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sábado, agosto 31, 2024

Charlton Heston


 

Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, nasceu em Evanston, Illinois no dia 4 de outubro de 1923. Foi um ator e ativista político norte-americano notabilizado no cinema por papéis heroicos em superproduções da era de ouro de Hollywood.

Interpretou Moisés em Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, George Taylor de Planeta dos Macacos, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo e Robert Neville em A Última Esperança da Terra.

Charlton Heston, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto.

Na escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a universidade.

Em 1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e se casou com uma colega de faculdade.

Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra.

Já usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.

Morreu em 5 de abril de 2008 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos do Mal de Alzheimer.

Grandes estrelas de Hollywood como a sua amiga Olivia de Havilland, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, Keith Carradine, dentre outros, compareceram a seu funeral para dar-lhe o último adeus. 

Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos estados Unidos.

Carreira no cinema

Em 1952, o filme O Maior Espetáculo da Terra, superprodução de Cecil B. DeMille ambientada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema.

A partir dali seu porte ereto, sua altura e o perfil musculoso, lhe dariam os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema norte-americano.

Os Dez Mandamentos (filme de 1956), marcou sua imagem como Moisés e a partir dele todos os grandes papéis heroicos e históricos encontraram Heston para representá-los.

Nos anos 50 e 60, ele filmou sucessos como 55 Dias em Pequim, El Cid, Agonia e Êxtase e Bem-Hur (1959), entre outros, recebendo o Oscar de melhor ator pelo último, um dos onze recebidos pelo filme, que se manteve solitariamente como o mais premiado pela Academia em todos os tempos até ser igualado em 1997 por Titanic e em 2003 por O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.

Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade, mostrando sua capacidade de trabalhos mais artísticos em filmes menores.

A virada dos anos 60 para os 70 veria os últimos sucessos de público, e alguns de crítica, de Heston, já então quase um cinquentão e com a imagem ligada aos anos 50, numa época em que a contracultura e uma nova linguagem tomavam conta do cinema, trazendo com ela atores mais jovens para os principais filmes como Warren Beatty, Dustin Hoffman, Robert Redford.

Filmes de ficção cientifica e de grandes desastres, então em moda no cinema, ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: O Planeta dos Macacos (1968), A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974).

A partir daí os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar em papéis coadjuvante/secundários e pequenas aparições.

Sua imensa popularidade nos Estados Unidos, porém não diminuiu, e ele fez diversos papéis nos anos seguintes em filmes para TV e atuou em diversos filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema.

Em 2001, fez sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho macaco pai do vilão do novo filme.

Gloria, a Mulher - Um Filme de Drama


 

Gloria, a Mulher - Um Filme de Drama - Gloria, a Mulher é um filme de drama, suspense dos Estados Unidos de 1999 com duração de 107 minutos, dirigido por Sidney Lumet e tendo como atores principais Sharon Stone, Jeremy Northan, George C. Scott, Jean-Luke Figueroa, Mike Starr, Sarita Choudhury.

Acostumada a viver dos golpes que aplica nas ruas, Glória é namorada de um gângster e acaba se envolvendo no submundo do crime após ser acusada de assassinato.

Ao sair da cadeia, depois de três anos ela descobre que seu ex-namorado está prestes a matar um garoto de sete anos que teve a família assassinada pela máfia e que tem em seu poder um disquete que compromete toda a gangue.

Ela decide fazer o que for possível para proteger o menino. Porém, seus problemas estão apenas começando e ficar com o garoto pode ser pior do que ela imaginava, já que ele guarda um importante livro da máfia

Embora Gloria seja uma mulher durona, durante a fuga, aflora uma relação complicada de afeto, carinho e cumplicidade. Agora ela fará de tudo, até mesmo arriscar sua própria vida para proteger esse garoto órfão.

No final, ela deixa o garoto em uma instituição da igreja que cuida de crianças e sai sem se despedir, mas não resiste e volta e lava o menino e irá cuidar dele.

sexta-feira, agosto 30, 2024

Laborioso

 

O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter, em 1945, como a base de sua teoria da Destruição Criativa.

Segundo Schumpeter, o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalista, que consegue reunir recursos financeiros, organizar as operações internas e realizar as vendas da sua empresa. 

De fato, Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios privado.

Mais tarde, em 1967, com Kenneth E. Knight, e, em 1970, com Peter Drucker, foi introduzida ao empreendedorismo a ideia da necessidade de arriscar em algum negócio para montar uma organização.

Já em 1985, com Gifford Pinchot III, foi introduzido o conceito de intraempreendedor, ou seja, uma pessoa empreendedora, mas que trabalha dentro de uma organização. Para Frank (1967) e Peter Drucker (1970), o empreendedorismo refere-se a assumir riscos.

Schumpeter amplia o conceito, afirmando que "o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologia".

Assim, os empreendedores "não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento." (CHIAVENATO, 2007, p.18).

O empreendedor depende intelectualmente da valoração subjetiva, como aparece em Hunt (2002) quando ele defende que, em virtude da fragmentação nos gostos dos consumidores e em virtude da constante mudança nestes gostos. 

É muito raro ver algumas indústrias com ofertas de fato homogêneas já que a maioria das indústrias sofre com muita fragmentação, o que, por si só, abre as portas para a inovação sob responsabilidade do empreendedor.

A competição como um processo de descoberta (Hayek, 1948) faz com que as empresas aprendam pouco a pouco o que agrada e o que não agrada.

Klein (2008), seguindo a visão de Cantillon-Knight-Mises do empreendedorismo como julgamento, aponta que oportunidades também são subjetivas e existem apenas na mente de quem decide, daí pode-se inferir que a visão de Kirzner (1979) do empreendedor como “alerdemota para oportunidades” é incompleta, nem todas as oportunidades existem para serem descobertas, nas palavras de Bylund (2011):

o empreendedor imagina oportunidades e, dependendo do seu julgamento e do cálculo econômico de preços futuros antecipados, escolhe agir para tentar transformar em realidade o lucro anteriormente imaginado

Para inovar o empreendedor precisa de recursos, estes estão espalhados na economia e podem até mesmo não existir perfeitamente ainda, é também papel do empreendedor agir para alocar todos os recursos necessários de forma a buscar os resultados desejados.

Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. 

Segundo ele, "empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal".

Laborioso - "Se um homem, por amor aos bosques, caminha por eles metade de cada dia, corre o risco de ser visto como um vadio; mas se passa o dia inteiro como especulador, derrubando esses bosques e tornando a terra devastada antes do tempo, é considerado um cidadão laborioso e empreendedor. Como se uma cidade não tivesse interesse algum por uma floresta, a não ser o de derrubá-la!"

Thoreau - Foto: Pixabay

Sumidouro de Kizoer


 

Kızören Sinkhole, também conhecido como Kızören Obruk ou Lago Kızören é um sumidouro que contém um lago cársico perto de Konya, na histórica vilayet de Konya, no centro da Turquia. 

Kızören Obruğu está situado no centro das estepes da Anatólia Central, 65 km a nordeste da cidade de Konya. Em turco, a palavra obruk significa uma depressão vertical ou poço em uma paisagem cárstica que foi formada por carstificação em duas direções.

Para baixo (da superfície para o solo por infiltração através de pequenas fissuras e juntas) e para cima (das cavidades cársticas subterrâneas em direção a superfície por evaporação através de pequenas fissuras e juntas). 

O termo obruk é usado para descrever os raros lagos cársticos encontrados exclusivamente no distrito de Konya, na Turquia. Kızören Obruğu tem 180 m de comprimento, 150 m de largura e até 145 m de profundidade. 

Durante muito tempo acreditou-se que as águas do lago estavam paradas, mas agora sabe-se que a água flui lentamente de um lago para outro, por baixo. Localizada a uma altitude de 1.030 m, Kızören Obruğu é a única fonte de água doce para uso humano nas proximidades.

O Instituto Estadual de Águas (DSI) instalou uma bomba no obruk para fornecer água potável para a comunidade local.

Assentamentos e estruturas

A região de Konya era habitada antes de 7.500 AC. Uma das maiores e mais antigas comunidades neolíticas conhecidas, o assentamento de Catalhoyuk, onde a agricultura foi praticada pela primeira vez.

Está situado a 50 km a sudeste de Konya. Embora apenas parcialmente escavado, o assentamento cobre uma área de 15 acres e apresenta evidências de sofisticado planejamento urbano, arte e edifícios cerimoniais.

A atividade humana ao redor do lago data da época do Império Seljúcida. Sendo a única fonte de água da zona, deu nome ao povoado que se situa nas proximidades do lago: a aldeia de Obruk.

As ruínas de uma pousada, a Obruk Han, estão situadas a 30 m do lago. O caravançarai foi provavelmente construído durante na era bizantina (c.1245–1250 d.C.) e permaneceu em operação sob o domínio otomano. 

As dimensões do edifício são indicativas da importância do local como palco da Rota da Seda. É um sitio Ramsar. O sumidouro continua a atrair turismo nacional e internacional por ser atualmente o maior sumidouro da Turquia.

quinta-feira, agosto 29, 2024

Farkhunda Malikzada


 

Farkhunda Malikzada, comumente referida como Farkhunda, era uma mulher de 27 anos que foi linchada publicamente por uma multidão em Cabul, capital do Afeganistão, em 19 de março de 2015.

Uma grande multidão se formou nas ruas ao seu redor dizendo que ela havia queimado o Alcorão, e por isso, seus acusadores anunciaram que ela deveria ser enviada imediatamente para o inferno.

Farkhunda foi espancada e morta depois de supostamente discutir com um mulá que a acusou falsamente de queimar o Alcorão. Investigações policiais posteriores revelaram que ela não o havia feito. 

Seu assassinato levou a 49 prisões; três homens receberam penas de prisão de vinte anos, outros oito homens receberam penas de 16 anos, um menor recebeu uma pena de dez anos e onze agentes da polícia receberam penas de prisão de um ano por não a terem protegido. 

O seu assassinato e os protestos subsequentes serviram para chamar a atenção para os direitos das mulheres no Afeganistão. Um memorial para ela foi construído em Cabul com o apoio do Partido de Solidariedade do Afeganistão.

Como muitos no Afeganistão, Farkhunda era um muçulmano praticante que usava véu. No momento do ataque, ela tinha acabado de terminar a licenciatura em estudos religiosos e preparava-se para assumir um cargo de professora. Seu nome significa "auspicioso" e "júbilo" em persa.

O Ataque

Farkhunda já havia discutido com o mulá Zainuddin em frente à mesquita Shah-Do Shamshira onde ela trabalhava como professora religiosa, sobre a prática dele de vender amuletos. 

Durante esta discussão, Zainuddin supostamente a acusou de queimar o Alcorão. Ela respondeu: “Eu sou muçulmano e os muçulmanos não queimam o Alcorão!” Centenas de radicais furiosos reuniram-se no santuário ao ouvirem a acusação do mulá. 

A polícia chegou e tentou levar Farkhunda a um prédio da delegacia local a um quilômetro de distância, mas ela recusou, pedindo que uma policial feminina a acompanhasse. A multidão conseguiu arrastar Farkhunda para a rua, onde a derrubaram no chão e começaram a espancá-la e chutá-la. 

Mais policiais chegaram, disparando tiros de advertência para o ar e dispersando temporariamente a multidão. Eles a levaram para a mesquita Shah-Do Shamshira na tentativa de protegê-la. 

À medida que a multidão crescia e rumores de que ela estava trabalhando com americanos começaram a circular, a multidão tentou invadir o santuário. A polícia içou-a até ao telhado do edifício numa tentativa de resgatá-la da multidão, mas Farkhunda, atingida por pedras e tábuas atiradas pela multidão, escorregou subitamente e caiu no meio da multidão.

Arrastaram Farkhunda para a rua e espancou-a e pisoteou-a. Ela foi espancada com paus e pedras fora da mesquita, depois colocada na rua e atropelada por um carro, arrastando seu corpo por quase 100 m. 

A polícia não ofereceu resistência e direcionou o tráfego ao redor do local. A multidão então arrastou seu corpo para a margem próxima do rio Cabul, revezando-se para apedrejá-la e incendiá-la. 

Seu corpo estava encharcado de sangue e não queimava, então a multidão arrancou peças de suas próprias roupas para acender e manter o fogo. Gritaram o Takbir durante o linchamento, inclusive depois de terem certeza de que Farkhunda estava morta. 

Os pais de Farkhunda disseram que o assassinato foi instigado pelo mulá com quem Farkhunda conversava. De acordo com o Tolo News ele a acusou em voz alta de queimar o Alcorão “para salvar seu emprego e sua vida”. 

Uma testemunha ocular disse que a multidão gritava slogans antiamericanos e antidemocráticos enquanto espancava Farkhunda. As pessoas foram vistas em vídeo acusando-a de trabalhar com americanos e de ser funcionária da embaixada francesa. 


Madeleine D'Auvermont

 


Na França, em 1637, uma nobre, Madeleine D'Auvermont, foi julgada por adultério. Ela tinha dado à luz um bebé saudável, o que por si só não era crime, mas estava separada do marido, que estava fora do país, durante quatro anos!

O nascimento do bebé causou um enorme escândalo na época; o marido dela era um nobre rico, e o rapaz iria herdar um hereditamento substancial, bem como um título. A reputação de Madeleine estava em risco, e possivelmente a sua vida também.

No julgamento, a sua defesa foi que ela tinha pensado no seu marido tão vividamente à noite, muitas vezes tendo sonhos de natureza íntima sobre ele; a sua alegação era que ela tinha concebido o seu filho através do poder da imaginação!

A reivindicação foi bastante selvagem, mas ela insistiu que tinha sido fiel ao marido e que a criança era dele. Especialistas nos campos de medicina e teologia foram trazidos para testemunhar no caso.

Depois de muita discussão, todos os especialistas concordaram que era possível conceber desta forma se a sua imaginação fosse muito vívida e ela sonhasse muito. O tribunal declarou a seu favor, e o seu filho foi legitimado e declarou o herdeiro do seu "pai". A reação ao julgamento do marido é desconhecida.

Acredite quem quiser... Nessa época na França já existia um STF nos moldes brasileiro.

Retrato (não de Madeleine) de Lucas Cranach, o Velho.

Fonte: Reconcebendo a Infertilidade: Perspectivas Bíblicas sobre Procriação e Sem Filhos, por Candida R. Moss e Joel S. Baden.

quarta-feira, agosto 28, 2024

Auschwitz I


Auschwitz I - Este era o campo original, que servia como centro administrativo de todo o complexo. A área – que abrigava dezesseis edifícios de um só andar – anteriormente havia servido de alojamento para a artilharia do exército. 

Obergruppenfuhrer: - SS Erich Von dem Bach- Zelewski, líder da polícia da Silésia, procurava um local para a construção de um novo campo, visto que os existentes estavam no limite de sua capacidade. 

Richard Glücks, chefe da Inspetoria dos Campos de Concentração (Inspektion der Konzentrationslager), enviou o ex-chefe do campo de Sachsenhausen, Walter Eisfeld, para avaliar a área. 

Ela foi aprovada, Himmler deu as ordens de construção e Rudolf Höss supervisionou as obras e se tornou seu primeiro comandante, com Josef Kramer como seu subcomandante.

Os residentes no local foram despejados, incluindo 1 200 pessoas que viviam em barracas ao redor dos quartéis, e foi criada uma área vazia de 40 km², que os alemães chamaram de "área de interesse no campo". Trezentos judeus residentes de Oświęcim foram requisitados e trazidos para trabalharem nas fundações. 

Entre 1940 e 1941, 17 mil poloneses e judeus residentes nos distritos ocidentais da cidade, adjacentes ao campo, foram despejados de suas habitações. Também foram ordenadas expulsões nas vilas de Broszkowice, Babice, Brzezinka, Rajsko, Plawy, Harmeze, Bór e Budy. 

A expulsão de civis poloneses cristãos era um passo na direção de estabelecer uma Zona de Exclusão ao redor dos campos, que serviria para isolá-los do mundo exterior e levar adiante o objetivo destinado a eles pela SS. 

Alemães e alemães étnicos nascidos fora do país ocuparam algumas das residências deixadas vazias pelos judeus, transportados para os guetos.

Os primeiros prisioneiros (30 criminosos alemães trazidos de Sachsenhausen) chegaram em maio de 1940. Foram trazidos com a intenção de destiná-los a atuar como funcionários dentro do sistema prisional. 

O primeiro transporte de prisioneiros poloneses para o campo, 728 deles, incluindo 20 judeus, chegou em 14 de junho, vindo da prisão de Tarnów, no sudeste da Polônia. 

Eles foram internados no antigo edifício da Polish Tobacco Monopoly, vizinho à área, até que o campo estivesse pronto. 

A população foi crescendo rapidamente, à medida que o complexo recebia dissidentes, intelectuais e membros da resistência polonesa presos. Em março de 1941, ele tinha 10,9 mil prisioneiros, a maioria dos quais poloneses.

A SS selecionava alguns prisioneiros, geralmente criminosos alemães, como supervisores com privilégios (os chamados kapos) sobre outros internos. 

Apesar de envolvidos em várias atrocidades em Auschwitz, apenas dois deles foram julgados no pós-guerra por seus comportamentos individuais, a maioria sendo considerada como não tendo outra escolha senão agir como agiram. 

As categorias de prisioneiros eram distinguidas por marcas especiais em suas roupas: verde para os criminosos comuns, vermelha para os presos políticos e amarela para os judeus. 

Judeus e prisioneiros soviéticos eram geralmente os tratados da pior maneira. Todos os prisioneiros tinham que trabalhar nas fábricas de armas associadas ao complexo, à exceção dos domingos, reservado para limpeza e banho. 

As duras condições do trabalho, combinadas com a pouca alimentação e falta de higiene, levaram a um crescimento considerável da taxa de mortalidade entre os presos. 

Dos primeiros 10 mil prisioneiros de guerra soviéticos internados, apenas algumas centenas deles sobreviveram aos cinco primeiros meses.

O Bloco 11 de Auschwitz I era considerado "a prisão dentro da prisão", onde aqueles que quebravam as regras tentavam escapar ou eram suspeitos de sabotagem eram punidos.

 Alguns prisioneiros eram obrigados a passar noites seguidas nas "celas verticais", pequenas celas de 1,5 m2, onde quatro deles eram colocados ao mesmo tempo, não tendo outra alternativa que passarem a noite toda em pé, saindo no dia seguinte novamente para os trabalhos forçados nas fábricas. 

No porão do bloco ficavam as "celas da fome", onde os aprisionados ali ficavam sem receber comida ou água até que morressem. 

Lá também ficavam as "celas escuras", que tinham apenas um pequeno espaço na parede para respirar e portas sólidas; os prisioneiros colocados nestas celas permanentemente na escuridão iam gradualmente sufocando a medida que o oxigênio ia rareando dentro delas; às vezes, os guardas da SS acendiam velas para fazer o oxigênio acabar mais depressa.

Muitos dos ali aprisionados eram suspensos com as mãos amarradas para trás por horas ou mesmo dias, o que fazia com que, ao passar do tempo, suas clavículas fossem deslocadas.

Em 3 de setembro de 1941, o subcomandante SS-Hauptstuemfuhrer Karl Fritzsch fez uma primeira experiência bem sucedida com seiscentos prisioneiros de guerra soviéticos e 150 poloneses, trancando-os dentro de um dos porões do bloco 11 e gaseificando-os com Zyklon-B, um pesticida altamente letal à base de cianureto. 

Campo Gulag



Campo Gulag era um sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos, presos políticos e qualquer cidadão em geral que se opusesse ao regime na União Soviética (todavia, a grande maioria era de presos políticos; no campo Gulag de Kengir, em junho de 1954, existiam 650 presos comuns e 5200 presos políticos).

Antes da Revolução, o Gulag chamava-se Katorga, e aplicava exatamente a mesma coisa: pena privativa de liberdade, pena de trabalhos forçados e pena de morte. 

Os bolcheviques continuaram a tradição autocrática-imperial russa em uma escala dezenas de vezes maior e em condições muito piores, nas quais até o canibalismo existiu. 

A criminalização da dissidência política era regra tanto na antiga União Soviética quanto no Império Russo Czarista (que também criminalizava heresias religiosas). Além de presos políticos, havia presos condenados por vadiagem, furto, roubo, agressão, homicídio e estupro.

Finalmente, a antiga União Soviética passou por guerras internas e externas, assim como o Império Russo, então uma parte desses presidiários eram prisioneiros de guerra.

O sistema funcionou de 25 de abril de 1930 até 1960. 

Foram aprisionadas milhões de pessoas, muitas delas vítimas das perseguições de Stalin, as consideradas "pessoas infames", para a chamada "Pátria Mãe" (a União das Republicas Socialistas Soviéticas), e que deveriam passar por "trabalhos forçados educacionais" e merecerem viver na chamada "Pátria Mãe".

O Gulag tornou-se um símbolo da repressão da ditadura de Stalin. Na verdade, as condições de trabalho nos campos eram bastante penosas e incluíam fome, frio, trabalho intensivo de características próprias da escravatura (por exemplo, horário de trabalho excessivo) e guardiões desumanos. 

Floresceram durante o regime chamados pelos historiadores de stalinista da URSS, estendendo-se a regiões como a Sibéria e a Ucrânia, por exemplo, e destinavam-se, na verdade, a silenciar e torturar opositores ao regime, incluindo entre eles anarquistas, trotskistas e outros marxistas.

A Coreia do Norte, considerada um dos últimos Estados comunistas, ainda mantém disfarçados "campos de trabalhos forçados" muito semelhantes no sentido de tratamento "educacional" e "adoecimento" (pela loucura), muitas vezes chamados também de gulags. 

Norte-coreanos como Shin Dong-hyuk, único prisioneiro nascido num campo de trabalhos forçados do país que conseguiu fugir, tem denunciado violações aos direitos humanos ali praticados.

Número de prisioneiros

O número de presos cresceu gradualmente a partir de 1930 (179.000) para 1934 (510.307), quando cresceu mais rapidamente em 1938 relacionado a expurgos (1.881.570), e, em seguida, diminuiu durante a Segunda Guerra Mundial por causa de recrutamento para o Exército Vermelho (1.179.819 em 1944). 

Em 1945 voltou a crescer até 1950, atingindo um valor máximo (cerca de 2.500.000), que se manteve praticamente constante até 1953. Os fluxos de entrada e saída dos campos era muito substancial, o número total de detentos entre 1929 e 1953 é de cerca de 18 milhões. 

Como parte do mais amplo "trabalho duro", se deve adicionar cerca de 4 milhões de prisioneiros de guerra, e pelo menos 6 milhões de "especiais", ou seja, de camponeses que foram deportados durante a coletivização, para um total de 28.000.000.

O número de mortes ainda está sob investigação, um valor provisório é de 2.749.163. Este número não leva em conta as execuções relacionadas com o sistema judicial (as execuções apenas por razões políticas são de 786.098). Segundo dados soviéticos morreram no gulag 1 053 829 pessoas entre 1934 e 1953, excluindo mortos em colônias de trabalho.

Os campos recebiam também prisioneiros de outras nacionalidades, incluindo cidadãos americanos. Em 1931, a Amtorg Trading Corporation (primeira representação comercial soviética nos estados Unidos) recrutou milhares de trabalhadores americanos, que sofriam as consequências da Grande Depressão, atraindo-os com promessas de boas condições de trabalho. 

Estes trabalhadores, que contribuíram para o desenvolvimento indústria da URSS, eram dispensados quando não mais necessários e poucos conseguiram retornar aos EUA. Muitos, foram enviados aos Gulags, permanecendo detidos ali por anos. 

O telefilme de 1982 Coming Out of the ice (pt. Atrás da Cortina de Gelo), baseado no livro homônimo, dramatiza a vida de Victor Herman, paraquedista estadunidense que passou 18 anos detido na Sibéria por recusar-se a adotar a nacionalidade soviética após bater o recorde de salto em queda livre.

Segundo Werh Nicolas, um historiador francês do Centre National de la Recherche Scientifique, em Paris, no livro "História da Rússia no século XX" nas páginas 318-9 se lê textualmente: "As estimativas do número de presos no Gulag no final dos anos trinta variam entre 3.000.000 (Timasheff, Bergson, Wheatcroft) e de 9 a 10.000.000 (Dallin, Conquest, Avtorkhanov, Rosefielde, Solzhenitsyn).

Os arquivos do Gulag, confirmados pelos dados dos censos de 1937 e 1939, em documentos dos Ministérios da Justiça, do Interior e da Procuradoria Geral, dão um valor de cerca de 2.000.000 prisioneiros em 1940 (cerca de 300.000 em 1932, e de 1.200.000, no início de 1937).

O número acumulado de entradas no Gulag durante os anos 30 tendo em conta a alta rotatividade dos detentos é cerca de 6.000.000 pessoas. 

"No mesmo livro na página 416, lemos: "Como evidenciado pelos arquivos do Gulag, recentemente exumados, nos anos 1945-53 houve um forte aumento no número de prisioneiros nos campos de trabalho Gulag (passando de 1.200. 000 para 2.500.000 entre 1944 e 1953) e o número de deportados "especiais" de 1.700.000 em 1943, para 2.700.000 em 1953.


terça-feira, agosto 27, 2024

Anne Frank - Vítima do Campo de Concentração de Bergen-Belsen

Anne Frank sonhava em ser escritora ou Jornalista


Anne Frank - Vítima do Campo de Concentração de Bergen-Belsen - No dia 14 de junho de 1942, Anne Frank começou a escrever regularmente no seu diário, que havia recebido de presente dois dias antes, ao completar 13 anos. No livro, documentaria o tempo que passou escondido dos nazistas.

"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda."

O diário de Annelies Frank, um caderno de capa quadriculada nas cores vermelho, laranja e cinza, tornou-se um dos símbolos do martírio judeu durante o regime de Hitler. Hoje, está entre os mais conhecidos do mundo e já foi transformado em filme e traduzido para 55 idiomas.

Annelies, chamada pelos pais de Anne, nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, filha do comerciante judeu Otto Frank. Em 1933, após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha, emigrou com a família para Amsterdã, na Holanda.

Ela começou a escrever regularmente no seu diário a partir de 14 de junho de 1942. Em princípio, o tema era a Holanda ocupada pelos nazistas, que tornavam a situação dos judeus cada vez mais insuportável. 

Algumas semanas depois, ela começou a narrar ao diário, que considerava fiel amigo e confidente, o cotidiano no esconderijo, um anexo nos fundos da firma do pai.

Angústia no esconderijo

Junto com os pais e a irmã de Anne, escondiam-se ali mais quatro pessoas do envio certo ao campo de concentração. Foram 25 meses de necessidades e medo de ser descoberto a qualquer momento.

"Sem Deus eu já teria sucumbido. Eu sei que não tenho segurança, tenho medo das celas e do campo de concentração, mas sinto que criei mais coragem e estou nos braços de Deus."

O "mergulho" (como se chamava a passagem de judeus para a existência na ilegalidade) já estava sendo planejada há muito tempo por Otto Frank e alguns dos seus funcionários, Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Krugler e Bep Voskuijl.

Durante dois anos, estas pessoas protegeram e alimentaram a família Frank, os Van Pels e Fritz Pfeffer. A tensão no anexo era enorme. Qualquer pequeno descuido poderia traí-los e levá-los à morte. 

Durante o dia, só se podia andar de cócoras e sussurrar. Durante a noite, todos os cuidados eram necessários para que a vizinhança não suspeitasse que ali havia oito judeus escondidos.

Vida em silêncio absoluto

Surpreendendo pela sua maturidade, apesar dos 14 anos, Anne descreveu seu cotidiano com pormenores: a preocupação diária com a possível falta de comida, em certos momentos mesmo a fome, mas acima de tudo o horror de serem descobertos.

Miep Gies, uma das pessoas que mais ajudou os Frank nesta época, lembra que com frequência visitava os clandestinos, levando notícias e conforto: "Eles não podiam fazer barulho para não serem descobertos, o que significava não puxar a descarga no banheiro, andar descalço, ficar sentado..."

Curiosamente, Anne nunca perdeu a esperança e a alegria de viver. Acreditou sempre que as coisas iriam melhorar e fazia projetos para quando chegasse a liberdade. Sonhava com o retorno à escola e queria tornar-se escritora. 

Com este propósito, em 1944 começou a rescrever o começo do diário, para uma futura publicação. As narrações eram dirigidas a uma amiga fictícia, a quem deu um nome.

"Querida Kitty, imagine que interessante seria se eu escrevesse um romance aqui na casa dos fundos. Pelo título, as pessoas pensariam tratar-se de um caso de detetive. Mas, falando sério, cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero continuar vivendo, mesmo depois da minha morte. "

Ninguém no esconderijo tinha conhecimento desta faceta na vida de Anne, nem sabiam do diário. Mep Gies, que evitou que o caderno caísse nas mãos da Gestapo, entregou o diário, sem lê-lo, ao pai de Anne, o único da família que sobreviveu, e que acabou publicando a obra, intitulada O Diário de Anne Frank.

O próprio pai, grande amigo e confidente de Anne, ficou surpreendido com as narrações. O sonho de tornar-se conhecida acabou se concretizando, só que ela não conseguiu desfrutá-lo. 

No dia 4 de agosto, os "mergulhados" foram presos pela GestapoAnne e a irmã, Margot, morreram de tifo em março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hanôver