O centurião na
hierarquia militar romana era o sexto na cadeia de comando numa legião.
Era o oficial responsável por comandar uma centúria, dando ordens que deveriam
ser prontamente obedecidas pelos homens que liderava, inclusive na rápida
execução de uma qualquer formação militar e, encarregava-se da disciplina e
instrução da legião.
Devido
ao fato na maioria das vezes as legiões estarem distantes da pátria, os
centuriões eram escolhidos pelas suas capacidades de comando e pela prontidão
em lutarem até à morte.
Dessa
forma conseguiam conquistar vitórias contra inimigos em números bem superiores,
em territórios hostis onde era por vezes difícil de receberem reforços, ao contrário
do inimigo.
O
centurião de maior experiência dirigia a primeira centúria da primeira
coorte, sendo uma pessoa respeitada e condecorada. Essa posição em liderar a
primeira centúria da primeira coorte era uma possibilidade de mérito em poder
um dia alcançar a promoção a centurião-chefe e liderar a primeira coorte.
Um
enorme prestigio, pois a primeira coorte era a elite máxima com os melhores
soldados numa legião romana. Apesar da sua posição de destaque, era um oficial
que lutava com os demais, marchando junto à sua centúria e acampava
com os seus homens, tendo uma tenda que o diferenciava pelo estatuto e
responsabilidade.
Para
além de liderar uma centúria de oitenta legionários, ainda tinha sobre a sua
autoridade, um optio, um administrador e um porta-estandarte. O optio,
que desempenhava a função de ordenança e a organização diária da centúria (fardamento,
alimentos, água e treinamento básico), era o segundo no comando e tinha a
obrigação de substituir o seu superior na sua ausência, em condições normais de
serviço.
Em último
caso, durante a recuperação de um ferimento sofrido pelo centurião ou, em
combate, no falecimento deste. O centurião seria o equivalente ao
posto de capitão, na hierarquia militar no exército de um qualquer país.
Centurião na Literatura
Uma
personagem com a posição de centurião tem uma importante presença na
série Águia, atualmente com onze volumes, do escritor inglês, Simon Scarrow que
descreve as aventuras da legião romana.
Segundo
relatos do Novo Testamento bíblico o termo centurião é citado com alguma
frequência se referindo a um oficial do exército romano. Os evangelhos de
Mateus e Lucas relatam a cura do servo de um centurião na cidade de Cafamaum realizada
por Jesus (Mateus 8:5-13 / Lucas 7:1-10).
Havia um
centurião vigiando o corpo de Jesus enquanto este estava sendo crucificado
(Mateus 27:54 / Marcos 15:39 / Lucas 23:47). Este mesmo centurião foi chamado
por Pilatos para confirmar a morte de Jesus (Marcos 15:44,45).
No
livro de Atos dos Apóstolos é citado o nome de um centurião de Cesaréia chamado
Cornélio, centurião da coorte chamada italiana (Atos 10:1). O apostolo
Paulo é salvo por um comandante romano de um linchamento pelos judeus
de Jerusalém (Atos 21:31-22:29).
Um centurião chamado Júlio, que pertencia ao regimento imperial, foi responsável pelo transporte de Paulo até Roma para julgamento (Atos 27:1).
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