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sexta-feira, junho 23, 2023

Sequoias - Califórnia nos Estados Unidos.

Sequoias - Califórnia nos Estados Unidos. - Na imagem vemos três árvores pertencentes a espécie Sequoiadendron gigante uma das maiores árvores do mundo na Califórnia nos Estados Unidos.

As sequoias são árvores gigantes que estão inseridas no grupo das gimnospermas. Elas são extremamente altas e apresentam uma grande quantidade de madeira.

As folhas das sequoias são semelhantes às dos pinheiros e suas sementes são nuas, ou seja, não possuem frutos envolvendo-as. 

Outro fato curioso sobre a espécie é a relação de sua semente com o fogo, estudos revelaram que as sequoias dependem do fogo para processos como libertar sementes dos cones e fazer clareiras na floresta para permitir o seu crescimento.

O registro das queimaduras nos anéis das árvores, com milhares de anos, evidencia a sua relação com o fogo. 

Nos parques ambientais que possuem sequoias, de tempos em tempos, é usado o manejo do fogo para viabilizar o surgimento de árvores.

É interessante observar, que perto da vida útil dessas árvores que chega a mais de três mil anos, a vida humana é apenas um sopro, porém, em menos de 200 anos, eles conseguiram destruir mais de 90% das florestas de Sequoias nos Estados Unidos.

Algumas dessas árvores tinham milhares de anos. O homem é o maior destruidor de tudo que a natureza criou. Ele não cria nada que não destruindo alguma coisa.



 

Perfeição


Perfeição - Ela caminha em beleza, como a noite de clima sem nuvens e céu estrelado; e toda a perfeição da escuridão e da luz em seu semblante e seus olhos, dessa forma enternecida até esta luz suave o que o céu para o dia vistoso nega.

(Lord Byron)

Perfeição caracteriza um ser ideal que reúne todas as qualidades e não tem nenhum defeito, e designa uma circunstância que não possa ser melhorada.

Historicamente o termo perpassa pelo conceito de entelecheia (enteles, completo, telos, fim, propósito e echein, ter) cunhado por Aristóteles, sendo um trabalho ativo para a realização de um alvo, intrínseca à mesma coisa.

Mas é também esse alvo, esse estágio em que a organização alcançou todas suas potencialidades, e consequentemente, alcançou a perfeição.

O conceito moderno de perfeição se origina do movimento idealista do século XVIII, e está estreitamente ligado à noção de progresso.

Em Kant e seus antecessores, Christian Wolff e Alexander Gottlieb Baumgarten perfeição é uma noção de ontologia: completude como sendo uma reunião de todas as disposições sujeita a uma unidade harmoniosa, ou ordem.

O perfeito é um 'completo', um manancial de ações potenciais. Por outro lado, a perfeição é uma ideia, uma condição que não é alcançada, mas deve necessariamente ser almejada - esta é a ética do homem.

Hoje em dia na linguagem profissional, perfeição pode ser definida não como não ter defeitos.

Mas sim como algo ou alguém que apresenta defeitos, mas que esses seus defeitos são ofuscados pelas suas qualidades, fazendo com que eles se tornem invisíveis aos olhos das pessoas.

Já que é impossível chegar à perfeição profissional, porque para ser considerado perfeito sem haver a possibilidade de melhoria no mercado de trabalho, deve conhecer todas as áreas e fazer um trabalho perfeito. 

Quando te toco


 

Quando te toco, é energia que estou alinhando na tua pele macia, leio teu passado, acerto teu presente e programamos teu futuro, a entrega mútua harmoniza nosso contato.

Toda essa energia vital pulsante onde buscamos o equilíbrio, o centro, o ponto central, o novo átomo que em nova explosão criativa, artística, instigante, perturbadora, inovadora.

E novos campos se abrirão para nós onde a amizade, confiança e amor ajudarão a construir a arte maior que vem do fundo da alma e se expressa
através de nossos corpos, mãos, vozes e corações

Bayard Tonelli

Boyard Tonelli é um ator, bailarino e poeta nascido em Porto Alegre – RS no dia 26 de julho de 1947. Escreveu seu primeiro livro de poesia em 1998 com o título de Dzi Croquettes abordando seu de integrante do grupo.

Bayard é a voz forte da arte na luta contra a homofobia e desigualdade social. Por essas e outras, há 4 anos passou a performar os seus versos em eventos de literatura e saraus poéticos, que cada vez mais se espalham pelo Rio de Janeiro.

Os poemas de Bayard trazem reflexões pessoais e opções de vida, trazendo eco às coisas que deveriam ser ditas, mas que muitas vezes se escondem atrás dos medos e dos preconceitos.

quinta-feira, junho 22, 2023

A Massai Branca - Carola, uma alemã que se apaixona no Quênia pelo Maasai Lemalian.

A Massai Branca - Carola, uma alemã que se apaixona no Quênia pelo Maasai Lemalian.  - A Massai Branca é um filme de 2005 dirigido por Hermine Huntgeburth e estrelado por Nina Hoss e Jacky Ido. O roteiro é sobre Carola, uma mulher que se apaixona no Quênia pelo Maasai Lemalian. 

O filme é baseado em um romance autobiográfico do mesmo nome da escritora alemã Corinne Hofmann. Na versão cinematográfica, os nomes foram alterados em relação aos do romance. 

Sinopse

Carola (Hoss), uma alemã que mora na Suíça, está de férias com o namorado no Quênia. Ela se apaixona pelo guerreiro Maasai Lemalian (Ido), que está no local vestido com roupas de sua tribo. No aeroporto, a caminho de casa, ela decide ficar. 

Acontece que Lemalian foi para sua aldeia natal no distrito de Samburo. Carola viaja para a região e se hospeda na casa de outra europeia. Lemalian fica sabendo de sua estada e vem ao seu encontro. Eventualmente, eles começam a viver juntos.

Ela viaja para a Suíça para vender sua loja lá, prometendo a Lemalian voltar para ele. Ela o faz, e eles se casam e têm uma filha. Carola compra um carro e abre uma loja. 

Eles perdem dinheiro na loja porque Lemalian dá muito crédito a amigos e vizinhos e porque eles têm que pagar propina ao míni chefe. Lemalian argumenta que isso não é problema porque ela tem mais dinheiro na Suíça.

O míni chefe exige que Carola contrate seu sobrinho adolescente como balconista. Ela tem que aceitar isso, embora não precise dele e ele não cumpre com suas obrigações. Depois de algum tempo, quando ele está apenas bebendo cerveja e não trabalhando, ela o despede. Mais tarde, ele retorna e a ataca. 

Um juiz da tribo local determina que ela deve pagar duas cabras por demiti-lo, mas a família do menino deve pagar cinco cabras para compensar o ataque.

Carola fica frustrada com a prática da circuncisão feminina na aldeia. Ela quer acabar com isso, mas é uma longa tradição que não muda facilmente.

Quando Carola ajuda uma grávida em trabalho de parto com parto pélvico, Lemalian se recusa a ajudar porque a mulher está supostamente enfeitiçada.

Lemalian não quer que Carola seja amiga de outros homens, mesmo que ela esteja apenas atendendo um cliente de forma amigável. Ele é muito ciumento e desconfiado de Carola ter namorado. Ele até quer matar um homem que ele suspeita.

Carola quer voltar para a Suíça com a filha, afirmando que precisa de férias de duas semanas. Após alguma hesitação, Lemalian assina um formulário dando consentimento a Carola para tirar a menina do Quênia, embora suspeite que ela não voltará.

Conteúdo Temático

Os temas do filme têm sido controversos. Em última análise, o filme é sobre o choque de cultura e visões de mundo. 

Dois indivíduos que acreditam que sua visão de mundo é superior e, portanto, correta. 

Carola condena a circuncisão feminina porque não se encaixa em sua perspectiva cultural, enquanto Lemalian não consegue entender como ela poderia falar com homens sem ser infiel a ele), e é a incapacidade de entender o outro que traz sua miséria, separação e divórcio.



 

Saudade - Mario Quintana




Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e da galega e também na música popular. "Saudade" descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor.

A palavra vem do latim "solitatem" (solidão), passando pelo galego-português "soidade", que deu origem às formas arcaicas “soidade”, e saudade, que sob influência de "saúde" e "saudar" deram origem à palavra atual.

No Brasil, o dia da saudade é comemorado oficialmente em 30 de janeiro.

A origem etimológica das formas atuais "solidão", mais corrente e "solitude", forma poética, é o latim "solitudine" declinação de "solitudo, solitudinis", qualidade de "solus".

Já os vocábulos "saúde, saudar, saudação, salutar, saludar" provê da família "salute", "salutatione", "salutate", por vezes, dependendo do contexto, sinônimos de "salvar, salva, salvação" oriundos de "salvare, salvatione".

Na formação do termo "saudade", o vocábulo sofreu uma Inter fluência entre o estado de estar só, sentir-se solitário - oriundo de "solitarius" que por sua vez advém de "solitas, solitatis".

Possuidora da forma declinada "solitate(m)", e a associação com o ato de receber e acalentar este sentimento traduzido com os termos oriundos de "salute e salutate", que na transição do latim para o português sofrem uma síncope e perde a letra interna l, simplesmente abandonada, enquanto o t não desaparece, mas passa a ser sonorizado como um d.

No caso das formas verbais, existe a apócope do e final. O termo saudade acabou por gerar derivados como a qualidade do "saudosismo" e seu adjetivo "saudosista" - apegado a ideias, usos, costumes passados, ou até mesmo aos princípios de um regime político decaído.

E o termo adjetivo de forte carga semântica emocional, "saudoso" - que é aquele que produz o sentimento de saudade, podendo ser utilizado para entes falecidos, ou para substantivos abstratos como em "os saudosos tempos da mocidade", ou, ainda, não referente ao produtor, mas aquele que sente e que dá mostras de saudades.

Existe um mito multissecular segundo o qual a palavra 'saudade' só existe na língua portuguesa e como tal não tem vocábulos equivalentes em outras línguas, impossibilitando uma correta tradução. Contudo, isso não é verdade. 

A teoria ganhou renovada popularidade quando a empresa britânica Today Translations promoveu uma listagem das palavras mais difíceis de traduzir adequadamente, com as opiniões de mil tradutores profissionais, onde "saudade" granjeou o sétimo lugar. Isto acontece, segundo Carolina Michaelis por ser uma palavra corrente, indissociável da cultura portuguesa e com um significado complexo:

“(Saudade é a) lembranças de se haver gozado em tempos passados, que não voltam mais; a pena de não gozar no presente, ou de só gozar na lembrança; e o desejo e a esperança de no futuro tornar ao estado antigo de felicidade.”

"Saudade - Na solidão na penumbra do amanhecer. Via você na noite, nas estrelas, nos planetas, nos mares, no brilho do sol e no anoitecer. Via você no ontem, no hoje, no amanhã, mas não via você no momento. Que saudade..."

(Mário Quintana)

Gigante Barbudo



Gigante Barbudo A ideia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz sentido rezar para a lei da gravidade.

(Carl Sagan) 

Gigantes são figuras comuns em folclores e lendas, sendo caracterizados como humanos ou humanoides de grande tamanho, que varia em cada lenda. Graças à sua grande estatura são atribuídos a gigantes grande força e resistência, algumas vezes são retratados como burros e ignorantes e outras como inteligentes e até amigáveis.

Um conceito simples, gigantes aparecem em lendas e histórias de todo o mundo, até mesmo sendo citados na Bíblia.

Os gigantes para a mitologia nórdica são os inimigos dos deuses supremos, como Geirrod, que trava uma batalha mortal com Thor, o qual é filho do poderoso deus Odin.

Estes seres são enormes em suas proporções físicas e têm a capacidade de se transformarem em quaisquer criaturas (animada ou inanimada) dos quatro cantos do mundo. Assim, tendo o poder de enganar qualquer um que passar pelos seus caminhos.

Gigantes são mencionados na Bíblia, no livro do Gênesis, capítulo 6, lê-se:

“Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.

Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que existiam na antiguidade, os homens de fama.”

Gigantes são muito presentes na literatura como os Gigantes da série de livros As Crônicas de Nármia de C. S. Lewis ou os livros de J. K. Rowling onde há Rúbeo Hagrid um meio-gigante e seu irmão Grope. Gigantes aparecem nos contos de fada como João e o pé de feijão, O Gigante sem coração no corpo e João de Ferro.

Segundo a mitologia britânica, o Rei Artur lutou com gigantes. Gigantes famosos incluem Golias da Bíblia ou o Bom gigante amigo de Roald Dahi. Um Gigante da literatura ibérica é Adamastor que aparece nos livros portugueses.

quarta-feira, junho 21, 2023

Aparências

AparênciasNão julguem pelas aparências, elas enganam sempre e deixam as pessoas indignadas.

Uma mulher, usando um vestido de algodão barato, e seu esposo, vestindo um humilde terno, desceram do trem em Boston e caminharam timidamente até o escritório do Reitor da Universidade de Harvard e falaram com a secretária dele, mesmo sem ter uma reunião agendada.

A secretária adivinhou, no mesmo instante, que esses camponeses vindos das florestas não tinham nada a fazer em Harvard.

- Gostaríamos de ver o Reitor, disse suavemente o homem.

- Ele está ocupado, respondeu a secretária.

- Vamos esperá-lo, replicou a mulher.

Durante horas a secretária os ignorou, esperando que o casal finalmente ficasse desanimado e iriam embora.

Eles não o fizeram, e como a secretária viu aumentar sua frustração, finalmente decidiu interromper o Reitor, mesmo sendo uma tarefa que ela sempre evitava.

- Talvez se o senhor conversa com eles por alguns minutos eles decidem ir embora, disse a secretária ao Reitor.

Ele fez uma careta e concordou em falar-lhes.

Alguém tão importante quanto ele, obviamente não tinha tempo para atender pessoas com vestidos e ternos baratos.

No entanto, o Reitor com a cara carrancuda e empolada, dirigiu-se com passo arrogante até o casal.

A senhora lhe disse:

- Um filho nosso cursou Harvard somente por um ano. Ele amava Harvard. Ele era feliz aqui. Mas, um ano atrás ele morreu em um acidente. Meu esposo e eu desejaríamos erigir alguma coisa, em algum lugar do campus, em memória do nosso filho.

O reitor não se interessou.

- Senhora, - disse de forma áspera, - não podemos colocar uma estátua para cada aluno que cursou Harvard e tiver falecido. Se assim o fizermos, este lugar iria parecer um cemitério.

- Oh não, - explicou a senhora rapidamente. Não desejamos levantar uma estátua. Pensamos em doar um edifício para Harvard!

O Reitor revirou os olhos. Olhou com desdém para o vestido e o terno barato do casal e então falou:

- Um edifício! Vocês têm alguma ideia de quanto custa um edifício? Gastamos mais de sete milhões e meio de dólares nos prédios aqui em Harvard! 

A senhora ficou em silêncio por alguns instantes.

O Reitor ficou feliz. Pensou que tal vez agora poderia se livrar desses dois.

A senhora olhou para seu esposo e disse suavemente:

-Tão pouco custa fundar uma universidade? Por que não fundamos a nossa própria universidade?

Seu esposo concordou. 

O rosto do Reitor ficou fechado, confuso e desconcertado.

O Sr. Leland Stanford e sua esposa se levantaram e foram embora para Palo Alto, Califórnia, onde estabeleceram a universidade que leva seu nome, a Universidade Stanford, em memória de seu filho, pelo qual Harvard não se interessou.

A universidade 'Leland Stanford Junior' foi inaugurada em 1891, em Palo Alto. 'Junior' porque é em homenagem ao falecido filho do rico senhor latifundiário. Esse foi seu “memorial”.  Hoje a universidade Stanford é a quarta melhor do mundo, e algumas vezes têm sido a segunda ou a número um do mundo, superando Harvard.

Moral da história:

Que fácil é julgar pelas aparências! Que fácil é equivocar-se ao julgar pelas aparências!

 A/D



A Feiura é a Beleza que sofre de Timidez


A Feiura é a Beleza que sofre de Timidez - Dizer que uma pessoa é feia é o mesmo que dizer que não existe que é um rascunho descartado, um desenho borrado, uma pintura que não aconteceu.

Dizer que uma pessoa é feia é o mesmo que dizer que é inválida, imprestável. Dizer que uma pessoa é feia é o mesmo que dizer que sucumbe como uma morta-viva, que degrada o meio ambiente, que é inconveniente. 

Dizer que uma pessoa é feia é demonstrar o quanto há de fel no coração, o quanto o coração está enegrecido de raiva, preconceito, frustração, o quanto o coração é pior que o pulmão de um fumante inveterado.

Dizer que uma pessoa é feia é ser analfabeto visual, é não possuir uma gotícula de sensibilidade, é ser cego, é estar muito ocupado massageando o próprio ego, é andar de muletas achando que é um corredor profissional. 

Dizer que uma pessoa é feia é afirmar-se ignorante, é ser daltônico sentimental, é não olhar para o próprio desleixo, é não entender nada de beleza, é viver na completa incerteza, é não entender, é atestar a própria incompetência para viver.

A feiura não existe. A feiura é a beleza que sofre de timidez. A feiura é a beleza que não consegue ser ouvida, porque não ousa, permanece calada, buscando ser esquecida.

A feiura é a beleza com crise de identidade, com sentimento de inferioridade. A feiura é o avesso da beleza, o reverso do brilho, da ostentação. A feiura foi inventada para disfarçar a beleza, para que esta pudesse ter sossego, pudesse ir a vários lugares sem despertar a atenção. A feiura é o sossego da beleza.

O problema é que a feiura quis ser independente, ter vida própria, não viver à mercê da beleza, mas sair e encher os pulmões de liberdade. Mas arrependeu-se, porque foi rejeitada. O diferente é rejeitado por quem não o compreende, não o aceita. É a forma de anulá-lo, de extingui-lo. A feiura é a beleza diferente, incompreendida.

A feiura é a beleza perseguida, presa, torturada, queimada numa fogueira, acusada de bruxaria. A feiura é a beleza despreparada, inocente, virgem, pura. A feiura é a beleza que não se mostrou, preferiu permanecer intacta, longe dos carinhos grosseiros de bêbados, longe do apetite sensual de sóbrios.

A feiura é a beleza aquecida numa crisálida, é uma rosa cálida, faminta da seiva do amor. A feiura é o teste supremo do amor. A feiura é a beleza que escorregou numa poça. A feiura é o teste supremo da beleza.

A feiura é o medo que a beleza tem de despertar de manhã e chocar os outros, não a si mesma.  A feiura é a jornada que a beleza realiza por um caminho árido, em busca do autoconhecimento. A feiura é a válvula de escape para viver para si, não para os outros.

A feiura é uma máscara carnavalesca, refúgio em busca da alegria. A feiura duela com a beleza, esquecendo-se que duela consigo mesma. A feiura inexiste, não passa de um conceito inventado por quem não tinha imaginação. Ou tinha em demasia.

Como compreender o chamado padrão de beleza? A feiura não existe, mas o padrão de beleza é horrendo. É artificial. Mulheres esqueléticas, caveiras com longos cabelos esfiapados, desfilam por passarelas, corredores injustos, ditando como todas as demais devem ser e se vestir. 

E todas as demais devem ser magérrimas, ossos envoltos em vestidos de cetim, com pele esticada de avelã, sem qualquer indício de rugas ou gorduras, com olhares esguios e sorrisos de maçãs murchas. A beleza artificial não se alimenta. O alimento é seu maior inimigo. A fome, sua maior companheira, sua maior confidente.

A mulher é bela em todas as ocasiões. Não importa se não tenha certos atributos físicos, somente o fato de ser mulher, de poder dar à luz, de amamentar, de sorrir sorrisos de marfim, de ser leal, dinâmica, forte, segura, a tornam bela. Há mulheres que parecem ter sido esculpidas à mão por um gênio, mas destilam veneno e de nada vale a face de pétala.

 Há mulheres rústicas na forma, porém, sublimes no trato. Estas, cativam pela voz e cavam a beleza represada na alma, afugentando a feiura, porque sabem que não existe, não passa de uma timidez latente que teima em permanecer.

A beleza está nos corpos levemente roliços, nos cabelos de florestas, nas faces operárias, nas faces lavradoras, onde o suor hidrata e as rugas enfileiram-se, sulcos formados por arados, preparando as plantações vindouras, por máquinas, preparando a produção seguinte. A beleza está no corpo natural, sem implantes, cortes, toques e retoques. 

A beleza está na pele de riacho cristalino, na música de um violino, nas mãos tenras de emoção. A beleza existe. A beleza é a feiura que teve coragem de aparecer e mostrar-se, de sair do caixote e lutar contra gigantes, como Dom Quixote. A beleza é a coragem, enquanto a feiura é a fuga.

Dizer que uma pessoa é bela é dizer que é especial, única. Dizer que uma pessoa é bela é assumir a própria beleza, é despojar-se da hipocrisia, da vaidade, do sofrimento. Dizer que uma pessoa é bela é ser o espelho pelo qual ela verá seu reflexo. 

Dizer que uma pessoa é bela é alimentá-la com o alimento da alma, é fazê-la sorrir numa chuva de nuvens, é fazê-la flutuar pelos ares, é enchê-la de satisfação, é ler aquilo que está em seu coração, entalhado em ouro. 

Dizer que uma pessoa é bela, é dizer que não é tímida, que venceu a si mesma, que retirou o casaco da feiura e o lançou num precipício, que se libertou do vício da auto piedade, que aceitou a idade. Dizer que uma pessoa é bela é dizer que existe que é uma obra-prima que existe para ser feliz. Dizer que uma pessoa é bela é dizer que a ama.

 Elson Teixeira Cardoso

A Eternidade


 

A Eternidade - "De novo me invade. Quem? - A Eternidade. É o mar que se vai como o sol que cai. Alma sentinela, ensina-me o jogo da noite que gela e do dia em fogo. Das lides humanas, das palmas e vaias, já te desenganas e no ar te espraias.

De outra nenhuma, brasas de cetim, o dever se esfuma sem dizer: enfim. Lá não há esperança e não há futuro. Ciência e paciência, suplício seguro.

De novo me invade. Quem? - A Eternidade. É o mar que se vai com o sol que cai."

(Arthur Rimbaud) 

Eternidade é um conceito filosófico que se refere, no sentido comum, a inexistência do tempo, logo sendo algo infinito. No sentido filosófico, refere-se a algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto o transcende.

Nesse sentido, eterno é algo sem começo e nem fim. Como o conceito de ouroboros ou oroboro que é o início que morde o próprio fim, representado por uma cobra ou dragão que morde a própria cauda. Outro exemplo clássico do ser eterno é o Deus judaico-cristão.

A palavra 'eternidade' vem do latim aeturnus, termo que, por sua vez, é uma derivação de aevum, que significa 'era' ou 'tempo'. O termo costuma ser entendido em dois sentidos.

No sentido comum, significa ‘sempiternidade’ (do latim sempiternus, a, um: 'perpétuo, eterno, imortal'), isto é, duração ou tempo infinito. Já no sentido mais usual entre os filósofos, corresponde a atemporalidade, ou seja, a algo que não pode ser medido pelo tempo, pois o transcende.