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segunda-feira, julho 22, 2024

Conhecimento



 

Era uma manhã aparentemente comum na pequena cidade quando um grupo de ladrões invadiu o Banco Central da Vila, uma instituição conhecida por sua fachada imponente e cofres abarrotados.

Um dos assaltantes, com a voz rouca e autoritária, bradou para todos no saguão: - Ninguém se mexa! O dinheiro pertence ao banco, mas suas vidas pertencem a vocês! Fiquem quietos e ninguém se machuca!

O silêncio tomou conta do ambiente. Clientes, caixas e seguranças, tomados pelo medo, obedeceram imediatamente, deitando-se no chão com as mãos na cabeça. A tensão era palpável, mas a frase do ladrão, quase filosófica, fez com que todos refletissem por um instante.

Era como se ele tivesse reprogramado a mente dos presentes, desviando o foco do pânico para a preservação da vida.

Isso se chama MUDANÇA DE MENTALIDADE.

No canto do saguão, uma mulher, talvez movida pelo nervosismo ou por uma confusão momentânea, gritou para o assaltante que liderava o grupo: - Meu amor, por favor, não seja cruel comigo!

O ladrão, sem perder o controle, respondeu com um misto de ironia e firmeza: - Calma, senhora, isso aqui é um assalto, não uma novela romântica! Comporte-se!

Os outros clientes abafaram risos nervosos, enquanto o assaltante mantinha o foco na operação, sem deixar que distrações comprometessem o plano.

Isso se chama PROFISSIONALISMO.

Enquanto os ladrões recolhiam sacos de dinheiro dos cofres, o mais jovem do grupo, empolgado com a adrenalina, virou-se para o líder, um homem mais velho com olhos astutos: - Ei, chefe, vamos contar quanto pegamos?

O líder, com a calma de quem já havia passado por muitas situações como aquela, retrucou: - Não seja ingênuo, garoto. É muito dinheiro pra contar agora. Vamos esperar o noticiário da noite. Eles vão dizer exatamente quanto o banco “perdeu”.

O jovem ficou confuso, mas obedeceu. A experiência do veterano sabia que a mídia, sempre ávida por números impactantes, faria o trabalho sujo de contabilizar o butim.

Isso se chama EXPERIÊNCIA.

Após a fuga dos assaltantes, com sirenes já ecoando ao longe, o supervisor do banco, ainda trêmulo, correu até o gerente e exclamou: - Precisamos chamar a polícia imediatamente e relatar o roubo!

O gerente, com um brilho calculista nos olhos, respondeu calmamente: - Calma, meu caro. Antes de chamar a polícia, vamos incluir no prejuízo aqueles “desfalques” que fizemos ao longo dos meses. Ninguém vai notar a diferença.

O supervisor, inicialmente surpreso, logo entendeu o plano. Com um aceno de cabeça, concordou em manipular os números para encobrir as fraudes internas.

Isso se chama GESTÃO ESTRATÉGICA.

No dia seguinte, os jornais estampavam manchetes sensacionalistas: “Banco Central da Vila perde R$ 80 milhões em assalto audacioso!”. Nos esconderijos, os ladrões, exaustos após contar o dinheiro, descobriram que haviam levado apenas R$ 10 milhões.

O líder, furioso, murmurou: - Arriscamos nossas vidas, enfrentamos a polícia, e tudo isso por R$ 10 milhões? Enquanto isso, o gerente do banco embolsou R$ 70 milhões sem suar uma gota!

Os assaltantes, apesar do sucesso do roubo, sentiram-se enganados. O gerente, com sua astúcia, havia transformado o assalto em uma cortina de fumaça perfeita para encobrir suas próprias fraudes.

Isso se chama CONHECIMENTO.

O gerente, por sua vez, estava radiante. Não apenas seus desfalques foram completamente apagados dos registros, mas o banco também foi ressarcido pela seguradora, que cobriu os supostos R$ 80 milhões de prejuízo.

A instituição saiu ilesa, os clientes continuaram confiando no sistema, e o gerente ainda foi elogiado por sua “gestão de crise”.

Isso se chama APROVEITAR AS OPORTUNIDADES.

E assim, enquanto os ladrões enfrentavam a fuga e o peso da lei, o gerente brindava com champagne em sua mansão, rindo da ironia: o verdadeiro crime perfeito não precisava de máscaras ou armas, apenas de um cargo de confiança e um pouco de criatividade.

Essa história, dizem, é um espelho do que muitos políticos fazem com o povo: transformam crises em oportunidades, desviam fortunas e saem como heróis, enquanto os outros pagam o preço.

Isso se chama A REALIDADE.

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