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domingo, dezembro 14, 2025

O Caso de Abdução de Luís Carlos Serra em Penalva, Maranhão


 

Em 24 de março de 1978, uma Sexta-Feira Santa, na pequena e tranquila cidade de Penalva, no interior do Maranhão, o jovem Luís Carlos Serra, então com apenas 16 anos, protagonizou um dos episódios mais inquietantes da ufologia brasileira. O que lhe ocorreu naquele dia ultrapassou os limites da compreensão comum e permanece, até hoje, envolto em mistério.

O caso aconteceu pouco tempo após a intensa onda de avistamentos conhecida como “Chupa-Chupa”, fenômeno que, entre 1977 e 1978, aterrorizou comunidades ribeirinhas do Pará e do Maranhão. Naquele período, dezenas de moradores relataram ataques de luzes estranhas que pareciam sugar energia ou até sangue das vítimas, deixando marcas de queimaduras, paralisia temporária, fraqueza extrema e traumas psicológicos profundos.

O clima de medo era generalizado, a ponto de o Exército Brasileiro ter conduzido investigações sigilosas, posteriormente associadas à chamada Operação Prato. Foi nesse contexto de tensão e inquietação coletiva que ocorreu o episódio envolvendo Luís Carlos Serra.

Por volta do meio-dia, Luís encontrava-se em uma área de mata densa a oeste de Penalva, colhendo goiabas para ajudar a família. O dia estava claro e silencioso, quando, de repente, ele ouviu um ruído alto e incomum, semelhante a um zumbido metálico.

Ao erguer os olhos, deparou-se com uma luz intensa e cegante acima das palmeiras, proveniente de um objeto descrito como redondo, com uma cúpula no topo e três janelas ao redor.

Dominado pelo pavor, Luís sentiu o corpo perder completamente os movimentos. Caiu de costas no chão e, em seguida, percebeu-se sendo erguido no ar por uma força invisível, sem dor, mas incapaz de resistir.

Foi assim que, segundo seu relato, acabou sendo levado para dentro do que identificou como uma nave espacial. No interior do objeto, encontrou três seres humanoides de baixa estatura, com cerca de 1,20 metro de altura.

Eles vestiam macacões metálicos prateados, aparentemente soltos, além de luvas, botas e capacetes redondos translúcidos, com visores que ocultavam parcialmente os rostos. A comunicação entre eles ocorria por meio de sons guturais, incompreensíveis para o jovem.

O tratamento dispensado a Luís foi descrito como frio e impessoal. Um dos seres introduziu um tubo em seu nariz, sem causar dor, enquanto outro colocou em sua boca uma esfera transparente, forçando a ingestão de um líquido estranho. A substância provocou engasgos e, rapidamente, a perda de consciência.

Quando recobrou parcialmente os sentidos, ainda imobilizado, Luís sentiu a nave se deslocar. Em seguida, foi novamente levitado e depositado sobre uma rocha plana, cercada por vegetação alta. Acima dele, não havia céu visível, estrelas ou árvores - apenas uma escuridão absoluta, descrita como opressiva e antinatural. Mais líquido foi aplicado em sua boca, e ele desmaiou outra vez.

Luís permaneceu desaparecido por três dias, causando grande comoção em Penalva. Familiares e moradores realizaram buscas na mata, temendo o pior. Na noite de 27 de março de 1978, o pescador José Ribamar dos Santos ouviu gritos fracos de socorro vindos do mato.

Ao se aproximar, encontrou o jovem caído no chão, rígido, atordoado e incapaz de falar ou se mover, como se estivesse paralisado. Com a ajuda de vizinhos, Luís foi levado para a casa da mãe, Maria, e, em seguida, encaminhado ao pequeno hospital da cidade.

Os médicos constataram um quadro grave e incomum: Luís encontrava-se em estado catatônico, com os olhos abertos e fixos, mas sem responder a estímulos externos. Seus membros estavam tão rígidos que mal podiam ser dobrados.

Diante da gravidade do caso, ele foi transferido, dois dias depois, de avião, para um hospital maior em São Luís, onde permaneceu internado por quase uma semana, começando a recuperar-se lentamente.

Anos mais tarde, o episódio foi investigado pelo renomado ufólogo americano Bob Pratt, que entrevistou Luís Carlos Serra, médicos, familiares, moradores locais e até o então prefeito de Penalva, João Francisco Mendes. Todos foram unânimes em destacar a simplicidade, humildade e honestidade do jovem, afirmando que ele não tinha motivos para inventar uma história tão extraordinária.

O estado físico e psicológico em que foi encontrado também reforçou o caráter enigmático do caso. Curiosamente, em agosto de 1978, poucos meses depois do ocorrido, um novo relato surgiu na região: três humanoides luminosos, vestindo macacões prateados e capacetes translúcidos, teriam sido vistos em um campo próximo a Penalva.

Embora não exista comprovação direta de ligação entre os dois episódios, a semelhança das descrições chamou a atenção dos pesquisadores.

O caso de Luís Carlos Serra permanece como um dos relatos de abdução mais detalhados e perturbadores da ufologia brasileira nos anos 1970, período marcado por intensa atividade OVNI no Nordeste do país.

Até hoje, não há explicação convencional capaz de esclarecer plenamente os acontecimentos. Ao longo dos anos, Luís manteve seu relato de forma consistente, sem contradições significativas, o que continua a alimentar debates, hipóteses científicas, psicológicas e, para muitos, a possibilidade de visitas extraterrestres.

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