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quarta-feira, novembro 02, 2022

Enurese noturna - micções involuntárias

Enurese noturna - micções involuntárias - Enurese noturna é a persistência de micções involuntárias durante o sono após a idade em que a criança já deveria ser capaz de controlar a bexiga. A enurese em crianças e adultos pode resultar em estresse emocional. Entre as possíveis complicações estão infecções do trato urinário.

A maior parte dos casos deve-se a atraso no desenvolvimento, e não a um problema emocional ou condição física. Só 5 a 10% dos casos de enurese noturna têm uma causa médica específica. 

A condição está em muitos casos associada a antecedentes familiares. A enurese noturna é considerada primária (ENP) quando a criança ainda não passou por um período prolongado sem urinar. É considerada secundária (ENS) quando a criança ou adulto começa a urinar depois de se ter mantido seco durante um período prolongado.

Dependendo da gravidade do caso e da causa subjacente, os tratamentos disponíveis vão desde terapia comportamental, como a simples utilização de um alarme urinário, até medicação, como terapia de substituição hormonal. Uma vez que na grande maioria dos casos a enurese é apenas um atraso no desenvolvimento, a maior parte dos tratamentos destinam-se a melhorar a autoestima. 

As recomendações de tratamento aconselham o médico a alertar os pais para as consequências psicológicas que a pressão, humilhação ou castigos podem ter na criança, quando na realidade ela não consegue controlar a condição.

A enurese noturna é uma das queixas mais comuns durante a infância. A maior parte das meninas consegue controlar a bexiga entre os 4 e os 7 anos de idade e os meninos entre os 4 e 6 anos. Por volta dos dez anos de idade, 95% das crianças já se consegue manter seca. Entre os adultos, a prevalência de enurese noturna é de 0,5 a 2,3%.



 

Ted Bundy

Theodore Robert Bundy, mais conhecido pela alcunha de Ted Bundy nasceu em Burlington estado Norte Americano no dia 24 de novembro de 1946. 

Foi um notório assassino em série americano que sequestrou, estuprou e matou várias mulheres jovens na década de 1970 ou antes.

Após quase uma década de negação, antes de sua execução em 1989, ele confessou trinta homicídios em sete estados de 1974 a 1978. O real número de vítimas, contudo, pode ser bem maior.

Bundy era considerado um homem bonito e carismático, traços que ele utilizava para conquistar a confiança de suas vítimas e da sociedade. 

Bundy se aproximava de suas vítimas em locais públicos, fingindo lesão ou incapacidade, ou fingindo ser uma figura de autoridade, antes de ataca-las e deixa-las inconscientes e as levava a locais reclusos para estuprá-las e depois matá-las.

Às vezes ele retornava a cena dos crimes, ajeitando o local e tendo relações sexuais com os cadáveres em decomposição até a fase de putrefação ou outros acontecimentos, como animais selvagens mexendo nos corpos, que o impedisse de continuar. 

Ele decapitou ao menos doze vítimas e manteve algumas das cabeças em seu apartamento como lembranças. Em algumas ocasiões, ele invadiu a casa de suas vítimas à noite e as espancava enquanto dormiam.

Em 1975, Bundy foi preso pela primeira vez, sendo capturado pelas autoridades de Utah por sequestro e tentativa de agressão criminosa. Ele então se tornou suspeito de uma longa lista de homicídios que aconteceram em vários estados. 

Enfrentando acusações de assassinato em Colorado, ele orquestrou duas engenhosas fugas e voltou a cometer crimes na Flórida, incluindo três homicídios, antes de ser recapturado em definitivo em 1978.

Pelos homicídios cometidos na Flórida, ele recebeu três sentenças de morte em dois julgamentos. 

Durante seus julgamentos, Bundy, formado em direito e psicologia, agiu como seu próprio advogado em vários momentos, concedeu entrevistas a jornalistas e atraiu enorme atenção da mídia por sua eloquência e carisma.

Ele tentou utilizar este interesse midiático ao seu favor, ao passo que resistia a confessar seus crimes, numa tentativa de adiar sua execução. 

Contudo, Bundy foi levado para a cadeira elétrica, na Prisão Estadual da Flórida em Raiford, e executado, em 24 de janeiro de 1989.

A biógrafa Ann Rule, que havia trabalhado com Bundy, o descreveu como um “sociopata sádico” que tirava prazer da dor de outros seres humanos e do controle que exercia sobre suas vítimas, ao ponto da morte, e até depois." 

Uma vez, Bundy se autoproclamou "o filho da mãe de coração mais frio que você já conheceu." O advogado Polly Nelson, um membro do seu último time de defesa, escreveu que ele era "a própria definição do mal sem coração."

Ted foi criado pelos avós que se passavam por seus pais adotivos. Sua mãe, Eleanor Louise Cowell, era apresentada como se fosse sua irmã, o que só mudou quando esta encontrou o homem que se tornaria o padrasto de Ted e que lhe daria o sobrenome Bundy. 

Sua infância, na casa dos avós, também teria tido outro problema: ele convivia com as explosões de violência do avô, que muitas vezes agredia a avó.

Ainda segundo a Galileu, durante o ensino médio, ele teria sido investigado por roubo duas vezes e, quando adulto, chegou a trabalhar numa linha telefônica de prevenção ao suicídio e no comitê anticrime de Seattle, no qual um dos projetos envolvia a prevenção ao estupro.

 Ele também teria tido uma namorada por um longo tempo, chamada Elizabeth Kloepfer. Tina, a filha de Elizabeth, teria sido tratada como filha por Ted.

"Foi em 1974 que meninas começaram a desaparecer dos campos universitários nos estados de Washington e Oregon, região vizinha à casa de Bundy. No outono daquele ano, o jovem resolveu começar a estudar direito na Universidade de Utah e, não por coincidência, diversas estudantes de lá foram sequestradas, abusadas e mortas. 

Um dos ataques ocorreu contra Carol DaRonch, que felizmente conseguiu escapar e contatar a polícia. A estudante deu às autoridades uma descrição do homem, do Volkswagen que ele dirigia e uma amostra de seu sangue que ficou em sua jaqueta durante a luta. 

Poucas horas após o ataque de DaRonch, Debbie Kent, de 17 anos, desapareceu. Nessa época, pedestres descobriram um “cemitério de ossos” em uma floresta de Washington e, após análises, foi constatado que os corpos pertenciam a mulheres desaparecidas em Washington e Utah. Investigadores de ambos os estados se comunicaram e elaboraram um perfil e esboço composto de um homem chamado "Ted”", publicou a Revista Galileu em agosto de 2019. 

Uma vez que ele atraía suas vítimas para a porta do carro, muitas vezes dizendo precisar de ajuda para carregar compras ao aparecer com uma muleta ou o braço engessado. Ted batia nas vítimas e levava-as embora para reservadamente desfrutar de suas mortes. 

Ele preferia matar mulheres jovens e brancas (uma de suas vítimas, no entanto, tinha apenas 12 anos de idade), com cabelos longos e lisos repartidos ao meio e atacava suas vítimas com objetos rombudos.

A revista Galileu escreveu: "O modus operandi de Bundy evoluiu em organização e sofisticação ao longo do tempo, como é típico dos assassinos em série, de acordo com especialistas do FBI. 

Logo no início, consistia na invasão de uma casa durante a noite, seguida de um ataque violento enquanto a vítima dormia. À medida que sua “metodologia” evoluiu, Bundy tornou-se progressivamente mais organizado em sua escolha de vítimas e cenas de crime.

 Uma vez perto ou dentro de seu carro, a vítima era dominada, espancada e algemada antes de ser abusada e estrangulada." 

Ele admitiu ter mantido alguns corpos em seu apartamento por um período antes de descartá-los, tendo chegado a decepar a cabeça de 12 destes corpos com uma serra. 

No caso de Donna Manson, por exemplo, Ted teria utilizado a lareira de sua ex-namorada Kloepfer para incinerar a cabeça decepada.

Quando os corpos não eram guardados, eram levados para locais pré-selecionados, muitas vezes a uma distância considerável de onde havia sequestrado as vítimas. No local de desova do corpo, Ted removia e queimava as roupas das vítimas. 

Ele também cometia necrofilia, voltando aos corpos para vestir, maquiar, pintar as unhas e até tirar fotos.

Ted admitiu que tinha "um apetite insaciável por pornografia violenta".

Algumas de suas vítimas conhecidas e citadas pela imprensa são: Caryn Llene Campbell, Donna Gail Manson, Kimberly LaFouche, Kimberly Diane Leach, Roberta Kathleen Parks, Karen Sparks, Lynda Ann Healy, Susan Elaine Rancourt, Brenda Carol Ball, Georgann Hawkins, Janice Ott, Denise Marie Naslund, Nancy Wilcox, Melissa Smith, Laura Ann Aime, Carol DaRonch, Debra Jean Kent, Julie Cunningham, Denise Lynn Oliverson, Lynette Dawn Culver, Susan Curtis, Lisa Levy, Margaret Bowman, Kathy Kleiner, Karen Chandler, Cheryl Thomas e Leslie Parmenter.

Primeira detenção - Utah

Em 1974, ele foi preso por um oficial de trânsito quando tentou fugir de um procedimento padrão. Alcançado, os oficiais encontraram algemas, um picador de gelo, um pé-de-cabra, uma meia-calça com buracos para os olhos e outros itens questionáveis em seu carro. 

Ted foi preso por suspeita de roubo, mas depois acabou acusado e condenado pela tentativa de sequestro de Carol DaRonch, e teria sido julgado pela morte de Caryn Campbell, se não tivesse conseguido fugir da prisão em dezembro de 1977, depois de duas tentativas anteriores falharem. 

Detenção definitiva - Flórida

Em fevereiro de 1978, uma semana depois de ter assassinado Kimberly Leach, de 12 anos, ele foi parado pela polícia em Pensacola. 

Como dirigia um carro roubado, acabou preso. A polícia, que o procurava, então ouviu diversas testemunhas e encontrou evidências físicas que o ligavam a três assassinatos, dentre elas um molde feito a partir das marcas de mordidas encontradas no corpo de uma das vítimas da Chi Omega. No caso de Kimberly Leach, também foram encontradas fibras da roupa de Ted na cena do crime.

Ted defendeu-se em julgamentos em Utah, Colorado e Florida, enquanto a polícia tentava reunir o rastro de jovens mortas que conduzisse até ele. Durante seus vários julgamentos, um Ted Bundy muito seguro de si se defendeu, recebendo elogios e uma legião de admiradores.

Depois de várias apelações, Bundy foi eletrocutado pelo estado da Flórida em 1989. Para sua última refeição ele pediu bife, ovos, pão e café, mas a recusou porque não estava com fome.

Segundo a Galileu, suas últimas palavras foram: "Jim e Fred, eu gostaria que vocês dessem meu amor à minha família e amigos". (Jim Coleman era um de seus advogados e Fred Lawrence era o ministro metodista que rezara com Bundy durante a noite).

Ted havia sido condenado pelo assassinato de 36 mulheres, mas a polícia estima que o número possa chegar a até 65. Segundo as autoridades, seu primeiro assassinato teria sido aos 14 anos, quando teria matado um vizinho de 8 anos. 

Em setembro de 2019, Cheryl Thomas e Karen Pryor, as duas vítimas que conseguiram sobreviver ao ataque na Universidade Chi Omega, falaram durante o programa The Dr. Oz Show. 

The Sun reportou que Karen disse que ele havia quebrado todos os ossos de sua face, mas mesmo assim ela teria conseguido se defender, tendo então o braço quebrado.

Ela também falou que foi salva pelos vizinhos, que teriam "ouvido algo errado em sua casa" e tentaram ligar para ela. Bundy teria então fugido e os vizinhos, chamado a polícia.

Ted virou tema de filmes, documentários e séries e mesmo 30 anos depois de sua morte, segundo a BBC, "ainda intriga os EUA"

 


 

terça-feira, novembro 01, 2022

O Professor

Um jovem encontra um senhor de idade e lhe pergunta:

- Se lembra de mim? E o velho diz não.

Então o jovem diz que ele era aluno dele.

E o professor pergunta:

- O que você está fazendo, o que você faz para viver?

O jovem responde:

- Bem, eu me tornei professor.

- Ah, que bom, como eu? (disse o velho)

- Pois sim.

Na verdade, eu me tornei professor porque você me inspirou a ser como você.

O velho, curioso, pergunta ao jovem que momento foi que o inspirou a ser professor.

E o jovem conta a seguinte história:

- Um dia, um amigo meu, também estudante, chegou com um relógio novo e bonito, e eu decidi que queria para mim e eu o roubei, tirei do bolso dele.

Logo depois, meu amigo notou o roubo e imediatamente reclamou ao nosso professor, que era você.

Então, você parou a aula e disse:

- O relógio do seu parceiro foi roubado durante a aula hoje.

Quem o roubou, devolva-o.

Eu não devolvi porque não queria fazê-lo.

Então você fechou a porta e disse para todos nós levantarmos e iria vasculhar nossos bolsos até encontrarmos o relógio.

Mas, nos disse para fechar os olhos, porque só procuraria se todos tivéssemos os olhos fechados.

Então fizemos, e você foi de bolso em bolso, e quando chegou ao meu, encontrou o relógio e o pegou.

Você continuou procurando os bolsos de todos e, quando ele terminou, ele disse:

- "Abra os olhos. Já temos o relógio."

Você não me disse nada e nunca mencionou o episódio.

Nunca disse quem foi quem roubou o relógio.

Naquele dia, você salvou minha dignidade para sempre.

Foi o dia mais vergonhoso da minha vida.

Mas também foi o dia em que minha dignidade foi salva de não me tornar ladrão, má pessoa, etc. Você nunca me disse nada e, mesmo que não tenha me repreendido ou chamado minha atenção para me dar uma lição de moral, recebi a mensagem claramente.

E, graças a você, entendi que é isso que um verdadeiro educador deve fazer.

Você se lembra desse episódio, professor?

E o professor responde:

- "Lembro-me da situação, do relógio roubado, que procurava em todos, mas não lembro de você, porque também fechei os olhos enquanto procurava."

Esta é a essência do ensino:

Se para corrigir você precisa humilhar; você não sabe ensinar.

A/D



 

Freddie Oversteegen

Freddie Oversteegen nasceu na Haarlem no dia 6 de setembro de 1925. Foi uma combatente da resistência holandesa durante a Segunda Guerra Mundial, considerada heroína nacional. Ficou conhecida por seduzir nazistas em bares e depois assassiná-los.

Ela e a família viviam em uma barcaça e eram pobres. Antes da guerra, a família chegou a dar abrigo para lituanos e a escondê-los das autoridades. 

Depois do divórcio dos pais, Freddie foi criada pela mãe, que a educou tendo como base os princípios comunistas. A família se mudou da barcaça para um pequeno apartamento. Posteriormente, sua mãe casou-se de novo e lhe deu um meio-irmão.

A família continuou as atividades subversivas durante a guerra, escondendo um casal judeu em seu apartamento. Freddie e a irmã mais velha, Truuss, começaram a distribuir panfletos antinazistas, o que acabou atraindo a atenção do conselho de resistência de Haarlem e seu comandante, Frans van der Wiel.

Com a permissão da mãe, as garotas se juntaram à resistência; Freddie tinha apenas 14 anos na época. Com a irmã e uma amiga, Hannie Schaft, Freddie começou a trabalhar em ações de sabotagem na presença militar nazista no país.

Usando dinamite, elas explodiam pontes e linhas de trem. Aliadas às ações de sabotagem, elas ajudavam crianças judias, contrabandeando-as para fora do país e ajudando-as a escapar dos campos de concentração.

Juntas, Freddie, a irmã e a amiga Hannie também matavam soldados nazistas. Elas atiravam nos soldados enquanto passavam de bicicleta. 

Em bares da cidade, elas os seduziam, prometendo uma aventura romântica, os atraíam para um local isolado na floresta e então os matavam.

Em março de 1945, Hannie foi presa por soldados alemães enquanto contrabandeava documentos da resistência e armas em sua bicicleta. Ela foi interrogada, torturada e depois executada.

Freddie trabalhou como membro do conselho da National Hannie Schaft Foundation, que fundou com sua irmã, Truus. 

Em 2014, as irmãs ganharam a Mobilisation War Cross das mãos do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, por seus atos de resistência durante o conflito. Uma rua em Haarlem leva o seu nome.

Freddie casou-se com Jan Dekker, com quem teve três filhos.

Freddie morreu aos 92 anos, em 5 de setembro de 2018, em uma casa de repouso em Driehuis.



 

segunda-feira, outubro 31, 2022

Necropsia - Até os mortos merecem ser bem tratados!



Quando os cadáveres chegam à necropsia, chegam com as roupas com as quais morrem e é trabalho do especialista despi-lo para iniciar a necropsia.

Muitas vezes, os falecidos chegam com as expressões faciais que tiveram no último momento (medo, tranquilidade, raiva, tristeza) até às vezes com lágrimas nos olhos.

Os médicos legistas nos dão uma explicação científica conforme exigido pelo seu trabalho, mas, a partir de experiências pessoais eu tive que combinar as minhas crenças científicas.

Lembro de um caso em que estava sob investigação, e um corpo de um professor foi encontrado, ele havia sido sequestrado, assassinado e enterrado há três semanas em um lugar distante.

Quando ele foi exumado, ele ainda estava com seu uniforme escolar e estava em uma posição fetal e seu rosto refletia uma profunda tristeza.

Para o trabalho de despir sem cortar as roupas (a roupa é conservada para análise) foi praticamente impossível para os especialistas, dada a rigidez cadavérica.

Foi quando o médico chegou e disse:

-Vou lhe dizer como é o caminho certo...

Todos nós pensamos que ele iria nos dar uma solução técnica, científica, médica ou profissional, mas ohhhhh surpresa!!

Ele começou a falar com o cadáver enquanto ele começou a despi-lo:

"Você está aqui, amigo"

"Sua família já encontrou você"

"Você não vai mais ficar sozinho"

"Tudo o que eles querem é enterrar você para que você possa estar em paz"

"Olha, eles nunca pararam de te procurar"

"Ajude-me a terminar rápido para você ir com sua família"

Bem, enquanto isso, eles nos fizeram ficar arrepiados, quando vimos que o cadáver, que havia sido enterrado por três semanas, começou a se soltar de modo que despi-lo ficou muito fácil.

O deixamos em uma posição como se ele estivesse deitado de costas e seu rosto mudou, ele parecia calmo.

“Esta dica é usada por bons médicos que apesar de viverem com a morte todos os dias, não perderam a sensibilidade de saber que diante deles tem uma pessoa que é pai, filho, marido e deve ser tratada com respeito e dignidade.

Até os mortos merecem ser bem tratados!

Eduardo Sene

Histórico da Inquisição


Histórico da Inquisição - O Papa Gregório IX, durante o seu pontificado, editou duas bulas que marcam o reinício da Inquisição: Excommunicamus et anathematisamus em 1231, que já previa a pena de morte para os hereges, e em 20 de abril de 1233, Licet ad Capiendos

Nos séculos seguintes, a Inquisição julgou, absolveu ou condenou e entregou ao Estado - para que as penas fossem aplicadas - vários de seus inimigos propagadores de heresias. Nesta etapa, foi confiada à recém-criada ordem dos Pregadores (os Dominicanos).

A privação de benefícios espirituais era a não administração de sacramento aos heréticos, onde, caso houvesse reputação, deveria ser chamada a intervir a autoridade não religiosa (casos de agressão verbal ou física). Se nem assim a pessoa quisesse arrepender-se eram dadas, conscientemente, como anátema (reconhecimento oficial da excomunhão), "censuras eclesiásticas inapeláveis".

Conforme o Concilio de Viana, de 1311, obrigava-se os inquisidores a recorrerem à tortura apenas mediante aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora, em cada caso. A tortura era um meio incluído no interrogatório.

Durante a Cruzada Albigense, os Valdenses tinham sido igualmente perseguidos, com um menor número de vítimas, pois ao contrário dos Cátaros, evitavam defender-se pelas armas, preferindo fugir á frente dos exércitos da Igreja Romana e estabelecer-se noutros locais.

O primeiro caso conhecido de julgamento de um valdense por um tribunal da inquisição deu-se mais de um século após o início do movimento, em 1316. Nesse ano, um valdense foi sentenciado a prisão perpétua e outro queimado na fogueira. Em 1319, outros 26 foram presos e outros três condenados à morte.

Foi apenas em 1487 que o Papa Inocêncio VIII declarou uma Cruzada contra os Valdenses. O Papa reuniu um exército de 18 mil homens para matar ou prender todos os valdenses, forçando-os a ir até aos Alpes, onde sofreram dificuldades, mas permaneceram durante muitas décadas a seguir.

Bem mais tarde, já em pleno século XV, os reis de Castela e Aragão, Isabel e Fernando, solicitam, e obtêm do Papa a autorização para a introdução de uma Inquisição. 

Tal instituição afigurava-se lhes- necessária para garantir a coesão num país em unificação (foi do casamento destes dois monarcas que resultou a Espanha) e que recentemente conquistara terras aos mouros muçulmanos na Península Ibérica e os judeus sefarditas, por forma a obter «unidade» nacional que até ali nunca existira. A ação do Tribunal do Santo Ofício tratou de mais casos depois da conversão de alguns judeus e mouros que integravam o novo reino. 

Alguns deles foram obrigados a renegar as suas religiões e a aderir ao cristianismo ou a abandonar o país. A estes é dado o nome de "cristãos-novos". Alguns esqueciam de fato a religião dos seus antepassados, enquanto outros continuavam a praticar secretamente a antiga religião. 

A esses últimos dá-se o nome de criptojudeus. Eram frequentes os levantamentos populares e as denúncias de práticas judaizantes aos inquisidores.

Mais tarde, em certas regiões da Itália e em Portugal, o Papa autorizou a introdução de instituições similares, em condições diferentes. No caso de Portugal, a recusa do Papa ao pedido, tendo visto os abusos da Espanha, mereceu que o rei tivesse como alternativa ameaçar com a criação de uma "inquisição" régia, que segundo ele era coisa urgente para o reino. 

De fato, a introdução da Inquisição em Portugal resultou das pressões espanholas que, para além de uma sinceridade zelota, não queriam ver o reino rival beneficiar-se com os judeus e mouriscos expulsos de Espanha.

O historiador Oliver Tosseri comenta:

"A memória coletiva acabou retendo o episódio da cruzada contra os albigenses, lançada pelos grandes barões do norte da França para acabar com a heresia dos cátaros no sul do país entre 1208 e 1249. Mas foi, sobretudo, o fanatismo do inquisidor espanhol Tomás de Torquemada, no século XV, que marcou definitivamente o espírito do Ocidente europeu.

 Então vieram a Reforma protestante do Século XVI, o antipapismo da Igreja Anglicana, a luta do iluminista Voltaire contra o obscurantismo e, finalmente, o anteclericalismo dos séculos XIX e XX e: um conjunto de elementos que pintaram um quadro tenebroso e distorcido da Inquisição. E essa é a imagem que ainda repousa na mentalidade de nosso tempo.

Neste momento, estamos diante da "apropriação penal" dos discursos, ato que justificou por muito tempo a destruição de livros e a condenação dos seus autores, editores ou leitores. Como lembrou Chartier: " A cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem". 

Ao enfatizar o conceito de perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensões concedidas pelos poderes eclesiásticos e pelos príncipes, este autor retoma os cenários da queima dos livros que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória.