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quarta-feira, dezembro 27, 2023

Padre Mário Pais de Oliveira – “Fátima nunca mais”


 

Mário Pais de Oliveira, também conhecido por Padre Mário de Oliveira ou Padre da Lixa, nasceu em Lourosa, Santa Maria da Feira no dia 8 de março de 1937. Foi um presbítero, filósofo, teólogo, jornalista e escritor português, de formação católica, mas aderente do Jesuísmo.

O Padre Mário (também conhecido por Padre Mário da Lixa, pelo fato de ter sido pároco de Macieira da Lixa) ficou conhecido por, antes da Revolução do 25 de Abril, ter criticado duramente a guerra colonial, vindo a ser perseguido pela PIDE e julgado por duas vezes em Tribunal Plenário.

Foi professor de Religião e Moral no Liceu Normal D. Manuel II e foi enviado como capelão para a guerra colonial, onde se confrontou com os dramas pessoais dos soldados e com a ocupação colonial.

Quando foi levado a um tribunal, durante a ditadura, começou por ter apoio de vastos setores progressistas, mas o bispo D. Antônio Ferreira Gomes acabou por lhe retirar a paróquia, em face das suas posições menos ortodoxas.

O Padre Mário manteve sempre uma ligação a meios progressistas da Igreja Católica (mas não só, já que assume uma postura ecuménica), ainda que alguns destes meios se situem nas franjas dessa igreja, e nem sempre sejam reconhecidos. A sua visão filosófica e religiosa liga-o sem dúvida ao Jesuísmo.

Destaca-se, em particular, a sua atividade de jornalista, como diretor do jornal "Fraternizar", que ainda continua a ser publicado.

A Comunidade que dirigiu, em torno de Lourosa, teve relevância no apoio à democratização da América Latina, e as atividades desenvolvidas em Portugal de solidariedade com esses povos durante os anos 70 e 80 do século passado, em que estavam submetidos a ferozes ditaduras.

Em abril de 1999 publicou em Portugal pela Editora Campo das letras o livro "Fátima nunca mais" e conseguiu oito edições em 12 meses. Padre Mário de Oliveira tenta desfazer o mito e apresenta provas que desmentem as aparições de Fátima.

Refere que a utilização de Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus dos Santos numa suposta aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, arruinou a vida das três crianças.

Padre Mário de Oliveira acusa também o clero de Ourém e a Igreja Católica de ter abusado psicologicamente das 3 crianças, a ponto de duas delas terem morrido de pneumonia por estarem fracas devido aos jejuns religiosos, e de terem enfiado a sobrevivente num convento

Morte

Tendo sofrido um grave acidente de carro, a 26 de janeiro de 2022, em Macieira da Lixa, o Padre Mário de Oliveira, a poucos dias de fazer 85 anos, faleceu, a 24 de fevereiro do mesmo ano, no Hospital de Penafiel.

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