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quinta-feira, agosto 17, 2023

Bateau Mouche IV - A Tragédia


Bateau Mouche IV - A Tragédia - O Bateau Mouche IV foi uma embarcação de turismo de que naufragou na costa brasileira no dia 31 de dezembro de 1988, mais precisamente na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, quando estava a caminho de Copacabana.

Das 142 pessoas a bordo, 55 morreram. Acredita-se que a embarcação estivesse superlotada, além de apresentar uma série de falhas.

A embarcação, um antigo barco de pesca fabricado em Fortaleza em 1970 e batizado inicialmente como "Kamaloka", havia sido modificada várias vezes, destacando-se o acréscimo de um terraço suplementar.

Durante as comemorações do Ano Novo de 1989, embora estivesse regularizada pelas autoridades competentes e fosse considerada um cartão-postal da cidade do Rio de Janeiro.

Ao se deslocar para fora da barra da baía de Guanabara para assistir à queima de fogos na praia de Copacabana, deparou-se com ondas pesadas no mar, vindo a adernar.

A rápida e acentuada movimentação de carga nos andares superiores causou o naufrágio, no qual morreram 55 dos 142 passageiros a bordo.

A traineira Evelyn Maurício tinha partido de Niterói com os pescadores Jorge de Souza, João Batista de Souza Abreu, Marcos Vinícius Lourenço da Silva, Francisco Carlos Alves de Moraes e Jorge Luiz Soares de Souza e as suas respectivas famílias, com destino a Copacabana.

No caminho cruzaram com o Bateau Mouche IV, iluminado e muito cheio. Os pescadores presenciaram o naufrágio, e tornaram-se heróis ao jogarem boias, cabos e cordas para salvar cerca de 30 náufragos, que foram retiradas do mar pelos braços.

No inquérito que se seguiu foram apontados diversos responsáveis, entre eles a empresa de turismo, os passageiros que disputavam um lugar a boreste do terraço da embarcação, as autoridades competentes do estado do Rio de Janeiro, e a Capitania dos Portos, dando lugar a um longo processo judicial.

O laudo pericial apontou que o Bateau Mouche IV transportava mais que o dobro da lotação permitida (62 passageiros).

Os sócios majoritários da empresa Bateau Mouche Rio Turismo, Faustino Puertas Vidal e Avelino Rivera (espanhóis) e Álvaro Costa (português), foram condenados por homicídio culposo (sem a intenção de matar), sonegação fiscal e formação de quadrilha, em maio de 1993, a quatro anos de prisão em regime semiaberto (só dormiam na prisão), mas em fevereiro de 1994 eles fugiram para a Espanha.

A atriz Yara Amaral perdeu a vida na tragédia. Também se encontrava a bordo da embarcação o ex–ministro do Planejamento, Aníbal Teixeira, que sobreviveu.

Principais causas do Naufrágio

1. Excesso de peso (carga) e passageiros;

2. Posicionamento de duas caixas d'água no teto da embarcação e substituição do piso de madeira original do convés superior por um piso de concreto, elementos que deslocaram o centro de gravidade para cima, ajudando a embarcação a adernar ao ser exposta ao mar revolto;

3. Os passageiros se deslocaram, simultaneamente, para boreste do "Bateau Mouche";

4. As escotilhas e vigias não eram estanques e, com o excesso de peso, ficaram abaixo do nível do mar e alagaram os compartimentos inferiores;

5. As bombas de esgotamento (que jogam a água para fora da embarcação, em caso de alagamento) não funcionavam perfeitamente.



Fatos Históricos e Relevantes

·   Neste acidente, 55 pessoas morreram de um total de 142 passageiros que aguardavam a virada do ano na baía da Guanabara.

· O embarque foi no píer do restaurante Sol e Mar, atual Real Astória, Praia do Botafogo, zona sul do Rio, às 21h15m.

· A embarcação foi construída em 1970 em Fortaleza, e chegou a pertencer ao empresário carioca Alfredo Saade.

· Bateau Mouche IV adernou após ser atingido por uma onda às 23h50m, emborcando e afundando de cabeça para baixo junto à extremidade norte da ilha de Cotunduba, nas coordenadas de latitude 22º 57' 62'' e longitude 43º 09' 43''.

· Com ajuda das fortes ondas, o principal motivo do naufrágio foi que, às 23h50m, todos os passageiros se movimentaram para ver os fogos de artifício por boreste do barco, o que o fez naufragar.

·   Os militares da Marinha que emitiram as licenças, apresentadas pelos proprietários do barco, nas quais a agência de turismo indiciada se baseou para vender o passeio, apesar das provas, foram inocentados de corrupção, assim como os proprietários, que receberam as menores penas.

· Sendo a implicada mais solvente, a agência de turismo teve que pagar as indenizações, vindo a falir.

· Bernardo Amaral, filho da atriz Yara Amaral, criou a associação "Bateau Mouche Nunca Mais", para defender os parentes de vítimas da tragédia.


Ilha Sentinela do Norte: O lugar mais difícil de visitar no mundo


Ilha Sentinela do Norte: O lugar mais difícil de visitar no mundo - É difícil acreditar que existem pessoas neste mundo que não sabem sobre a internet ou sobre telefones celulares.

Porém, ainda existem tribos que estão completamente à parte da civilização global e não mantêm qualquer tipo de contato com o mundo exterior. 

Com quase 60 mil anos de idade, a Ilha Sentinela do Norte é uma parte das ilhas de Andaman e Nicobar, que fica no Oceano Índico, entre Mianmar e Indonésia. Lá, é o local onde existe uma das tribos mais isoladas do planeta. 

Os sentinelenses são tão hostis ao contato externo que a ilha foi considerada o lugar mais difícil para se visitar no mundo.

Os sentinelenses parecem ser descendentes diretos dos primeiros seres humanos que surgiram a partir da África.

A quantidade de habitantes ainda não pode ser certificada, mas estima-se que ela gire em torno de 40 e 500 nativos. 

Não importa o caráter do visitante, ao chegar às margens da ilha, seja de propósito ou por acidente, os moradores recebem o intruso quase sempre da mesma forma: com lanças e flechas, em posição de ataque.

Presentes como alimentos e roupas não têm importância para eles. Essa hostilidade chegou a ponto de os nativos terem resistência no recebimento de missões de salvamento após o tsunami em 2004. 

No momento em que o tsunami desastroso atingiu o Oceano Índico, um grupo de socorristas ofereceu ajuda para os sentinelenses, por meio de um helicóptero da marinha indiana.

Eles queriam encontrar e ajudar os sobreviventes, embora as chances fossem pequenas.

Tentaram descer pacotes de comida para o chão, mas foram recebidos com a hostilidade dos moradores, inclusive um guerreiro sentinelense emergiu da selva densa e atirou uma flecha tentando atingir o helicóptero. 

Não se sabe muito sobre esse povo tribal: a linguagem é estranha e seus hábitos desconhecidos. Suas moradias estão escondidas na mata fechada, por isso não se tem nenhuma pista sobre como eles vivem.

Tudo o que se sabe é que os sentinelenses são caçadores e coletores, pois eles não cultivam nada, a princípio. Eles vivem de frutas, peixes, tubérculos, porcos selvagens, lagartos e mel.



A Índia tem a soberania sobre Sentinela do Norte, mas acredita-se que as pessoas dessa ilha sequer sabem o que é a Índia. Depois de várias tentativas fracassadas de fazer contato amigável, o governo indiano finalmente se afastou e fez com que todas as visitas à ilha fossem proibidas.

A Marinha da Índia impôs uma zona de proteção de 3 milhas para manter os turistas, exploradores e outros intrometidos à distância. Encontros acidentais ainda ocorrem e nenhum deles termina bem. 

Há várias histórias de horror de como os sentinelenses têm tratado seus convidados: a maioria das pessoas retorna da ilha aterrorizada e ferida.

Em 1896, um fugitivo das prisões britânicas da Andamans ficou à deriva no mar e acabou indo para as margens da ilha por acidente.

Poucos dias depois, um grupo de busca encontrou o seu corpo em uma praia, perfurado por flechas e com a garganta cortada.

Em 1974, um grupo foi até lá para fazer um documentário e o diretor do filme acabou sendo ferido por uma flecha na perna.



O antropólogo indiano T.N. Pandit realizou diversas viagens patrocinadas pelo governo para Sentinela do Norte no final dos anos 80 e início dos anos 90.

"Às vezes, eles viram as costas para nós e se sentam em seus quadris como se fossem defecar", disse ele.

"Isso é um símbolo de insulto para eles, já que não éramos bem-vindos”.

Surpreendentemente, houve apenas um caso em que uma pessoa de fora não enfrentou uma recepção agressiva.

Em 4 de janeiro de 1991, um grupo de 28 pessoas composto de homens, mulheres e crianças, se aproximou com Pandit e sua comitiva.

"Foi inacreditável como eles se apresentaram ao nosso encontro voluntariamente", disse ele.

"Eles devem ter decidido que havia chegado a hora de entrar em contato com outras pessoas".

 


IInfelizmente, o último contato com os habitantes da ilha, em 2006, não foi tão bem como se esperava.

Dois pescadores foram mortos, enquanto pescavam ilegalmente dentro da faixa de proteção da ilha. 

Os sentinelenses estão entre as últimas comunidades que vivem sem contato com a globalização. Talvez seja melhor deixá-los da forma como está, pois trazê-los para a civilização pode ser algo extremamente maléfico.

Afinal, eles podem não ser imunes a várias doenças existentes nos dias de hoje e pode ser extremamente complicado se adaptarem ao mundo moderno.

 


http://www.jornalciencia.com/meio-ambiente/diversos/3533-ilha-sentinela-do-norte-conheca-o-lugar-mais-dificil-de-visitar-no-mundo

 

quarta-feira, agosto 16, 2023

Viver ou juntar dinheiro?


  

Viver ou juntar dinheiro? - Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.

Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico.

Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.

E assim por diante.

Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário.

Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.

Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.

Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.

Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?

Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz.

Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"

Que tal um cafezinho? (Max Gehringer) 

O Oásis de Siwa

 


Siwa é um oásis no Deserto da Líbia, cerca de 50 km (30 mi) leste da fronteira Líbia e 560 km (348 mi) do Cairo.

A presença humana no oásis está atestada desde o Paleolítico. No que diz respeito às relações do oásis com a civilização do Antigo Egito, nada se sabe destas até ao período da XXVI dinastia.

De acordo com uma lenda transmitida pelo historiador grego Heródoto, o rei Cambises da Pérsia (524 a.C.) teria enviado um exército de 50 000 soldados para atacar o oásis, mas este teria desaparecido no meio das areias do deserto próximas do oásis.

O oásis tornou-se famoso na Antiguidade devido a nele se encontrar o oráculo de Amon, cujo templo teria sido construído pelo faraó Amásis. 

A localização do templo foi identificada em 1899 pelo egiptólogo alemão Georg Steindorff em Aghurmi (a leste). 

Este templo era de dimensões pequenas (14 x 22 m), julgando-se ter sido construído por trabalhadores gregos, possivelmente da Cirenaica. Em Um el-Ubeida encontram-se ainda as ruínas de um templo dedicado a Amon-Ré que possui inscrições do faraó Nectanebo II.

Depois de ter conquistado o Egito aos Persas, Alexandre Magno dirigiu-se ao oásis de Siwá para consultar o oráculo, tendo sido confirmado não só como filho de Zeus, mas do deus egípcio Amon.

Este ato é interpretado como uma manobra de propaganda que visava legitimar o poder de um estrangeiro sobre o Egito.

Pouco se sabe da história do oásis durante o período romano, embora os sacerdotes tenham continuado a prestar culto a Amon até ao século VI d.C.

O primeiro europeu a visitar o oásis foi William George Browne em 1792 (De fato, o primeiro europeu a visitar o Oasis foi Alexandre o Grande em 330 a.C).

Teve que o fazer disfarçado de árabe dado que os habitantes eram hostis a estrangeiros. Em 1820 o oásis foi conquistado por Mehmet Ali, governador do Egito (na época parte do Império Otomano).

Nos anos 80 do século XX foi construída uma estrada de asfalto que liga o oásis a Marsa Matruh, quebrando-se assim o isolamento



Retrato de uma Dama na Rede de Descanso


 

Retrato de uma Dama na Rede de Descanso. Pintura de Aurélio de Figueiredo, 1885. Coleção Particular

Para as mulheres da classe dominante a sociabilidade era reduzida e em geral restrita ao núcleo familiar.

A rua continuava a ser domínio de escravos e vendedores ambulantes. As mulheres de alta classe não eram vistas nas ruas ou em outros lugares públicos com exceção da igreja.

O fato de viver na cidade não alterara profundamente a segregação em que a mulher de classe alta vivera nas zonas rurais.

Não foram raros os viajantes que, passados os meados do século, ainda estranhavam o costume que os brasileiros tinham de segregarem esposas e filhas.

Imperava na cidade como no campo uma severa disciplina patriarcal. Nos grandes centros do litoral, principalmente na Corte ou em São Paulo, onde se fundara a Faculdade de Direito, a mulher gozaria pouco a pouco de maior autonomia, frequentando teatros e bailes.

Mesmo o hábito de sair às compras, de percorrer as lojas, só se desenvolveria mais tarde, sendo costume das mulheres de classe alta mandarem vir das lojas amostras das mercadorias que desejavam comprar.

Exercendo funções exclusivamente domésticas, limitadas no convívio social, reduzidas à convivência com as escravas, era precária, em geral, sua educação, como bem observou Gilberto Freyre.

Os mais bens educados, quando ficavam viúvas, ou na ausência dos maridos, se tornavam as administradoras das Fazendas.

Nos grandes centros havia exceções, principalmente na Corte, onde se reunia o melhor da sociedade da época.

A inglesa Maria Graham conheceu senhoras brasileiras que poderiam frequentar qualquer salão dos mais civilizados da Europa, sem se sentirem pouco à vontade.

Por toda parte as mulheres das camadas inferiores gozavam de uma liberdade de circulação e independência desconhecida das que integravam a elite.

Fonte: Da Monarquia à República - Momentos Decisivos. Emília Viotti da Costa

A Aurora Polar


 

A aurora polar é um fenômeno ótico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre.

Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como aurora boreal (nome batizado por Galileu Galilei em 1619, em referência à deusa romana do amanhecer, Aurora e Bóreas, deus grego, representante dos ventos nortes). A ocorrência deste fenômeno depende da atividade das fulgurações solares.

Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como aurora austral, nome batizado por James Cook, uma referência direta ao fato de estar ao Sul.

O fenômeno não é exclusivo somente ao planeta Terra, sendo também observável em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Marte e Vênus e Saturno. 

Da mesma maneira, o fenômeno não é exclusivo da natureza, sendo também reproduzível artificialmente através de explosões nucleares ou em laboratório.

Mecanismo

A aurora aparece tipicamente tanto como um brilho difuso quanto como uma cortina estendida em sentido horizontal. Algumas vezes são formados arcos que podem mudar de forma constantemente.

Cada cortina consiste de vários raios paralelos e alinhados na direção das linhas do campo magnético, sugerindo que o fenômeno no nosso planeta está alinhado com o campo magnético terrestre. Da mesma forma a junção de diversos fatores pode levar à formação de linhas aurorais de tonalidades de cor específicas.

Aurora Polar Terrestre

A aurora polar terrestre é causada por elétrons de energia de 1 a 15 keV, além de prótons e partículas alfa, sendo que a luz é produzida quando eles colidem com átomos da atmosfera do planeta, predominantemente oxigênio e nitrogênio, tipicamente em altitudes entre 80 e 150 km.

Cada colisão emite parte da energia da partícula para o átomo que é atingido, um processo de ionização, dissociação e excitação de partículas. Quando ocorre ionização, elétrons são ejetados, os quais carregam energia e criam um efeito dominó de ionização em outros átomos. 



A excitação resulta em emissão, levando o átomo a estados instáveis, sendo que estes emitem luz em frequências específicas enquanto se estabilizam. Enquanto a estabilização do oxigênio leva até um segundo para acontecer, o nitrogênio estabiliza-se e emite luz instantaneamente.

Tal processo, que é essencial para a formação da ionosfera terrestre, é comparável ao de uma tela de televisão, no qual elétrons atingem uma superfície de fósforo, alterando o nível de energia das moléculas e resultando na emissão de luz.

De modo geral, o efeito luminoso é dominado pela emissão de átomos de oxigênio em altas camadas atmosféricas (em torno de 200 km de altitude), o que produz a tonalidade verde.

Quando a tempestade é forte, camadas mais baixas da atmosfera são atingidas pelo vento solar (em torno de 100 km de altitude), produzindo a tonalidade vermelho escura pela emissão de átomos de nitrogênio (predominante) e oxigênio. Átomos de oxigênio emitem tonalidades de cores bastante variadas, mas as predominantes são o vermelho e o verde.

O fenômeno também pode ser observado com uma iluminação ultravioleta, violeta ou azul, originada de átomos de nitrogênio, sendo que a primeira é um bom meio para observá-lo do espaço (mas não em terra firme, pois a atmosfera absorve os raios UV). O satélite da NASA Polar já observou o efeito em raios X, sendo que a imagem mostra precipitações de elétrons de alta energia.

A interação entre moléculas de oxigênio e nitrogênio, ambas gerando tonalidades na faixa do verde, cria o efeito da "linha verde auroral", como evidenciado pelas imagens da Estação Espacial Internacional.

Da mesma forma a interação entre tais átomos pode produzir o efeito da "linha vermelha auroral", ainda que mais raro e presente em altitudes mais altas.

A Terra é constantemente atingida por ventos solares, um fluxo rarefeito de plasma quente (gás de elétrons livres e cátions) emitidos pelo Sol em todas as direções, um resultado de milhões de graus de temperatura da camada mais externa da estrela, a coroa solar.

Durante tempestades magnéticas os fluxos podem ser bem mais fortes, assim como o campo magnético interplanetário entre os dois corpos celestes, causando distúrbios pela ionosfera em resposta às tempestades.

Tais distúrbios afetam a qualidade da comunicação por rádio ou de sistemas de navegação, além de causar danos para astronautas em tal região, células solares de satélites artificiais, no movimento de bússolas e na ação de radares. A resposta da ionosfera é complexa e de difícil modelagem, dificultando a predição para tais eventos.




A magnosfera terrestre é uma região do espaço dominada por seu campo magnético. Ela forma um obstáculo no caminho do vento solar, causando sua dispersão em sua volta. Sua largura é de aproximadamente 190 000 km, e do lado oposto ao sol uma longa cauda magnética é estendida para distâncias ainda maiores.

As auroras geralmente são confinadas em regiões de formato oval, próximas aos polos magnéticos. Quando a atividade do efeito está calma, a região possui um tamanho médio de 3 000 km, podendo aumentar para 4 000 ou 5 000 km quando os ventos solares são mais intensos.

A fonte de energia da aurora é obtida pelos ventos solares fluindo pela Terra. Tanto a magnetosfera quanto os ventos solares podem conduzir eletricidade. É conhecido que se dois condutores elétricos ligados por um circuito elétrico são imersos em um campo magnético e um deles move-se relativamente ao outro, uma corrente elétrica será gerada no circuito.

Geradores elétricos ou dínamos fazem uso de tal processo, mas condutores também podem ser constituídos de plasmas ou ainda outros fluidos. Seguindo a mesma ideia, o vento solar e a magnetosfera são fluidos condutores de eletricidade com movimento relativo, e são capazes de gerar corrente elétrica, que originam tal efeito luminoso.

Como os polos magnético e geográfico do nosso planeta não estão alinhados, da mesma forma as regiões aurorais não estão alinhadas com o polo geográfico. Os melhores pontos (chamados pontos de auge) para a observação de auroras encontram-se no Canadá para auroras boreais e na ilha da Tasmânia ou sul da Nova Zelândia para auroras austrais.