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terça-feira, setembro 06, 2022

Delirium tremens - Perturbações Somáticas


 

Delirium tremens - Perturbações Somáticas - Delirium tremens (DT) é um estado confusional breve, acompanhado de perturbações somáticas, que usualmente acomete usuários de álcool gravemente dependentes em abstinência absoluta ou relativa. Esse quadro geralmente ocorre três dias após o início dos sintomas de abstinência e pode durar vários dias.

Os sintomas clássicos dessa psicose incluem a diminuição da claridade de percepção do ambiente, confusão, alucinações e ilusões vívidas e tremores marcantes. Os efeitos físicos podem incluir agitação, tremores, arritmia cardíaca e sudorese. Casos mais graves, com episódios de hipertermia ou convulsões, podem resultar em morte.

Normalmente, o delirium tremens só é observado em pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool por mais de um mês. Uma síndrome semelhante pode ocorrer com indivíduos em abstinência de benzodiazepínicos e barbitúricos. Já a suspensão de estimulantes, como a cocaína, não tem maiores complicações médicas. 

Em uma pessoa com quadro sugestivo de delirium tremens, é importante fazer o diagnóstico diferencial para descartar outros problemas associados, como distúrbios eletrolíticos, pancreatite e hepatite alcoólica.

A prevenção não consiste em tratar os sintomas da abstinência. Se ocorrer delirium tremens, é necessário um tratamento agressivo, pois trata-se de emergência médica. O paciente deve ser internado em local tranquilo e com pouca luz e submetido a terapia com benzodiazepínicos, como diazepan, lorazepan, clordiazepóxido e oxazepam. 

Pacientes refratários a esses medicamentos podem ser tratados com haloperidol, infusão de propofol, ou clonidina. Também é recomendada a reposição vitamínica com tiamina, para prevenir a Síndrome de Wernicke-Korsakoff, que causa ataxia, confusão mental e anormalidades de movimentação ocular. Sem tratamento, a mortalidade por delirium tremens pode ser de 15% a 40%. Atualmente, entretanto, as mortes ocorrem em cerca de 1% a 4% dos casos.

Cerca de metade das pessoas com problemas de alcoolismo irá desenvolver sintomas de abstinência após a redução no seu consumo. Destes, 3% a 5% irão desenvolver delirium tremens ou sofrer convulsões. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1813, mas os sintomas dessa psicose já haviam sido descritos em 1700.

A farmacoterapia costuma ser sintomática e de suporte. Se a ocorrência do delirium tremens for devido à abstinência alcoólica o paciente é mantido sedado a maior parte do tempo com benzodiazepínicos como Diazepam, lorazepam.

Nos casos de psicose mais severa doses sub-terapêuticas de haloperidol ou mesmo benzodiazepínicos mais fortes como paraldeído e clometiazole. A médio prazo acomprosato pode ajudar a conter o desejo pelo consumo das substâncias causadoras dessa patologia e reduzir a probabilidade de recaídas.

delirium tremens não deve ser confundido com a Doença de Parkinson.

Stanislav Petrov

Stanislav Petrov nasceu em Vladivostok a maior cidade portuária da Federação Russa no dia 7 de setembro de 1939. Foi um coronel do Exército Vermelho que, em 26 de setembro de 1983, evitou uma potencial guerra nuclear ao se recusar a aceitar que mísseis dos Estados Unidos tinham sido lançados contra a URSS, apesar da indicação dada pelo sistema de alerta computadorizado.

Os alertas do computador soviético mais tarde se revelaram errados, e Petrov ficou conhecido como a pessoa que evitou a terceira Guerra Mundial e a devastação de boa parte da Terra por armas nucleares. Por causa do sigilo militar e de diferenças políticas e internacionais, os atos de Petrov foram mantidos em segredo até 1998.

O pai de Stanislav chama-se Yevgraf e foi piloto de caças durante a Segunda Guerra Mundial e sua mãe foi enfermeira. Formou-se em 1972 na Faculdade de Engenharia da Força Aérea Russa e depois se alistou na mesma instituição. Foi designado para a organização que supervisionava o novo sistema de alerta antecipado destinado a detectar ataques de mísseis balísticos de países da OTAN.

O Tenente-Coronel Stanislav Petrov era o oficial do dia no bunker Serpukhov-15 perto de Moscovo no dia 26 de setembro de 1983, época da Guerra Fria. Apenas três semanas e meia antes, os soviéticos haviam derrubado um avião Boeing 747 sul-coreano, matando 269 pessoas a bordo.

A responsabilidade do Tenente-Coronel Petrov era observar a rede de alerta preventivo por satélites e notificar seus superiores sobre qualquer possível ataque com míssil nuclear contra a URSS. Caso isto ocorresse, a estratégia da União Soviética era lançar imediatamente um contra-ataque nuclear maciço contra os Estados Unidos, como previsto pela doutrina da Destruição Mútua Assegurada.

Pouco após a meia-noite, os computadores do bunker indicaram que um míssil estadunidense se movia em direção à União Soviética. O Tenente-coronel Petrov deduziu que havia ocorrido um erro do computador, já que os Estados Unidos não lançariam apenas um míssil se estivessem atacando a União Soviética, e sim vários ao mesmo tempo. Além disso, a confiabilidade do sistema por satélite havia sido questionada anteriormente. Por isso, ele considerou o alerta como alarme falso, concluindo que de fato não havia míssil lançado pelos EUA.

Pouco tempo depois, os computadores indicavam que um segundo míssil tinha sido lançado, a seguir dum terceiro, um quarto e um quinto. Petrov ainda acreditava que o sistema computadorizado estava errado, mas não tinha mais outras fontes de informação para poder confirmar as suas suspeitas. O radar terrestre da União Soviética não tinha capacidade para detectar mísseis além do horizonte, então quando o radar terrestre pudesse positivamente identificar a ameaça, seria tarde demais.



 

Percebendo que se ele estivesse equivocado, mísseis nucleares logo estariam a chover sobre a URSS, Petrov decidiu confiar na sua intuição e declarou as indicações do sistema como alarme falso. Após um breve momento, ficou claro que seu instinto estava certo. A crise fez nele grande pressão e muito nervosismo, mas o juízo de Petrov foi correto. Uma guerra nuclear de escala total tinha sido evitada.

Naquela noite, não estava agendado para Petrov estar de guarda. Se ele não estivesse lá, seria possível que um outro oficial no comando tivesse tomado a decisão contrária.

Apesar de ter prevenido um potencial desastre nuclear, Petrov desobedecera a ordens e desafiara o protocolo militar. Mais tarde, ele sofreu intenso questionamento pelos seus superiores sobre a sua atitude durante a prova de fogo, o resultado disso foi que ele não mais foi considerado um oficial militar confiável.

O exército Soviético não puniu Petrov pelas suas ações, mas não reconheceu ou honrou-o também. Suas ações haviam revelado imperfeições no sistema militar soviético, o que deixou seus superiores em maus lençóis. Foi-lhe feita uma reprimenda, oficialmente pelo arquivamento improprio de papelada de trabalho, e sua, uma vez promissora, carreira chegou ao fim. Ele foi recolocado para um posto menos sensível e por fim retirado do serviço militar.

Petrov continuou vivendo na Rússia como pensionista, passando sua aposentadoria na pobreza, na cidade de Fryazino. Disse que não se considera um herói pelo o que fez naquele dia, mas mesmo assim, em 21 de maio de 2004, uma associação californiana, chamada Association of World Citizens, deu ao Coronel Petrov seu prêmio World Citizen Award, junto com um troféu e US$ 1.000,00 em reconhecimento ao papel exercido ao evitar a catástrofe.

O russo Stanislav Petrov recebeu também o prêmio internacional Dresden, conferido anualmente a personalidades cujo trabalho permitiu evitar um conflito militar ou cessar a violência. Ex-oficial soviético, Petrov evitou a eclosão de uma guerra nuclear em 1983. A cerimônia solene de entrega do prêmio, no valor de € 25 mil, ocorrerá em 17 de fevereiro de 2013.

Menos de dois meses após o evento de setembro de 1983, a ABC, rede de TV norte americana, televisionou o controverso filme The Day After. O drama de ficção trata de uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética e que efeitos isto teria em famílias vivendo numa típica cidade americana.

Hoje em dia, acontecimentos envolvendo Petrov permanecem desconhecidos ao público americano. A maioria das pessoas pensam (incorretamente) que a Crise dos Misseis de Cuba, vinte anos antes, foi o evento mais recente que poderia ter eclodido numa guerra nuclear.

Mesmo evitando um conflito mundial, o governo soviético alegou que Petrov não documentou suas ações de maneira satisfatória e lhe deu uma reprimenda. Em 1984, ele deixou o serviço militar e conseguiu um emprego no instituto de pesquisa que desenvolveu o sistema de alerta de mísseis da União Soviética.

Aposentou-se anos depois quando sua esposa foi diagnosticada com câncer para poder cuidar dela, mas ela veio a falecer em 1997. A BBC noticiou que Petrov sofreu um colapso físico e mental em 1998, em que ele teria declarado que foi usado como bode expiatório.

Stanislav Petrov morreu em Fryazino, no dia 19 de maio de 2017 devido à uma pneumonia.




Princesa Diana - Uma Morte Trágica

Princesa Diana - Uma Morte Trágica - É dito que a influência da princesa Diana, tanto em vida quanto após a morte, impactou positivamente a monarquia britânica, que se modernizou e se tornou mais próxima do povo, especialmente na figura dos seus filhos.

Diana tornou-se um ícone popular e teve sua figura mitificada por muitos após sua morte, que, embora tenha sido apontada como o resultado de um trágico acidente após anos de investigação, segue envolta de inúmeras teorias conspiratórias. A "princesa do povo" continua sendo uma figura relevante na imprensa britânica e, em menor escala, a nível mundial, servindo de tema para muitos livros, jornais, revistas, documentários e filmes, mesmo após mais de duas décadas de seu falecimento.

Após sua morte, foi criado um fundo memorial que leva seu nome. Em 1997, a Campanha Internacional de Proibição das Minas Terrestres, causa pela qual Diana advogou, recebeu o Nobel da Paz. Foi considerada a “mulher mais fotografada do mundo”, nomeada como a terceira maior personalidade britânica de todos os tempos e uma das pessoas mais importantes do século.

Diana também foi reconhecida por seu envolvimento em diversas causas sociais, particularmente seus esforços para a desestigmatização das pessoas afetadas pela AIDS e na campanha pela proibição das minas terrestres. Após uma série de conflitos e casos extraconjugais de ambas as partes, ela e o Príncipe de Gales se divorciaram em 1996 e, embora afastada da realeza, Diana continuou sendo bastante popular, com a perseguição da mídia em torno de sua imagem tornando-se cada vez mais frenética.

Diana Frances Spencer nasceu em Sandringham, uma aldeia localizada no condado inglês de Norfolk, no dia 1º de julho de 1961, estilizada como Diana, Princesa de Gales, foi uma aristocrata e filantropa nascida no Reino Unido. Ela foi um membro da Família Real Britânica entre 1981 e 1996 por seu casamento com Carlos, Príncipe de Gales, primogênito e herdeiro aparente da rainha Isabel II do Reino Unido. Ela é mãe dos príncipes Guilherme, Duque de Cambridge, segundo na linha de sucessão ao trono e Henrique, Duque de Sussex. Lady Di, como era conhecida, foi uma influente personalidade global nas últimas décadas do século XX, sendo apelidada como “princesa do povo” devido ao seu carisma, simpatia, espontaneidade e dedicação a causas sociais.



Sendo a terceira filha do oitavo conde Spencer, nasceu da alta aristocracia britânica. Após uma juventude conturbada em uma família dividida por problemas conjugais. Diana atraiu imensa atenção do público e da mídia com o anúncio do seu casamento com o príncipe de Gales, ocorrido em 1981.

A princesa Diana foi uma das personalidades mais influentes dos anos 1980 e 1990. O mundo todo acompanhou a trajetória da jovem de 19 anos que entrou para a família mais famosa de todas: os Windsor, liderada pela figura austera da rainha Elizabeth II do Reino Unido.

De moça insegura e retraída, com olhar baixo e sorriso tímido, Diana foi ganhando maior confiança em si à medida que sua celebridade era fabricada por uma série de jornais e revistas, que vendiam exemplares aos montes, com uma foto da princesa de Gales estampada na capa, acompanhada de alguma chamada sensacionalista.

Por meio dessas publicações, da televisão e do rádio, a população consumia embevecida os detalhes da vida privada da esposa de Charles de Gales. Assim, ela assumiu uma posição de destaque dentro da instituição para a qual entrou pelo casamento e sua celebridade ultrapassou a do próprio marido.

Diana morreu após se envolver em um acidente de carro na cidade de Paris, em 1997, e sua morte gerou grande comoção mundial e culminou em um amplo luto público pelo Reino Unido. Seu funeral foi acompanhado por cerca de um milhão de pessoas em Londres e foi o evento não esportivo transmitido ao vivo para televisão mais assistido da história do país e um dos mais assistidos do mundo, com uma audiência global estimada em 2,5 bilhões de pessoas.




 

segunda-feira, setembro 05, 2022

Conhecimento



 

Ladrões entraram num banco e um gritou para todos ouvirem:

- “Ninguém reaja, porque o dinheiro é do Banco, mas suas vidas pertencem a vocês!”

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama, MUDANÇA DE MENTALIDADE

Uma mulher ao longe gritou:

- "Meu Amor, não seja mal comigo”.

O ladrão respondeu:

- "comporte-se, isso é um assalto, não um romance!" 

Isso se chama PROFISSIONALISMO

O ladrão mais jovem disse ao ladrão mais velho:

- "Ei cara, vamos contar quanto temos!"

O ladrão mais velho, respondeu:

- "Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar agora, vamos esperar o noticiário informar quanto o banco perdeu."

Isso se chama, EXPERIÊNCIA

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que deveriam chamar a polícia com urgência. O gerente respondeu:

- "Calma, vamos incluir no assalto os desfalques que fizemos”. O supervisor concordou.

Isso se chama, GESTÃO ESTRATÉGICA

No dia seguinte, foi noticiado que foram roubados R$ 80 milhões do banco, mas os ladrões só contaram R$ 10 milhões! Os bandidos pensaram:

- "Arriscamos nossas vidas por R$ 10 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 70 milhões num piscar de olhos!”

Isso se chama CONHECIMENTO

O gerente do banco ficou satisfeito, pois todos os seus desfalques foram encobertos pelo assalto. O banco também, pois foi ressarcido pela seguradora.

Isso se chama, APROVEITAR AS OPORTUNIDADES!

É EXATAMENTE O QUE OS POLÍTICOS FAZEM COM O POVO!

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Margaret Mead - Antropóloga Cultural Americana

Margaret Mead nasceu na Filadélfia no dia 16 de dezembro de 1901, foi uma antropóloga cultural americana

Margaret foi criada na localidade de Doylestown por um pai professor universitário e uma mãe ativista social.

Graduou-se no Barbard College em 1923 e fez doutorado na Universidade de Columbia em 1929. Em 1925, ficou conhecida pelo trabalho de campo na Polinésia.

Em 1926, colaborou no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, como assistente do diretor, e depois como diretora de etnologia (de 1946 a 1969).

Durante a Segunda Guerra Mundial, foi secretária executiva do comité de hábitos alimentares do Conselho Nacional de Investigação.

Entre os anos de 1946 e 1953 Margaret Mead integrou o grupo reunido sob o nome de Macy Conferences, contribuindo para a consolidação da teoria cibermétrica ao lado de outros cientistas renomados.

Desde 1954 trabalhou como professora adjunta da Universidade de Columbia. Seguindo o exemplo da instrutora e amante Ruth Benedict, concentrou os estudos em problemas de criança infantil, personalidade e cultura.

Há desacordo com certas conclusões do primeiro livro, Adolescência, Sexo e Cultura em Samoa (1928), baseado em investigações feitas como estudante pré-graduada; e em trabalhos publicados posteriormente, baseados no tempo que passou na Papua-Nova Guiné, como pessoa letrada pelas culturas descreveu ter posto em causa algumas das observações.

Todavia, a posição como antropóloga pioneira - uma que escreveu de forma suficientemente clara e vívida para que o público em geral lesse e aprendesse com os trabalhos - permanece firme.

Margaret Mead foi casada três vezes, primeiro com Luther Cressman e depois com dois colegas antropólogos, Reo Fortune e Gregory Bateson. De Bateson teve uma filha, também antropóloga, Mary Catherine Bateson.

A neta, Sevanne Margaret Kassarjian, é atriz de teatro e televisão e trabalha profissionalmente sob o nome artístico de Sevanne Martin.

Adolescência, sexo e cultura em Samoa

No prólogo deste livro, o mentor de Margaret Mead, Franz Boas, escreveu acerca da importância que:

Cortesia, modéstia, boas maneiras, conformidade são universais para os padrões éticos definitivos, mas o que constitui a cortesia, a modéstia, as boas maneiras e os padrões éticos definitivos não é universal. É instrutivo saber que os padrões diferem nas formas mais inesperadas.

Franz Boas quis realçar que, no momento da publicação, muitos americanos haviam começado a discutir os problemas enfrentados pelos jovens (especialmente as mulheres) quando passam pela adolescência como "períodos inevitáveis de ajustamento".

Boas sentia que um estudo dos problemas enfrentados pelos adolescentes numa outra cultura seria esclarecedor.

Por outro lado, a mesma Margaret Mead descreveu o objetivo da investigação da seguinte maneira: "Tratei de dar resposta à questão que me enviou a Samoa: Os distúrbios que angustiam os nossos adolescentes devem-se à natureza própria da adolescência ou à civilização?

Sob diferentes condições a adolescência apresenta diferentes circunstâncias?" Chegou à conclusão de que assim era.

Mead conduziu estudo entre um pequeno grupo de samoanos, numa aldeia de 600 pessoas na ilha de Tau - na qual se familiarizou, viveu, observou e entrevistou (através de um intérprete) 68 mulheres jovens entre os 9 e os 20 anos.

Concluiu que a passagem da infância à adolescência na Samoa era uma transição suave e não estava marcada pelas angústias emocionais ou psicológicas, e a ansiedade e confusão observadas nos estados Unidos.

Como Boas e Mead esperavam, este livro indispôs os ânimos de muitos ocidentais quando apareceu pela primeira vez, em 1928.

Muitos leitores americanos ficaram em choque pela observação de que as jovens mulheres samoanas adiavam o casamento por muitos anos enquanto desfrutavam do sexo ocasional, mas que, uma vez casadas, assentavam e criavam com êxito os próprios filhos.

Em 1983, cinco anos depois da morte de Mead, John Derek Freeman publicou Margaret Mead e Samoa: a construção e destruição de um mito antropológico, onde punha em causa os principais achados de Mead.

Freeman baseou a crítica nos quatro anos de trabalho de campo em Samoa e em entrevistas recentes com informantes sobreviventes da época de Mead.

O argumento dependia do lugar do sistema taupou na sociedade samoana. Segundo Mead, o sistema taupou consistia numa virgindade institucionalizada, exclusivamente, para as mulheres jovens de alto estatuto social.

Segundo Freeman, todas as mulheres samoanas seguiam o sistema taupou e as informantes de Mead entrevistadas negaram ter estado envolvidas em sexo ocasional quando eram jovens e declararam ter mentido a Margaret Mead.

Após uma acesa discussão inicial, alguns antropólogos tentaram defender a teoria de Margaret, pois acharam a crítica de Freeman altamente questionável.

Em primeiro lugar, especularam acerca do fato de que Freeman tivesse esperado que Margaret Mead morresse para publicar a crítica de forma a que ela não pudesse responder.

Por outro lado, inventaram que as informantes originais de Mead eram, então, mulheres idosas, avós e se tinham convertido ao cristianismo.

Para convencer de suas ideias, afirmaram que a cultura samoana havia mudado consideravelmente nas décadas seguintes à investigação original de Mead e que, depois da intensa atividade missionária, muitos samoanos haviam adotado exatamente os mesmos padrões sexuais dos americanos que tinham anteriormente ficado tão chocados com o livro de Mead.

Sugeriram que, como mulheres nesse novo contexto, era inaceitável falar francamente acerca do comportamento adolescente (note-se também que uma das entrevistadas de Freeman deu a nova fé como razão para admitir a o erro do passado).

Finalmente, sugeriram que aquelas mulheres não seriam tão francas e honestas acerca da sexualidade quando falavam com um homem entrado em anos, como haveriam sido ao falar com uma mulher jovem.

No entanto, os dados de Freeman comprovam suas conclusões: em uma aldeia samoana do Oeste documentou que apenas 20% das mulheres de 15 anos, 30% das de 16 e 40% das de 17 se haviam envolvido em sexo pré-matrimonial.

Mesmo assim, em 1983, a Associação Americana de Antropologia emitiu uma moção declarando o livro de Freeman, Margaret Mead e Samoa, como "mal escrito, pouco científico, irresponsável e enganoso", embora nos anos seguintes, antropólogos debateram vigorosamente esses problemas, mas, no fim, apoiaram a crítica a Freeman.

Freeman continuou argumentando o caso na publicação de 1999 A fatídica fraude de Margaret Mead: uma análise histórica da investigação samoana.

Outro livro extremamente influente de Mead foi Sexo e Temperamento em Três Sociedades Primitivas. Este converteu-se na principal pedra angular do movimento de liberação feminina, desde que assegurou que as mulheres eram as que dominavam na tribo Tchambuli (agora Chambri) de Papua-Nova Guiné (no Pacífico Oeste) sem causar nenhum problema em especial.

A carência de dominação masculina poderá ter sido o resultado da proibição da guerra por parte da administração australiana. De acordo com investigações contemporâneas, os homens dominam em toda a Melanésia (embora alguns creiam que as bruxas têm poderes especiais).

Outros discutiram que, todavia, há grande diversidade cultural ao longo da Melanésia e, especialmente, na grande ilha da Nova Guiné.

Por outro lado, os antropólogos frequentemente não entendem a importância das redes de influência política entre as mulheres.

As instituições de domínio masculino formal, típicas de algumas áreas de alta densidade populacional, não estavam presentes da mesma forma, por exemplo, em Oksapmin (província do oeste de Sepik), uma área de população mais escassa.

Os padrões culturais ali eram diferentes, digamos, dos de Mt. Hagen. Eles eram mais próximos àqueles descritos por Mead.

Mead indicou que a gente de Arapesh era pacifista, embora notasse que, eventualmente, guerreavam.

Por outro lado, as suas observações acerca da forma de compartir as parcelas entre os Arapesh, a ênfase igualitária na criança infantil e as relações predominantemente pacíficas mantidas entre parentes, eram muito diferentes às exibições de domínio de "grande homem" que estavam documentadas em culturas mais estratificadas de Nova Guiné, por exemplo, por Andrew Strathern.

Estas observações implicavam, realmente, como ela escreveu, um padrão cultural.

Quando Margaret Mead descreveu a sua investigação aos estudantes na Universidade de Columbia, expôs sucintamente quais haviam sido os objetivos e conclusões.

Um relato de primeira mão de um antropólogo que estudou com Mead nos anos 1960 e anos 1970, forneceu a seguinte informação:

 

1. Citações de Mead no Sexo e Temperamento em Três Sociedades Primitivas. "Ela explicou que ninguém conhecia em que grau o temperamento está biologicamente determinado pelo sexo, de modo que esperava ver se havia fatores culturais ou sociais que afetassem o temperamento. Eram os homens inevitavelmente agressivos? Eram as mulheres inevitavelmente caseiras? Resultou que as três culturas com que conviveu na Nova Guiné eram um laboratório quase perfeito, pois encontravam-se cada uma das variáveis que associamos com masculino e feminino numa configuração diferente da nossa sociedade. Ela disse que esse fato a havia surpreendido e que não era o que ela esperava encontrar, mas aconteceu.

Entre os Arapesh, tanto homens como mulheres eram de temperamento pacífico e nem os homens nem as mulheres faziam a guerra.

   Entre os Mundugumor, a realidade era precisamente o contrário: tanto homens como mulheres eram de temperamento bélico.

 E os Tchambuli eram diferentes dos anteriores. Os homens embonecavam-se e gastavam o tempo a arranjarem-se, enquanto as mulheres trabalhavam e eram práticas - o oposto do que parecia ser a América no início do século XX."

2. Citações de Mead no Crescendo na Nova Guiné. "Margaret Mead contou-nos como chegou ao problema de investigação no qual baseou o Crescendo na Nova Guiné. Ela raciocinou assim: se os adultos primitivos pensam de uma forma animista, como Piaget diz que as nossas crianças o fazem, como pensam as crianças primitivas?

   Na sua investigação na Ilha de Manus da Nova Guiné, descobriu que as crianças 'primitivas' pensam de uma forma muito prática e começam a pensar em termos de espíritos à medida que vão crescendo."

Margaret Mead faleceu em Nova Iorque no dia 15 de novembro de 1978.



 

Cinzas da Guerra - Filme sobre as vítimas do Nazismo


 

Cinzas da Guerra - Filme sobre as vítimas do Nazismo - The Grey Zone no Brasil Cinzas da Guerra é um filme norte-americano de 2001, do gênero drama de guerra, dirigido e roteirizado por Tim Blake Nelson baseado no livro Ich war Doktor Mengeles Assistent. Ein Gerichtsmediziner in Auschwitz, de Miklós Nyiszli.

Trata-se da história da única revolta conhecida no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia ocupada pelos nazistas, em 1944.

Encarregados de conduzir os judeus deportados para as câmaras de gás e depois cremar os cadáveres, um grupo de Sonderkommandos, também formado por judeus, descobre que uma menina sobrevivera milagrosamente ao assassinato em massa. 

Ao mesmo tempo em que tentam mantê-la viva, escondendo-a dos nazistas, tramam uma revolta com a ajuda de prisioneiras que lhes passam secretamente armas e munições.

Elenco

David Arquette como Hoffman

Velizar Binev como Moll

David Chandler como Max Rosenthal

Michael Stuhlbarg como Cohen

George Zlatarev como Lowy

Daniel Benzali como Simon Schlermer

Allan Corduner como Dr. Miklos Nyiszli

Steve Buscemi como Hesch Abramowics

Harvey Keitel como Erich Mubfeldt

Henry Stram como Josef Mengele