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sexta-feira, junho 09, 2023

Euclides da Cunha - A Vítima da Tragédia da Piedade




Euclides da Cunha - A Vítima da Tragédia da Piedade - Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo – RJ no dia 20 de janeiro de 1866 e foi um escritor e jornalista.

Tendo sido mais tarde vítima de uma tragédia familiar provocada pela traição de sua esposa com Dilermando de Assis que era militar e 17 anos mais novo que ela.

Euclides da Cunha estudou na Escola Politécnica e na Escola Militar da Praia Vermelha, tornando-se brevemente um militar. Ingressou no jornal A Província de São Paulo - hoje O Estado de S. Paulo - enquanto recebia título de bacharel e primeiro-tenente.

Em 1897, tornou-se jornalista correspondente de guerra e cobriu alguns dos principais acontecimentos da Guerra de Canudos, conflito dos sertanejos da Bahia liderados pelo religioso Antônio Conselheiro contra o Exército Brasileiro.

Os escritos de sua experiência em canudos renderam-lhe a publicação de Os Sertões, considerado uma obra notável do movimento pré-modernismo que, além de narrar a guerra, relata a vida e sociedade de um povo negligenciado e esquecido pela metrópole.

Reconhecido por seu trabalho, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903. Viajou para a região norte do Brasil em uma campanha de demarcação de suas fronteiras, a qual chefiou.

Lá, escreveu obras de denúncia e, ao voltar para o Rio de Janeiro, trabalhou no gabinete do Barão de Rio Branco. 

Seu casamento com Ana Emília Ribeiro foi marcado pela infidelidade de sua esposa, que teve dois filhos fora do casamento, frutos de seu caso extraconjugal com o militar Dilermando de Assis.

Ao saber do caso, Euclides tentou assassinar o amante de sua esposa, contudo foi morto por este em 15 de agosto de 1909, no que ficou conhecido como "Tragédia da Piedade".

Sua obra continua relevante no âmbito nacional e é estudada no mundo acadêmico. Cidades fortemente ligadas à sua vida comemoram a Semana Euclidiana, em razão de Os Sertões.

A obra é reconhecida por seu regionalismo e neologismo, típicos do período pré-modernista e influentes nas origens do modernismo. No centenário de sua morte foi realizado em sua cidade natal uma série de exposições do Projeto 100 Anos Sem Euclides.

A esposa de Euclides, conhecida como Anna de Assis, tornou-se amante de um jovem cadete 17 anos mais novo do que ela, Dilermando de Assis. Ainda casada com Euclides, teve dois filhos de Dilermando. Um deles morreu ainda bebê.

O outro filho era chamado por Euclides de "a espiga de milho no meio do cafezal", por ser o único louro numa família de morenos. Aparentemente, Euclides aceitou como seu esse menino.

A traição de Anna desencadeou uma tragédia em 1909, quando Euclides entrou armado na casa de Dilermando dizendo-se disposto a matar ou morrer. 

Dilermando reagiu e matou Euclides, mas foi absolvido pela justiça militar. Até hoje discute-se o episódio. Dilermando mais tarde casou-se com Anna. O casamento durou 15 anos

O corpo de Euclides foi velado na ABL. O médico e escritor Afrânio Peixoto, que assinou o atestado de óbito, mais tarde ocuparia sua cadeira na Academia

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