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sexta-feira, setembro 06, 2024

Roubando o Oscar


 

Atores Injustiçados no Oscar: O Caso de 1994 e Além

O Oscar, embora seja um dos maiores reconhecimentos da indústria cinematográfica, nem sempre premia as atuações mais merecedoras. Ao longo de sua história, decisões controversas geraram debates acalorados, e um exemplo marcante ocorreu na cerimônia de 21 de março de 1994, durante o anúncio do vencedor de Melhor Ator Coadjuvante de 1993.

A competição era acirrada, com uma escalação de peso: Leonardo DiCaprio em Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador, Ralph Fiennes em A Lista de Schindler, John Malkovich em Na Linha de Fogo, Tommy Lee Jones em O Fugitivo e Pete Postlethwaite em Em Nome do Pai.

Cada um desses atores entregou performances memoráveis, mas a vitória de Tommy Lee Jones, embora respeitável, deixou muitos questionando se a Academia fez justiça.

Leonardo DiCaprio, então um jovem de 19 anos, impressionou com sua interpretação de Arnie Grape, um adolescente com deficiência intelectual em Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador. Sua atuação foi marcada por uma autenticidade comovente, capturando as nuances emocionais e físicas do personagem com uma maturidade surpreendente para sua idade.

Era o tipo de performance que anunciava o surgimento de um talento prodigioso, e muitos acreditam que, em outro ano, DiCaprio teria levado o prêmio.

John Malkovich, por sua vez, trouxe uma intensidade diabólica ao seu papel como o assassino Mitch Leary em Na Linha de Fogo, combinando charme e ameaça em uma atuação que mantinha o público à beira do assento.

Pete Postlethwaite, em Em Nome do Pai, ofereceu uma performance cheia de coração e humor, interpretando Giuseppe Conlon com uma humanidade que ressoava profundamente.

Mas, entre todos, Ralph Fiennes se destacou de maneira avassaladora como Amon Göth em A Lista de Schindler. Sua interpretação do cruel comandante nazista foi tão visceral que uma sobrevivente do Holocausto, ao vê-lo caracterizado, desabou, impressionada com a semelhança física e emocional com o verdadeiro Göth.

Fiennes conseguiu um feito raro: tornar um vilão desprezível ao mesmo tempo hipnotizante e humano, sem jamais romantizá-lo. Cada gesto, cada olhar, transmitia a frieza e a complexidade de um monstro real, deixando o público com arrepios.

Sua atuação não era apenas tecnicamente perfeita; era uma imersão total, uma performance que desafiava os limites do que significa atuar. No entanto, o Oscar foi para Tommy Lee Jones por seu papel como o obstinado agente Samuel Gerard em O Fugitivo.

Jones entregou uma atuação sólida, carismática e divertida, com falas memoráveis que entraram para a cultura pop, como “Eu não me importo!”. Mas, comparada à profundidade de Fiennes ou à vulnerabilidade de DiCaprio, sua performance parece menos impactante.

No máximo, Jones poderia ser considerado o terceiro colocado, atrás de Fiennes e DiCaprio. A vitória de Jones, embora não desmerecida, reflete uma tendência da Academia de favorecer atuações carismáticas em filmes populares sobre performances mais ousadas ou emocionalmente exigentes.

Outros Atores Injustiçados

O caso de Ralph Fiennes em 1994 não é isolado. Muitos atores e atrizes, ao longo da história do Oscar, foram “impedidos” de receber a estatueta, seja por decisões questionáveis da Academia, seja por nunca terem sido indicados apesar de carreiras brilhantes.

Por exemplo, Glenn Close, uma das atrizes mais respeitadas de sua geração, foi indicada oito vezes (até 2025) sem nunca vencer, com atuações memoráveis em filmes como Atração Fatal (1987) e Ligações Perigosas (1988).

Sua versatilidade e consistência a tornam um exemplo clássico de alguém que merecia reconhecimento maior. Da mesma forma, Amy Adams, com seis indicações até 2025, incluindo por Dúvida (2008) e O Vencedor (2010), continua sem um Oscar, apesar de suas atuações serem frequentemente elogiadas pela crítica.

Outro caso notável é o de Willem Dafoe, que, apesar de quatro indicações, incluindo por Platoon (1986) e A Sombra do Vampiro (2000), nunca venceu, mesmo com uma carreira marcada por papéis intensos e transformadores.

Entre os que nunca foram sequer indicados, destacam-se nomes como Jim Carrey, cuja performance dramática em O Show de Truman (1998) e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004) foi amplamente aclamada, mas ignorada pela Academia, possivelmente por seu histórico em comédias.

Da mesma forma, Donald Sutherland, com uma carreira de décadas e papéis icônicos em filmes como MASH (1970) e Jogos Vorazes (2012-2015), nunca recebeu uma indicação, uma omissão que muitos consideram injusta.

Os Acontecimentos e o Contexto de 1994

A decisão de premiar Tommy Lee Jones em 1994 deve ser entendida no contexto da época. O Fugitivo foi um grande sucesso de bilheteria, um thriller de ação que conquistou o público com sua narrativa acelerada e o carisma de Jones.

A Academia, muitas vezes influenciada por fatores como popularidade e campanhas de estúdio, pode ter visto em Jones uma escolha mais acessível e menos controversa do que Fiennes, cujo papel em A Lista de Schindler lidava com temas pesados do Holocausto.

Além disso, 1994 foi um ano marcado por eventos culturais e políticos que influenciaram o clima da premiação. O impacto de A Lista de Schindler, dirigido por Steven Spielberg, foi monumental, mas a Academia pode ter optado por distribuir os prêmios entre diferentes filmes, premiando O Fugitivo em categorias como Melhor Ator Coadjuvante para equilibrar o reconhecimento.

Fora do cinema, 1994 foi um ano de acontecimentos marcantes que moldaram o zeitgeist. Nos Estados Unidos, o julgamento de O.J. Simpson começava a dominar as manchetes, enquanto globalmente o mundo testemunhava eventos como o genocídio em Ruanda e a eleição de Nelson Mandela na África do Sul.

Esses acontecimentos reforçavam a relevância de filmes como A Lista de Schindler, que abordava temas de justiça, humanidade e memória histórica. A atuação de Fiennes, ao retratar um dos períodos mais sombrios da história, ressoava com essas questões, o que torna sua derrota ainda mais frustrante para muitos.

Por que essas “injustiças” acontecem?

As decisões da Academia são frequentemente influenciadas por fatores além do mérito artístico. Campanhas de estúdio, popularidade do filme, política interna da Academia e até mesmo o “momento” cultural de um ator podem pesar mais do que a qualidade da atuação.

No caso de Fiennes, sua performance era tão intensa e perturbadora que pode ter sido difícil para alguns votantes premiá-la, especialmente em comparação com a acessibilidade de Jones.

Para atores como Close, Adams e outros, a falta de um Oscar muitas vezes reflete a concorrência acirrada em seus anos de indicação ou preconceitos da Academia contra certos gêneros, como comédia ou ficção científica.

Conclusão

A vitória de Tommy Lee Jones em 1994, embora celebrada por muitos, é um exemplo de como o Oscar nem sempre coroa a atuação mais impactante. Ralph Fiennes, com sua performance arrepiante em A Lista de Schindler, foi, para muitos, o verdadeiro merecedor do prêmio, ao lado de um jovem Leonardo DiCaprio, que já demonstrava seu talento excepcional.

A história do Oscar está repleta de casos semelhantes, onde atores como Glenn Close, Amy Adams, Willem Dafoe e outros foram preteridos, seja por decisões questionáveis, seja por nunca terem recebido a indicação que mereciam.

Esses momentos nos lembram que, embora o Oscar seja um símbolo de prestígio, ele não define o valor de uma carreira ou o impacto de uma atuação. O legado de artistas como Fiennes, que continuam a inspirar e emocionar, transcende qualquer estatueta.


quinta-feira, setembro 05, 2024

A Senha Swordfish - John Travolta


 

A Senha: Swordfish - Um Thriller Tecnológico de Ação e Intriga

A Senha: Swordfish (Swordfish, 2001) é um filme norte-americano de suspense e ação, dirigido por Dominic Sena e estrelado por um elenco de peso: John Travolta como Gabriel Shear, Hugh Jackman como Stanley Jobson, Halle Berry como Ginger Knowles e Don Cheadle como o Agente J.T. Roberts.

Lançado no auge do boom dos filmes sobre hackers e ciberespaço, o longa combina ação explosiva, intriga tecnológica e reviravoltas narrativas, explorando o submundo digital e os dilemas éticos de seus personagens.

Enredo

O filme gira em torno de Gabriel Shear (John Travolta), um carismático e perigoso espião que opera à margem da lei. Sua missão é financiar operações antiterroristas para proteger o “estilo de vida americano”, mas seus métodos são controversos.

Para isso, ele planeja roubar US$ 9,5 bilhões em fundos governamentais ilegais, originados de uma operação antidrogas da DEA em 1986. Esses fundos, inicialmente US$ 400 milhões, foram acumulados em uma conta secreta e, com juros, atingiram a cifra bilionária ao longo de 15 anos.

Para executar o roubo, Gabriel precisa de Stanley Jobson (Hugh Jackman), um dos melhores hackers do mundo, que vive uma vida precária após cumprir pena por invasões cibernéticas contra o FBI.

Proibido legalmente de se aproximar de eletrônicos, Stanley mora em um trailer decadente, está sem dinheiro e afastado de sua filha, Holly (Camryn Grimes), cuja guarda perdeu para a ex-mulher, agora casada com um produtor de filmes pornográficos.

A proposta de Gabriel, intermediada pela sedutora Ginger Knowles (Halle Berry), é irrecusável: US$ 100 mil apenas para “conversar” e, caso aceite o trabalho, US$ 10 milhões para invadir os sistemas de segurança mais avançados do mundo.

No entanto, Stanley logo percebe que está preso em uma teia de manipulações. O que parece um simples golpe tecnológico revela-se um jogo de aparências, traições e interesses ocultos.

Gabriel não é quem diz ser, e suas verdadeiras intenções permanecem ambíguas até o final. O filme explora o ciberespaço como um mundo invisível, protegido por firewalls, senhas e sistemas de criptografia, onde segredos governamentais, informações incriminadoras e fortunas estão em jogo.

Detalhes do Enredo e Acontecimentos

Swordfish começa com uma cena icônica em que Gabriel Shear, em um monólogo direto ao espectador, reflete sobre a qualidade dos filmes de Hollywood, estabelecendo seu caráter cínico e carismático.

A narrativa então retrocede para mostrar como Stanley é recrutado. A oferta de Ginger vem acompanhada de uma demonstração de poder: Gabriel força Stanley a hackear um sistema do Departamento de Defesa em 60 segundos, sob a mira de uma arma, em uma das cenas mais memoráveis do filme.

O plano de Gabriel envolve invadir um banco utilizando um “worm” (programa malicioso) criado por Stanley, capaz de desviar os fundos para contas offshore. No entanto, o roubo é apenas a ponta do iceberg.

Conforme a trama avança, reviravoltas revelam que Gabriel pode estar trabalhando para uma organização secreta, e sua luta contra o terrorismo global mistura patriotismo com métodos criminosos.

O filme culmina em sequências de ação intensas, incluindo explosões, tiroteios e uma perseguição de tirar o fôlego envolvendo um ônibus suspenso por um helicóptero - uma das cenas mais exageradas e criticadas do longa.

Além disso, a relação entre Stanley e sua filha Holly adiciona uma camada emocional à história. Sua motivação para aceitar o trabalho é recuperar a guarda da filha, mas ele precisa navegar pelas manipulações de Gabriel e Ginger, além de enfrentar o Agente J.T. Roberts (Don Cheadle), que está em sua cola para impedir o roubo.

Contexto de Produção

Lançado em 2001, Swordfish reflete o fascínio da época pelo universo dos hackers, impulsionado por filmes como Matrix (1999) e Hackers (1995). A internet ainda era vista como um território misterioso, e o filme capitaliza essa percepção, retratando o ciberespaço como um campo de batalha invisível.

A direção de Dominic Sena, conhecido por 60 Segundos (2000), prioriza o estilo visual, com cenas de ação estilizadas e uma trilha sonora pulsante, mas a trama foi criticada por sacrificar lógica em favor do espetáculo.

O filme também gerou controvérsia por uma cena em que Halle Berry aparece topless, algo que a atriz revelou ter recebido um bônus para filmar, levantando debates sobre objetificação em Hollywood. John Travolta, no auge de sua carreira pós-Pulp Fiction, entrega uma performance carismática como o vilão ambíguo, enquanto Hugh Jackman, ainda no início de sua ascensão (antes de X-Men consolidá-lo), mostra versatilidade como o hacker vulnerável.

Recepção Crítica

Swordfish recebeu críticas mistas, com uma aprovação de apenas 23% no Rotten Tomatoes, baseada em 136 resenhas. O consenso do site aponta que o filme “é grande em explosões, mas fraco em enredo e lógica”, destacando que as cenas de hackers digitando em computadores não são visualmente empolgantes.

A audiência, no entanto, foi mais receptiva, com 61% de aprovação, provavelmente atraída pelas sequências de ação e pelo carisma do elenco. Os críticos elogiaram o ritmo acelerado e a química entre os atores, mas criticaram os furos no roteiro, como a falta de clareza sobre as motivações de Gabriel e a implausibilidade de algumas reviravoltas.

O filme também foi acusado de glorificar a cultura hacker de forma superficial, sem explorar a complexidade técnica do ciberespaço. Apesar disso, Swordfish conquistou um status de “clássico cult” para fãs de thrillers de ação dos anos 2000.

Impacto e Legado

Embora não tenha sido um grande sucesso de bilheteria, arrecadando cerca de US$ 147 milhões mundialmente contra um orçamento de US$ 102 milhões, Swordfish marcou época por sua estética e por abordar temas como vigilância digital e ética na tecnologia, que continuam relevantes.

O filme também ajudou a consolidar Hugh Jackman como uma estrela em ascensão e destacou Halle Berry em um papel de destaque, pouco antes de sua vitória no Oscar por Monster’s Ball (2001).

Conclusão

A Senha: Swordfish é um thriller tecnológico que combina ação explosiva, intriga digital e um elenco estelar, mas peca por sua narrativa inconsistente e excessos estilísticos. Ainda assim, sua abordagem do ciberespaço como um mundo de segredos e perigos ressoa em uma era de crescente dependência tecnológica.

Para os fãs de ação e suspense, o filme oferece entretenimento puro, impulsionado pelo carisma de John Travolta e pela vulnerabilidade de Hugh Jackman, mas deixa a desejar para quem busca profundidade ou realismo.

sábado, agosto 31, 2024

Gloria, a Mulher - Um Filme de Drama


 

Gloria, a Mulher - Um Filme de Drama e Suspense

Gloria, a Mulher (título original: Gloria) é um filme norte-americano de 1999, dos gêneros drama, suspense e crime, com duração de 108 minutos. Dirigido pelo renomado Sidney Lumet, o longa é uma refilmagem do clássico de 1980 de John Cassavetes.

O elenco principal é composto por Sharon Stone (Gloria Swenson), Jeremy Northam (Kevin), George C. Scott (Ruby), Jean-Luke Figueroa (Nicky), Mike Starr (Sean) e Sarita Choudhury (Ângela), com participações de Bonnie Bedelia e Cathy Moriarty.

Apesar da direção competente e do elenco estelar, o filme não alcançou o mesmo impacto da obra original, recebendo críticas mistas e desempenho fraco nas bilheterias.

Enredo

Gloria Swenson é uma mulher experiente nas ruas de Nova York, acostumada a viver de pequenos golpes e imersa no submundo do crime como ex-namorada de Kevin, um gângster.

Após cumprir três anos de prisão para proteger Kevin, ela retorna à cidade em busca da recompensa prometida, mas é recebida com desprezo e traição. Em meio a esse confronto, Gloria se depara com Nicky, um menino de sete anos cuja família foi brutalmente assassinada pela máfia por ordem de Kevin.

O motivo? O pai de Nicky, contador da organização, criou um disquete contendo informações comprometedoras sobre as atividades criminosas da gangue.

Relutante no início, Gloria decide proteger Nicky, que carrega o disquete, tornando-se alvo tanto da máfia quanto da polícia, que a considera suspeita de sequestro.

A dupla foge pelas ruas de Nova York, enfrentando perseguições, tiroteios e momentos de tensão. Apesar de sua fachada durona e da declaração inicial de que “não gosta de crianças”, Gloria desenvolve uma relação complexa com Nicky, marcada por afeto, cumplicidade e conflitos.

O menino, órfão e precoce, desafia Gloria com sua inteligência e teimosia, enquanto ela arrisca tudo para mantê-lo vivo. Ao longo da jornada, Gloria enfrenta dilemas morais: entregar o disquete à máfia para salvar a própria pele ou continuar protegendo Nicky, mesmo sabendo que ele pode ser uma ameaça constante devido ao que sabe.

Em um desfecho emocionante, Gloria deixa Nicky em uma instituição religiosa que cuida de crianças órfãs, planejando partir sem se despedir. No entanto, incapaz de abandonar o menino com quem criou um vínculo, ela retorna, leva-o consigo e decide assumir sua proteção, sugerindo um novo começo para ambos.

Contexto e Produção

Gloria, a Mulher é uma reimaginação do filme Gloria (1980), escrito e dirigido por John Cassavetes, que conquistou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e uma indicação ao Oscar para Gena Rowlands, intérprete da protagonista.

A versão de 1999, com roteiro de Steve Antin, buscava modernizar a história, mas enfrentou desafios para replicar a intensidade emocional e o estilo cru do original. Sidney Lumet, conhecido por clássicos como Um Dia de Cão (1975) e Rede de Intrigas (1976), trouxe sua experiência em retratar a Nova York urbana e personagens complexos, mas o filme foi criticado por carecer da autenticidade e da química entre os protagonistas que marcaram a obra de Cassavetes.

A escolha de Sharon Stone para o papel principal veio após seu sucesso em filmes como Instinto Selvagem (1992), mas sua interpretação foi alvo de críticas, com muitos apontando que ela não alcançou a profundidade de Gena Rowlands. Jean-Luke Figueroa, com apenas seis anos, enfrentou um papel desafiador como Nicky, mas sua atuação foi considerada irregular, em parte devido à inexperiência.

George C. Scott, em seu último papel no cinema, trouxe peso à figura do chefe da máfia, mas seu tempo de tela foi limitado. A produção, iniciada em setembro de 1997, teve um orçamento de US$ 30 milhões, mas arrecadou apenas US$ 4,9 milhões mundialmente, sendo um fracasso comercial.

Temas e Relevância

O filme explora temas como redenção, maternidade não convencional e o peso das escolhas morais em um mundo violento. Gloria, inicialmente movida por interesses próprios, encontra em Nicky uma chance de reparar seu passado e descobrir uma faceta mais humana.

A relação entre os dois, marcada por atritos e momentos de ternura, reflete a ideia de que laços familiares podem surgir em circunstâncias improváveis. O longa também retrata a Nova York dos anos 1990 como um cenário de contrastes, com sua energia vibrante e perigos à espreita, embora alguns críticos tenham notado que o filme carece do senso de lugar tão marcante no original.

Apesar de suas falhas, Gloria, a Mulher oferece momentos de suspense eficazes, como perseguições de carro e confrontos com a máfia, além de uma trilha sonora envolvente composta por Howard Shore.

A atuação de Sharon Stone, embora criticada, tem defensores que destacam sua entrega em cenas de ação e nos momentos de vulnerabilidade. Lawrence Van Gelder, do The New York Times, elogiou o filme como “mais suave, engraçado e suspenseful” que o original, considerando a performance de Stone um destaque.

Recepção e Legado

No agregador de críticas Rotten Tomatoes, Gloria, a Mulher tem apenas 14% de aprovação com base em 29 resenhas, com uma nota média de 4,2/10, refletindo a percepção de que o filme não honrou o legado de Cassavetes.

Críticos como Owen Gleiberman (Entertainment Weekly) e Peter Travers (Rolling Stone) classificaram-no como uma “má ideia” e um dos piores filmes de 1999, destacando a falta de conexão emocional entre Stone e Figueroa.

Stephen Hunter (The Washington Post) criticou a atuação de Stone, comparando-a desfavoravelmente a “velociraptors animatrônicos”. Por outro lado, alguns espectadores apreciaram o filme como entretenimento leve, valorizando as sequências de ação e a tentativa de atualizar a história.

O filme também rendeu a Sharon Stone uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz, refletindo o tom negativo da recepção. Comparado ao original, que mantém 91% de aprovação no Rotten Tomatoes e é elogiado pela direção visceral de Cassavetes e pela atuação icônica de Rowlands, a refilmagem de 1999 ficou à sombra de seu antecessor.

Curiosidades e Acontecimentos

Inspiração e Remakes: A história de Gloria influenciou outros filmes, como Léon: O Profissional (1994), de Luc Besson, e Julia (2008), de Erick Zonca. Após 1999, novas tentativas de remake surgiram, incluindo um projeto de Paul Schrader com Lindsay Lohan em 2013, que não se concretizou, e Proud Mary (2018), com Taraji P. Henson, uma adaptação mais livre.

Mudanças na Direção: Scott Kalvert foi inicialmente escalado para dirigir, mas abandonou o projeto, sendo substituído por Lumet em julho de 1997.

Contexto Histórico: O filme reflete a Nova York do final dos anos 1990, uma cidade em transição após décadas de alta criminalidade. A máfia, embora ainda presente, estava em declínio devido à repressão policial, o que dá ao enredo um tom nostálgico dos clássicos de gângsteres.

Participação de George C. Scott: Sua atuação como Ruby, o chefe da máfia, foi seu último trabalho no cinema antes de sua morte em 1999, marcando o fim de uma carreira lendária.

Conclusão

Gloria, a Mulher é um filme que, apesar de suas ambições e do talento envolvido, não conseguiu recapturar a magia do original de 1980. A direção de Sidney Lumet e o carisma de Sharon Stone oferecem momentos de entretenimento, mas a falta de profundidade emocional e a química limitada entre os protagonistas impediram que o longa se destacasse.

Ainda assim, a história de Gloria e Nicky ressoa como um conto de redenção e coragem, ecoando questões universais sobre sacrifício e conexão humana. Para fãs de suspense e drama, o filme pode ser uma curiosidade interessante, especialmente quando visto em contraste com a obra-prima de Cassavetes.

terça-feira, agosto 13, 2024

Voo Noturno - Filme de Suspense



 

Voo Noturno: Um Suspense Eletrizante de Wes Craven

Voo Noturno (Red Eye, no original) é um thriller psicológico estadunidense lançado em 2005, dirigido pelo renomado Wes Craven, conhecido por clássicos do suspense e terror como A Hora do Pesadelo e Pânico.

O filme conta com atuações marcantes de Rachel McAdams e Cillian Murphy, que entregam performances intensas e cativantes, sustentando a tensão do enredo.

A trilha sonora, composta por Marco Beltrami, complementa a atmosfera de suspense com sua abordagem minimalista e impactante. Com um orçamento estimado em US$ 26 milhões, o filme se destacou tanto pela crítica quanto pelo sucesso comercial, consolidando-se como um suspense econômico e eficaz.

Enredo

O filme acompanha Lisa Reisert (Rachel McAdams), uma gerente de hotel em Miami, que se vê envolvida em uma trama terrorista durante um voo noturno de Dallas para sua cidade natal.

Após o funeral de sua avó, Lisa conhece Jackson Rippner (Cillian Murphy) no check-in do aeroporto. O encontro, inicialmente casual, ocorre enquanto ambos aguardam o embarque, atrasado devido a uma tempestade.

No bar do aeroporto, a conversa entre os dois flui de maneira natural, com um toque de charme e mistério, o que faz Lisa baixar a guarda. Ao embarcarem, Lisa descobre que Jackson está sentado ao seu lado.

Após a decolagem, ele revela sua verdadeira identidade: um terrorista que trabalha para uma organização que planeja assassinar Charles Keefe, o Secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, e sua família, hospedados no Lux Atlantic Hotel, onde Lisa trabalha.

O plano envolve o uso de um lançador de mísseis portátil disparado de um barco próximo ao hotel, e Lisa é peça-chave para garantir seu sucesso. Rippner a chantageia, exigindo que ela faça uma ligação telefônica para mudar a suíte da família Keefe para uma posição vulnerável, sob a ameaça de mandar um assassino matar seu pai, Joe (Brian Cox), em Miami.

Desesperada, Lisa tenta encontrar formas de frustrar o plano sem colocar seu pai em perigo. Durante o voo, ela faz duas tentativas de alertar outros passageiros.

Primeiro, escreve um aviso em um livro que entrega a uma passageira, mas Jackson a descobre e a deixa inconsciente com uma cabeçada. Na segunda tentativa, Lisa escreve uma mensagem com sabão no espelho do banheiro do avião, mas é novamente surpreendida por Rippner, que a confronta e descobre uma cicatriz em seu peito.

Ele questiona a origem da marca, e Lisa, em um momento de vulnerabilidade, implora pela vida de seu pai. Jackson, frio e calculista, mantém a pressão psicológica, garantindo que o assassino só agirá sob suas ordens, comparando-o a "um bom cão que responde à voz do mestre".

Após várias tentativas frustradas, Lisa finalmente faz a ligação para o hotel, orientando sua colega Cynthia (Jayma Mays) a mudar a suíte da família Keefe.

No entanto, assim que o avião pousa, Lisa revela a Jackson que a cicatriz é resultado de um estupro violento sofrido dois anos antes, um trauma que a transformou e a motivou a nunca mais se permitir ser vítima.

Em um ato de coragem, ela apunhala Jackson na garganta com uma caneta, rouba seu celular e foge do avião. Fora do terminal, Lisa rouba um carro e tenta avisar o hotel sobre o atentado iminente.

Com a bateria do celular fraca, ela consegue contato com Cynthia, que aciona o alarme de incêndio, evacuando o hotel e alertando Keefe e sua família. Segundos antes do míssil Javelin atingir o prédio, Cynthia, Keefe e os agentes do Serviço Secreto conseguem escapar ilesos.

Enquanto isso, Lisa corre para a casa de seu pai e, ao encontrar o assassino enviado por Rippner, o atropela, matando-o. Ao entrar em casa, Lisa descobre que seu pai está vivo, mas a tensão não termina.

Rippner, que sobreviveu ao ferimento, invade a casa e ataca Joe. Uma perseguição intensa se desenrola, com Lisa sendo jogada escada abaixo. No clímax, ela encontra a arma do assassino morto e ameaça Rippner.

Ele tenta desarmá-la, mas Joe intervém, atirando em Rippner e matando-o. A polícia chega logo após, encerrando a ameaça. No desfecho, no Lux Atlantic Hotel, Keefe e o Serviço Secreto agradecem a Lisa e Cynthia por sua coragem, que salvou a vida do político e de sua família.

O filme termina destacando a resiliência de Lisa, que supera seu trauma para derrotar o vilão e proteger aqueles que ama.

Contexto e Curiosidades

Voo Noturno foi lançado em um período em que o terrorismo era um tema sensível nos Estados Unidos, poucos anos após os ataques de 11 de setembro de 2001. O filme utiliza o ambiente claustrofóbico de um avião para amplificar a tensão, um recurso que ressoa com os medos da época.

Wes Craven, conhecido por explorar o terror psicológico, optou por um thriller mais contido, focando na dinâmica entre os dois protagonistas em vez de cenas de ação exageradas.

Uma curiosidade interessante é que o título original, Red Eye (olho vermelho), refere-se aos voos noturnos que, devido ao cansaço, frequentemente deixam os passageiros com olhos irritados.

O termo também pode ser interpretado como uma metáfora para a vigilância constante de Rippner sobre Lisa, reforçando o jogo de gato e rato. Cillian Murphy, que na época ainda não era tão conhecido, entregou uma performance que marcou sua ascensão como um dos atores mais versáteis de sua geração.

Rachel McAdams, por sua vez, estava em um momento de ascensão meteórica, com Voo Noturno sendo lançado no mesmo ano que Penetras Bons de Bico e pouco após Diário de uma Paixão.

A química entre os dois atores é um dos pontos altos do filme, com Murphy equilibrando charme e ameaça, e McAdams transmitindo vulnerabilidade e força.

Crítica

Voo Noturno foi bem recebido pela crítica, obtendo 79% de aprovação no Rotten Tomatoes, com base em 186 avaliações, e uma pontuação de 71 no Metacritic, indicando críticas favoráveis.

O consenso no Rotten Tomatoes descreve o filme como "um suspense econômico e estimulante, com atuações sólidas e direção firme de Wes Craven".

Críticos elogiaram a capacidade de Craven de criar tensão em um espaço confinado e a habilidade dos atores em sustentar a narrativa. Roger Ebert, em sua crítica, destacou a performance de Rachel McAdams, afirmando que ela "mantém o desempenho no nível do solo, permanecendo plausível mesmo quando a ação se intensifica".

Ele também elogiou Cillian Murphy por "modular seu personagem com sutileza, evitando exageros", e destacou que a dupla é "muito eficaz em conjunto".

Outros críticos notaram que o filme, embora simples em sua premissa, utiliza o espaço limitado do avião de forma brilhante, criando uma sensação constante de urgência. Alguns críticos, no entanto, apontaram que a transição do filme do suspense psicológico no avião para a ação mais convencional na casa de Lisa pode parecer abrupta.

Ainda assim, a maioria concordou que o ritmo acelerado e a duração enxuta (85 minutos) tornam Voo Noturno um thriller eficiente.

Bilheteria e Impacto

Voo Noturno foi um sucesso comercial, arrecadando US$ 57,8 milhões nos Estados Unidos e US$ 37,6 milhões internacionalmente, totalizando US$ 95,5 milhões em bilheteria mundial.

Além disso, o filme gerou US$ 49,6 milhões em aluguéis de DVD, provando sua popularidade no mercado doméstico. Com um orçamento de US$ 26 milhões, o filme mais que dobrou seus custos, consolidando-se como um projeto lucrativo para a DreamWorks Pictures.

O sucesso de Voo Noturno também contribuiu para reforçar a carreira de Wes Craven no gênero thriller, mostrando sua versatilidade além do terror puro.

Para Rachel McAdams e Cillian Murphy, o filme foi um marco em suas trajetórias, destacando sua capacidade de liderar um suspense de alto impacto.

Conclusão

Voo Noturno é um exemplo de como um conceito simples pode ser transformado em um thriller envolvente com direção habilidosa e atuações memoráveis.

A história de Lisa Reisert, uma mulher comum forçada a enfrentar um terrorista carismático e implacável, ressoa pela sua intensidade emocional e ritmo acelerado.

Com uma trama que mistura suspense psicológico, ação e um toque de drama pessoal, o filme permanece como um dos trabalhos mais subestimados de Wes Craven e uma vitrine para o talento de seus protagonistas.

Para fãs de thrillers compactos e cheios de tensão, Voo Noturno continua sendo uma escolha imperdível.