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terça-feira, outubro 07, 2025

Confiança!



Quando você joga um bebê de um ano de idade para o alto, ele não chora de medo - ele gargalha, cheio de alegria. Essa risada nasce de uma certeza silenciosa e profunda: na queda, haverá braços fortes e carinhosos prontos para segurá-lo. Essa certeza tem um nome: confiança.

E a confiança não surge do nada. Ela começa a ser tecida nos primeiros dias de vida, quando o bebê é atendido em suas necessidades mais básicas. Cada colo que o aquece, cada olhar que o acolhe, cada gesto de cuidado - como a mamada oferecida no momento certo ou o carinho que acalma um choro - são fios que constroem esse vínculo invisível, mas fundamental.

O simples ato de jogá-lo para o alto e segurá-lo na volta não é apenas uma brincadeira divertida; é um ritual simbólico que reafirma a segurança emocional e fortalece laços afetivos.

A psicologia mostra que esses primeiros vínculos moldam o desenvolvimento da criança. A teoria do apego, formulada por John Bowlby, afirma que a forma como a criança experimenta a confiança nos primeiros anos influencia profundamente como ela irá relacionar-se com o mundo.

Crianças que crescem em ambientes estáveis e amorosos desenvolvem maior autoestima, autonomia e capacidade de lidar com adversidades. Ao contrário, a ausência de segurança e cuidado pode gerar marcas emocionais que acompanham por toda a vida.

Mas a confiança não é um bem que se esgota na infância. Ela acompanha o ser humano em cada etapa. Na adolescência, por exemplo, ela se transforma na coragem de arriscar, de testar limites e de acreditar em si mesmo.

Na vida adulta, se manifesta na forma como confiamos em nossos parceiros, amigos e colegas de trabalho. Assim como o bebê se entrega rindo ao ser lançado ao ar, nós também buscamos, mesmo que sem perceber, a segurança de braços invisíveis que nos amparem nos momentos de incerteza.

A confiança, portanto, é mais do que um sentimento: é a base da conexão humana. É ela que sustenta relacionamentos, que dá coragem para sonhar, que nos permite enfrentar os altos e baixos da vida sem perder a esperança.

E tudo começa ali, nos pequenos gestos de amor que mostram a um bebê que o mundo pode ser um lugar seguro - porque alguém sempre estará lá para segurá-lo na queda.

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