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sábado, agosto 10, 2024

Feitos de estrelas

 


Desde programas de televisão até músicas que carregam essa ideia, a teoria de que todos nós somos feitos de estrelas se torna cada vez mais popular.

Em 1980, o astrônomo Carl Sagan narrou uma série televisiva de 13 episódios na qual explicou muitos temas relacionados com a ciência, como a história da Terra, a evolução, e a origem da vida e do sistema solar.

Uma declaração desse astrônomo mexeu com o público. Segundo ele, algumas partes do nosso ser mostram de onde viemos. Ele dizia que “nós somos feitos de matéria estelar”.

Com isso, ele resumiu o fato de que os átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio em nossos corpos, assim como os átomos de todos os outros elementos pesados, foram criados em gerações anteriores de estrelas há mais de 4,5 bilhões de anos.

Como todos os seres humanos e os outros animais – assim como a maioria da matéria na Terra – contêm esses elementos, sim, nós somos literalmente feitos de matéria estelar. Todo o carbono que contém matéria orgânica foi produzido originalmente nas estrelas.

No começo, o universo era feito de hidrogênio e hélio. O carbono foi feito posteriormente, durante bilhões de anos. Quando se esgotava o suprimento de hidrogênio de uma estrela, ela morria em uma explosão violenta, chamada de nova.

A explosão de uma estrela massiva, chamada supernova, pode ser bilhões de vezes mais brilhante que o sol. Essa explosão estelar lança uma grande nuvem de poeira e gás para o espaço.

Uma supernova atinge seu brilho máximo alguns dias depois de ter explodido. Nesse momento, ela pode ofuscar uma galáxia inteira de estrelas. Em seguida, ela brilha intensamente por diversas semanas antes de desaparecer gradualmente de vista.

O material da supernova, eventualmente, se dispersa por todo o espaço interestelar. As estrelas mais velhas são quase exclusivamente constituídas de hidrogênio e hélio. Posteriormente, outras estrelas mandaram oxigênio e outros elementos pesados ao universo.

Assim, segundo os astrônomos, toda a vida na Terra e os átomos em nossos corpos foram criados do resto de estrelas, agora mortas há muito tempo. Elas produzem elementos pesados, e mais tarde ejetam gases para o meio estelar para que eles possam fazer parte de outras estrelas e planetas – e pessoas.

Monte Roraima




O monte Roraima é um monte localizado na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Constitui um tepui, um tipo de monte em formato de mesa bastante característico do planalto das Guianas.

Delimitado por falésias de cerca de 1 000 metros de altura, seu planalto apresenta um ambiente totalmente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés.

Assim, o alto índice pluviométrico promoveu a formação de pseudocarstes e de numerosas cavernas, além do processo de lixiviação do solo. A flora adaptou-se a essas condições climáticas e geológicas com um elevado grau de endemismo, onde encontram-se diversas espécies de plantas carnívoras – que retiram dos insetos capturados os nutrientes que faltam no solo.

A fauna também é marcada por um acentuado endemismo, especialmente entre répteis e anfíbios. Esse ambiente é protegido no território venezuelano pelo Parque Nacional Canaima e no território brasileiro pelo Parque Nacional do Monte Roraima.

Seu ponto culminante eleva-se no extremo sul, no estado venezuelano de Bolivar, a 2.810 metros de altitude. O segundo ponto mais alto, com 2 772 metros, localiza-se ao norte do planalto, em território guianense, próximo ao marco de fronteira entre os três países.

Conhecido pelos ocidentais apenas no século XIX, o monte Roraima foi escalado pela primeira vez em 1884, por uma expedição britânica chefiada por Everard Ferdinand Thum.

Entretanto, apesar das diversas expedições posteriores, sua fauna, flora e geologia permanecem largamente desconhecidas. A história de uma dessas incursões inspirou sir Arthur Conan Doyle a escrever o livro O Mundo Perdido, em 1912. 

Com o desenvolvimento do turismo na região, especialmente a partir da década de 1980, o monte Roraima tornou-se um dos destinos mais populares para os praticantes de trekking, devido ao ambiente singular e às condições relativamente fáceis de acesso e escalada.

O trajeto mais utilizado é feito pelo lado sul da montanha. através de uma passagem natural à beira de um despenhadeiro. A escalada por outros pontos, no entanto, exige bastante técnica, mas permite a abertura de novos acessos.

sexta-feira, agosto 09, 2024

O Ser humano


 

Nessa foto, tirada em 1913 pelo fotógrafo francês Albert Kahn, uma mulher é punida na Mongólia por adultério. A punição consistia em trancar a pessoa em uma caixa de madeira, e deixá-la sofrendo até a morte.

Normalmente a morte ocorria por fome ou desidratação, sendo que pessoas passando pelo local podiam oferecer água ou comida através dos recipientes de madeira que podem ser vistos no chão. Mas isso somente prolongava o sofrimento na maioria das vezes.

O fotógrafo francês não pôde libertar a mulher da caixa porque estaria infringindo o código dos antropologistas, ao interferir com as leis culturais do povo dali.

Sua foto foi primeiro publicada na edição da National Geographic em 1922.

Esse sistema de punição já foi usado em várias partes do mundo, onde as caixas podiam ser feitas tanto de metal quanto de madeira, e podiam ser quase que totalmente vedadas ou não.

É válido também colocar que nem todas as pessoas presas eram condenadas a morrer famintas ou desidratadas, e muitos prisioneiros eram alimentados diariamente dentro das terríveis caixas.

O ser humano é de todas as espécies existentes, é o mais perigoso de todas as formas possíveis.

Ardiloso, violento e muito cruel. Como se consegue causar tamanho sofrimento a outro semelhante e continuar de consciência tranquila e sem nenhum remorso? É inacreditável!

Hipocrisia



"Há momentos em que é preciso escolher entre viver a sua própria vida plenamente, inteiramente, completamente, ou assumir a existência degradante, ignóbil e falsa que o mundo na sua hipocrisia, nos impõe."

Oscar Wilde - Foto: Pixabay

Hipocrisia

"O tamanho da sua hipocrisia é a distância entre o dito e o feito" César, Rodrigo (1983). Hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideais e sentimento que a pessoa na verdade não possui, frequentemente exigindo que os outros se comportem dentro de certos parâmetros de conduta moral que a própria pessoa extrapola ou deixa de adotar.

A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis - ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou mais tarde a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.

Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza ou realizava a mesma ação. O linguista e analista social Noam Chomsky define hipocrisia como "…a recusa de aplicar a nós mesmos os mesmos valores que se aplicam a outros". 

A hipocrisia é um dos maiores males do comportamento social humano, que promove a injustiça como guerra e as desigualdades sociais, num quadro de autoengano, que inclui a noção de que a hipocrisia em si é um comportamento necessário ou benéfico humano e da sociedade.

François duc de la Rochefoucauld revelou de maneira mordaz a essência do comportamento hipócrita: "A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude". Ou seja, todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.

O termo “hipocrisia” é também comumente usados (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um “padrão duplo”.

Um exemplo disso, é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo.

Hipocrisia é pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "ypokritís". Os atores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral.

É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.

Hipocrisia na religião

O Novo Testamento da Bíblia refere-se especificamente aos hipócritas em vários lugares, em especial quando representando de maneira especial a seita dos fariseus, como por exemplo, o Evangelho de Mateus capítulo 23, versículos 13 a 15:

"Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” 

quinta-feira, agosto 08, 2024

Desencontro



Desencontro -  “Existe também o estranho desencontro de ter o corpo num lugar e a alma em outro, de estar lá ou de ainda não estar aqui.”

(Rosa Lobato de Faria)

Rosa Maria de Bettencourt Rodrigues Lobato de Faria, conhecida por Rosa Lobato de Faria foi uma atriz, escritora, romancista, poetisa, contista, dramaturga e guionista de novelas e séries portuguesa.

Atriz e escritora, Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa, Santa Isabel, Portugal no dia 20 de abril de 1932 no seio de uma família originária da Índia Portuguesa, com raízes aristocratas.

Filha de Vera Corrêa Mendes de Bettencourt Rodrigues e de Joaquim Antônio de Lemos Lobato de Faria, capitão-de-mar-e-guerra do porto da Figueira da Foz e de Caminha.

Viveu em Entrecampos e estudou quatro anos (dos 13-17 anos) no Instituto de Odivelas, colégio para filhas de militares, e no Colégio Moderno. Estudou Filologia Germânica na Universidade de Coimbra.

Depois de ter sido dona de casa - enquanto casada com Antônio Sacchetti, pretendente ao título de Visconde da Granja - e empregada numa loja de eletrodomésticos, teve a sua primeira experiência como atriz por volta dos 40 anos, pela mão de Antônio Pedro Vasconcelos, que a levou a participar no filme Perdido por Cem... 1973.

Por volta dos 50 anos inicia um percurso regular na televisão – Nicolau Breyner leva-a para o elenco de Vila Faia 1982, a primeira novela portuguesa. Quase ao mesmo tempo voltou ao cinema, com Lauro Antônio, em Paisagem Sem Barcos (1983).

Na escrita, Rosa Lobato de Faria ganhou projeção como letrista de canções, depois de obter, já nos anos 90, um primeiro lugar no Festival RTP da Canção com Amor de Água Fresca (1992), interpretado por Dina. Mas, além de letrista, o seu nome apareceria como romancista, contista, dramaturga e guionista de novelas e séries.

Em finais dos anos 1980 colaborou na escrita do guião da sitcom Humor de Perdição, ao lado de Herman José e Miguel Esteves Cardoso (1987) - sitcom em que também participava como atriz.

A esta primeira experiência seguiram-se diversas séries e novelas, tais como Passarelle (1989), Pisca-Pisca (1989), Nem o Pai Morre Nem a Gente Almoça (1990), Telhados de Vidro (1994) e Tudo ao Molho e Fé em Deus (1995).

Foi a letrista que, a par de José Carlos Ary dos Santos, permanece como a mais bem sucedida no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar com Amor de Água Fresca (1992), Chamar a Música (1994), Baunilha e Chocolate (1995) e Antes do Adeus (1997).

Foi também nos anos 1990 que surgiu como autora de romances - estreou-se com O Pranto de Lúcifer (1995), seguindo-se, a um ritmo de uma publicação por ano, os títulos Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999) - galardoado com o Prêmio Máxima de Literatura em 2000 - A Trança de Inês (2001) e, subsequentemente, O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004) e A Flor do Sal (2005).

Em coautoria participou em Os Novos Mistérios da Estrada de Sintra e Código d' Avintes. No conto publicou livros dedicados às crianças - A Erva MilagrosaAs quatro Portas do Céu e Histórias de Muitas Cores.

Na poesia foi autora de A Gaveta de Baixo, longo poema inédito, acompanhado de aguarelas de Oliveira Tavares, estando o resto da sua obra poética reunida no volume Poemas Escolhidos e Dispersos (1997). Para o teatro escreveu as peças A Hora do GatoSete Anos – Esquemas de um Casamento e A Severa.

Além da experiência na novela Vila Faia, Rosa Lobato de Faria integrou o elenco de diversas outras séries e novelas (1987 - Cobardias, 1988 - A Mala de Cartão, 1992 - Crónica do Tempo, 1992 - Os Melhores Anos), sitcoms (1987) - Humor de Perdição, 1990 - Nem o Pai Morre Nem a Gente Almoça, 2002 - A Minha Sogra é uma Bruxa, 2006 - Aqui Não Há Quem Viva) e novelas (1983 - Origens, 2004 - Só Gosto de Ti, 2004 – O Jogo, 2005 - Ninguém como Tu).

Vitimou-a uma anemia, aos 77 anos no dia 2 de fevereiro de 2010. Era viúva de Joaquim Aires de Figueiredo Magalhães (Porto, 5 de agosto de 1916 - Lisboa, Hospital dos Capuchinhos, 26 de novembro de 2008), editor literário, com quem casara civilmente a 14 de agosto de 1978 e de quem não teve filhos.

"Balão Azul", um texto inédito da escritora, foi lançado em março 2011 é o primeiro título da coleção Biblioteca Infantil Rosa Lobato de Faria.

A 8 de Junho de 2010 foi agraciada a título póstumo com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.


Santa sorte



Um sujeito está jogando golfe na Irlanda e está no décimo sexto buraco. Ele dá uma tacada e a bolinha cai no meio de um bosque.

Ele vai atrás da bolinha, e acaba achando-a sobre a cabeça de um homenzinho com menos de um metro de altura, caído no chão por causa da pancada.

- Meu Deus! - Exclama ele, reanimando o homenzinho.

- Espero que você não tenha se machucado.

- Você me apanhou - responde o homenzinho. - E tenho que lhe satisfazer três desejos. Eu sou um duende, e esta é a lei.

- Eu não quero nada não. - Diz o sujeito indo embora - Estou muito feliz que não tenha acontecido nada.

Depois que o sujeito foi embora, o duende pensa e resolve satisfazer três desejos assim mesmo, para não faltar com a lei. Ele decide, por conta própria, dar-lhe dinheiro ilimitado, um jogo de golfe perfeito e um desempenho sexual total.

Um ano se passa e o mesmo sujeito está jogando golfe e, no décimo sexto buraco vê o bosque, e entra para ver se encontra o duende. Ele está lá, no mesmo lugar.

- Que bom encontrá-lo por aqui. - Diz o duende - Me diz, como está seu jogo de golfe?

- Maravilha! - Responde o sujeito - Não erro uma tacada!

 - Eu fiz isso por você - diz o duende - E como você está de dinheiro?

 - Bem, já que você mencionou, a cada vez que enfio a mão no bolso retiro uma nota de 100.

- Eu fiz isso por você - continua o duende - E sua vida sexual, como está?

- Uma ou duas vezes por semana. - Diz o sujeito.

- Só uma ou duas vezes por semana? - Espanta-se o duende.

O sujeito responde:

- Ué! Não é nada mal para um padre!

quarta-feira, agosto 07, 2024

Era - Divano




Era é um projeto musical criado pelo francês Eric Levi, antes membro do grupo de glam rock Shakin Street.

Suas músicas, geralmente cantadas em língua imaginário parecida com o latim, misturam música clássica, ópera e canto gregoriano com outros estilos contemporâneos.

Músicas em inglês foram ganhando espaço a cada álbum, e no CD, Reborn, há também faixas cantadas em árabe. O primeiro álbum teve grande sucesso comercial. A música Mother foi usada na trilha sonora do filme Alta Velocidade (2001), de Sylvester Stallone.

E na Austrália, a música Ameno foi usada na campanha "The Power of Yes" (O Poder do Sim) da Optus Telecommunications. Ele também conta com algumas faixas que foram compostas por Eric Levi antes do surgimento da banda e que foram utilizadas na trilha sonora do filme Les Visiteurs, de 1993.

Muitas vezes a banda, que já vendeu mais de 4 milhões de copias na França e 12 milhões ao redor do mundo, apresenta vestes e armas da Idade Médianos seus concertos.

O universo visual de Era é o complemento de sua inspiração musical, utilizando sinais e sentimentos próximos aos religiosos, explorando uma dimensão universal, um universo de emoções, espirituais e místicas.

Seu estilo pode ser descrito como new age e pode ser considerado similar ao de artistas como Enigma, Gregorian, Deep Forest e Enya. Alguns componentes da banda são cátaros e católicos, e no clipe da música Enae Volare Mezzo percebemos forte influência mística do catarismo.

Ao ser estabelecido o programa de história e de francês (respectivamente a Idade Média e o estudo de um romance medieval) dos alunos do segundo ano do ensino secundário na França, o estudo das músicas de Era foi incluído no currículo dos cursos de música.     


 

Toulouse-Lautrec Monfa - O Monstro de gênio


 Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa

 

Deformado fisicamente, mas dotado de uma sensibilidade ímpar, Henri de Toulouse-Lautrec, o grande pintor da Belle Époque parisiense, transformou sua dor, humilhação e solidão em obras-primas que capturaram a alma vibrante e melancólica da vida urbana.

Sua existência, marcada por tragédias pessoais e pela genialidade artística, foi um testemunho de resiliência e criatividade. Incapaz de encontrar o amor romântico que tanto almejava, encontrou refúgio na arte, nos cabarés e nos bordéis de Paris, onde viveu intensamente entre prostitutas, dançarinas e boêmios.

Sua história é a de um homem que, apesar de rejeitado pela sociedade e pela própria família, deixou um legado eterno, imortalizando a alegria e a miséria da condição humana.

Infância e a Queda do "Petit Bijou"

Nascido em 24 de novembro de 1864, em Albi, no sul da França, Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa veio ao mundo como herdeiro de uma das famílias mais nobres da França, descendente de cruzados medievais.

Filho primogênito do Conde Alphonse e da Condessa Adèle, Henri era uma criança encantadora, apelidada carinhosamente de Petit Bijou (Pequena Joia) pela família.

Cercado de afeto, ele crescia com saúde e curiosidade, mas seu desenvolvimento físico já dava sinais de atraso. Sua aparência delicada e sua vivacidade escondiam uma fragilidade que logo se revelaria.

Aos 14 anos, a tragédia começou a moldar sua vida. Em 30 de maio de 1878, enquanto convalescia de uma febre em Albi, Henri tentou se levantar de uma cadeira baixa, apoiando-se em uma bengala que se partiu.

A queda resultou em uma fratura no fêmur direito. O que parecia um acidente trivial tornou-se catastrófico: os médicos não conseguiram tratar adequadamente a lesão, e a fratura não se consolidou.

Um ano depois, aos 15 anos, outro acidente fraturou seu fêmur esquerdo, agravando sua condição. Essas lesões revelaram uma doença rara, possivelmente picnodisostose, que interrompeu o crescimento de seus ossos.

O outrora belo Petit Bijou transformou-se em um jovem de apenas 1,52 metro, com pernas e braços desproporcionalmente curtos, feições pesadas, lábios proeminentes, nariz deformado e uma fala atrapalhada, marcada por salivação excessiva.

Apesar da aparência que a sociedade cruelmente rotulava como "monstruosa", os olhos negros de Henri brilhavam com uma vivacidade que traduziria, anos depois, sua genialidade.

Ele dizia, com um misto de humor e melancolia: “Se eu tivesse as pernas um pouco mais longas, jamais teria pintado.” A arte tornou-se seu refúgio, uma forma de transcender as limitações impostas por seu corpo e pela rejeição social.

A Vida em Paris: Cabarés, Bordéis e a Arte como Salvação

Rejeitado pela família, exceto pela mãe, que permaneceu seu maior apoio, Henri foi para Paris em 1882 para estudar arte. A capital francesa, efervescente na Belle Époque, era o epicentro da boemia, dos cabarés e da vida noturna.

Foi no bairro de Montmartre, entre o Moulin Rouge, o Chat Noir e os bordéis, que Lautrec encontrou seu verdadeiro lar. Inicialmente visto como uma figura grotesca, ele conquistou, com seu humor mordaz e inteligência, a amizade de dançarinas, prostitutas e artistas.

O que começou como curiosidade local evoluiu para admiração: o “pequeno monstro” tornou-se uma figura querida e, eventualmente, venerada como gênio.

Nos bordéis, Lautrec não era apenas um cliente, mas um observador sensível. Ele retratava as prostitutas com humanidade, capturando sua vulnerabilidade e força em telas como Mulher Puxando a Meia e No Salão da Rue des Moulins.

Sua amizade com essas mulheres, que o aceitavam sem julgamento, contrastava com a indiferença da sociedade aristocrática. Entre elas, destacou-se Jane Avril, a melancólica dançarina do cancan, imortalizada em seus cartazes vibrantes.

Lautrec a amava profundamente, mas ela, como outras, oferecia-lhe apenas amizade. “Como gostaria de encontrar uma mulher que tivesse um amante mais feio do que eu!”, lamentava ele, transformando sua dor em pinceladas sarcásticas e poéticas.

A arte de Lautrec revolucionou o cartazismo e a pintura. Seus trabalhos, como os icônicos cartazes do Moulin Rouge, combinavam cores vibrantes, linhas dinâmicas e uma visão moderna que capturava o espírito da noite parisiense.

Ele retratava a efervescência dos cabarés, mas também a solidão e a fragilidade de seus frequentadores, em obras como O Baile no Moulin Rouge e A Bebedora.

Sua técnica, influenciada pelo impressionismo e pelo japonismo, era inovadora, e seus desenhos, muitas vezes feitos com rapidez, revelavam uma observação aguda da vida.

O Declínio: Álcool, Doença e o Fim

O alcoolismo, no entanto, tornou-se o companheiro constante de Lautrec. O absinto e o conhaque, que ele consumia em quantidades alarmantes, eram tanto uma fuga da solidão quanto um veneno que minava sua saúde.

Aos 30 anos, sua vitalidade começou a desvanecer. Amigos, preocupados com sua deterioração, tentavam intervir, mas o vício era mais forte. Sua saúde mental também se fragilizava: alucinações e crises de paranoia marcavam seus últimos anos.

Em 1899, após um colapso, ele foi internado em uma clínica psiquiátrica, onde, mesmo debilitado, continuou a desenhar, criando esboços que demonstravam sua genialidade inabalável.

Em agosto de 1901, um ataque de paralisia o levou de volta ao castelo da família em Malromé, acompanhado pela mãe. O herdeiro dos Toulouse-Lautrec, agora um frágil espectro de si mesmo, estava surdo, incapaz de pintar ou andar.

No leito medieval, seu corpo pequeno parecia ainda mais frágil. O calor sufocante de agosto trazia moscas que ele não podia afastar. Em seus momentos finais, chamou pela mãe, expressando medo e apego: “Mamãe, só você, ninguém mais. É tão imbecil morrer...”

Seu pai, o conde Alphonse, com quem teve uma relação distante, tentou um gesto de redenção, caçando as moscas que perturbavam o filho agonizante. Lautrec, com um último lampejo de ironia, murmurou: “Velho patife!”. Morreu em 9 de setembro de 1901, aos 37 anos.

O Legado Eterno

A morte de Henri de Toulouse-Lautrec não apagou sua luz. Suas obras, que retratavam com genialidade a efervescência e a melancolia da Belle Époque, superaram em fama os feitos heroicos de seus antepassados cruzados.

Seus cartazes e pinturas, hoje expostos em museus como o Museu d’Orsay e o Metropolitan, continuam a inspirar gerações. Lautrec transformou sua dor em beleza, sua exclusão em empatia e sua deformidade em uma visão única da humanidade. Ele não encontrou o amor que buscava, mas deixou um legado de amor pela arte, que eterniza sua alma torturada e brilhante.