Guerra de Canudos - Movimento religioso liderado por Antônio Conselheiro - Guerra de
Canudos é um filme brasileiro de 1997, do gênero
drama, dirigido por Sérgio Rezende. É baseado no célebre episódio real da
história brasileira, a Guerra de Canudos, na qual o exército brasileiro enfrentou
os integrantes de um movimento religioso liderado por Antônio Conselheiro,
representado no filme pelo ator José Wilker, e que durou de 1896 a 1897 e
terminou com o massacre dos insurgentes pelas tropas federais. O filme foi
orçado em 6 milhões de dólares, e consumiu quase quatro anos de trabalho.
Foi exibido em forma de minissérie pela Rede Globo,
entre 16 de dezembro e 19 de dezembro de 1997, em 4 capítulos, sendo a
primeira vez que a emissora adaptou a exibição de um longa-metragem neste
formato, expediente que passou a ser utilizado com mais frequência em anos
posteriores.
Uma família
sertaneja se divide quando a filha mais velha, Luíza (Cláudia Abreu), se recusa
a acompanhar os pais na peregrinação liderada por Antônio Conselheiro. Luíza
foge e se torna prostituta, passando a viver de forma independente.
Sua família
migra para Belo Monte, região de Canudos, onde Antônio Conselheiro e seus fiéis
procuram resistir aos ataques dos soldados federais enviados para acabar com o
povoado. A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito
precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os
nordestinos, principalmente, a população mais carente.
Toda essa
situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema
social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito
civil. Ele teve a duração de quase um ano, até 5 de outubro de 1897, e, devido
à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter
este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.
O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido
logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele
acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças
sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento
civil e a cobrança de impostos.
Com estas
ideias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que
acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema
pobreza na qual se encontravam.
Este é o registro do conflito que se opôs aos soldados
do Presidente Prudente de Morais pelos boatos reunidos em torno de Antônio
Conselheiro. Luíza lutava contra o povo de seu pai, obrigados a comer qualquer
tipo de animal que aparecia em sua frente. Na luta, o marido de Luíza morre,
então ela começa a se prostituir para os soldados, até que um deles se apaixona
por ela.
Luíza se
apaixona também pelo soldado. Após sua mãe ser assassinada, Luíza luta junto
das pessoas de Canudos, em um dado momento acaba matando seu novo amante.
O filme acaba com Luíza e sua irmã rezando no meio dos
destroços de Canudos.
Figurante
ilustre
O futebolista Daniel Alves, natural de Juazeiro, aparece como
figurante no longa. Segundo o próprio jogador: "Eles estavam gravando lá o
filme e precisavam de pessoas para trabalhar como figurantes. E pelo trabalho
eles davam a alimentação e R$ 5,00 ou R$ 10,00 por dia. Então ninguém queria
perder essa boquinha. Consegui sair no filme. Mas acho que ninguém vai me
conhecer porque eu estava ali no meio de todo mundo. Mas foi muito legal”.
O filme conta ainda com os astros: Paulo Betti como Zé
Lucena, Marieta Severo como Penha, esposa de Zé Lucena e mãe de Luiza, Selton
Melo como Ten. Luís Gama que se apaixona por Luiza, Tuca Andrade como Arimateia
e foi esposo de Luiza, Tonico Pereira como o Cel. Antônio Moreira César e
outros...
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