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Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
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sexta-feira, outubro 06, 2023

Curta a vida!


 
 

Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento preciso. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… AUTOESTIMA.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não são, senão, sinais de que estou indo contra minhas próprias verdades. Hoje sei que isso é AUTENTICIDADE.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de AMADURECIMENTO.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber porque é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa (talvez eu mesmo) não está preparada. Hoje sei que o nome disso é RESPEITO.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas e situações, toda e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama AMOR PRÓPRIO.

Quando me amei de verdade, deixei de me preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os mega-projetos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é SIMPLICIDADE.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter a razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a HUMILDADE.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é PLENITUDE.

Quando me amei de verdade, compreendi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas, quando eu a coloco a serviço do meu coração, é uma valiosa aliada. E isso é SABER VIVER!

Não devemos ter medo de nos questionarmos, até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.

Bom mesmo é ir à luta com determinação. Abraçar a vida e viver com Paixão. Perder com classe e vencer com ousadia. O mundo pertence a quem se atreve. E a vida é muito curta para ser insignificante. 

Charles Chaplin.

quinta-feira, outubro 05, 2023

Amor verdadeiro




“O verdadeiro amor não é aquele que se alimenta de carinho e beijos, mas sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade.”

A Verdade

A verdade é a propriedade de estar de acordo com o fato real ou a realidade. A verdade é geralmente considerada o oposto da falsidade. 

Ela também pode ser respostas lógicas resultante do exame de todos os fatos e dados; uma conclusão baseada na evidência, não influenciada pelo desejo, autoridade ou preconceitos; um facto inevitável, sem importar como se chegou a ele.

O uso da palavra verdade pode ter vários significados, desde "ser o caso", "estar de acordo com os fatos ou a realidade", ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão.

Usos mais antigos abrangiam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores.

Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões acerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

Filosofia

O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade. Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade.

Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem.

Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".

Mas para a filosofia de Rene Descartes a certeza é o critério da verdade.

Quem concorda sinceramente com uma frase está se comprometendo com a verdade da frase. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade.

A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa.

A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos.

Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas. Os filósofos analíticos apontam que a visão relativista é facilmente refutável.

A refutação do relativismo, segundo Tomás de Aquino, baseia-se no fato de que é difícil para alguém declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima da declaração. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as verdades são relativas", aparece a dúvida se essa afirmação é ou não é relativa.

Se a declaração não é relativa, então, ela se auto-refuta, pois, é uma verdade sobre relativismo que não é relativa. Se a declaração é relativa, conclui-se que a declaração "todas as verdades são relativas" é uma declaração falsa.

segunda-feira, outubro 02, 2023

Nunca amamos

Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém.

É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isto é verdade em toda a escala do amor.

No amor sexual buscamos um prazer nosso por intermédio de um corpo estranho.

No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.

O onanista é objeto, mas, em exata verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso. É o único que não disfarça nem se engana.

As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio ato em que nos conhecemos, nos desconhecemos.

Dizem os dois “amo-te” ou pensam no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstrata de impressões que constitui a atividade da alma.

É de compreender que, sobretudo nos cansamos. Viver é não pensar. (Bernardo Soares)



segunda-feira, setembro 25, 2023

Há coisas bonitas na vida


 

Há coisas bonitas na vida - Mas, bonitas são as coisas vindas do interior de cada um, as palavras simples, sinceras e significativas.

Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos, o beijo soprado.

Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão em que quase todos passeiam...

Bonito é procurar estrelas no céu e dar de presente ao amigo, amiga, namorado, neto...

Bonito é achar a poesia do vento, das flores, do mato, dos animais e das crianças.

Bonito é chorar quando sentir vontade e deixar as lágrimas rolarem sem vergonha ou medo de crítica.

Bonito é gostar da vida e se deixar viver de um sonho.

Bonito é ver a realidade da vida, sem nunca ser extremista, e acreditar na beleza de todas as coisas.

Bonito é a gente continuar sendo gente com G maiúsculo em qualquer situação, principalmente nos momentos de dificuldade. Bonito é você ser você... nesta bonita vida! (Letícia Thompson)

sábado, setembro 23, 2023

A vida me ensinou


 

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração; sorrir às pessoas que não gostam de mim, para lhes mostrar que sou diferente do que elas pensam.

Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar; calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor.

A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.

A ser forte quando os que amo estão com problemas; ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho; ouvir a todos que só precisam desabafar.

Amar os que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos; perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;

Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; a alegrar quem precisa; a pedir perdão; a sonhar acordado; a acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;

Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las; a ver o encanto do pôr-do-sol.

A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a abrir minhas janelas para o amor; a não temer o futuro;

Me ensinou a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenho que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher. (Charles Chaplin)

segunda-feira, setembro 18, 2023

Lençóis do vizinho


 

Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

- A vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.

Passado um tempo, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e empolgada foi dizer ao marido:

- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou?

O marido calmamente respondeu:

- Não... Hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!

E assim é! Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações.

Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Lave sua vidraça. Abra sua janela!

Relacionamentos...


“Nenhum relacionamento é um equívoco, mesmo quando termina em rompimento. Todo relacionamento serve a um propósito profundo, por nos aproximar da nossa verdadeira alma gêmea, oferecendo a oportunidade de transformar nossa natureza através do aprendizado dos nossos erros.''

(Yehuda Berg)

Relacionamentos ou namoro é uma instituição de relacionamento interpessoal não moderna, que tem como função a concretização do sentimental e/ou ato sexual entre duas pessoas em troca de conhecimentos e uma vivência com um grau de comprometimento inferior à do matrimônio.

A grande maioria utiliza o namoro como pré-condição para o estabelecimento de um noivado ou casamento, definido este último ato antropologicamente como o vínculo estabelecido entre duas pessoas mediante o reconhecimento governamental, religioso e social.

Namoro significa a relação afetiva mantida entre duas pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas e partilharem novas experiências. É uma relação em que o casal está comprometido socialmente, mas sem estabelecer um vínculo matrimonial perante a lei civil ou religiosa.

Com a evolução da tecnologia, já é comum encontrar casos de pessoas cujo namoro se dá através das modernas formas de telecomunicação, como o telefone ou a internet.

Assim, sendo, casais podem namorar apesar de estarem em estados, países ou continentes distintos.

Entre a maioria dos grupos cristãos o namoro descompromissado e liberal, ou seja, sem ter como objetivo o casamento e onde há relações sexuais, não é bem visto e até proibido, por atentar contra suas doutrinas originais, que solicitam pureza moral e abstinência sexual antes do casamento.

Antigamente, o namoro expressava o ato de cortejar a pessoa desejada sem implicar qualquer tipo de intimidade. Esse conceito ainda se aplica quando alguém cobiça algo que deseja obter.

sexta-feira, setembro 15, 2023

Felicidade!



Nunca a lua está ao alcance da mão, nunca o fruto está maduro. Sombras, lágrimas. Nunca estamos satisfeitos.

Mas, há uma forma melhor de viver! A partir do momento em que decidimos ser felizes, nossa busca da felicidade chegou ao fim.

É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa. E jamais está à venda.

Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós para ter alegria, estamos fadados à decepção.

A felicidade não tem nada a ver com conseguir. Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos.

Poucas coisas são necessárias para fazer feliz a pessoa inteligente, ao mesmo tempo que nenhuma fortuna satisfaria a um inconformado.

As necessidades de cada um de nós são poucas. Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer, alguém a amar, alguma coisa a esperar, seremos felizes.

Saiba: A única fonte de felicidade está dentro de nós, e deve ser repartida. Repartir nossas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: Sempre algumas gotas acabam caindo sobre nós mesmo.

Ninguém pode ser feliz sem dividir essa felicidade com alguém. A formula de ser feliz é fazer os outros felizes.

A/D

quarta-feira, setembro 13, 2023

Velho, não.




Velho, não. Entardecido, talvez. Antigo, sim. Me tornei antigo porque a vida, tantas vezes, se demorou. E eu a esperei como um rio aguarda a cheia.
(Mia Couto)

Velho Mundo é um termo generalizado e relativamente recente que define o mundo conhecido pelos europeus no século XV, ou seja, a Eurásia e África: os continentes europeu, africano, asiático e os quatro arquipélagos da Macaronésia.

É um termo usado geralmente em oposição a Novo Mundo (que inclui as Américas). A Eurásia e África recebem o nome de Velho Mundo porque foi neste lugar que surgiram as mais antigas civilizações de que se tem conhecimento.

Foi em áreas do norte da África e em partes da Ásia que se desenvolveram, por volta de há 7 000 a 3 000 anos, sociedades como a fenícia, a suméria, a assíria e a egípcia.

Também fósseis ou esqueletos mais antigos do gênero Homo, da qual pertence a espécie Homo sapiens (o ser humano moderno), foram encontrados em certas regiões do Velho Mundo, como a África, o Oriente Médio, a Europa e a China.

Dessa forma, tanto o Homo sapiens (há cerca de 200 mil anos) como a civilizações mais antigas (a cerca de 4 000 anos) parecem ter se dado no Velho Mundo, em regiões asiáticas e africanas.

No contexto da arqueologia e da história do mundo, o termo "Velho Mundo" inclui as partes do mundo que estavam em contato cultural (indireto) a partir da Idade do Bronze, resultando no desenvolvimento paralelo das primeiras civilizações, principalmente na zona temperada entre aproximadamente os paralelos 45 N e 25 N, na região do mediterrâneo, da Mesopotâmia, o planalto iraniano, o subcontinente indiano e atual China.

Essas regiões foram conectadas pela rota comercial da Rota da Seda e tiveram um período pronunciado da Idade do Ferro após a Idade do Bronze.

Em termos culturais, a Idade do Ferro foi acompanhada pela chamada Era Axial, referindo-se a desenvolvimentos culturais, filosóficos e religiosos, levando eventualmente ao surgimento na Europa da filosofia de Parménides, Platão, Heráclito, Arquimedes e Tucídides.

No planalto iraniano o surgimento do zoroastrismo a partir dos ensinamentos de Zoroastro; na Judeia o surgimento da primeira religião abraâmica: o judaísmo, com seus profetas Elias, Isaías e Jeremias (entre outros).  

No subcontinente indiano o Mahavira fundaria o jainismo e o Buda fundaria o budismo; no Extremo Oriente tem se a filosofia de Lao-Tse, de Confúcio, Mozi e Chuang-Tzu, entre outros.

O filósofo alemão Karl Jaspers argumenta que "os fundamentos espirituais da humanidade foram lançados simultaneamente e independentemente na China, Índia, Pérsia, Judeia e Grécia. E esses são os fundamentos sobre os quais a humanidade ainda subsiste hoje".

Existe também o Novíssimo Mundo, referente a Oceania, que é constituída pela Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia, entre outras ilhas.

domingo, setembro 10, 2023

O Velho


 

Cheguei ao fim do caminho, as mãos cheias de nada, os pés carregados de espinhos, a pele por demais enrugada.

As forças fugiram de mim, ao meu encontro as saudades, neste mundo de cão, invento pedaços de chão, invento novas verdades.

Olho para dentro de mim, vejo-me triste, moribundo, sinto-me tão perto do fim, sinto-me tão perto do fundo.

Meu olhar procura um outro olhar, e todos passam sem me ver, já não tenho com quem falar, os dias passam tão devagar, eu já morri antes de morrer

Sou velho, estou velho, mas meu coração ainda bate no meu peito, a vida passou de fugida, eu já entorno a comida, mas ocupo meu lugar por direito.

Sou velho, estou velho. Não sou pedra, não sou muro, sou apenas o futuro, sou apenas, vosso espelho.

José Caros - Escritos Engavetados

sábado, setembro 09, 2023

Sou todo coração


 

Galgai-me com vossos amores! Doravante não sou mais dono de meu coração! Nos demais - eu sei, qualquer um o sabe! O coração tem domicílio no peito. Comigo a anatomia ficou louca. Sou todo coração - em todas as partes palpita.

(Vladímir Maiakovski)

Vladimir Vladimirovitch Maiakovski nasce em Baghadati, Império Russo no dia 19 de julho de 1893, também chamado de "o poeta da Revolução", foi um poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX.

Início de vida

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky nasceu e passou a infância na aldeia de Baghdati. Lá cursou o ginásio e, após a morte súbita do pai, a família ficou na miséria e transferiu-se para Moscou, onde Vladimir continuou seus estudos.

Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, ingressou aos quinze anos na organização bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo.

Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes, onde se encontrou com David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética.

Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do assim chamado cubo-futurismo russo, ao lado de Khlebnikov, Kamiênski e outros. Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas, realizaram viagens pela Rússia.

Após a Revolução de Outubro, todo o grupo manifestou sua adesão ao novo regime. Durante a Guerra Civil, Mayakovsky se dedicou a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início da consolidação do novo Estado, exaltou campanhas sanitárias, fez publicidade de produtos diversos, etc.

Fundou em 1923 a revista LEF (de Liévi Front, Frente de Esquerda), que reuniu a “esquerda das artes”, isto é, os escritores e artistas que pretendiam aliar a forma revolucionária a um conteúdo de renovação social.

Fez numerosas viagens pelo país, aparecendo diante de vastos auditórios para os quais lia os seus versos. Viajou também pela Europa Ocidental, México e Estados Unidos.

Entrou frequentemente em choque com os "burocratas" e com os que pretendiam reduzir a poesia a fórmulas simplistas. Foi homem de grandes paixões, arrebatado e lírico, épico e satírico ao mesmo tempo. Era fanático pela equipe de futebol Spartak Moscou.

Oficialmente, suicidou-se com um tiro em 14 de abril 1930, sem que isto tivesse relação alguma com sua atividade literária e social. 

Tal fato tem sido questionado, pois na época o poeta estaria sendo pressionado pelos programas oficiais que desejavam instaurar uma literatura simplista e dita realista, dirigidos por Vlatcheslav Molotov, que teria perseguido antigos poetas revolucionários como Maiakovski. 

Em vista disso, aponta-se a possibilidade real de um suicídio forjado por motivos políticos.  

quarta-feira, setembro 06, 2023

Embriagado


 

É preciso estar sempre embriagado. Isso é tudo: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.

Mas de que? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas embriague-se.

E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida.

Pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala.

Pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão: “É hora de embriagar-se!

Para não ser o escravo mártir do Tempo, embriague-se; embriague-se sem parar! De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser”.

 Charles Baudelaire