As massas nunca tiveram
sede da verdade. Elas se afastam de evidências que não são do seu gosto,
preferindo confiar no erro, se o erro os seduzir. Quem quer que possa lhes
fornecer ilusões é facilmente seu senhor; quem tenta destruir suas ilusões é
sempre sua vítima.
Essa é uma citação
atribuída a Gustave Le Bon, um psicólogo social francês conhecido por seu
estudo de multidões.
Em seu livro, “A Multidão:
Um Estudo da Mente Popular”, Gustave faz um mergulho profundo nas
características das multidões humanas e como, quando reunidas em grupos, as
pessoas tendem a renunciar à deliberação consciente em favor da ação
inconsciente da multidão.
O psicólogo Carl Jung, seguindo
esta teoria, afirmou uma vez que: “Não é fome, nem terremotos, nem micróbios,
nem câncer, mas o próprio homem que é o maior perigo do homem para o homem,
pela simples razão de que não há proteção adequada contra epidemias psíquicas,
que são infinitamente mais devastadoras do que as piores das naturais
catástrofes.”
Você sabe o que diferencia
o totalitarismo moderno dos estados totalitários anteriores?
A tecnologia.
Os meios para incitar o
medo e manipular o pensamento das pessoas nunca foram mais eficientes ou
eficazes do que são hoje, onde a TV, internet, smartphones e mídias sociais são
todas nossas fontes de informação, o que tornou ainda mais fácil do que nunca
controlar o fluxo dessas informações, especialmente nos casos em que problemas
médicos e de saúde estão envolvidos, como a atual pandemia em que vivemos, onde
jornalistas e políticos têm mais poder junto aos pacientes, do que os próprios
médicos.
Os algoritmos são quem
decide o que você vai receber como informação, pois filtram automaticamente
todas as vozes da razão e do pensamento racional, substituindo-as por
narrativas de medo.
O psicanalista Joost A.M.
Meerloo, autor do livro "The rape of the mind" (O e$tupr0 da mente)
foi taxativo: "Quem dita e formula as palavras e frases que usamos, quem é
dono da imprensa e do rádio (e hoje podemos incluir a internet), é dono da
mente.
Sem descanso, sem
meditação, sem reflexão e sem conversa, os sentidos estão continuamente
sobrecarregados de estímulos. O homem não aprende mais a questionar seu mundo.
A tela (smartphone?) oferece respostas já feitas.
A confusão aumenta a
suscetibilidade de uma queda nas ilusões do totalitarismo.
Por estas e outras, quanto
mais lixo você consumir, mais os algoritmos vão-lhe oferecer. Selecione o que
você lê, ouve e assista, pois esta é ainda a única chance de ao menos tentar
"enxergar fora da caixa", driblando os sistemas do totalitarismo do
qual o mundo se tornou refém.
Vigie-se para não ser
vigiado!
A/D
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