O confessionário é
um estande pequeno e fechado, utilizada apenas para o Sacramento da Confissão. É
o local habitual para realizar-se este sacramento na Igreja Católica, mas
estruturas semelhantes são também utilizadas na Igreja Anglicana, e também na Igreja
Luterana.
Quando
é necessário caminhar perto de um confessionário, é considerado educado cobrir
com a mão uma orelha, para mostrar respeito pela santidade do confessionário.
Sua invenção remete-se a São Carlos Borromeu, bispo católico quem escreveu no
ano de 1577 Instructiunoum Fabricae et Supellectilis Ecclesiasticae libri
duo, primeira obra que discorre sobre a arquitetura religiosa.
A atual
forma do confessionário foi criada no período Barroco. Os confessionários mais
antigos eram compostos apenas de uma cadeira para o sacerdote, e ao lado um
banco para o penitente. Porém, a partir da Alta Idade Média, cada vez mais
foram construídos estandes para substituir a cadeira, geralmente perto do
altar.
O padre
e penitente estão em compartimentos separados e falam uns com os outros através
de uma grelha ou látice. Muitas vezes um crucifixo está pendurado na tela.
O padre normalmente irá sentar no meio e os penitentes vão entrar nos
compartimentos de cada lado dele.
O padre
pode fechar o outro compartimento por uma tela deslizante de modo que apenas
uma pessoa poderá se confessar ao mesmo tempo, há um banco para o penitente
ficar ajoelhado durante a confissão.
Confissões
e conversas são normalmente sussurradas. Às vezes, um confessionário é
construído nas paredes da própria igreja e têm portas separadas para cada
compartimento; outros confessionários podem ser estruturas independentes e
permanentes com cortinas que são utilizadas para esconder penitentes (e até
mesmo o padre, em alguns confessionários) do resto da Igreja.
Após o
Concilio Vaticano II, o Sacramento da Confissão, foi mais claramente expresso
em sua natureza e efeitos e para facilitar este sacramento, a confissão face a
face foi permitida.
Para
acomodar esta nova forma de sacramento, muitos confessionários atualmente
compreendem apenas um quarto. Há uma tela, atrás da qual o penitente pode
confessar-se anonimamente, mas também alguns tem uma cadeira que o penitente
possa falar com o sacerdote de frente.
A tela
pode ser qualquer coisa, de uma cortina à um estrado. Às vezes, o penitente
pode ver o padre através da tela, mas o padre geralmente nunca vê o penitente.
Muitas vezes é colocado no banco uma placa com as falas que devem ser ditas
para iniciar a confissão.
Também
pode haver outros materiais associados ao sacramento, como um cartão com a
finalidade do Sacramento, com orações e outras informações úteis. Um crucifixo
ou cruz pode ser colocado em cima da tela ou em qualquer lugar perto do
penitente para ajudar na oração.
Alguns
confessionários modernos, e mesmo alguns mais tradicionais, tem muitas vezes
duas ou três luzes, que podem ser controladas pelo padre do interior, ou são
automáticas (ativada pelo penitente quando se ajoelha).
A luz
verde acima da localização do padre mostra que ele está no confessionário, e
está disponível para a confissão, enquanto que uma luz vermelha acima da área
do penitente, mostra que ele está ocupado com deveres paroquianos.
Outros
motivos
Na
verdade, confessionários foram inventados pela igreja não para dar privacidade
aos fies que queriam confessar seus pecados aos padres, mas para impedir que os
sacerdotes tivessem contato físico e até mesmo relações sexuais com as jovens
que costumavam frequentar as confissões.
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