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sábado, fevereiro 01, 2025

Jesus Voltando


Jesus Voltando - Quando o século XV dava lugar ao XVI, Jesus voltou. Reapareceu na Espanha, nas ruas de Sevilha.

Nenhuma fanfarra saudou seu advento, nem coros de anjos, nem espetáculos sobrenaturais, nem extravagantes fenômenos meteorológicos.

Ao contrário, ele chegou "de mansinho" e "sem ser visto". No entanto, vários passantes o reconheceram, sentiram uma irresistível atração para ele, cercaram-no, amontoaram-se à sua volta, seguiram-no.

“Jesus andou com toda modéstia entre eles, um suave sorriso de inefável misericórdia” nos lábios, estendeu-lhes as mãos, concedeu-lhes sua bênção; e um velho na multidão, cego de infância, milagrosamente recuperou o dom da visão.

A multidão chorou e beijou o chão a seus pés, enquanto crianças jogavam flores à sua frente, cantavam e erguiam as vozes em hosanas.

Nos degraus da catedral, um préstito em prantos conduzia para dentro um caixãozinho aberto.

Em seu interior, quase escondida pelas flores, jazia uma criança de sete anos, filha única de um cidadão importante.

Exortada pela multidão, a mãe enlutada voltou-se para o recém-chegado e implorou-lhe que trouxesse de volta à vida a menina morta.

O cortejo fúnebre parou, e o caixão foi deposto aos pés dele nos degraus da catedral.

 - Levanta-te, donzela! Ele ordenou em voz baixa, e a menina logo se pôs sentada, olhando em volta e sorrindo, os olhos arregalados de espanto, ainda a segurar o buquê de rosas brancas que fora colocado em suas mãos.

 Esse milagre foi testemunhado pelo cardeal e Grande Inquisidor da cidade, quando passava com seu séquito de guarda-costas “um velho”, de quase noventa anos, alto e empertigado de estatura, com uma cara enrugada e olhos muito fundos, nos quais, no entanto, ardia ainda um brilho de luz.

Tal era o terror que ele inspirava que a multidão, apesar das circunstâncias extraordinárias, caiu em deferente silêncio e abriu-se para dar-lhe passagem.

Tampouco alguém ousou interferir quando, por ordem do velho prelado, o recém-chegado foi sumariamente preso pelos guarda-costas e levado para a prisão.

Esta é a abertura da Parábola do Grande Inquisidor, de Feodor Dostoievski, uma narrativa mais ou menos independente, de vinte e cinco páginas, embutida nas oitocentas e tantas de Os Irmãos Karamazov, romance publicado pela primeira vez em fascículos numa revista de Moscou em 1879 e 1880.

O verdadeiro significado da parábola está no que vem depois do dramático prelúdio. Pois o leitor espera, claro, que o Grande Inquisidor fique devidamente horrorizado ao saber da verdadeira identidade do seu prisioneiro. Não é isso, porém, que acontece.

Quando ele visita Jesus na cela, está claro que sabe muitíssimo bem quem é o prisioneiro; mas esse conhecimento não o detém.

Durante o prolongado debate filosófico que se segue, o velho permanece inflexível em sua posição. Nas escrituras, Jesus é tentado pelo demônio no deserto com a perspectiva de poder, autoridade.

Desde que Os Irmãos Karamazov foi publicado e traduzido, o Grande Inquisidor de Dostoievski gravou-se em nossa consciência como a imagem e a encarnação definitivas da Inquisição.

Podemos compreender o agônico dilema do velho prelado. Podemos admirar a complexidade de seu caráter.

Podemos até mesmo respeitá-lo pelo martírio pessoal que está disposto a aceitar, sua autocondenação à perdição, em nome de uma instituição que considera maior que ele próprio.

Também podemos respeitar seu realismo secular e a compreensão brutalmente cínica por trás dele, a sabedoria mundana que reconhece o mecanismo e a dinâmica do poder mundano.

Alguns de nós bem podem se perguntar se - estando na posição dele e com suas responsabilidades não seriam impelidos a agir como ele.

Mas apesar de toda tolerância, da compreensão, talvez da simpatia e perdão que consigamos angariar para esse homem, não podemos escapar à consciência de que ele é, por qualquer padrão moral honesto, intrinsecamente mau e que a instituição que representa é culpada de uma monstruosa hipocrisia.

Até onde é exato, representativo, o retrato pintado por Dostoievski? Em que medida a figura na parábola reflete com justeza a instituição histórica real?

E se a Inquisição, personificada pelo velho prelado de Dostoievski, pode de fato ser equiparada ao demônio, em que medida pode essa equiparação ser estendida à Igreja como um todo?

Para a maioria das pessoas hoje, qualquer menção à Inquisição sugere a Inquisição da Espanha. Ao buscar uma instituição que refletisse a Igreja Católica como um todo, também Dostoievski invocou a Inquisição na Espanha.

Mas a Inquisição, como existiu na Espanha e em Portugal, foi única desses países e tinha de prestar contas, na verdade, pelo menos tanto à Coroa quanto à Igreja.

Isso não pretende sugerir que a Inquisição não existiu e atuou em outras partes. Existiu e atuou, sim.

Mas a Inquisição papal ou romana como foi conhecida a princípio informalmente, depois oficialmente diferiu daquela da Península Ibérica.

Ao contrário de suas correspondentes ibéricas, a papal ou romana não tinha de prestar contas a nenhum potentado secular.

Atuando por toda a maior parte do resto da Europa, só tinha aliança com a Igreja. Criada no início do século treze, pré-datou a Inquisição espanhola em cerca de 250 anos.

Também durou mais que as correspondentes ibéricas. Enquanto a Inquisição na Espanha e Portugal se achava extinta na terceira década do século dezenove, a papal ou romana sobreviveu.

Existe e continua ativamente em função até mesmo hoje. Mas o faz sob um nome novo, menos emotivo e estigmatizado.

Com seu atual título desinfetado de Congregação para a Doutrina da Fé, ainda desempenha um papel de destaque na vida de milhões de católicos por todo o globo.

Seria um erro, porém, identificar a Inquisição com a Igreja como um todo. Não são a mesma instituição. Por mais importante que a Inquisição tenha sido, e continue a ser no mundo do catolicismo romano, permanece apenas como um aspecto da Igreja.

Houve e ainda há muitos outros aspectos, que nem todos merecem o mesmo opróbrio. Este livro é sobre a Inquisição em suas várias formas, como existiu no passado e existe hoje. Se ela surge sob uma luz dúbia, essa luz não precisa necessariamente estender-se à Igreja em geral.

Em sua origem, a Inquisição foi produto de um mundo brutal, insensível e ignorante. Assim, o que não surpreende, foi ela própria brutal, insensível e ignorante. E não o foi mais do que inúmeras outras instituições da época, espirituais e temporais.

Tanto quanto essas outras instituições fazem parte de nossa herança coletiva. Não podemos, portanto, simplesmente repudiá-la e descartá-la. Devemos enfrentá-la, reconhecê-la, tentar compreendê-la em todos os seus excessos e preconceitos, e depois integrá-la numa nova totalidade.

Meramente lavar as mãos em relação a ela equivale a negar alguma coisa em nós mesmos, em nossa evolução e desenvolvimento como civilização uma forma, na verdade, de automutilação.

Não podemos ter a presunção de emitir julgamento sobre o passado segundo critérios do que é politicamente correto em nosso tempo. Se tentarmos fazer isso, descobriremos que todo o passado é culpado. Então ficaremos apenas com o presente como base para nossas hierarquias de valor; e quaisquer que sejam os valores que abracemos, poucos de nós serão tolos o bastante para louvar o presente como algum tipo de ideal último.

Muitos dos piores excessos do passado foram causados por indivíduos que agiam com o que, segundo o conhecimento e moral da época, julgavam as melhores e mais dignas das intenções.

Seria precipitado imaginar como infalíveis nossas próprias intenções dignas. Seria precipitado imaginar essas intenções incapazes de produzir consequências desastrosas como aquelas pelas quais condenamos nossos antecessores.

A Inquisição às vezes cínica e venal, às vezes maniacamente fanática em suas intenções supostamente louváveis na verdade pode ter sido tão brutal quanto a época que a gerou.

Deve-se repetir, no entanto, que não pode ser equiparada à Igreja como um todo.

E mesmo durante seus períodos de mais raivosa ferocidade, a Inquisição foi obrigada a lutar com outras faces, mais humanas, da Igreja com as ordens monásticas mais esclarecidas, com ordens de frades como a dos franciscanos, com milhares de padres, abades, bispos e prelados individuais de categoria superior, que tentavam sinceramente praticar as virtudes tradicionalmente associadas ao cristianismo.

E não se deve esquecer a energia criativa que a Igreja inspirou na música, pintura, escultura e arquitetura que representa um contraponto para as fogueiras e câmaras de tortura da Inquisição.

No último terço do século dezenove, a Igreja foi obrigada a abrir mão dos últimos vestígios de seu antigo poder secular e político. Para compensar essa perda, buscou consolidar seu poder espiritual e psicológico, exercer um controle mais rigoroso sobre os corações e mentes dos fiéis.

Em consequência disso, o papado se tornou cada vez mais centralizado; e a Inquisição se tornou cada vez mais a voz definitiva do papado. É nessa condição que “re-rotulada de Congregação para a Doutrina da Fé funciona hoje”.

Mas mesmo agora, a Inquisição não impõe de todo a sua vontade. Na verdade, sua posição é cada vez mais assediada, à medida que católicos em todo o mundo adquirem o conhecimento, a sofisticação e a coragem de questionar a autoridade de seus pronunciamentos inflexíveis.

Certamente que houve e, pode-se bem dizer, ainda há Inquisidores dos quais a parábola de Dostoievski oferece um retrato preciso. Em alguns lugares e épocas, esses indivíduos podem de fato ter sido representantes da Inquisição como instituição. Isso, porém, não faz deles necessariamente uma acusação à doutrina cristã que em seu zelo buscaram propagar.

Quanto à própria Inquisição, os leitores deste livro bem podem constatar que foi uma instituição ao mesmo tempo melhor e pior que a descrita na parábola de Dostoievski.

Michael Baigent e Richard Leigh – A Inquisição

sexta-feira, janeiro 31, 2025

Lofoten na Noruega


 

Lofoten é um arquipélago e um distrito tradicional do condado de Nordland, na Noruega, conhecido por suas paisagens espetaculares e natureza intocada.

Localizado no norte do país, o arquipélago é composto por várias ilhas que oferecem uma combinação única de montanhas imponentes, fiordes profundos, praias de areia branca e pequenas vilas de pescadores.

As duas principais cidades de Lofoten são Svolvær e Leknes. Svolvær, a maior cidade do arquipélago, é um importante centro comercial e turístico, funcionando como porta de entrada para visitantes que desejam explorar a região.

Leknes, por sua vez, está situada aproximadamente 169 km ao norte do Círculo Polar Ártico e cerca de 2.420 km do Polo Norte, tornando-se um destino fascinante para quem busca experiências únicas em altas latitudes.

Um dos aspectos mais impressionantes de Lofoten é o seu clima surpreendentemente ameno para a localização geográfica. Devido à influência da Corrente do Golfo, a região experimenta uma das maiores anomalias térmicas do mundo, mantendo temperaturas mais altas do que outras áreas na mesma latitude.

Isso permite que Lofoten seja habitável e acessível durante todo o ano, atraindo turistas que buscam atividades como trilhas, pesca, surfe no Ártico e a observação de características naturais como o sol da meia-noite no verão e a aurora boreal no inverno.

Com sua beleza natural e atmosfera encantadora, Lofoten é um destino imperdível para quem deseja explorar uma das regiões mais pitorescas da Noruega.

quinta-feira, janeiro 30, 2025

Testemunhas de Jeová - Religião ou Seita?



 

Testemunhas de Jeová - Religião ou Seita? - As Testemunhas de Jeová são uma denominação cristã milenarista e Restauracionista com crenças não trinitárias, que se diferem de grande parte do cristianismo.

O grupo afirma ter mundialmente 8.695.808 de aderentes envolvidos em evangelização, presença em convenções de mais de 15 milhões de pessoas e uma presença anual em seu Memorial de mais de 19,9 milhões. 

A denominação é dirigida pelo Corpo Governante, um grupo de anciões em Warwick, Nova Iorque, que determina todas as doutrinas com base em sua análise e interpretação da Bíblia. 

Eles preferem usar sua própria tradução, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, embora também citem ocasionalmente outras versões. 

O grupo crê que a destruição do sistema do mundo atual em Armagedom é iminente, e que somente ao se estabilizar o Reino de Deus na Terra haverá solução para todos os problemas da humanidade.

As Testemunhas de Jeová emergiram dos Estudantes da Bíblia, grupo fundado no final da década de 1870 por Charles Taze Russell. Com a formação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, houve mudanças doutrinais e organizacionais significativas, chefiadas por Joseph Franklin Rutherford. 

O nome testemunhas de Jeová foi adotado em 1931 para diferenciá-los de outros grupos de Estudantes da Bíblia e simbolizar uma ruptura com o legado das tradições de Russell.

O grupo é conhecido por sua evangelização porta-a-porta, distribuindo publicações como A Sentinela e Despertai, e sua recusa ao serviço militar e a transfusão de sangue.

Eles consideram o uso do nome Jeová vital para a adoração apropriada. Rejeitam a Trindade, a imortalidade inerente da alma e o fogo do inferno, considerando-as doutrinas que não estão de acordo com os textos bíblicos. 

Também não há observância do natal, da Páscoa, aniversários e outros feriados e costumes que consideram ter origens pagãs e incompatíveis com o Cristianismo. Os membros comumente referem-se ao seu corpo de crenças como "a verdade", e consideram que sua vida está "na verdade". 

A sociedade secular é definida como moralmente corrupta e sob a influência de Satã, e limitam sua interação social com pessoas que não integram a comunidade. Ações disciplinares incluem a desassociação, isto é, a expulsão formal, e ostracismo, Indivíduos batizados que deixam oficialmente a igreja também sofrem rejeição social.

Membros desassociados podem retornar se mostrarem-se arrependidos.

A rejeição ao serviço militar e a recusa em fazer continência para as bandeiras nacionais fizeram com que as Testemunhas de Jeová tivessem conflitos com alguns governos.

Consequentemente, os integrantes têm sido perseguidos e suas atividades são banidas ou restringidas em alguns países. Processos criados pelo grupo resultaram em mudanças em diversas leis de direitos civis pelo mundo. 

Além disso, a organização tem recebido críticas em relação à sua tradução da Bíblia, doutrinas, tratamento de casos de abuso sexual de menores e alegada coerção de seus membros. As acusações são negadas pelos líderes, e algumas foram discutidas em tribunais e por especialistas em religião. 

quarta-feira, janeiro 29, 2025

Eu comprei o inferno, é meu!


 

Martinho Lutero dirigiu-se aos juízes durante o julgamento: "Assustando as pessoas com o inferno, você está vendendo o céu por dinheiro. "E se você vendesse o inferno?"

Um dos juízes perguntou: “Quem vai para o Inferno?” Martinho Lutero disse: “Eu comprarei, pagarei de qualquer maneira.”

Eles deram de graça!

Martin saiu e disse para milhares de pessoas curiosas sobre o resultado da audiência:

“Eu comprei o inferno, ele é meu. De agora em diante, não vou deixar ninguém entrar nele, não tenham medo".

As pessoas que foram libertadas do medo do inferno e da opressão da igreja,

tinham mentes livres. E o iluminismo alemão começou há 500 anos!

Martinho Lutero (1483)

O relato sobre Martinho Lutero e a alegoria "Eu comprei o inferno, é meu!" reflete de maneira emblemática sua luta contra os abusos da Igreja Católica na Idade Média, especialmente o sistema de indulgências.

Embora o episódio não seja um registro histórico direto, é usado como uma metáfora para a coragem de Lutero em desafiar as práticas religiosas opressivas de sua época e libertar as pessoas do medo do inferno.

A narrativa destaca o momento em que Lutero, confrontado pelos juízes, ironiza o comércio do céu. Ele denuncia o uso do medo e da culpa como ferramentas de manipulação para obter dinheiro e poder, algo muito associado à venda de indulgências, uma prática que ele criticou duramente em suas 95 Teses de 1517.

Quando Lutero simbolicamente "compra o inferno" e declara que ele é seu, prometendo não deixar ninguém entrar, transmite a ideia de que o medo do inferno não deveria mais assombrar a vida dos fiéis.

Essa mensagem de Lutero foi aprimorada em uma profunda transformação na sociedade, já que ele buscava restaurar a centralidade da fé individual e da liberdade de consciência.

Libertar-se do domínio da Igreja sobre a salvação pessoal abriu caminho para o Iluminismo Alemão, um movimento intelectual e cultural que surgiu cerca de dois séculos depois.

O impacto de Martinho Lutero, tanto histórico quanto simbólico, não foi apenas religioso, mas também político e social. Sua ação contra a corrupção da Igreja Católica e sua promoção de uma espiritualidade mais pessoal e direta ajudaram a moldar os valores da modernidade, incluindo a liberdade de pensamento.

terça-feira, janeiro 28, 2025

Uma Lição para Muitos


 

O rato, olhando pelo buraco na parede, viu o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Ele ficou apavorado ao perceber que havia uma ratoeira dentro dele. Desesperado, correu até o terraço para avisar a todos:

- Há uma ratoeira na casa!

A galinha, que estava ciscando tranquilamente, respondeu:

- Sinto muito, Sr. Ratinho. Entendo que isso seja um grande problema para você, mas não me afeta em nada.

Então, o rato foi até o cordeiro e contou o que havia visto. Mas o cordeiro respondeu:
- Lamento muito, Sr. Rato, mas não posso fazer nada além de incluí-lo em minhas orações.

Em seguida, o rato foi até a vaca e lhe contou sobre a ratoeira. Mas ela respondeu:
- Eu em perigo? Acho que não!

Decepcionado e deprimido, o rato voltou para casa, ainda preocupado com a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite, ouviu-se um grande barulho, como o de uma ratoeira capturando sua vítima. A esposa do fazendeiro correu para ver o que havia acontecido, mas, no escuro, não percebeu que a ratoeira havia prendido o rabo de uma cobra venenosa. A cobra, rápida, picou a mulher.

O fazendeiro levou sua esposa ao hospital, mas ela voltou para casa com febre alta. Para ajudá-la a se recuperar, ele decidiu preparar uma sopa nutritiva. Pegou uma faca e foi atrás do ingrediente principal: o frango.

Apesar dos esforços, a mulher não melhorava. Amigos e vizinhos vieram visitá-la para oferecer apoio. Para alimentar os visitantes, o fazendeiro abateu o cordeiro.

Infelizmente, a esposa do fazendeiro não resistiu e faleceu pouco tempo depois. Para custear as despesas do funeral, o homem vendeu a vaca ao matadouro.

Moral da história: da próxima vez que alguém lhe falar sobre um problema, e você achar que não é da sua conta porque aparentemente não lhe afeta, pense duas vezes. Quem não vive para servir, não serve para viver.

O mundo não está ruim por causa da maldade dos maus, mas pela apatia dos bons. Quando alguém precisar de ajuda, seja solidário. Se não puder resolver o problema, ao menos ofereça encorajamento.

Que nunca lhe falte empatia.

segunda-feira, janeiro 27, 2025

Mihailo Tolotos, viveu 82 anos sem nunca ter visto uma mulher



Olhe pela janela por tempo suficiente, e é quase certo que você verá uma mulher passar. Mesmo nas áreas mais remotas, essa é uma experiência inevitável. No entanto, de forma surpreendente, um homem conseguiu viver 82 anos sem jamais presenciar tal visão.

A história de Mihailo Tolotos é intrigante, quase inacreditável, como se fosse o enredo de um conto fantástico. É como imaginar a existência de alienígenas e, apesar de saber que poderiam ser encontrados com relativa facilidade, nunca cruzar o caminho de um. Sua vida provoca reflexões sobre o isolamento e o que isso significa para a experiência humana.

Nascido em 1856, Mihailo Tolotos teve um início de vida trágico. Logo após o parto, sua mãe faleceu, deixando-o órfão. Sem família para criá-lo, ele foi acolhido por monges ortodoxos em um mosteiro no Monte Athos, na Grécia.

O Monte Athos, uma península isolada, segue regras estritas há mais de mil anos. Desde 1060, uma lei proíbe a entrada de mulheres e animais fêmeas no território sagrado, uma tradição rigorosamente mantida até os dias de hoje. Nesse ambiente, Tolotos cresceu cercado apenas por homens, vivendo sob as rígidas regras do monasticismo ortodoxo.

Embora Tolotos pudesse ter saído do Monte Athos e explorado o mundo exterior ao atingir a idade adulta, ele escolheu permanecer no mosteiro por toda a sua vida. Ele tinha conhecimento da existência de mulheres, aprendendo sobre elas por meio de conversas com seus colegas monges e de descrições em livros. Contudo, nunca demonstrou curiosidade em ver uma mulher com os próprios olhos.

Aparentemente satisfeito com sua vida contemplativa e isolada, Mihailo Tolotos viveu até 1938, quando faleceu aos 82 anos. Para marcar a peculiaridade de sua existência – ter passado toda a vida sem jamais ver uma mulher – ele recebeu um enterro especial organizado pelos monges do Monte Athos. Eles acreditavam que Tolotos era o único homem no mundo a morrer sem nunca saber como era uma mulher na vida real.

Um artigo de jornal da época, publicado no Edinburgh Daily Courier em 29 de outubro de 1938, registrou a morte de Tolotos e destacou que sua vida era marcada por outras ausências além da falta de contato com mulheres. Segundo o texto, ele também nunca viu um automóvel, um filme ou um avião, refletindo o isolamento quase absoluto em que viveu.

Tolotos é uma figura singular na história, um exemplo extremo do impacto das regras e do ambiente sobre a experiência humana. Provavelmente nunca mais haverá outro como ele.

Nota histórica: Mulheres e animais fêmeas são proibidos no Monte Athos por uma lei instituída em 1060 que permanece em vigor até hoje, reforçando o caráter único e isolado dessa península monástica.


domingo, janeiro 26, 2025

O Cerro El Cono na Amazônia


 

O Cerro El Cono, localizado nas profundezas da floresta amazônica, é um símbolo de mistério e importância cultural. Situado na região da Sierra del Divisor, conhecida como “As Montanhas da Bacia Hidrográfica”, o local é rico em biodiversidade, abrigando uma fauna e flora únicas, além de ser lar de tribos indígenas que permanecem sem contato com o mundo exterior.

Essa montanha, com seu formato singular de pirâmide, é reverenciada pelos habitantes locais, que a consideram um Apu andino. No imaginário cultural, os Apus são espíritos das montanhas, protetores das comunidades e das paisagens que habitam.

Essa crença tem raízes profundas, remontando aos tempos do Império Inca, onde montanhas eram vistas como entidades sagradas, conectando o mundo material ao espiritual.

A conexão entre o Cerro El Cono e as tradições espirituais da região reflete a relação íntima entre as comunidades indígenas e o meio ambiente. Além de ser um marco natural, a montanha carrega um valor simbólico que transcende gerações, preservando a memória e os costumes de uma cultura que continua a resistir ao passar do tempo.

A mistura de mistério, natureza e espiritualidade faz do Cerro El Cono não apenas um monumento natural, mas também um elo vivo entre o passado e o presente da Amazônia.