiu que ele não havia comprimido a história o suficiente. Spielberg contratou Kurt Luedtke, que havia adaptado o roteiro de Out of África, para escrever o próximo rascunho.

Luedtke desistiu quatro anos depois, já que ele achava que a mudança de sentimento da parte de Schindler era muito inacreditável. Durante seu período como diretor, Scorsese contratou Steven Zaillian para escrever o roteiro. 

Ele estendeu a sequência da liquidação do gueto, já que ele achou que a "sequência deveria ser quase impossível de se assistir". Ele queria que a transição de Schindler fosse gradual e ambígua, e não "algum tipo de catarse explosiva que transformaria isso em The Great Escape.

Seleção de elenco

Liam Neeson fez o teste para Oskar Schindler cedo no processo de seleção de elenco, sendo escolhido em dezembro de 1992, depois de Spielberg tê-lo visto atuar em Anna Christie na Broadway. 

Warren Beatty participou de uma leitura do roteiro, porém Spielberg ficou preocupado que ele não conseguiria disfarçar seu sotaque e que traria "bagagem de estrela de cinema". Kevin Costner e Mel Gibson expressaram interesse em interpretar Schindler. 

Neeson achou que "[Schindler] gostava de andar com os nazistas. O livro de Keneally diz que ele era considerado um tipo de bufão para eles ... se os nazistas fossem nova-iorquinos, ele seria do Arkansas. 

Eles não o levavam muito a sério, e ele usava isso para total efeito". Para se preparar para o papel, Neeson recebeu fitas de Steve Ross, diretor executivo da Time Warner, cujo carisma Spielberg comparou ao de Schindler.

Ralph Fiennes foi escolhido para interpretar Amon Goth depois de Spielberg tê-lo visto atuar em A Dangerous Man: Lawrence After Arabia e Emily Bronte’s Wuthering Heights.

 Spielberg disse que ele viu no teste de Fiennes uma "... maldade sexual. É tudo sobre sutileza: havia momentos de bondade que iriam se mover por seus olhos e então congelar". Fiennes engordou 12 kg para o papel.

Ele assistiu a cinejornais históricos e conversou com sobreviventes do Holocausto que conheciam Göth. Ao interpretá-lo, o ator disse "Eu fiquei próximo de sua dor. Dentro dele está um ser humano fraturado e miserável. 

Sinto-me dividido sobre ele, pena por ele". Fiennes ficava tão parecido com Göth usando o figurino que quando Mila Pfefferberg, uma sobrevivente dos eventos, o viu, ela imediatamente começou a tremer de medo; "Ela não viu um ator. Ela viu Amon Göth", disse Spielberg.

No total, há 126 papéis com falas no filme. Trinta mil figurantes foram contratados durante a produção. Spielberg escolheu filhos de Schindlerjuden para papéis chaves que falavam hebraico e contratou poloneses católicos para os sobreviventes. 

Frequentemente, atores alemães interpretando oficiais da SS iriam a Spielberg para dizer, "Obrigado por me deixar resolver segredos [de minha família] aparecendo em seu filme". 

No meio das filmagens, Spielberg concebeu um epílogo onde 128 Schindlerjuden iriam prestar suas homenagens no túmulo de Schindler em Jerusalém. Os produtores lutaram para encontrar as pessoas retratadas no filme.

Filmagens

As filmagens de Schindler's List começaram em 1° de março de 1993 em Cracóvia, Polônia, continuando por mais setenta e um dias. A equipe filmou em locações reais, apesar do campo de Plaszów teve de ser reconstruído em uma área adjacente ao local original devido a mudanças pós-guerra no campo. 

A equipe foi proibida de entrar em Auschwitz-Birkenau, então eles filmaram em uma réplica ao lado do original. Os poloneses locais receberam bem os cineastas.

Houve alguns incidentes antissemitas; símbolos antissemitas apareceram em painéis perto dos locais de filmagem. Uma mulher idosa confundiu Fiennes com um nazista e disse a ele "os alemães eram pessoas encantadoras. 

Eles não mataram ninguém que não merecesse", enquanto Bem Kingsley quase entrou em uma briga com um empresário alemão que insultou o ator israelense Michael Schneider. Mesmo assim, Spielberg disse que na Pessach, "todos os atores alemães apareceram.

Eles colocaram os quipás e abriram hagadás, e os atores israelenses se aproximaram deles e começaram a explicar tudo. E essa família de atores se sentaram e raças e culturas ficaram para trás".

Filmar Schindler's List foi um período extremamente emocional para Spielberg, já que o assunto em foco o forçou a confortar elementos de sua infância, como o antissemitismo que ele enfrentou. 

Ele ficou furioso consigo mesmo por não ter "chorado baldes" enquanto visitava Auschwitz, e foi um de vários membros do elenco a não olhar para o cenário durante a filmagem da cena onde os judeus são forçados a correr nus enquanto são selecionados por médicos para irem a Auschwitz. 

Várias atrizes começaram a chorar enquanto filmavam a cena do chuveiro, incluindo uma que nasceu em um campo de concentração.

Kate Capshaw, esposa de Spielberg, e seus cinco filhos o acompanharam no cenário, ele mais tarde agradeceu a sua esposa "por me resgatar noventa e dois dias seguidos… quando as coisas ficaram muito insuportáveis". 

Os pais de Spielberg e seu rabino o visitaram nas locações. Robin Williams ligava para Spielberg a cada duas semanas para animá-lo com algumas piadas, por haver tão pouco humor no cenário.

Spielberg também pediu vários episódios de Seinfeld em VHS para assisti-los em seu hotel depois de cada dia de filmagem. Ironicamente Jerry Seinfeld assistindo Schindler's List no cinema se tornou o enredo de um episódio da série. 

Spielberg recusou aceitar qualquer salário, chamando-o de "dinheiro de sangue", e acreditou que o filme iria ser um fracasso.

Spielberg usou alemão e polonês em certas cenas para recriar a sensação de estar presente no passado, e o usou o inglês para enfatizar os pontos dramáticos. 

O diretor estava interessado em fazer o filme inteiro em alemão e polonês, porém decidiu que "há muita segurança ao ler. Seria uma desculpa para desviar o olho da tela e assistir a algo mais".

Fotografia

Spielberg decidiu não planejar o filme com storyboards e filmá-lo como um documentário, assistindo documentários como The Twisted Cross (1956) e Shoah (1985) para inspiração. Quarenta por cento do filme foi filmado com câmeras de mão, e o modesto orçamento de 22 milhões de dólares significou que ele foi filmado rapidamente em um período de setenta e dois dias.

Spielberg achou que isso deu ao filme uma espontaneidade, uma borda, e também serve como sujeito". O diretor disse que, "livrei-me da grua, livrei-me da steadicam, livrei-me das lentes com zoom, livrei-me de tudo que eu possa considerar como uma rede de segurança". 

Tal estilo fez Spielberg se sentir mais um artista, já que ele limitou suas próprias ferramentas para um filme que não precisava ser um sucesso comercial. Isso amadureceu Spielberg, que no passado sempre achou que estava homenageando diretores como Cecil B DeMille e David Lean. Aqui, o estilo era inteiramente dele.

A decisão de filmar Schindler's List quase que inteiramente em branco e preto deu a fotografia um estilo documentarista, que o diretor de fotografia Janusz Kaminski comparou ao Expressionismo Alemão e o Neorrealismo Italiano. Kaminski disse que ele queria criar uma sensação atemporal para o filme, para que o público "não tivesse um senso de quando foi feito".

Spielberg estava seguindo com "virtualmente tudo o que eu havia visto sobre o holocausto… que em grande parte havia sido imagens fortes em branco e preto". O presidente da Universal Studios, Tom Pollock, pediu a Spielberg filmar tudo com negativos coloridos, para permitir que cópias coloridas em VHS fossem vendidas, porém o diretor não queria "embelezar os eventos". 

O branco e preto apresentou dificuldades para a equipe acostumada com a cor. Allan Starski, o diretor de arte, teve de fazer os cenários mais escuros ou claros do que as pessoas, para que os dois não se misturassem. Os figurinos deveriam ter cores diferentes das da pele e dos cenários usados.

Musica

John Williams compôs a trilha sonora de Schindler's List. O compositor ficou atônito com o filme, e achou que seria muito desafiador. Ele disse a Spielberg, "Você precisa de um compositor melhor do que eu sou para este filme", Spielberg respondeu brincando dizendo, "Eu sei. Porém todos estão mortos!". Williams tocou o tema principal no piano, e seguindo uma sugestão de Spielberg, ele contratou Itzhak Perlman para tocar o violino.

Na cena em que o gueto está sendo liquidado pelos nazistas, a canção folclórica “Oyfn Pripetshik” é cantada por um coral de crianças. A canção era frequentemente cantada pela avó de Spielberg para seus netos. Os solos de clarinete foram gravados por Giora Feidman, especialista em Klezmer.

A menina do casaco vermelho

Apesar do filme ser primariamente em branco e preto, vermelho é usado para distinguir uma menina com um casaco. Mais tarde no filme, a menina é vista entre os mortos, reconhecida apenas pelo casaco vermelho que ela ainda estava usando.

Apesar de não ser intencional, a personagem é coincidentemente bem similar a Roma Ligocka, que era conhecida no Gueto de Cracóvia por seu casaco vermelho. Ligocka, ao contrário de sua contraparte, sobreviveu ao Holocausto.

Depois do lançamento do filme, ela escreveu e publicou sua própria história, Dziewczynka w Czerwonym Płaszczyku (A Menina do Casaco Vermelho). A cena, todavia, foi construída com as memórias de Zelig Burkhut, sobrevivente de Płaszów (e outros campos).

Quando entrevistado por Spielberg na época da produção do filme, Burkhut contou a história de uma menina com um casaco rosa, com não mais de quatro anos, que foi executada por um nazista com um tiro bem em frente a seus olhos. Ao ser entrevistado pelo The Courier-Mail, ele disse, "é algo que fica com você para sempre".

De acordo com Andy Patrizio da IGN, a menina do casaco vermelho é usada para indicar que Schindler mudou, "Spielberg põe uma virada na história dela, fazendo-a ser mais uma na pilha de corpos no carrinho para ser incinerada. O olhar no rosto de Schindler é inequívoco.

Minutos antes, ele viu as cinzas e a fuligem dos corpos em chamas se acumulando em seu carro como apenas um incômodo". André Caron perguntou se isso foi feito "para simbolizar inocência, esperança ou o sangue vermelho dos judeus sendo sacrificados no horror do Holocausto?". O próprio Spielberg explicou que ele apenas seguiu o romance, e sua interpretação era:

“Estados Unidos, Rússia e Inglaterra todos sabiam sobre o Holocausto, e mesmo assim não fizeram nada. Nós não enviamos qualquer uma de nossas forças para impedir a marcha em direção a morte, a inexorável marcha em direção a morte. Foi um enorme derramamento de sangue, primariamente na cor vermelha no radar de todos, porém ninguém fez nada a respeito. E é por isso que eu quis trazer a cor vermelha.”

Velas

O início do filme apresenta uma família observando o Shabat. Spielberg disse que, "começar o filme com velas sendo acesas… seria algo rico, começar o filme com um Shabat normal antes que o rolo compressor contra os judeus começasse".

Quando a cor vai embora nos momentos iniciais do filme, dá um modo para um filme onde a fumaça vem simbolizar os corpos sendo queimados em Auschwitz-Birkenau.

Apenas para que no final as imagens das velas reganham acolhimento quando Schindler permite que eles honrem o Shabat. Para Spielberg, elas representam "apenas um lampejo de cor, um lampejo de esperança".

Recepção

Schindler's List foi aclamado pela crítica especializada. No site Rotten Tomatoes o filme possui um índice de aprovação de 97%, baseado em 60 resenhas, com uma nota média de 8,8/10.

O consenso é "Schindler's List mistura o horror abjeto do Holocausto com a marca humanista de Steven Spielberg para criar a obra prima dramática do diretor". No agregador Metacritic o filme possui uma aprovação de 93/100, baseado em 23 resenhas, indicando "aclamação universal". 

O Marabu


O marabu é uma grande cegonha africana, carnívora, de cabeça e pescoço nus. Possui um bico muito forte e uma bolsa pneumática na base do pescoço. É também conhecida pelo nome de cordufal.

É uma ave muito grande. Chega a atingir uma altura de 110 cm, um peso superior a 9 kg e uma envergadura de asas de 3,5 m. Partilha com o condor-dos-andes e o albatroz-errante a distinção de possuir a maior envergadura de asas das aves terrestres.

Ao contrário dos restantes gêneros da família, voa com o pescoço retraído, tal como uma garça. Este voo é característico do gênero Leptoptilos.

O marabu é inconfundível devido ao seu tamanho, cabeça e pescoço pelados, dorso negro e parte inferior branca. Tem um bico enorme, um saco gular rosado, uma gola de penas, e as pernas e asas negras ou cinza escuras.

Não existe grande dimorfismo sexual, mas os jovens são mais acastanhados e possuem um bico menor. A maioridade é atingida aos quatro anos. Habita a África subsariana, com ocorrência tanto em habitats húmidos ou secos, frequentemente próximo de habitações humanas, frequentando lixeiras.

Comportamento

Desloca-se principalmente caminhando. É gregário e procria em colónias. Na estação seca, quando lhe é mais fácil encontrar alimento, dado que as massas de água diminuem, constrói um ninho numa árvore onde põe dois ou três ovos.

Tal como as outras cegonhas, é muito ruidoso vocalmente e batendo o bico, especialmente durante a corte. Nessa ocasião produz também diversos ruídos com o saco do pescoço. Para descansar senta-se frequentemente sobre os tarsos, assumindo uma postura bizarra.

Assume frequentemente um comportamento saprófago, para o qual se prestam as adaptações da cabeça nua e do bico, tal como os abutres em companhia dos quais o marabu frequentemente come. A cabeça sem penas é muito mais fácil de manter limpa.

Esta grande ave come diferentes tipos de animais, tanto vivos como cadáveres, incluindo mamíferos e repteis. As presas vivas incluem térmitas, peixes, gafanhotos, lagartas, rãs, roedores, ovos e recém-nascidos de crocodilos, ovos de tartarugas, pombos, flamingos, ovos e crias de comorão e de pelicanos, etc.




sábado, dezembro 09, 2023

lona Anna Staller - Cicciolina


 

lona Anna Staller, conhecida pelo nome artístico de Cicciolina, é uma ativista política, ex-atriz pornográfica, cantora e escritora húngara naturalizada italiana.

Início de vida       

Cicciolina nasceu em Budapeste, na Hungria no dia 26 de novembro de 1951, descendente de uma pequena família de burgueses, que, com a revolução bolchevique, findaram por perder várias terras das quais tinham posses.

Aos três anos de idade, perdeu o pai vítima de um câncer. Foi criada pelo padrasto, que era funcionário do ministério público húngaro, e sua mãe, que era parteira. Aos treze anos, entrou para a agência de modelos MTI, ainda na Hungria.

No verão de 1968, Cicciolina entrou para o serviço secreto de seu país e tinha a função de investigar os motivos pelos quais estrangeiros estariam em territórios húngaros. Depois da morte de um político americano que estava sob investigação, Ilona deixou os serviços secretos.

Após conhecer um italiano em Budapeste e terminar com seu namorado africano do Senegal, Ilona tornou-se sua amante e, depois de certo tempo, ofereceu-lhe dinheiro e muito sexo em troca de casamento, para que assim, ela pudesse conseguir nacionalidade italiana.

Casaram-se no papel e, após conseguir sua cidadania, Ilona pegou um trem em Budapeste e desembarcou em Milão, cidade onde fez filmes pornográficos produzidos pela fraca e recém-nascida indústria pornô da época.

Após os filmes eróticos, vieram os convites para participações em cinema convencional. Em 1973, após ver um ensaio sexy de Ilona Staller na revista Playmen, Riccardo Sccicchi, que era estudante de arquitetura e fotógrafo da revista citada, fascinou-se pela imagem “sensual-inocente” da jovem húngara e logo tratou de contactá-la.

Depois de fazer várias fotos de Ilona, Riccardo montou, na agência que trabalhava, uma exposição de fotos da moça. Lá, encontrava-se o dono de uma das poucas rádios livres da Itália, que a convidou para fazer um programa em sua rádio.

Foi assim que Ilona Staller atingiu o estrelato na década de 70: apresentando um programa de temática sexual desenvolvido por ela e Riccardo Sccicchi na rádio Luna, em Roma, sob o pseudônimo de Cicciolina.

Com o sucesso do programa, Cicciolina era considerada a rainha da sexualidade na Itália. Paralelamente, também desenvolveu e apresentou um programa na Rádio San Paolo, em Nápoles.

A presença de Cicciolina em programas de emissoras de televisão livres reduzia consideravelmente a audiência da televisão estatal italiana, que era controlada pelas rédeas “beatas” do governo. Para conquistar a audiência perdida, a RAI (TV estatal) contratou Cicciolina para apresentar oito programas na emissora, dando-a carta branca para fazer o que quisesse.

Depois de gravado o primeiro programa, a equipe de edição da emissora ficou por muito tempo editando o programa e acabou por não mostrar partes eróticas do mesmo, fazendo Cicciolina processar a emissora por não cumprimento de contrato.

Aproveitando o sucesso de sua sexy personagem nos programas de rádio e no show business, Ilona passou a desenvolver junto com Riccardo shows eróticos e apresentar-se com turnê por toda a Itália e países da Europa. Seduzida pelo sucesso de Cicciolina e seus shows, a gravadora musical RCA a contratou e assim Ilona Staller tornou-se também cantora.

Após ser várias vezes censurada e processada pelo crime de atentado ao pudor ao mostrar suas partes intimas nos shows, Cicciolina achou outra maneira de transgredir e chamar a atenção sem precisar cometer o tal crime: passou a misturar temáticas políticas em suas apresentações.

Para divulgar suas propostas no campo político, ela abriu a produtora italiana de filmes pornográficos e primeira agência de casting pornô em parceria com Riccardo Schicchi, chamada Diva Futura, e tornou-se atriz de sua própria empresa, misturando sexo e ideias políticas nos enredos de seus filmes.

Além de apresentadora de rádio, atriz convencional e pornô, e política, Cicciolina também é escritora e conseguiu reconhecimento no campo literário com os livros “Confessions” (este lançado e vendido no Brasil) e “Per Amore e Per Forza”.

Em 1997, foi convidada para fazer uma participação especial na novela Xica da Silva, da Rede Manchete, interpretando a personagem Ludovica, uma cortesã que se passa por princesa genovesa. Nas cenas, uma intérprete traduzia as falas de Cicciolina. Em julho de 2005 foi capa da revista Playboy, edição da Sérvia.

Em 2017, foi tema do documentário "Cicciolina - Madrinha do Escândalo", de Alessandro Melazzini.

Política

Filiou-se, em 1979, na Lista del Sole, o primeiro partido ambientalista da Itália. Em 1985 mudou-se para o Partido Radical, fazendo campanha contra a energia nuclear e a OTAN, pelos direitos humanos e contra a fome no mundo.

Cicciolina foi eleita para o Partido Italiano em 1987, representando o distrito de Lácio de Roma, com 20 mil votos, sendo a segunda deputada mais votada do seu partido. Em 1991, fundou junto com Riccardo Schicchi, Moana Pozzi e Mauro Biuzzi o Partido do Amor.

Nas eleições de 1992, o partido recebeu expressiva votação com quase 23 mil votos. Em 1993, nas eleições municipais, Moana Pozzi candidatou-se a prefeitura de Roma recebendo quase 9 mil votos.

Após a morte de Moanna Pozzi, em 1994, vítima de um câncer de fígado, o Partido do Amor não disputou mais nenhuma eleição, embora não esteja oficialmente desativado. Cicciolina foi sua presidente no ano de 1992.

Em 2012, Cicciolina fundou o Partido DNA (Democracia, Natureza e Amor), juntamente com o advogado Lucca di Carlo, para concorrer às eleições estaduais de 2013, não conseguindo a sua reeleição ao parlamento. Em seguida, Cicciolina filiou-se ao Partido Liberal Italiano.

Em janeiro de 2002, começou a explorar a possibilidade de uma campanha política na Hungria, sua terra natal, representando o distrito de Kobanya, mas falhou ao tentar colher assinaturas para uma candidatura sem filiação partidária.

No mesmo ano, afirmou que se entregaria ao presidente iraquiano, Saddam Hussein, para colocar um fim aos conflitos no Oriente Médio. Em 2022, Cicciolina ofereceu ao presidente russo Vladimir Putin uma noite de sexo em troca de paz para a Ucrânia.

Vida Pessoal

O artista americano Jeff Koons a convenceu a colaborar em uma série de escultura e pintura em que ambos faziam sexo em muitas posições, cenários e figurinos, exibindo o conjunto da obra sob o título de "Made in Heaven".

Staller casou-se com Koons em 1991. O casamento acabou em 1992, e o filho de ambos, Ludwig, nasceu pouco tempo depois. Ilona saiu dos Estados Unidos, após o início de uma longa batalha judicial pela custódia da criança. Jeff ganhou a guarda do filho em 1998, mas ele continua a viver com Ilona na Itália.


Prisão, Julgamento e execução de Giordano Bruno


 Julgamento de Giordano Bruno

Prisão, Julgamento e execução de Giordano Bruno - Em Roma, o julgamento de Bruno durou oito anos, durante os quais ele foi preso, por último, na Torre de Nola.

Alguns documentos importantes sobre o julgamento estão perdidos, mas outros foram preservados e entre eles um resumo do processo, que foi redescoberto em 1999. 

As numerosas acusações contra Bruno, com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de testemunhas, incluíam blasfêmia, conduta imoral e heresia em matéria de teologia dogmática.

Envolvia algumas das doutrinas básicas da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista estas acusações feitas contra Bruno pelo tribunal local.

Sustentar opiniões contrárias à fé católica e contestar seus ministros; Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a Trindade, a divindade de Cristo e a encarnação; Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre Jesus como Cristo;

Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus; Sustentar opiniões contrárias à fé católica tanto sobre a Transubstanciação quanto a Missa.

Reivindicar a existência de uma pluralidade de mundos e suas eternidades; Acreditar em metempsicose e na transmigração da alma humana em brutos, e; Envolvimento com magia e adivinhação.

Giovanni Mocenigo (1558-1623), membro de uma das mais ilustres famílias venezianas, encontrou Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para ir a Veneza, a pretexto de lhe ensinar mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era perito.

Segundo Will Durant, Bruno estava havia muitos anos na lista dos procurados pela Inquisição, ansiosa por prendê-lo por suas doutrinas subversivas, mas Veneza gozava da fama de proteger tais foragidos, e o filósofo sentiu-se encorajado a cruzar os Alpes e regressar.

Como Mocenigo quisesse usar as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou esperasse obter de Bruno ensinamentos de ocultismo para aumentar seu poder, prejudicar seus concorrentes e inimigos, segundo outros, Bruno se negou a ensiná-lo. 

Segundo Durant, Mocenigo, católico piedoso, assustava-se com "as heresias que o loquaz e incauto filósofo lhe expunha", e perguntou a seu confessor se devia denunciar Bruno à Inquisição.

O sacerdote recomendou-lhe esperar e reunir provas, no que Mocenigo assentiu; mas quando Bruno anunciou seu desejo de regressar a Frankfurt, o nobre denunciou-o ao santo Oficio. Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para levarem-no preso, acusado de heresia.

Bruno foi transferido para o cárcere do Santo Ofício de San Domenico de Castello, no dia 23 de maio de 1592. No último interrogatório pela Inquisição do Santo Ofício, não abjurou e, no dia 8 de fevereiro de 1600, foi condenado à morte na fogueira.

Obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, Giordano Bruno teria respondido com um desafio: Maiori forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam ("Talvez sintam maior temor ao pronunciar está sentença do que eu ao ouvi-la").

A execução de sua sentença ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1600. Na ocasião teve a voz calada por um objeto de madeira posto em sua boca.

Essa é mais um relato da bondade dos representantes de deus aqui na Terra, queimar pessoas vivas era uma das diversões de papas, bispos, padres e todos da Igreja de deus.



Giordano Bruno 

Kuhikuga no Alto Xingu


 

Kuhikugu, chamada pelos arqueólogos de X11, é a maior cidade pré-colombiana já descoberta na região do Xingu, na Amazônia.

O sítio arqueológico de Kuhikugu, descoberto pelo arqueólogo Michael Heckenberger, com a ajuda do povo cuicuro, se localiza dentro do Parque Indígena do Xingu (região do alto Xingu) e provou ter sido um grande complexo urbano que pode ter abrigado até 50 000 habitantes, habitado por indígenas antepassados dos atuais cuicuros de cerca de 1 500 a quatrocentos anos atrás.

Construído provavelmente pelos antepassados dos atuais povos cuicuros, o sítio abriga construções complexas como estradas, fortificações e trincheiras para proteção. Para alimentar a grande população, havia campos cultivados e pomares na cidade.

Talvez a mais incrível descoberta seja a de barragens para a criação de peixes. Como a descoberta é recente, estudos sobre as formas de vida dessas populações ainda são necessários, embora os estudiosos acreditem que esse povo cultivava a mandioca.

O desaparecimento dessa civilização, assim como de outras grandes civilizações amazônicas, é relacionado à entrada de doenças como varíola e caxumba no continente americano, responsáveis por dizimar as populações indígenas ameríndias, por volta do século XVI.

As características naturais da Floresta Amazônica (mata densa etc.) explicariam porque os colonizadores não travaram contato com esta civilização amazônica.

Percy Fawcett arqueólogo britânico, acreditava que houvesse uma cidade na floresta do Mato Grosso que ele chamou de "cidade perdida de Z". Ele desapareceu em 1925 em uma expedição em busca da cidade, com uma pequena equipe.

Arthur Conan Doyle baseou o personagem professor Challenger, de O Mundo Perdido, em Fawcett. Há um livro de Indiana Jones que cita Fawcett. Também há o filme chamado Z- A Cidade Perdida.

sexta-feira, dezembro 08, 2023

A Guarda Suíça Pontifícia



Guarda Suíça Pontifícia é o corpo de guarda responsável desde 22 de janeiro de 1506 pela segurança do Papa. Hoje constitui também as forças armadas da Cidade do Vaticano.

Atualmente a Guarda Suíça é composta por cinco oficiais, 26 sargentos e cabos e 78 soldados. É a única guarda do mundo cuja bandeira é alterada com cada novo chefe de Estado, pois contém o emblema pessoal do Papa.

O dia 6 de maio é a data de admissão de novos guardas. Estes prestam juramento diante do Papa e fazem o juramento com a mão direita levantada e os três dedos do meio abertos, recordando a Santíssima Trindade (cristianismo).

É o único grupo de soldados particulares que a lei suíça aceita. Do corpo da Guarda Suíça só podem fazer parte homens de robusta e rude constituição física, com um mínimo de 1,74 m de altura, católicos, com diploma profissional ou ensino médio concluído, com idade entre 18 e 30 anos, e não casados (só os cabos, sargentos e oficiais podem ser casados). 

Devem também ter feito já treino militar do exército suíço, não ter registro criminal e ser de reputação social absolutamente imaculada. Dois anos, eventualmente renováveis até um máximo de 20, são o tempo de compromisso máximo de um membro da Guarda Suíça.

O curioso uniforme da Guarda Suíça é um espetáculo à parte. Com sua malha de cetim nas cores azul-real, amarelo-ouro e vermelho-sangue, causa estranheza que um soldado esteja trajado com roupas tão coloridas. Pode ser visto tanto no Vaticano quanto no castelo Papal de Avinhão, sede do papado nos séculos XIII a XIV.

A língua oficial da Guarda Suíça é o alemão. O seu lema é "Com coragem e fidelidade" e tem como patronos São Martinho (festa em 11 de novembro), São Sebastião (festa em 20 de janeiro) e São Nicolau von Flue, "Defensor Pacis et pater patriae" (orago da Suíça, com festa em 25 de setembro).

Entre as suas tarefas encontram-se a prestação de serviços diversos para o Papa, tais como a guarda em visitas de autoridades estrangeiras, o acompanhamento e assistência ao Papa durante viagens internacionais ou a prestação, à paisana, de serviços de segurança do Papa, ocasião em que os guardas se misturam com as multidões na Praça de São Pedro.

Nesse caso os soldados da Guarda Suíça servem como guarda-costas, estando equipados com armamento variado e modernos equipamentos de comunicação.



 

História

Inicialmente a Guarda Suíça era um conjunto de soldados mercenários suíços, que combatiam por diversas potências europeias entre os séculos XV e XIX em troca de pagamento. Hoje só servem o Vaticano.

A Guarda Suíça do Vaticano foi formada em 1506 em atendimento a uma solicitação de proteção feita em 1503 pelo Papa Júlio II aos nobres suíços. Cerca de 150 nobres tidos como os melhores e mais corajosos chegaram a Roma vindos dos cantões de Zurique, Um, Unterwalden e Lucerna. O seu comandante era o capitão Kaspar von Silenen.

A batalha mais expressiva foi em 6 de maio de 1527, quando as tropas invasoras imperiais de Carlos V de Habsburgo, em guerra com Francisco I, entram em Roma. O exército imperial era composto de cerca de 18 000 mercenários.

Em frente à Basílica de São Pedro e depois nas imediações do Altar-Mor, a Guarda Suíça lutou contra cerca de 1 000 soldados alemães e espanhóis. Combateram ferozmente formando um círculo em volta do Papa Clemente VII visando protegê-lo e levá-lo em segurança ao Castelo de Santo Ângelo.

Faleceram 147 guardas dos 189 que a compunham na época, mas em contrapartida 900 dos 1 000 mercenários do assalto caíram mortos pelas alabardas dos suíços.

O Papa Pio V (1566-1572) enviou a Guarda Suíça para combater na Batalha de Lepanto, contra os turcos. Com Pio VI a guarda foi dissolvida já que este Papa foi enviado para o exílio por Napoleão.

A guarda voltou a formar-se em 1801 e, em 1848, desempenhou um papel decisivo na defesa do Palácio Apostólico frente aos revolucionários nacionalistas italianos.

Quando a Alemanha Nazi ocupou Roma em setembro de 1943, a Guarda Suíça e as outras unidades que na época constituíam as formas armadas papais, como a Guarda Palatina, foram colocadas em estado de alerta.

Houve um aumento no número de postos de vigia. Os guardas trocaram as alabardas e espadas por espingardas Mauser 98k, baionetas e cartucheiras com 60 substituições de munição, como medida de precaução.

Embora as tropas alemãs patrulhassem o território italiano até à Praça de São Pedro, não houve qualquer tentativa de invasão pela fronteira do Vaticano nem qualquer confronto entre a Guarda Suíça e tropas alemãs.

Nessa altura a Guarda tinha apenas 60 homens, pelo que poderia apenas ter feito uma resistência simbólica a qualquer ataque. No próprio dia em que os alemães ocuparam Roma o Papa Pio XII deu ordens que proibiam a Guarda Suíça de derramar sangue em sua defesa.

Desde a tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em 13 de maio de 1981, as funções não cerimoniais da guarda passaram a receber uma maior atenção. Os soldados passaram a utilizar pequenas armas de fogo e atuar como uma guarda pessoal moderna, inclusive com membros à paisana acompanhando o Papa em suas viagens ao exterior para sua proteção

Em 4 de maio o coronel da Guarda Suíça Alois Estermann, a sua mulher Gladys Meza Romero e o vice-cabo Cédric Tornay foram encontrados mortos no apartamento de Estermann. A versão oficial do Vaticano atribuiu a responsabilidade do delito ao vice-cabo Tornay.

Nas comemorações do 500º aniversário da Guarda Suíça em abril de 2006, 80 ex-guardas marcharam de Bellinzona no sul da Suíça para Roma, fazendo o mesmo trajeto da marcha dos 200 guardas suíços originais que assumiram o serviço papal em 1505.

Em tempos recentes a guarda atua juntamente com as autoridades italianas para evitar ataques terroristas, sobretudo depois de ameaças do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Os guardas assinam um contrato de dois anos e obtêm um soldo mensal de 1 200 euros. São celibatários (exceto os oficiais, sargentos e cabos) e é-lhes formalmente interdito dormir fora do Vaticano.

O seu alojamento é a caserna da guarda. A vida quotidiana é preenchida também com celebrações litúrgicas. A guarda dispõe de uma capela onde oficia o capelão do exército pontifício.

Uniforme

O uniforme que hoje a Guarda usa foi desenhado por Jules Répond (comandante no período 1910-1921) a partir do modelo que se atribui a Michelangelo por volta de 1506, pelo que é considerado um dos uniformes militares mais antigos do mundo, e muito mais vistoso, alegre e colorido que o do século XIX.

O capacete é decorado com uma pluma vermelha, as luvas são brancas e a couraça tem reminiscências medievais. A cor vermelha foi introduzida pelo Papa leão X, em homenagem ao escudo dos Médici, e simboliza também o sangue derramado em defesa do Papa.

A Guarda Suíça não utiliza botas, sendo calçadas meias aderentes às pernas e presas à altura dos joelhos por uma liga dourada, sendo eventualmente cobertas por polainas. Em geral, o uniforme recorda o esplendor das cortes do Antigo Regime, e o orgulho de ser soldado, combater e servir o Papa.