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terça-feira, dezembro 26, 2023

Gadamés – Líbia


 

Gadamés é um oásis na zona ocidental da Líbia. Está situado aproximadamente 550 quilômetros a sudoeste de Tripoli, perto das fronteiras com a Argélia e a Tunísia.

O oásis tem cerca de 7 mil habitantes, berberes e alguns tuaregues. A parte antiga da cidade, rodeada por uma muralha, é patrimônio mundial da UNESCO.

Cada um dos sete clãs que habitavam na antiga cidade tinha o seu bairro, e cada bairro tinha uma zona pública onde tinham lugar as festas.

Na década de 1970, o governo construiu novas habitações fora da zona antiga da cidade. No entanto, muitos habitantes regressam à zona antiga da cidade durante o verão, pois a arquitetura tradicional fornece melhor proteção contra o calor.

Os primeiros registos de Gadamés datam do período romano, durante o qual a cidade teve por vezes tropas. Durante o século VI, viveu aqui um bispo após a conversão da população ao Cristianismo pelos bizantinos.

Durante o século VII, Gadamés foi governada pelos árabes mulçumanos. A população rapidamente se converteu ao Islão. Gadamés teve um papel importante como base do comércio transaariano até ao século XIX.

Cesare Beccaria - Dos Delitos e das Penas


 

Dos Delitos e das Penas (Dei delitti e delle pene) foi originalmente publicado em 1764 por Cesare Beccaria, e desde então vem provocando as mais intensas polêmicas, devido principalmente ao seu embasamento francamente humanista.

Trata-se de uma obra que se insere no movimento filosófico e humanitário da segunda metade do século XVIII. Na época, corria a tese de que as penas constituíam uma espécie de vingança coletiva.

Essa concepção havia induzido à aplicação de punições de consequências muito superiores e mais terríveis do que os males produzidos pelos delitos. Prodigalizara-se então a prática de torturas, penas de morte, penitenciárias desumanas, banimentos, acusações secretas.

Beccaria se insurgiu contra essa tradição jurídica invocando a razão e o sentimento. Fez-se porta-voz dos protestos da consciência pública contra os julgamentos secretos, o juramento imposto aos acusados, a tortura, a confiscação, as penas infamantes, a desigualdade ante o castigo, a atrocidade dos suplícios; estabeleceu limites entre a justiça divina e a justiça humana, entre os pecados e os delitos.

"A grandeza do crime não depende da intenção de quem o comete", escreveu. Condenou o direito de vingança e tomou a utilidade social como base do direito de punir, ressaltando a necessidade da publicidade e da presteza das penas: "quanto mais pronta for a pena e mais de perto seguir o delito, tanto mais justa e útil ela será".

Declarou ainda a pena de morte inútil e reclamou a proporcionalidade das penas aos delitos ("a verdadeira medida dos delitos é o dano causado à sociedade"), assim como a separação do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

No Brasil os Ministros do STF deveriam ler esse livro de Cesare Beccaria para quando fossem julgar um suposto “golpista” do 8 de janeiro, assim como fazer a separação devida do Judiciário do legislativo e também do Executivo.

O Judiciário brasileiro está dissolvendo os outros poderes e quer governar sozinho sem ter recebido nenhum voto.

O Centurião Romano


 

O centurião na hierarquia militar romana era o sexto na cadeia de comando numa legião. Era o oficial responsável por comandar uma centúria, dando ordens que deveriam ser prontamente obedecidas pelos homens que liderava, inclusive na rápida execução de uma qualquer formação militar e, encarregava-se da disciplina e instrução da legião.

Devido ao fato na maioria das vezes as legiões estarem distantes da pátria, os centuriões eram escolhidos pelas suas capacidades de comando e pela prontidão em lutarem até à morte.

Dessa forma conseguiam conquistar vitórias contra inimigos em números bem superiores, em territórios hostis onde era por vezes difícil de receberem reforços, ao contrário do inimigo.

O centurião de maior experiência dirigia a primeira centúria da primeira coorte, sendo uma pessoa respeitada e condecorada. Essa posição em liderar a primeira centúria da primeira coorte era uma possibilidade de mérito em poder um dia alcançar a promoção a centurião-chefe e liderar a primeira coorte.

Um enorme prestigio, pois a primeira coorte era a elite máxima com os melhores soldados numa legião romana. Apesar da sua posição de destaque, era um oficial que lutava com os demais, marchando junto à sua centúria e acampava com os seus homens, tendo uma tenda que o diferenciava pelo estatuto e responsabilidade.

Para além de liderar uma centúria de oitenta legionários, ainda tinha sobre a sua autoridade, um optio, um administrador e um porta-estandarte. O optio, que desempenhava a função de ordenança e a organização diária da centúria (fardamento, alimentos, água e treinamento básico), era o segundo no comando e tinha a obrigação de substituir o seu superior na sua ausência, em condições normais de serviço.

Em último caso, durante a recuperação de um ferimento sofrido pelo centurião ou, em combate, no falecimento deste. O centurião seria o equivalente ao posto de capitão, na hierarquia militar no exército de um qualquer país.

Centurião na Literatura

Uma personagem com a posição de centurião tem uma importante presença na série Águia, atualmente com onze volumes, do escritor inglês, Simon Scarrow que descreve as aventuras da legião romana.

Segundo relatos do Novo Testamento bíblico o termo centurião é citado com alguma frequência se referindo a um oficial do exército romano. Os evangelhos de Mateus e Lucas relatam a cura do servo de um centurião na cidade de Cafamaum realizada por Jesus (Mateus 8:5-13 / Lucas 7:1-10).

Havia um centurião vigiando o corpo de Jesus enquanto este estava sendo crucificado (Mateus 27:54 / Marcos 15:39 / Lucas 23:47). Este mesmo centurião foi chamado por Pilatos para confirmar a morte de Jesus (Marcos 15:44,45).

No livro de Atos dos Apóstolos é citado o nome de um centurião de Cesaréia chamado Cornélio, centurião da coorte chamada italiana (Atos 10:1). O apostolo Paulo é salvo por um comandante romano de um linchamento pelos judeus de Jerusalém (Atos 21:31-22:29).

Um centurião chamado Júlio, que pertencia ao regimento imperial, foi responsável pelo transporte de Paulo até Roma para julgamento (Atos 27:1).

segunda-feira, dezembro 25, 2023

Tommy Flanagan – O Cicero de Gladiador


 

Tommy Flanagan é um ator escocês que teve papéis em vários filmes de sucesso na sua carreira. Flanagan nasceu em Glasgow, na Escócia, no dia 3 de julho de 1965, o terceiro de cinco filhos.

Quando Flanagan tinha seis anos de idade, seu pai abandonou a família. Ele cresceu na zona norte de Glasgow e admitiu que enfrentar alguns problemas, mas diz também que sua mãe Betty sempre o manteve na linha.

Em seus primeiros anos, Flanagan trabalhou como pintos, decorador e disc jockey. Uma noite, enquanto saía de um pub onde trabalhava, foi assaltado, e um rapaz tentou roubar o seu casaco, mas Tommy resistiu.

Então, o assaltante pulou em suas costas e o esfaqueou, quase matando-o e deixando uma cicatriz no seu rosto para sempre. Quando viu seu rosto depois de uma recuperação intensiva, ele chorou, pensando que não poderia voltar à sua antiga vida.

Seu amigo mais próximo, Robert Carlyle, e sua esposa, Caroline, lhe sugeriram que virasse ator. Primeiramente, não gostou muito da ideia, mas, em seguida, pensou melhor e decidiu dar uma chance ao teatro.

Trabalhou no Teatro Raindog por 3 anos antes de Mel Gibson dar sua primeira grande oportunidade em Coração Valente (1995). Um dos seus grandes desempenhos foi em Gladiador no papel de Cicero, o ajudante pessoal de Maximus.

Ele também retratou um membro regular do elenco de Sons of Anarchy, no qual ele interpreta o motociclista Filip "Chibs" Telford, Vice-presidente do charter original do Motoclube.

Flanagan apareceu no episódio "Headlock" de Lie To Me, exibido nos Estados Unidos na segunda-feira, 2 de agosto de 2010. Em julho de 2016 participou do clipe da banda Kom, “Rotting” in Vain.


O Bom Samaritano é Ateu



O Bom Samaritano é Ateu - Se alguma vez – Deus queira que não – apanhar de assaltantes enquanto vai de Jerusalém a Jericó, é melhor que depois passe por ali um samaritano pouco religioso.

Ser religioso ou ateu não deixa as pessoas melhores, mas parece condicionar a forma de entender a generosidade e o altruísmo com desconhecidos. E as pessoas menos religiosas têm uma tendência mais espontânea a ajuda o próximo, segundo os últimos estudos.

O último trabalho surpreendeu ao mostrar que as crianças criadas em ambientes religiosos são menos propensas a ser generosas, que existe uma correlação inversa entre o altruísmo e a educação em valores identificados com a fé. 

Por meio de um experimento realizado com menores de 5 a 12 anos em seis países culturalmente muito diferentes (Canadá, EUA, Jordânia, Turquia, África do Sul e China), os pesquisadores descobriram que os estudantes que não recebem valores religiosos em suas famílias são notavelmente mais generosos quando se trata de compartilhar seus tesouros com outras crianças anônimas.

“É importante destacar que as crianças mais altruístas vêm de famílias ateias e não religiosas”, destaca o chefe do estudo, Jean Decety, neurocientista e psicólogo da Universidade de Chicago.

“Espero que as pessoas comecem a entender que a religião não é uma garantia para a moralidade, e que religião e moralidade são duas coisas diferentes”, acrescenta ao ser questionado da importância desse estudo.

Além disso, na pesquisa perguntava-se aos pais se seus filhos eram mais ou menos generosos e, curiosamente, os pais e mães mais religiosos acreditam que estão criando uma prole mais solidária: os religiosos dão como certo que seus filhos são mais altruístas, mesmo que na hora da verdade compartilhem menos. 

Outra descoberta importante é que a religiosidade faz com que as crianças sejam mais severas na hora de condenar danos interpessoais, como por exemplo, os empurrões.

“Essa última descoberta encaixa bem com pesquisas anteriores com adultos: a religiosidade está diretamente relacionada com o aumento da intolerância e das atitudes punitivas contra delitos interpessoais, incluindo a probabilidade de apoiar penas mais duras”.

Em resumo, os menores criados em ambientes religiosos seriam um pouco menos generosos, mas mais propensos a castigar quem se comporta mal.

Dois anos atrás, o sociólogo de Stanford Robb Willer publicou um estudo no qual, através de experimentos, mostrou que a compaixão levava as pessoas não religiosas a serem mais generosas enquanto nas mais apegadas à fé a compaixão não influenciava em seu nível de generosidade.

“Para os menos religiosos, a força de sua conexão emocional com outra pessoa é fundamental para decidir se irão ajudá-la ou não”, afirmou Willer na época.

“Os mais religiosos, pelo contrário, fundamentam menos sua generosidade nas emoções e mais em outros fatores, como o dogma, a identidade de grupo e a reputação”.

Há séculos diferentes autores abordam o debate sobre se a religião, acreditar e temer a Deus, provoca nos humanos uma atitude mais bondosa, mais solidária, mais empática com o sofrimento dos demais.

Nos últimos anos, entretanto, a pesquisa psicológica revelou várias tendências consistentes, como o fato dos religiosos motivarem seu altruísmo em valores diferentes e usarem critérios distintos para determinar quais ações são imorais.

A ideia de que a religião consolida o altruísmo, entretanto, aparece em diversos estudos, como os que vêm sendo publicados por autores como Azim Shariff, ao demonstrar na revista Science a importância da fé na hora de se mostrar mais generoso com os demais.

Em seus trabalhos testou o altruísmo das pessoas depois de fazê-las pensar (consciente e inconscientemente) em Deus e suas manifestações: aqueles que liam sobre Ele e assistiam vídeos relacionados antes do teste se mostravam notavelmente mais generosos do que os que não o faziam.

As motivações não eram a compaixão e a empatia, mas ajudavam mais ao próximo ao ter presente a figura divina.

Por isso, Shariff considera que os resultados do estudo em crianças publicados na sexta-feira “parecem superficialmente contraditórios” com seu trabalho.

Mas de grande importância: “Acho que são conclusões fascinantes a partir de um esforço impressionante. Esse estudo nos obriga a repensar seriamente as coisas a fim de conciliar o que sabemos”, resume Shariff, da Universidade do Oregon.

O difícil seria explicar por que ateus e religiosos (ou pouco religiosos frente à muito religiosos) agem de forma diferente quando se trata de pensar nos demais.

Mesmo que não existam respostas conclusivas, tanto Shariff como Decety mencionam uma certa licença moral outorgada por aqueles que já rezam pelos demais: se já cubro a quota de generosidade em minha paróquia, isso me exime de precisar ser altruísta com desconhecidos.

“É uma falha mental particularmente interessante: realizando algo bom, que ajuda a fortalecer nossa própria imagem positiva, se desinibe o comportamento egoísta e, portanto, somos mais propensos a tomar decisões imorais”, explica Decety, um dos maiores especialistas em empatia.

Isso explicaria o fato de crianças criadas em lares religiosos, que se percebem como mais sensíveis e justas, serem na verdade as menos altruístas entre seus colegas de classe.

Shariff, mais crítico, considera que isso tem uma leitura inversa. “Eles se limitam a um tipo específico de generosidade espontânea. É possível que alguém seja enormemente altruísta doando 20% de seus ganhos à caridade.

E como estruturou seu altruísmo dessa forma, não se sente obrigado a doar a um mendigo na rua que lhe pede dinheiro de forma espontânea, ou a um psicólogo que lhe dá a oportunidade de compartilhar com alguém em um experimento”.

Na parábola de Jesus descrita por Lucas nos Evangelhos, era o sacerdote a não se aproximar do necessitado, e somente o samaritano parou para ajudá-lo. Mas não sabemos quem era o mais religioso dos dois, e se isso teve alguma relação com a atitude tomada. (http://brasil.elpais.com/brasil)

 

O Papiro - Precursor do papel


 

Papiro é, originalmente, uma planta perene da família das ciperáceas cujo nome cientifico é Cyperus papyrus, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel) durante a Antiguidade Antigo Egito, civilizações do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano.

O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas.

A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras..

Confecção do papiro

Foi por volta de 2500 a.C. que os egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro, considerado o precursor do papel. Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas.

Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecerem por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outra vez secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras.

A sequência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecido de algodão, sendo então mantidas e prensadas por seis dias.

E é com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado.

O papiro pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.


domingo, dezembro 24, 2023

Eu não gosto de você Papai Noel!


 

Eu não gosto de você Papai Noel! Também não gosto desse seu papel de vender ilusão pra burguesia. Se os meninos pobres da cidade soubessem o desprezo que você tem pelos humildes; pela humildade, eu acho que eles jogavam pedra em sua fantasia.

Talvez você não se lembre mais, eu cresci me tornei rapaz, sem nunca esquecer daquilo que passou. Eu lhe escrevi um bilhete pedindo o meu presente… a noite inteira eu esperei contente…

Chegou o sol, mas você não chegou. Dias depois meu pobre pai cansado me trouxe um trenzinho velho, enferrujado, pôs na minha mão e falou: - Tome filho, é pra você. Foi Papai Noel que mandou!

E vi quando ele disfarçou umas lágrimas com a mão. Eu inocente e alegre nesse caso, pensei que meu bilhete, embora com atraso, tinha chegado em suas mãos no fim do mês.

Limpei-o bem, dei corda, o trenzinho partiu, deu muitas voltas… O meu pai então riu e me abraçou pela última vez. O resto eu só pude compreender depois que cresci e vi as coisas com a realidade.

Um dia meu pai chegou assim pra mim como quem tá com medo e falou: - Filho me dá aqui seu brinquedo, eu vou troca por outro na cidade.

Então eu entreguei o meu trenzinho quase a soluçar, como quem não quer abandonar um mimo, um mimo que quem lhe deu, lhe quer bem.

Eu supliquei… Pai! Eu não quero outro brinquedo, eu quero meu trenzinho… não leva meu trem pai…!

Meu pai calou-se e de seu rosto desceu uma lágrima que até hoje creio tão pura e santa assim só Deus chorou, ele saiu correndo, bateu à porta assim, como um doido varrido. A minha mãe gritou: - José! José! José… Ele nem deu ouvido, foi-se embora e nunca mais voltou…

Você! Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou… sem pai e sem brinquedo.

Afinal, dos meus presentes não há um que sobre da riqueza de um menino pobre, que sonha o ano inteiro com a noite de Natal! Meu pobre pai, mal vestido, para não me ver naquele dia desiludido, pagou bem caro a minha ilusão.

Num gesto nobre, humano e decisivo, ele foi longe demais pra me trazer aquele lenitivo; tinha roubado aquele trenzinho do filho do patrão! Quando ele sumiu, eu pensei que ele tinha viajado só depois de crescido minha mãe em prantos me contou… que ele foi preso, coitado!

E transformado em réu. Ninguém pra absolver meu pai se atrevia. Ele foi definhando na cadeia até que um dia, Nosso Senhor… Deus nosso Pai… Jesus entrou em sua cela e libertou ele pro céu. Por que você fez isso? Por que Papai Noel!

* Aldemar Paiva nasceu em Maceió -AL, no dia 10/07/1925 e faleceu em Recife – PE no dia 4 de novembro de 2014. Trata-se de um homem com excepcional talento, capaz de realizar com maestria tudo aquilo que resolve fazer, motivo porque adquiriu o respeito da crítica e a admiração do publico.

A caverna de Gorham


 

A caverna de Gorham é uma caverna marítima natural, localizada em Gibraltar, considerada como uma das últimas habitações dos Neandertais na Europa. A caverna de Gorham dá nome ao complexo, que ainda é formado pelas cavernas Vanguard, Hyaena e de Bennett.

Localiza-se na face sudeste do Rochedo de Gibraltar. Quando habitadas, há 55 mil anos atrás, o mar ficava a 5 quilômetros da entrada da caverna, porém hoje em dia, com as mudanças do nível do mar, o mesmo fica a poucos metros do Mar Mediterrâneo.

UNESCO

Foi inscrita como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2016 por "ser um testemunho excepcional das tradições culturais dos Neandertais na evidência da caça a pássaros e animais marinhos para se alimentarem, uso de penas como ornamentação e a presença de desenhos abstratos nas rochas. Pesquisas científicas aqui contribuíram substancialmente nos debates sobre a evolução do Neandertal e dos humanos."

Eilmer de Malmesbury – O Monge Voador


 

Eilmer de Malmesbury era um monge beneditino inglês do século XI, mais conhecido por sua tentativa de voar usando asas.

Monge da Abadia de Malmesbury é também conhecido por ter escrito sobre astrologia. Tudo o que se sabe dele é contado no Gesta regum Anglorum (feitos dos reis ingleses), escrito pelo eminente historiador medieval Guilherme de Malmesbury por volta do ano 1125. 

Sendo um colega monge da mesma abadia, Guilherme quase certamente obteve seu relato diretamente de pessoas que conheceram o próprio Eilmer quando ele era velho.

Estudiosos posteriores, como o historiador norte-americano Lynn White, tentaram estimar a data de nascimento de Eilmer com base em uma citação dos feitos de Guilherme em relação ao cometa Halley, que apareceu em 1066.

A dificuldade reside no fato de que Guilherme registrou o que Eilmer disse não para estabelecer a sua idade, mas para mostrar que a sua profecia foi cumprida no final daquele ano, quando os normandos invadiram a Inglaterra.

“Você veio, não é? - Você veio, sua fonte de lágrimas para muitas mães. Faz muito tempo que eu não te vi; mas como eu vejo você agora, você é muito mais terrível, pois vejo você brandindo a queda do meu país.”

Se Eilmer tivesse visto o cometa de Halley 76 anos antes, em 989, ele poderia ter nascido por volta do ano 984, fazendo com que tivesse cinco ou seis anos quando viu o cometa pela primeira vez, idade suficiente para se lembrar dele.

No entanto, a periodicidade dos cometas era provavelmente desconhecida no tempo de Eilmer, sendo assim, a sua observação "Faz muito tempo que eu não vi você" poderia ter se referido a um cometa diferente, posterior.

Como se sabe que Eilmer era um "homem velho" em 1066 e que ele havia tentado o voo "em sua juventude", o evento ocorreu algum tempo durante o início do século XI, talvez em sua primeira década.

O Voo

Guilherme registra que, na juventude de Eilmer, ele havia lido e acreditado na fábula grega de Dédalo. Assim, Eilmer fixou as asas nas mãos e nos pés e se lançou do topo de uma torre na Abadia de Malmesbury:

“Ele era um homem instruído para aqueles tempos, em idade avançada e, em sua juventude, havia arriscado um feito de notável ousadia. De certa forma, eu mal sei como, ele apertava as asas nas mãos e nos pés para que, confundindo a fábula com a verdade, pudesse voar como Dédalo e, através da brisa no cume de uma torre, voou por mais de um furlong [201 metros].

Mas agitado pela violência do vento e pela agitação do ar, bem como pela consciência de sua tentativa precipitada, ele caiu, quebrou as duas pernas e ficou coxo para sempre. Ele costumava relacionar a causa de seu fracasso ao esquecimento de se dar uma cauda.”

Dada a geografia da abadia, seu local de pouso e o relato de seu voo, para viajar por "mais do que um furlong" (220 jardas, 201 metros), ele teria que ter estado no ar por cerca de 15 segundos.

Seu percurso exato não é conhecido nem por quanto tempo ele esteve no ar, porque a abadia de hoje não é a abadia do século XI, quando era provavelmente menor, embora a torre estivesse provavelmente próxima da altura atual. "Olivers Lane", na atual rua principal e a cerca de 200 metros da abadia, tem a reputação de ser o local onde Eilmer aterrissou. 

Isso o levaria a muitos prédios. O estudo de Maxuel Woosnam concluiu que é mais provável que ele tenha descido a colina íngreme ao sudoeste da abadia, em vez do centro da cidade ao sul.

Para executar a manobra de deslizar para baixo contra a brisa, utilizando a gravidade e o vento, Eilmer empregou um aparelho parecido com um pássaro deslizante. No entanto, sendo incapaz de se equilibrar para frente e para trás, como um pássaro faz através dos movimentos leves de suas asas, cabeça e pernas, ele precisaria de uma cauda grande para manter o equilíbrio.

Eilmer não pode ter conseguido um voo verdadeiramente alto, de qualquer forma, mas ele pode ter deslizado para baixo em segurança se tivesse uma cauda. Depois, Eilmer observou que a causa de seu acidente foi que "ele havia esquecido de se dar uma cauda".

Tradições históricas e influência

Além do relato de Guilherme sobre o voo, nada sobreviveu ao trabalho vitalício de Eilmer como monge, embora seus tratados astrológicos aparentemente ainda tenham circulado no final do século XVI.

Com base no relato de Guilherme, a história do voo de Eilmer foi recontada muitas vezes ao longo dos séculos por estudiosos, enciclopedistas e defensores do voo de propulsão, mantendo viva a ideia do voo humano.

Mais recentemente, Maxwell Woosnam, em 1986, examinou em mais detalhes os aspectos técnicos, como materiais, ângulos de planador e efeitos do vento. Eilmer caracterizou o espírito inquisitivo dos entusiastas medievais que desenvolveram pequenos helicópteros de brinquedo com cordão, moinhos de vento e velas sofisticadas para barcos.

Além disso, os artistas da igreja mostraram cada vez mais anjos com representações cada vez mais precisas de asas semelhantes a pássaros, detalhando a curvatura da asa que seria benéfica para gerar as forças de elevação que permitem que um pássaro - ou um avião - voe.

Esse clima de pensamento levou a uma aceitação geral de que o ar era algo que poderia ser "trabalhado". Voar, portanto, não era mágico, mas poderia ser alcançado pelo esforço físico e pelo raciocínio humano. 

No entanto, embora Eilmer pareça ter sido um indivíduo curioso e um afiado astrólogo, sua observação científica dos céus teria sido colorida por uma consciência distintamente medieval do cosmos e da posição dos seres humanos nele.

Como monge localizado na Abadia de Malmesbury, no século XI, ele não teria ignorado a necessidade de guardar e estabilizar a alma para o seu voo na vida após a morte; as diferenças entre corpos angelicais e humanos; o peso do pecado e a antinaturalidade da carne mortal ascendente.

A Escola de Engenharia Mecânica e de Mineração da Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália, desenvolveu um código de simulação da fluidodinâmica computacional chamado Eilmer4.