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domingo, março 31, 2024

Evidência Arqueológica de Crucificação


 

Embora o antigo historiador Josefo (e também outras fontes) tenha(m) registrado a crucificação de milhares de pessoas pelos romanos, há somente uma única descoberta arqueológica de um corpo crucificado datado por volta do período de vida de Jesus.

Ela foi descoberta em Giv'at ha-Mivtar, Jerusalém, em 1968. Não é necessariamente surpresa haver somente uma descoberta como essa, porque o corpo crucificado era normalmente deixado para apodrecer na cruz e logo não seria preservado.

A única razão destes restos arqueológicos terem sido preservados foi porque membros da família deste indivíduo em particular deram-lhe um enterro tradicional. Os restos foram encontrados acidentalmente em um ossuário com o nome do homem crucificado, "Jehohanan, o filho de Hagakol". 

Nicu Hass, um antropólogo na Universidade Hebraica de Medicina de Jerusalém, examinou a ossada e descobriu que ela possuía um osso do calcanhar com um prego na sua lateral, indicando que o homem fora crucificado.

A posição do prego em relação ao osso indica que os pés foram pregados pela lateral e não pela frente; várias hipóteses foram cogitadas sobre se os pregos eles tivessem sido fixados juntos na frente da cruz, ou um no lado direito e outro do lado esquerdo.

A ponta do prego possuía fragmentos de madeira de oliveira indicando que ele fora crucificado em uma cruz de desse tipo de madeira em uma oliveira de fato. Uma vez que oliveiras não são muito altas, isso sugere que o condenado foi crucificado na altura dos olhos.

Adicionalmente, um fragmento de madeira de acácia foi encontrado entre os ossos e a cabeça do prego, possivelmente para impedir o condenado de deslizar seu pé sobre o prego.

Suas pernas foram encontradas quebradas, possivelmente para acelerar sua morte. Achava-se que porque no período romano o ferro era raro, os pregos seriam removidos dos corpos para economizar.

De acordo com Hass, isso poderia explicar porque somente um prego foi encontrado, já que a cabeça do prego em questão fora dobrada de maneira que não poderia ser removido.

Hass também identificou um arranhão na superfície interna do osso rádio do antebraço, próximo do pulso. Ele deduziu pela forma do arranhão, como também pelos ossos do pulso intactos, que o prego fora fixado no antebraço naquela posição.

Contudo, muito das descobertas de Hass foram questionadas. Por exemplo, posteriormente foi descoberto que os arranhões na região do pulso eram não traumáticos – e, portanto, não uma evidência de crucificação – enquanto um novo exame no osso do calcanhar revelou que os dois calcanhares não foram pregados juntos, mas sim separadamente à cada lateral da viga vertical da cruz.


 Crucificação de São Pedro por Caravaggio

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