Propaganda

sábado, julho 27, 2024

Russell Crowe - Levou o Oscar em Gladiador




Russell Ira Crowe, nascido em 7 de abril de 1964, em Wellington, Nova Zelândia, é um aclamado ator, produtor de cinema e músico neozelandês, conhecido mundialmente por sua atuação marcante em Gladiador (2000), que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator em 2001.

Sua trajetória, marcada por papéis intensos e uma personalidade forte, consolidou-o como um dos maiores astros de Hollywood. Crowe mudou-se com a família para a Austrália ainda na infância, onde seus pais, Jocelyn e John Crowe, trabalhavam fornecendo serviços de catering em sets de filmagem.

Esse ambiente proporcionou seu primeiro contato com o mundo do entretenimento. Desde cedo, Russell demonstrou interesse pela atuação, participando de peças teatrais e fazendo pequenas aparições em séries de TV australianas, como Spyforce e The Young Doctors.

Durante a adolescência, ele também se envolveu com música, liderando uma banda chamada Roman Antix, que mais tarde se tornaria 30 Odd Foot of Grunts.

Apesar de sua paixão pela arte, Crowe abandonou os estudos para se dedicar à carreira, trabalhando com um grupo de teatro itinerante e desenvolvendo suas habilidades sem formação clássica em atuação.

Sua estreia no cinema veio em 1990, com um papel secundário no filme australiano The Crossing (mencionado no texto original como “Aprova”, provavelmente um erro), pelo qual recebeu uma indicação ao Australian Film Institute Awards (AFI).

No ano seguinte, protagonizou Romper Stomper (1992), intitulado no Brasil como Skinheads - A Força Branca, interpretando um líder neonazista. Sua atuação visceral chamou a atenção da indústria e lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no AFI, marcando-o como uma promessa do cinema australiano.

Esse desempenho atraiu o interesse de Sharon Stone, que insistiu em tê-lo no elenco de The Quick and the Dead (1995, no Brasil, Rápido e Mortal), adiando as filmagens para garantir sua participação. Esse filme marcou sua entrada em Hollywood.

Após papéis em filmes menos expressivos, Crowe ganhou destaque internacional em 1997, como o detetive Bud White no aclamado L.A. Confidential, dirigido por Curtis Hanson.

O filme recebeu nove indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, e colocou Crowe no radar de Hollywood. Em 1999, ele engordou mais de 20 quilos para interpretar Jeffrey Wigand em The Insider (O Informante), ao lado de Al Pacino.

Sua performance como o cientista que expôs a indústria do tabaco lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator em 2000, embora o prêmio tenha sido dado a Kevin Spacey por American Beauty.

No ano seguinte, Crowe alcançou o auge com Gladiador, dirigido por Ridley Scott. Sua interpretação do general romano Maximus Decimus Meridius não apenas lhe garantiu o Oscar de Melhor Ator em 2001, mas também o consagrou como um ícone do cinema.

O filme, que venceu cinco Oscars, incluindo Melhor Filme, tornou-se o mais famoso de sua carreira. Contudo, sua personalidade intensa e, por vezes, ríspida com a imprensa reforçou uma imagem pública de “bad boy”, que ele próprio reconheceu como parte de sua autenticidade.

Em 2001, Crowe voltou a ser indicado ao Oscar por A Beautiful Mind (Uma Mente Brilhante), no papel do matemático John Nash. Apesar de ser o favorito, perdeu para Denzel Washington (Training Day). Por esse filme, ele recebeu um cachê de 15 milhões de dólares, consolidando-se como um dos atores mais bem pagos de Hollywood.

Desde então, participou de produções prestigiadas, como Master and Commander: The Far Side of the World (2003), Cinderella Man (2005) e American Gangster (2007), demonstrando versatilidade em papéis históricos, dramáticos e de ação.

Fora das telas, a vida pessoal de Crowe também atraiu atenção. Em 7 de abril de 2003, ele se casou com a atriz e cantora australiana Danielle Spencer, com quem teve dois filhos: Charles Spencer Crowe (nascido em 21 de dezembro de 2003) e Tennyson Spencer Crowe (nascido em 7 de julho de 2006). O casal se separou em 2012, mas manteve uma relação amigável.

Crowe também é conhecido por sua paixão por esportes. Seus primos, Martin e Jeff Crowe, foram capitães da seleção de críquete da Nova Zelândia, e ele próprio investiu no rugby, adquirindo 75% das ações do South Sydney Rabbitohs, um time da National Rugby League australiana, por 3 milhões de dólares em 2006.

Sua gestão ajudou a revitalizar o clube, que conquistou o campeonato nacional em 2014, o primeiro título em 43 anos. Um episódio pouco conhecido de sua vida veio à tona em 2005, quando Crowe revelou à revista Gentleman’s Quarterly que, durante a cerimônia do Oscar de 2001, agentes do FBI o abordaram devido a uma suposta ameaça do grupo terrorista Al-Qaeda.

Ele relatou ter recebido um telefonema do FBI em Los Angeles, alertando-o sobre um risco ligado a “algo que uma policial francesa gravou na Líbia ou Argélia”.

Crowe foi escoltado por agentes do Serviço Secreto durante meses, inclusive na promoção de Proof of Life (2000) em Londres, onde a Scotland Yard também ofereceu proteção.

Ele confessou nunca ter compreendido completamente a situação, que ocorreu meses antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. O FBI, excepcionalmente, confirmou o caso à imprensa, algo raro para a agência.

Crowe também foi considerado para papéis icônicos, como o de Robert Langdon em The Da Vinci Code (2006), que acabou com Tom Hanks. Sua carreira continuou a evoluir, com atuações em filmes como Les Misérables (2012), Man of Steel (2013) e The Nice Guys (2016), além de papéis em produções mais recentes, como Thor: Love and Thunder (2022).

Além de atuar, Crowe mantém sua paixão pela música, apresentando-se com sua banda, The Ordinary Fear of God, e dirigiu projetos como o documentário Texas (2002) sobre sua banda.

Aos 61 anos (em 2025), Russell Crowe permanece uma figura influente no cinema, admirado por sua entrega emocional e dedicação aos papéis. Sua trajetória, marcada por conquistas, controvérsias e uma conexão profunda com suas raízes australianas, reflete um artista que, como seu personagem Maximus, transformou desafios em legado.

0 Comentários: