Euclides da Cunha - A
Vítima da Tragédia da Piedade - Euclides Rodrigues Pimenta da
Cunha nasceu em Cantagalo – RJ no dia 20 de janeiro de 1866 e foi um
escritor e jornalista.
Tendo sido mais tarde
vítima de uma tragédia familiar provocada pela traição de sua esposa com
Dilermando de Assis que era militar e 17 anos mais novo que ela.
Euclides da Cunha estudou
na Escola Politécnica e na Escola Militar da Praia Vermelha, tornando-se
brevemente um militar. Ingressou no jornal A Província de São Paulo -
hoje O Estado de S. Paulo - enquanto recebia título de
bacharel e primeiro-tenente.
Em 1897, tornou-se
jornalista correspondente de guerra e cobriu alguns dos principais
acontecimentos da Guerra de Canudos, conflito dos sertanejos da Bahia liderados
pelo religioso Antônio Conselheiro contra o Exército Brasileiro.
Os escritos de sua
experiência em canudos renderam-lhe a publicação de Os Sertões,
considerado uma obra notável do movimento pré-modernismo que, além de
narrar a guerra, relata a vida e sociedade de um povo negligenciado e esquecido
pela metrópole.
Reconhecido por seu
trabalho, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903. Viajou
para a região norte do Brasil em uma campanha de demarcação de suas fronteiras,
a qual chefiou.
Lá, escreveu obras de
denúncia e, ao voltar para o Rio de Janeiro, trabalhou no gabinete do Barão de
Rio Branco.
Seu casamento com Ana
Emília Ribeiro foi marcado pela infidelidade de sua esposa, que teve dois
filhos fora do casamento, frutos de seu caso extraconjugal com o militar
Dilermando de Assis.
Ao saber do caso, Euclides
tentou assassinar o amante de sua esposa, contudo foi morto por este em 15 de
agosto de 1909, no que ficou conhecido como "Tragédia da Piedade".
Sua obra continua relevante
no âmbito nacional e é estudada no mundo acadêmico. Cidades fortemente ligadas
à sua vida comemoram a Semana Euclidiana, em razão de Os Sertões.
A obra é reconhecida por
seu regionalismo e neologismo, típicos do período pré-modernista e influentes
nas origens do modernismo. No centenário de sua morte foi realizado em sua
cidade natal uma série de exposições do Projeto 100 Anos Sem Euclides.
A esposa de Euclides,
conhecida como Anna de Assis, tornou-se amante de um jovem cadete 17 anos mais
novo do que ela, Dilermando de Assis. Ainda casada com Euclides, teve dois
filhos de Dilermando. Um deles morreu ainda bebê.
O outro filho era chamado
por Euclides de "a espiga de milho no meio do cafezal", por ser o
único louro numa família de morenos. Aparentemente, Euclides aceitou como seu
esse menino.
A traição de Anna
desencadeou uma tragédia em 1909, quando Euclides entrou armado na casa de
Dilermando dizendo-se disposto a matar ou morrer.
Dilermando reagiu e matou
Euclides, mas foi absolvido pela justiça militar. Até hoje discute-se o
episódio. Dilermando mais tarde casou-se com Anna. O casamento durou 15 anos
O corpo de Euclides foi velado
na ABL. O médico e escritor Afrânio Peixoto, que assinou o atestado de óbito,
mais tarde ocuparia sua cadeira na Academia.
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