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sábado, outubro 26, 2024

Desordenadamente.



De um lado, um homem de Deus. Do outro uma criança: De quem?

O ouro desse trono, dessas vestes, dessa imagem, daria para salvar muitas vidas de crianças africanas!

“Há uma espécie de pobreza espiritual na riqueza que a torna semelhante à mais negra miséria.”

Eurípedes

A frase de Eurípedes, reflete uma crítica profunda sobre a natureza ilusória das posses materiais. O dramaturgo grego sugere que, embora a riqueza material possa trazer conforto e status, ela não satisfaz as necessidades mais íntimas do espírito humano.

Na visão de Eurípedes, a verdadeira riqueza não reside na acumulação de bens, mas em um estado de realização interior que os bens materiais não conseguem proporcionar.

Essa "pobreza espiritual" associada à riqueza se aproxima da miséria porque, em muitos casos, os indivíduos ricos podem sofrer de solidão, vazio ou de um sentido de desconexão e falta de propósito.

A riqueza, longe de ser uma garantia de felicidade ou paz interior, pode levar a um ciclo vicioso de insatisfação e uma busca incessante por mais, tornando-se uma forma de cativeiro psicológico e emocional.

Eurípedes nos convida a refletir sobre a fonte de nossa verdadeira segurança e contentamento, incentivando uma valorização da vida que vá além das aparências e da materialidade, e busque um preenchimento mais profundo e espiritual.

A imensa riqueza da Igreja Católica

A Igreja Católica possui uma das estruturas religiosas e culturais mais ricas e influentes do mundo, com bens que incluem propriedades, obras de arte, artefatos históricos e imóveis de alto valor.

Essa riqueza é resultado de séculos de doações, investimentos e apoio de diferentes governos e fiéis. Também do que foi confiscado da humanidade na época da Inquisição.

Contudo, essa prosperidade financeira da Igreja Católica frequentemente contrasta com a extrema pobreza enfrentada por muitos dos seus fiéis, especialmente em regiões da África, onde falta acesso a necessidades básicas, como saúde, educação e saneamento.

Em muitas nações africanas, a Igreja Católica desempenha um papel significativo como provedora de serviços essenciais, administrando hospitais, escolas e programas de caridade, o que é crucial para as comunidades mais vulneráveis.

No entanto, esse apoio é frequentemente insuficiente para combater a pobreza em larga escala, devido à limitação de recursos e ao imenso número de pessoas necessitadas.

Por isso, a percepção de uma instituição católica com grandes bens e propriedades gera debates sobre a responsabilidade da Igreja em alocar mais de seus recursos para a melhoria das condições de vida nos países mais pobres, especialmente onde possui forte presença.

Além disso, o próprio Papa Francisco tem incentivado a Igreja a adotar uma postura mais humilde e solidária, alertando contra o materialismo e a acumulação de bens. Ele também reforça a importância de a Igreja estar próxima dos pobres, e essa visão ganha especial relevância quando se considera a necessidade urgente de alívio à pobreza extrema.

Assim, a Igreja Católica se encontra no dilema entre preservar seu patrimônio histórico e artístico e responder ativamente à miséria presente em tantas regiões.

Muitos defensores de uma reforma na distribuição de suas riquezas acreditam que a Igreja poderia se engajar ainda mais em ações diretas de combate à pobreza, especialmente em áreas que carecem de assistência.

Daqui a 100 anos


 

Daqui a 100 anos, por exemplo, em 2124, estaremos todos enterrados com nossos familiares e amigos e animais de estimação.

Estranhos viverão em nossas casas e possuirão tudo o que temos hoje. Todas as nossas propriedades serão de desconhecidos, que nem nasceram ainda.

Nossos descendentes nem se lembrarão de nós. Quantos conhecemos o pai do nosso avô?

Depois de nossa morte seremos lembrando por alguns anos, depois seremos apenas um retrato na estante de alguém e alguns anos depois nem isso mais seremos.

Alguém até poderá ser lembrado depois de tanto tempo, desde que sejam famosos, que escrevam muito sobre ele, só assim não será totalmente esquecido.

A história está repleta de nomes de pessoas que viveram a milhares de anos, mas são poucos os que se destacaram. Nesse momento iríamos perceber o quão ignorante e deficiente era o sonho de se conseguir tudo.

Se nós puséssemos a pensar nisso, certamente nossas abordagens mudariam, seriam outras. Ter cada vez mais sem ter um tempo para o que realmente vale a pena. Trocaria tudo isso por viver e desfrutar daqueles passeios que nunca tive.

Daqueles abraços não dados, daqueles beijos nos filhos e em nossos amores, esses momentos que encheriam a minha vida de alegria. E que desperdiçamos dia após dia!

Ainda há tempo para nós!

sexta-feira, outubro 25, 2024

Patagônia


 

Patagónia ou Patagônia é uma região geográfica que abrange a parte mais meridional da América do Sul.

Localiza-se na Argentina e no Chile, e integra a seção mais ao sul da cordilheira dos Andes, rumo a sudoeste até o oceano Pacifico, e, a leste, até os vales em torno do rio Colorado até Carmem de Patagones, no oceano Atlântico. A oeste, inclui o território de Valdivia, através do arquipélago da Terra do Fogo.

O nome 'Patagônia' vem da palavra patagão usado por Fernão de Magalhães em 1520 para descrever o povo nativo que sua expedição acreditou serem gigantes.

Acredita-se atualmente que os patagones seriam os tehuelches, que tinham uma altura média de 180 centímetros, em comparação com os 168 cm de média dos europeus da época.

Regiões

A parte argentina da Patagônia inclui as províncias de Neuquén, Rio Negro, Chubut e Santa Cruz, bem como a parte leste da Terra do Fogo. A Região Patagônica, uma subdivisão político-econômica argentina, inclui a província de La Pampa.

A parte chilena da Patagônia compreende a extremidade meridional de Valdivia a região de Los Lagos, no lago Llanguihue, Chiloé, Puerto Montt e o sitio arqueológico de Monte Verde, bem como as ilhas a sul das regiões de Aisén e Magallanes, incluindo o lado ocidental da Terra do Fogo e do Cabo Hom.

Clima

A Patagônia é a área com mais geleiras fora das zonas polares, isso ocorre pelo clima frio em média de -10°C, e varia dos 10°C no verão até -20°C no inverno.

É possível encontrar desertos frios e secos, florestas e bosques de pinheiro, vales e rios, montanhas e principalmente, os glaciares. Na Patagônia há 4 tipos de clima: árido, frio, temperado e subártico.

A Patagônia é uma região marcada pelos ventos que ocorrem em grande parte do ano. Dessa região é que partem as famosas excursões para a Antártida. Além de leões-marinhos, nessa região existe uma grande concentração de pinguins.

Kafka, Diários



 

"Sou uma pessoa fechada, quieta, associal e insatisfeita, e não apenas em razão de circunstâncias exteriores, mas também, e muito mais, em virtude de minha natureza, e não vejo isso como uma infelicidade para mim, porque se trata apenas de reflexo do meu objetivo. 

Em minha família, entre pessoas mais amáveis e da melhor qualidade, vivo mais alienado que um estranho...

Tudo isso é simples: não tenho absolutamente nada para falar com eles. Tudo que não é literatura me entedia e eu detesto, porque me incomoda ou me detém, ainda que apenas supostamente.

Falta-me, portanto, todo e qualquer talento para a vida familiar, a não ser, na melhor das hipóteses, o de observador.

Sentimento familiar não possuo; vejo em visitas literalmente uma maldade dirigida a mim."

21/08/13

"O ódio da auto-observação ativa. Interpretações psíquicas como 'Ontem, estava assim, mas isso porque...' Ou 'Hoje estou assim, mas isso porque...'

Não é verdade, não foi por isso nem por aquilo e, portanto, não é assim nem assado.

Suportar a si mesmo com tranquilidade e sem precipitação, viver como se tem de viver, e não girando feito um cachorro."

21/10/13

"Minha cela - minha fortaleza."

quinta-feira, outubro 24, 2024

Amor verdadeiro




“O verdadeiro amor não é aquele que se alimenta de carinho e beijos, mas sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade.”

A Verdade

A verdade é a propriedade de estar de acordo com o fato real ou a realidade. A verdade é geralmente considerada o oposto da falsidade. 

Ela também pode ser respostas lógicas resultante do exame de todos os fatos e dados; uma conclusão baseada na evidência, não influenciada pelo desejo, autoridade ou preconceitos; um facto inevitável, sem importar como se chegou a ele.

O uso da palavra verdade pode ter vários significados, desde "ser o caso", "estar de acordo com os fatos ou a realidade", ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão.

Usos mais antigos abrangiam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores.

Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões acerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

Filosofia

O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade. Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade.

Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem.

Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".

Mas para a filosofia de Rene Descartes a certeza é o critério da verdade.

Quem concorda sinceramente com uma frase está se comprometendo com a verdade da frase. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade.

A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa.

A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos.

Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas. Os filósofos analíticos apontam que a visão relativista é facilmente refutável.

A refutação do relativismo, segundo Tomás de Aquino, baseia-se no fato de que é difícil para alguém declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima da declaração. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as verdades são relativas", aparece a dúvida se essa afirmação é ou não é relativa.

Se a declaração não é relativa, então, ela se auto-refuta, pois, é uma verdade sobre relativismo que não é relativa. Se a declaração é relativa, conclui-se que a declaração "todas as verdades são relativas" é uma declaração falsa.

Giacomo Casanova


 

Giacomo Girolamo Casanova nasceu em Veneza, Itália no dia 2 de abril de 1725. Foi um escritor e aventureiro nascido na então República de Veneza.

É amplamente considerado uma das maiores fontes de informação sobre os costumes e hábitos da vida social do século XVIII, sendo também conhecido como um sedutor pela sua célebre vida amorosa. Interrompeu as duas carreiras profissionais que iniciou – a militar e a eclesiástica - e levou uma vida aventurada.

Início de vida

A cidade onde Casanova nasceu, proporcionou aos turistas um acervo de centenas de peças vindas de museus dos quatro cantos da Europa, do Louvre ao Ermitage de São Petersburgo, de Dresde a Varsóvia, de Estugarda a Aix-en-Provence, de Viena a Amestardão.

Filho de uma atriz de 17 anos de idade e provavelmente do nobre Michele Grimani, proprietário do Teatro de San Samuele onde a sua mãe passou a atuar, Casanova teve uma vida apaixonante, tendo sido inicialmente orientado na sua educação para a vida eclesiástica.

Uma aura mágica envolve toda a sua vida de debochado, libertino, colecionador de mulheres, escroque e conquistador empedernido que percorria os bordéis de Londres todas as noites para ter relações com mais de 60 meretrizes.

Aquele homem que conseguiu fugir das masmorras do Palácio Ducal de Veneza, com uma fuga rocambolesca pelos telhados do palácio, depois de estar prisioneiro durante 16 meses.

Tinha sido preso na madrugada de 26 de julho de 1755, sob a acusação de levar uma vida dissoluta, de possuir livros proibidos e de fazer propaganda antirreligiosa. Esperavam-no cinco anos de cativeiro. Na sua primeira cela minúscula, Casanova nem conseguia se erguer.

Cedo adoece, mas mesmo assim planeja uma fuga e cava um túnel, descobrindo desesperado que os seus planos estão condenados ao fracasso quando o mudam de cela em 25 de agosto.

Mas com um companheiro da prisão, o abade Balbi, esquematiza meticulosamente nova fuga. Na madrugada do dia 1 de novembro de 1756, escapa-se por um buraco que conseguiu escavar no teto da cela e sobe para os telhados do Palácio Ducal de onde não consegue descer.

Esgotado pela procura de uma escada ou de cordas que lhe permitirão sair dos telhados que percorre durante toda a noite, Casanova adormece por umas duas horas nas águas-furtadas, uma espécie de forro interior dos telhados do Palácio, mas os sinos da Basílica de São Marcos acordam-no providencialmente e forçam-no a procurar novamente uma outra saída.

Acaba por adentrar novamente na Sala Quadrada do Palácio Ducal servida pela Escada dos Gigantes, decorada pelo famoso arquiteto Sansovino no século XVI.

Um guarda vê os dois fugitivos e, pensando que são magistrados de Veneza que ficaram até altas horas da madrugada trabalhando nos processos judiciais, abre-lhes a porta e deixa-os sair pela Porta da Carta, a entrada habitualmente usada para o ingresso no Palácio dos Doges.

Casanova atravessa a Piazetta numa corrida desesperada ao longo das colunas do Palácio Ducal e joga-se dentro de uma gôndola, escondendo-se da curiosidade dos transeuntes sob a antiga proteção que muitas destas embarcações possuíam outrora, uma cabina chamada "felze" que foi proibida mais tarde, devido aos encontros amorosos que o esconderijo facilitava.

O aventureiro atravessa a fronteira, parte para Munique e só regressa a Veneza dezoito anos mais tarde, em 1774, vindo de Trieste e com a incumbência de escrever regularmente relatórios secretos para a Inquisição de Veneza sobre as pessoas que ele frequenta nas suas longas noites de jogo e de dissolução.

Cruel ironia do destino que ele aceita, existindo cerca de 50 relatórios onde ele acusa nobres e banqueiros de adultério e deboche, da posse de livros cabalísticos e proibidos, de conjura contra o Estado ou de vigarice, crimes que não lhe repugnava cometer!

Em 1782, é recebido novamente no palácio dos Grimani, uma família patrícia de Veneza com a qual pensa estar aparentado, mas por causa das dívidas do jogo envolve-se num confronto com um dos aristocratas de onde sai humilhado, com toda a gente a achincalhar da sua situação.

Vinga-se ao escrever uma brochura intitulada "Nem Amor Nem Mulheres ou o Limpador dos Estábulos", que todos reconhecem como um retrato do nobre Grimani. Os Inquisidores ameaçam-no e ele é forçado a abandonar Veneza onde nunca mais regressou.

A sociedade aristocrática e absolutista do Antigo Regime não podia permitir as ousadias da vingança de um plebeu contra um nobre.

Viaja novamente até Paris e, mergulhando nos salões eruditos e nas bibliotecas, transforma-se num Enciclopedista à estilo de Voltaire, Diderot, D’Alembert, e do Barão d’Holbach.

Irrequieto e agitado por uma inquietação que nunca o abandonou em 73 anos de vida, este sedutor em movimento perpétuo passa grande parte da sua vida em viagens por Avinhão, Marselha, Florença, Roma, Praga, São Petersburgo, Istambul e Viena.

Viajou por toda a Europa e conheceu todas as personagens relevantes da sua época. Personagem, por sua vez, característico do Iluminismo do século XVIII, epicurio e racionalista, é recordado sobretudo pelas suas inumeráveis histórias galantes. Já idoso, em 1785, foi nomeado bibliotecário do conde de Waldstein-Wartenberg em Dux na Boêmia.

Dedicou os seus últimos anos à escrita de um romance, Isocameron, e, especialmente, à redação das suas memórias, História da minha vida, volumosas e escritas em francês, que constituem um fascinante testemunho da época.

Desde a sua primeira publicação, em 1822-25, fizeram-se múltiplas edições novas retocadas. O original integral não foi publicado até 1960. Nos 28 volumes que compõem suas memórias, Giacomo Casanova diz ter dormido com 122 mulheres ao longo da vida.

Giacomo Girolamo Casanova faleceu em Duchcov, Reino da Boémia no dia 4 de julho de 1798.

 


quarta-feira, outubro 23, 2024

Cinto de Castidade


 

Cinto de castidade é uma peça de vestuário de bloqueio projetado para impedir a relação sexual ou masturbação.

Tais cinturões foram historicamente projetados para mulheres, ostensivamente com o propósito de castidade, para proteger as mulheres de estupro ou para dissuadir as mulheres e seus potenciais parceiros sexuais da tentação sexual.

As versões modernas do cinto de castidade são predominantemente, mas não exclusivamente, usadas na comunidade de BDSM, e os cintos de castidade agora são projetados para usuários do sexo masculino, além de mulheres.

De acordo com os mitos modernos, o cinto de castidade foi usado como um dispositivo antitentação durante as Cruzadas.

Quando o cavaleiro partisse para as Terras Sagradas nas Cruzadas, sua senhora usaria um cinto de castidade para preservar sua fidelidade a ele.

No entanto, não há evidência confiável de que os cintos de castidade existissem antes do século XV (mais de um século após a última Cruzada do Oriente Médio), e seu principal período de uso aparente se enquadra no Renascimento e não na Idade Média. 

Pesquisas sobre a história do cinto de castidade sugerem que elas não foram usadas até o século XVI, e então apenas raramente; eles se tornaram amplamente disponíveis na forma de dispositivos médicos antimasturbação do século XIX.

Dizia-se que os cintos de castidade renascentistas tinham forros acolchoados (para evitar que grandes áreas de metal entrassem em contato direto e prolongado com a pele) e precisavam ser trocados com bastante frequência, de modo que tais cintos não eram práticos para uso ininterrupto a longo prazo.

O desgaste contínuo a longo prazo poderia causar infecção geniturinária, ferimentos abrasivos, sepse e eventual morte.

Cinto de Castidade do BDSM

Atualmente, o uso de cintos de castidade acontece geralmente em práticas consensuais do BDSM.

Eles podem ser usados como uma forma de negação do Orgasmo para prevenir que o submisso possa ter qualquer tipo de estimulação nos genitais sem a permissão da pessoa que está na função dominadora, que fica com a posse da chave do cinto de castidade. 

Os cintos de castidade podem ser usados como fetiche tanto por homens quanto por mulheres, porém, o uso é muito mais comum em homens.

Ao vestir o cinto de castidade, o submisso aceita entregar todo o controle de sua liberdade sexual à uma parceira ou parceiro.

A pessoa dominante pode decidir quando, onde, como, com que frequência e mesmo se será permitido ao submisso a liberação sexual.

O cinto de castidade pode ser usado por um tempo limitado durante alguma prática sexual ou por um acordo a longo prazo que pode durar dias ou semanas.

Na cultura BDSM, os cintos de castidade masculinos geralmente são chamados de cock cage ou penis cage (em português: gaiola para o pênis).

O uso de cinto de castidade como fetiche não necessariamente está associado à outras práticas sexuais além da negação do orgasmo, porém, é comum ver esse tipo de acessório sendo usado em fetiches onde há submissão masculina como cuckold, cock and bail torture e pegging.

Os Corvos




Corvos é um gênero amplamente distribuído de aves de médio a grande porte da família Corvídea. O gênero inclui espécies comumente conhecidas como corvos.

Possuem ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes, vivendo em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos.

Sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. Tais aves surgiram na Ásia, mas todos os continentes temperados e várias ilhas (como o Havaí) têm representantes do gênero.

O corvo pode simbolizar a escuridão, a morte, a solidão, o azar e o mau presságio devido a sua coloração preta e hábitos necrófagos. Por outro lado, pode simbolizar a astúcia, a cura, a sabedoria, a fertilidade, a esperança.

Muitas culturas acreditam que essa ave simboliza tais aspectos positivos, como por exemplo, para os ameríndios simboliza a criatividade e o sol; para os chineses e japoneses o corvo simboliza a gratidão, o amor familiar, o mensageiro divino que representa o bom presságio.

Na China, o emblema do Imperador é um corvo de três patas, tripé considerado solar, representa o nascimento, o zênite e o crepúsculo ou ainda, sol nascente (aurora), sol do meio-dia (zênite), sol poente (ocaso) e juntos simbolizam a vida e as atividades do imperador.

Na Mitologia Grega, o corvo era consagrado a Apolo, Deus da luz do Sol, e para eles essas aves desempenhavam o papel de mensageiro dos deuses visto que possuíam funções proféticas.

Por esse motivo, esse animal simbolizava a luz uma vez que para os gregos, o Corvo era dotado de poder a fim de conjurar a má sorte. No manuscrito Maia, o "Popol Vuh", o corvo aparece como o mensageiro do Deus da trovoada e do relâmpago.

Ainda de acordo com a mitologia grega, o corvo era uma ave branca. Apolo deu a um corvo a missão de ser a guardiã de sua amante, mas o corvo se descuidou e a amante o traiu, como castigo Apolo tornou o corvo uma ave negra.

Já na Mitologia Nórdica, encontramos o corvo como o companheiro de Odin (Wotan), deus da sabedoria, da poesia, da magia, da guerra e da morte. A partir disso, na Mitologia Escandinava, dois corvos aparecem empoleirados no Trono de Odin: “Hugin” que simboliza o espírito, enquanto "Munnin" representa a memória; e juntos simbolizam o princípio da criação.

Inteligência

Os estudos da inteligência em corvos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência.

Como exemplo disso, tem-se a descoberta de cientistas da Universidade de Auckland de que os corvos têm a capacidade de usar três ferramentas em sucessão para conseguir chegar até aos alimentos. 

Alguns corvos que comem sementes difíceis de se quebrar costumam atirar as sementes nas ruas de uma metrópole qualquer e deixar que os carros as quebrem. O corvo-de-nova-Caledônia (Corvus moneduloides) é conhecido pela sua capacidade de fabricar e utilizar pequenos instrumentos que o auxiliam na alimentação.

Em testes específicos de inteligência animal, costumam atingir altas pontuações. A diferença entre um corvo a outro necrófago é que ele mata quando está com fome, outra curiosidade que está ave tem é a capacidade de repetir ou falar algumas frases tendo a habilidade parecida com a de um papagaio.

Nota: algumas espécies do gênero Corvus são conhecidas como gralha. 


 

terça-feira, outubro 22, 2024

Hoje!

          


          


Hoje o sol está mais radioso, as plantas estão mais viçosas, as flores... Oh! As flores, elas estão mais fragrantes, o céu mais azul, o ar mais morno, a atmosfera mais serena, a brisa mais perfumada.

Hoje, as pessoas parecem-me todas cheias de bondade e muita beleza. O otimismo abrange pessoas e coisas.

À noite. Ah! À noite, calma e serena, reveste-se de insólita majestade. As estrelas nunca brilharam tanto, o rouxinol jamais soltara trinados mais melodiosos.

Hoje, a cidade inteira está em festa, envolta num halo de alegria e de felicidade. As tristezas agonizam como aves agoureiras, feridas pelo raio. Renascem todas as mocidades, reflorescem todas as ilusões.

Hoje, sentirei estar pronto a crer em tudo, a esperar tudo e não desesperar de nada.

Hoje, tudo poderia ser possível. O sol poderia começar no firmamento uma fantástica dança sideral, o universo desvairado poderia formar um cortejo de astros desconhecidos, de planetas distantes, de satélites minúsculos. Nada disso me espantaria.

Hoje, o mar poderia converter as ondas em chamas, poderia esfarelar-se as montanhas e confundir-se com o solo, poderiam adquirir movimentos as árvores, falar humano os animais.

Hoje, a escuridão poderia ser luminosa e as trevas serem feitas de luz, nada disso me chamaria à atenção.

Hoje, o que não poderia e nem deve acontecer é desamor. Nada que venha a atingir nossos corações apaixonados. Afinal!

Hoje, é mais um dia que vou estar com você!

 Francisco Silva Sousa

Oskar Schindler - Empresário Nazista

Oskar Schindler


Oskar Schindler nasceu na cidade de Svitavy na República Checa em 28 de abril de 1908. Foi um industrial alemão sudeto, espião e membro do Partido Nazi, que salvou da morte 1200 judeus durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas nas atuais Polônia e República Checa, respectivamente.

É o tema principal do romance de 1982, Schindler’s Ark, e do filme de 1993, A Lista de Schindler’s que mostra a sua vida como um oportunista interessado no lucro, inicialmente, mas que acabou por mostrar uma iniciativa e dedicação extraordinárias com o objetivo de salvar as vidas dos seus empregados judeus.

Schindler cresceu em Zwittau, Morávia, e teve vários trabalhos até se juntar à Abwehr, o serviço de informação da Alemanha Nazi, em 1936. Aderiu ao Partido Nazi em 1939. Antes da ocupação alemã da Checoslováquia, em 1938, Schindler recolhia informações sobre caminhos-de-ferro e movimentos de tropas para o governo alemão.

Foi preso por espionagem pelo governo checoslovaco, mas foi libertado segundo os termos do Acordo de Munique, em 1938. Schindler continuou o seu trabalho de recolher informações para os nazis, na Polônia, em 1939, antes da invasão daquele território, no início da Segunda Guerra Mundial.

Em 1939, Schindler obteve uma fábrica de utensílios de cozinha em Cracóvia, Polônia, que empregava 1750 trabalhadores, dos quais cerca de mil eram judeus no auge da fábrica, em 1944. As suas ligações da Abwehr ajudaram Schindler a proteger os trabalhadores judeus de uma deportação certa e da morte nos campos de concentração nazis.

De início, Schindler estava apenas interessado em fazer dinheiro fácil com o negócio. Mais tarde começou a proteger os seus trabalhadores sem olhar custos. Com o tempo, Schindler teve que subornar os oficiais nazis com dinheiro e ofertas de luxo, obtidas no mercado-negro, para manter os seus empregados seguros.

Quando a Alemanha começou a perder a guerra, em julho de 1944, as Schutzstaffel (SS) começaram a fechar os campos de concentração a leste e a evacuar os restantes prisioneiros para oeste. Muitos foram mortos no campo de concentração de Auschwitz e Gros-rosen.

Schindler convenceu o SS-Hauptsturmfuhrer Amon Goth, comandante do Campo de concentração de Kraków-Plaszów. a transferir a sua fábrica para Brunnlitz, na região dos Sudetas, poupando, assim, os seus trabalhadores da morte nas câmaras de gás.

Utilizando os nomes fornecidos pelo oficial da Polícia dos Guetos Judeus Marcel Goldberg, o secretário de Göth, Mietek Pemper, compilou, e passou a papel, uma lista de 1,2 mil judeus que viajaram para Brünnlitz em outubro de 1944.

Schindler continuou a subornar os oficiais das SS para impedir o massacre dos seus empregados, até ao final da Segunda Guerra Mundial na Europa, em maio de 1945, altura em que tinha já gasto a sua fortuna em subornos e no mercado-negro para comprar provisões para os seus funcionários.

Schindler foi viver na Alemanha a seguir à guerra, onde foi apoiado financeiramente por organizações judaicas de salvamento. Depois de receber um reembolso parcial pelos seus gastos em tempo de guerra, viajou para a Argentina, com a sua esposa, para uma quinta.

Quando entrou em bancarrota em 1958, Schindler deixou sua mulher e regressou à Alemanha, onde foi malsucedido em vários negócios, e teve que ser ajudado pelos seus Schindler Juden ("Judeus de Schindler") – aqueles cujas vidas ele salvou durante a guerra. Schindler recebeu a designação de Juntos entre as nações pelo governo de Israel em 1963, e morreu a 9 de outubro de 1974.


Fábrica de Oskar Schindler em Cracóvia