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sábado, outubro 26, 2024

Desordenadamente.



A Riqueza da Igreja Católica e a Pobreza Espiritual: Reflexões sobre Contrastes e Responsabilidades

“Há uma espécie de pobreza espiritual na riqueza que a torna semelhante à mais negra miséria.”

- Eurípides

De um lado, um homem que se apresenta como representante de Deus, adornado com vestes suntuosas e símbolos de poder. Do outro, uma criança faminta, vítima da miséria em um continente como a África.

O ouro que reveste tronos, altares e imagens sacras poderia, em teoria, salvar incontáveis vidas. Essa dicotomia entre opulência e privação levanta questionamentos profundos sobre a verdadeira essência da riqueza e da espiritualidade, como sugerido pela citação do dramaturgo grego Eurípides.

A frase de Eurípides reflete uma crítica atemporal à ilusão de que a acumulação de bens materiais garante plenitude. Para o autor, a riqueza, embora traga conforto e prestígio, pode mascarar uma “pobreza espiritual” que se assemelha à miséria mais profunda.

Essa carência interior manifesta-se como solidão, vazio existencial ou desconexão com valores humanos essenciais, como a compaixão e o propósito.

Em um mundo obcecado por posses, Eurípides nos convida a buscar uma realização mais profunda, que transcenda o material e encontre sentido na conexão com os outros e com um propósito maior.

A Imensa Riqueza da Igreja Católica

A Igreja Católica é uma das instituições mais ricas e influentes do mundo, com um patrimônio acumulado ao longo de dois milênios. Seu acervo inclui propriedades imobiliárias, como o Vaticano e milhares de igrejas, conventos e seminários; obras de arte inestimáveis, como as pinturas de Michelangelo na Capela Sistina; e artefatos históricos, como relíquias e manuscritos raros.

Essa riqueza foi construída por meio de doações de fiéis, dízimos, investimentos financeiros e, em períodos históricos controversos, práticas como a venda de indulgências e o confisco de bens durante a Inquisição.

A Inquisição, que vigorou entre os séculos XIII e XIX, foi um dos períodos em que a Igreja ampliou significativamente seu patrimônio. Bens de acusados de heresia - especialmente cristãos-novos, judeus convertidos e outros considerados hereges - eram frequentemente confiscados, enriquecendo os tribunais do Santo Ofício e, por extensão, a própria Igreja.

Essas práticas, muitas vezes justificadas como defesa da fé, contribuíram para a acumulação de recursos, mas também para a percepção de uma instituição que, em certos momentos, priorizou o poder e a riqueza em detrimento da justiça e da caridade.

Contrastes com a Pobreza Global

Apesar de sua imensa riqueza, a Igreja Católica opera em um mundo marcado por desigualdades extremas. Em muitas regiões da África, milhões de pessoas enfrentam pobreza extrema, com acesso limitado a água potável, saúde, educação e moradia digna.

Segundo relatórios recentes da ONU, em 2025, cerca de 475 milhões de pessoas na África Subsaariana vivem com menos de US$ 2,15 por dia, enfrentando condições de miséria que contrastam diretamente com a opulência de instituições como o Vaticano.

A Igreja Católica desempenha um papel significativo em regiões carentes, administrando hospitais, escolas, orfanatos e programas de caridade que atendem milhões de pessoas.

Por exemplo, organizações como a Cáritas Internacional e as missões católicas fornecem ajuda humanitária em crises, como desastres naturais e conflitos.

No entanto, a escala dos problemas sociais excede os recursos alocados, e a percepção de uma Igreja rica, mas incapaz de erradicar a pobreza em larga escala, alimenta críticas sobre a gestão de seu patrimônio.

O Papel do Papa Francisco e o Debate Ético

Desde sua eleição em 2013, o Papa Francisco tem defendido uma “Igreja pobre para os pobres”, criticando o materialismo e a ostentação. Ele já questionou publicamente a acumulação de riquezas pela Igreja e incentivou a venda de bens para financiar iniciativas de combate à pobreza.

Em 2015, por exemplo, Francisco ordenou a distribuição de propriedades eclesiásticas ociosas para abrigar refugiados, e em 2020, reforçou a transparência financeira no Vaticano para evitar escândalos de corrupção. Suas ações ressoam com a mensagem de Eurípides, sugerindo que a verdadeira riqueza está no serviço aos mais necessitados.

No entanto, a Igreja enfrenta um dilema ético: preservar seu patrimônio histórico e cultural - que inclui tesouros artísticos e espirituais de valor incalculável - ou liquidar parte desses bens para financiar ações humanitárias.

Vender obras-primas como as de Bernini ou Rafael, por exemplo, poderia gerar bilhões, mas também significaria a perda de um legado cultural que pertence à humanidade. Além disso, a administração desses recursos é complexa, envolvendo questões logísticas, políticas e éticas que dificultam decisões unilaterais.

Perspectivas e Críticas

O debate sobre a riqueza da Igreja não é novo e ganhou força com os movimentos reformistas do século XX e XXI. Críticos argumentam que a Igreja deveria adotar uma postura mais radical, redistribuindo seus bens para atender às necessidades urgentes de populações vulneráveis, especialmente em países africanos onde a pobreza é endêmica.

Por outro lado, defensores da preservação do patrimônio eclesiástico destacam que esses bens têm um valor espiritual e histórico que transcende sua função econômica, servindo como símbolos de fé e cultura.

A citação de Eurípides, nesse contexto, oferece uma lente para refletir sobre essas tensões. A “pobreza espiritual” associada à riqueza não se aplica apenas a indivíduos, mas também a instituições.

Uma Igreja que acumula bens enquanto milhões passam fome pode ser vista como espiritualmente empobrecida, mesmo com seus tesouros. Por outro lado, sua capacidade de mobilizar recursos e liderar iniciativas de caridade demonstra um compromisso com os valores cristãos de solidariedade.

Conclusão

A riqueza da Igreja Católica, construída ao longo de séculos, é tanto um testemunho de sua influência histórica quanto um ponto de controvérsia em um mundo marcado pela desigualdade.

A Inquisição, com seus confiscos, foi um capítulo sombrio que contribuiu para esse patrimônio, mas também um lembrete dos perigos de priorizar o poder material sobre a justiça.

A mensagem de Eurípides ressoa como um convite à reflexão: a verdadeira riqueza reside na capacidade de transformar vidas, não na acumulação de ouro.

Enquanto a Igreja busca equilibrar sua missão espiritual com suas responsabilidades sociais, o apelo do Papa Francisco por humildade e solidariedade aponta para um caminho em que a fé e a ação concreta caminhem juntas, enfrentando as “negras misérias” do mundo com esperança e compaixão.

Daqui a 100 anos


 

Daqui a 100 anos, por exemplo, em 2124, estaremos todos enterrados com nossos familiares e amigos e animais de estimação.

Estranhos viverão em nossas casas e possuirão tudo o que temos hoje. Todas as nossas propriedades serão de desconhecidos, que nem nasceram ainda.

Nossos descendentes nem se lembrarão de nós. Quantos conhecemos o pai do nosso avô?

Depois de nossa morte seremos lembrando por alguns anos, depois seremos apenas um retrato na estante de alguém e alguns anos depois nem isso mais seremos.

Alguém até poderá ser lembrado depois de tanto tempo, desde que sejam famosos, que escrevam muito sobre ele, só assim não será totalmente esquecido.

A história está repleta de nomes de pessoas que viveram a milhares de anos, mas são poucos os que se destacaram. Nesse momento iríamos perceber o quão ignorante e deficiente era o sonho de se conseguir tudo.

Se nós puséssemos a pensar nisso, certamente nossas abordagens mudariam, seriam outras. Ter cada vez mais sem ter um tempo para o que realmente vale a pena. Trocaria tudo isso por viver e desfrutar daqueles passeios que nunca tive.

Daqueles abraços não dados, daqueles beijos nos filhos e em nossos amores, esses momentos que encheriam a minha vida de alegria. E que desperdiçamos dia após dia!

Ainda há tempo para nós!

sexta-feira, outubro 25, 2024

Patagônia


 

Patagónia ou Patagônia é uma região geográfica que abrange a parte mais meridional da América do Sul.

Localiza-se na Argentina e no Chile, e integra a seção mais ao sul da cordilheira dos Andes, rumo a sudoeste até o oceano Pacifico, e, a leste, até os vales em torno do rio Colorado até Carmem de Patagones, no oceano Atlântico. A oeste, inclui o território de Valdivia, através do arquipélago da Terra do Fogo.

O nome 'Patagônia' vem da palavra patagão usado por Fernão de Magalhães em 1520 para descrever o povo nativo que sua expedição acreditou serem gigantes.

Acredita-se atualmente que os patagones seriam os tehuelches, que tinham uma altura média de 180 centímetros, em comparação com os 168 cm de média dos europeus da época.

Regiões

A parte argentina da Patagônia inclui as províncias de Neuquén, Rio Negro, Chubut e Santa Cruz, bem como a parte leste da Terra do Fogo. A Região Patagônica, uma subdivisão político-econômica argentina, inclui a província de La Pampa.

A parte chilena da Patagônia compreende a extremidade meridional de Valdivia a região de Los Lagos, no lago Llanguihue, Chiloé, Puerto Montt e o sitio arqueológico de Monte Verde, bem como as ilhas a sul das regiões de Aisén e Magallanes, incluindo o lado ocidental da Terra do Fogo e do Cabo Hom.

Clima

A Patagônia é a área com mais geleiras fora das zonas polares, isso ocorre pelo clima frio em média de -10°C, e varia dos 10°C no verão até -20°C no inverno.

É possível encontrar desertos frios e secos, florestas e bosques de pinheiro, vales e rios, montanhas e principalmente, os glaciares. Na Patagônia há 4 tipos de clima: árido, frio, temperado e subártico.

A Patagônia é uma região marcada pelos ventos que ocorrem em grande parte do ano. Dessa região é que partem as famosas excursões para a Antártida. Além de leões-marinhos, nessa região existe uma grande concentração de pinguins.

Kafka, Diários



 

"Sou uma pessoa fechada, quieta, associal e insatisfeita, e não apenas em razão de circunstâncias exteriores, mas também, e muito mais, em virtude de minha natureza, e não vejo isso como uma infelicidade para mim, porque se trata apenas de reflexo do meu objetivo. 

Em minha família, entre pessoas mais amáveis e da melhor qualidade, vivo mais alienado que um estranho...

Tudo isso é simples: não tenho absolutamente nada para falar com eles. Tudo que não é literatura me entedia e eu detesto, porque me incomoda ou me detém, ainda que apenas supostamente.

Falta-me, portanto, todo e qualquer talento para a vida familiar, a não ser, na melhor das hipóteses, o de observador.

Sentimento familiar não possuo; vejo em visitas literalmente uma maldade dirigida a mim."

21/08/13

"O ódio da auto-observação ativa. Interpretações psíquicas como 'Ontem, estava assim, mas isso porque...' Ou 'Hoje estou assim, mas isso porque...'

Não é verdade, não foi por isso nem por aquilo e, portanto, não é assim nem assado.

Suportar a si mesmo com tranquilidade e sem precipitação, viver como se tem de viver, e não girando feito um cachorro."

21/10/13

"Minha cela - minha fortaleza."

quinta-feira, outubro 24, 2024

Amor verdadeiro




“O verdadeiro amor não é aquele que se alimenta de carinho e beijos, mas sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade.”

A Verdade

A verdade é a propriedade de estar de acordo com o fato real ou a realidade. A verdade é geralmente considerada o oposto da falsidade. 

Ela também pode ser respostas lógicas resultante do exame de todos os fatos e dados; uma conclusão baseada na evidência, não influenciada pelo desejo, autoridade ou preconceitos; um facto inevitável, sem importar como se chegou a ele.

O uso da palavra verdade pode ter vários significados, desde "ser o caso", "estar de acordo com os fatos ou a realidade", ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão.

Usos mais antigos abrangiam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores.

Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões acerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

Filosofia

O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade. Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade.

Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem.

Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".

Mas para a filosofia de Rene Descartes a certeza é o critério da verdade.

Quem concorda sinceramente com uma frase está se comprometendo com a verdade da frase. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade.

A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa.

A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos.

Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas. Os filósofos analíticos apontam que a visão relativista é facilmente refutável.

A refutação do relativismo, segundo Tomás de Aquino, baseia-se no fato de que é difícil para alguém declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima da declaração. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as verdades são relativas", aparece a dúvida se essa afirmação é ou não é relativa.

Se a declaração não é relativa, então, ela se auto-refuta, pois, é uma verdade sobre relativismo que não é relativa. Se a declaração é relativa, conclui-se que a declaração "todas as verdades são relativas" é uma declaração falsa.

Giacomo Casanova


 

Giacomo Girolamo Casanova nasceu em Veneza, Itália no dia 2 de abril de 1725. Foi um escritor e aventureiro nascido na então República de Veneza.

É amplamente considerado uma das maiores fontes de informação sobre os costumes e hábitos da vida social do século XVIII, sendo também conhecido como um sedutor pela sua célebre vida amorosa. Interrompeu as duas carreiras profissionais que iniciou – a militar e a eclesiástica - e levou uma vida aventurada.

Início de vida

A cidade onde Casanova nasceu, proporcionou aos turistas um acervo de centenas de peças vindas de museus dos quatro cantos da Europa, do Louvre ao Ermitage de São Petersburgo, de Dresde a Varsóvia, de Estugarda a Aix-en-Provence, de Viena a Amestardão.

Filho de uma atriz de 17 anos de idade e provavelmente do nobre Michele Grimani, proprietário do Teatro de San Samuele onde a sua mãe passou a atuar, Casanova teve uma vida apaixonante, tendo sido inicialmente orientado na sua educação para a vida eclesiástica.

Uma aura mágica envolve toda a sua vida de debochado, libertino, colecionador de mulheres, escroque e conquistador empedernido que percorria os bordéis de Londres todas as noites para ter relações com mais de 60 meretrizes.

Aquele homem que conseguiu fugir das masmorras do Palácio Ducal de Veneza, com uma fuga rocambolesca pelos telhados do palácio, depois de estar prisioneiro durante 16 meses.

Tinha sido preso na madrugada de 26 de julho de 1755, sob a acusação de levar uma vida dissoluta, de possuir livros proibidos e de fazer propaganda antirreligiosa. Esperavam-no cinco anos de cativeiro. Na sua primeira cela minúscula, Casanova nem conseguia se erguer.

Cedo adoece, mas mesmo assim planeja uma fuga e cava um túnel, descobrindo desesperado que os seus planos estão condenados ao fracasso quando o mudam de cela em 25 de agosto.

Mas com um companheiro da prisão, o abade Balbi, esquematiza meticulosamente nova fuga. Na madrugada do dia 1 de novembro de 1756, escapa-se por um buraco que conseguiu escavar no teto da cela e sobe para os telhados do Palácio Ducal de onde não consegue descer.

Esgotado pela procura de uma escada ou de cordas que lhe permitirão sair dos telhados que percorre durante toda a noite, Casanova adormece por umas duas horas nas águas-furtadas, uma espécie de forro interior dos telhados do Palácio, mas os sinos da Basílica de São Marcos acordam-no providencialmente e forçam-no a procurar novamente uma outra saída.

Acaba por adentrar novamente na Sala Quadrada do Palácio Ducal servida pela Escada dos Gigantes, decorada pelo famoso arquiteto Sansovino no século XVI.

Um guarda vê os dois fugitivos e, pensando que são magistrados de Veneza que ficaram até altas horas da madrugada trabalhando nos processos judiciais, abre-lhes a porta e deixa-os sair pela Porta da Carta, a entrada habitualmente usada para o ingresso no Palácio dos Doges.

Casanova atravessa a Piazetta numa corrida desesperada ao longo das colunas do Palácio Ducal e joga-se dentro de uma gôndola, escondendo-se da curiosidade dos transeuntes sob a antiga proteção que muitas destas embarcações possuíam outrora, uma cabina chamada "felze" que foi proibida mais tarde, devido aos encontros amorosos que o esconderijo facilitava.

O aventureiro atravessa a fronteira, parte para Munique e só regressa a Veneza dezoito anos mais tarde, em 1774, vindo de Trieste e com a incumbência de escrever regularmente relatórios secretos para a Inquisição de Veneza sobre as pessoas que ele frequenta nas suas longas noites de jogo e de dissolução.

Cruel ironia do destino que ele aceita, existindo cerca de 50 relatórios onde ele acusa nobres e banqueiros de adultério e deboche, da posse de livros cabalísticos e proibidos, de conjura contra o Estado ou de vigarice, crimes que não lhe repugnava cometer!

Em 1782, é recebido novamente no palácio dos Grimani, uma família patrícia de Veneza com a qual pensa estar aparentado, mas por causa das dívidas do jogo envolve-se num confronto com um dos aristocratas de onde sai humilhado, com toda a gente a achincalhar da sua situação.

Vinga-se ao escrever uma brochura intitulada "Nem Amor Nem Mulheres ou o Limpador dos Estábulos", que todos reconhecem como um retrato do nobre Grimani. Os Inquisidores ameaçam-no e ele é forçado a abandonar Veneza onde nunca mais regressou.

A sociedade aristocrática e absolutista do Antigo Regime não podia permitir as ousadias da vingança de um plebeu contra um nobre.

Viaja novamente até Paris e, mergulhando nos salões eruditos e nas bibliotecas, transforma-se num Enciclopedista à estilo de Voltaire, Diderot, D’Alembert, e do Barão d’Holbach.

Irrequieto e agitado por uma inquietação que nunca o abandonou em 73 anos de vida, este sedutor em movimento perpétuo passa grande parte da sua vida em viagens por Avinhão, Marselha, Florença, Roma, Praga, São Petersburgo, Istambul e Viena.

Viajou por toda a Europa e conheceu todas as personagens relevantes da sua época. Personagem, por sua vez, característico do Iluminismo do século XVIII, epicurio e racionalista, é recordado sobretudo pelas suas inumeráveis histórias galantes. Já idoso, em 1785, foi nomeado bibliotecário do conde de Waldstein-Wartenberg em Dux na Boêmia.

Dedicou os seus últimos anos à escrita de um romance, Isocameron, e, especialmente, à redação das suas memórias, História da minha vida, volumosas e escritas em francês, que constituem um fascinante testemunho da época.

Desde a sua primeira publicação, em 1822-25, fizeram-se múltiplas edições novas retocadas. O original integral não foi publicado até 1960. Nos 28 volumes que compõem suas memórias, Giacomo Casanova diz ter dormido com 122 mulheres ao longo da vida.

Giacomo Girolamo Casanova faleceu em Duchcov, Reino da Boémia no dia 4 de julho de 1798.

 


quarta-feira, outubro 23, 2024

Cinto de Castidade


 

Cinto de castidade é uma peça de vestuário de bloqueio projetado para impedir a relação sexual ou masturbação.

Tais cinturões foram historicamente projetados para mulheres, ostensivamente com o propósito de castidade, para proteger as mulheres de estupro ou para dissuadir as mulheres e seus potenciais parceiros sexuais da tentação sexual.

As versões modernas do cinto de castidade são predominantemente, mas não exclusivamente, usadas na comunidade de BDSM, e os cintos de castidade agora são projetados para usuários do sexo masculino, além de mulheres.

De acordo com os mitos modernos, o cinto de castidade foi usado como um dispositivo antitentação durante as Cruzadas.

Quando o cavaleiro partisse para as Terras Sagradas nas Cruzadas, sua senhora usaria um cinto de castidade para preservar sua fidelidade a ele.

No entanto, não há evidência confiável de que os cintos de castidade existissem antes do século XV (mais de um século após a última Cruzada do Oriente Médio), e seu principal período de uso aparente se enquadra no Renascimento e não na Idade Média. 

Pesquisas sobre a história do cinto de castidade sugerem que elas não foram usadas até o século XVI, e então apenas raramente; eles se tornaram amplamente disponíveis na forma de dispositivos médicos antimasturbação do século XIX.

Dizia-se que os cintos de castidade renascentistas tinham forros acolchoados (para evitar que grandes áreas de metal entrassem em contato direto e prolongado com a pele) e precisavam ser trocados com bastante frequência, de modo que tais cintos não eram práticos para uso ininterrupto a longo prazo.

O desgaste contínuo a longo prazo poderia causar infecção geniturinária, ferimentos abrasivos, sepse e eventual morte.

Cinto de Castidade do BDSM

Atualmente, o uso de cintos de castidade acontece geralmente em práticas consensuais do BDSM.

Eles podem ser usados como uma forma de negação do Orgasmo para prevenir que o submisso possa ter qualquer tipo de estimulação nos genitais sem a permissão da pessoa que está na função dominadora, que fica com a posse da chave do cinto de castidade. 

Os cintos de castidade podem ser usados como fetiche tanto por homens quanto por mulheres, porém, o uso é muito mais comum em homens.

Ao vestir o cinto de castidade, o submisso aceita entregar todo o controle de sua liberdade sexual à uma parceira ou parceiro.

A pessoa dominante pode decidir quando, onde, como, com que frequência e mesmo se será permitido ao submisso a liberação sexual.

O cinto de castidade pode ser usado por um tempo limitado durante alguma prática sexual ou por um acordo a longo prazo que pode durar dias ou semanas.

Na cultura BDSM, os cintos de castidade masculinos geralmente são chamados de cock cage ou penis cage (em português: gaiola para o pênis).

O uso de cinto de castidade como fetiche não necessariamente está associado à outras práticas sexuais além da negação do orgasmo, porém, é comum ver esse tipo de acessório sendo usado em fetiches onde há submissão masculina como cuckold, cock and bail torture e pegging.

Os Corvos




Corvos é um gênero amplamente distribuído de aves de médio a grande porte da família Corvídea. O gênero inclui espécies comumente conhecidas como corvos.

Possuem ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes, vivendo em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos.

Sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. Tais aves surgiram na Ásia, mas todos os continentes temperados e várias ilhas (como o Havaí) têm representantes do gênero.

O corvo pode simbolizar a escuridão, a morte, a solidão, o azar e o mau presságio devido a sua coloração preta e hábitos necrófagos. Por outro lado, pode simbolizar a astúcia, a cura, a sabedoria, a fertilidade, a esperança.

Muitas culturas acreditam que essa ave simboliza tais aspectos positivos, como por exemplo, para os ameríndios simboliza a criatividade e o sol; para os chineses e japoneses o corvo simboliza a gratidão, o amor familiar, o mensageiro divino que representa o bom presságio.

Na China, o emblema do Imperador é um corvo de três patas, tripé considerado solar, representa o nascimento, o zênite e o crepúsculo ou ainda, sol nascente (aurora), sol do meio-dia (zênite), sol poente (ocaso) e juntos simbolizam a vida e as atividades do imperador.

Na Mitologia Grega, o corvo era consagrado a Apolo, Deus da luz do Sol, e para eles essas aves desempenhavam o papel de mensageiro dos deuses visto que possuíam funções proféticas.

Por esse motivo, esse animal simbolizava a luz uma vez que para os gregos, o Corvo era dotado de poder a fim de conjurar a má sorte. No manuscrito Maia, o "Popol Vuh", o corvo aparece como o mensageiro do Deus da trovoada e do relâmpago.

Ainda de acordo com a mitologia grega, o corvo era uma ave branca. Apolo deu a um corvo a missão de ser a guardiã de sua amante, mas o corvo se descuidou e a amante o traiu, como castigo Apolo tornou o corvo uma ave negra.

Já na Mitologia Nórdica, encontramos o corvo como o companheiro de Odin (Wotan), deus da sabedoria, da poesia, da magia, da guerra e da morte. A partir disso, na Mitologia Escandinava, dois corvos aparecem empoleirados no Trono de Odin: “Hugin” que simboliza o espírito, enquanto "Munnin" representa a memória; e juntos simbolizam o princípio da criação.

Inteligência

Os estudos da inteligência em corvos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência.

Como exemplo disso, tem-se a descoberta de cientistas da Universidade de Auckland de que os corvos têm a capacidade de usar três ferramentas em sucessão para conseguir chegar até aos alimentos. 

Alguns corvos que comem sementes difíceis de se quebrar costumam atirar as sementes nas ruas de uma metrópole qualquer e deixar que os carros as quebrem. O corvo-de-nova-Caledônia (Corvus moneduloides) é conhecido pela sua capacidade de fabricar e utilizar pequenos instrumentos que o auxiliam na alimentação.

Em testes específicos de inteligência animal, costumam atingir altas pontuações. A diferença entre um corvo a outro necrófago é que ele mata quando está com fome, outra curiosidade que está ave tem é a capacidade de repetir ou falar algumas frases tendo a habilidade parecida com a de um papagaio.

Nota: algumas espécies do gênero Corvus são conhecidas como gralha. 


 

terça-feira, outubro 22, 2024

Hoje!

          


          


Hoje o sol está mais radioso, as plantas estão mais viçosas, as flores... Oh! As flores, elas estão mais fragrantes, o céu mais azul, o ar mais morno, a atmosfera mais serena, a brisa mais perfumada.

Hoje, as pessoas parecem-me todas cheias de bondade e muita beleza. O otimismo abrange pessoas e coisas.

À noite. Ah! À noite, calma e serena, reveste-se de insólita majestade. As estrelas nunca brilharam tanto, o rouxinol jamais soltara trinados mais melodiosos.

Hoje, a cidade inteira está em festa, envolta num halo de alegria e de felicidade. As tristezas agonizam como aves agoureiras, feridas pelo raio. Renascem todas as mocidades, reflorescem todas as ilusões.

Hoje, sentirei estar pronto a crer em tudo, a esperar tudo e não desesperar de nada.

Hoje, tudo poderia ser possível. O sol poderia começar no firmamento uma fantástica dança sideral, o universo desvairado poderia formar um cortejo de astros desconhecidos, de planetas distantes, de satélites minúsculos. Nada disso me espantaria.

Hoje, o mar poderia converter as ondas em chamas, poderia esfarelar-se as montanhas e confundir-se com o solo, poderiam adquirir movimentos as árvores, falar humano os animais.

Hoje, a escuridão poderia ser luminosa e as trevas serem feitas de luz, nada disso me chamaria à atenção.

Hoje, o que não poderia e nem deve acontecer é desamor. Nada que venha a atingir nossos corações apaixonados. Afinal!

Hoje, é mais um dia que vou estar com você!

 Francisco Silva Sousa