Russell
Ira Crowe, nascido em 7 de abril de 1964, em Wellington, Nova Zelândia, é um
aclamado ator, produtor de cinema e músico neozelandês, conhecido mundialmente
por sua atuação marcante em Gladiador (2000), que lhe rendeu o Oscar de Melhor
Ator em 2001.
Sua
trajetória, marcada por papéis intensos e uma personalidade forte, consolidou-o
como um dos maiores astros de Hollywood. Crowe mudou-se com a família para a
Austrália ainda na infância, onde seus pais, Jocelyn e John Crowe, trabalhavam
fornecendo serviços de catering em sets de filmagem.
Esse
ambiente proporcionou seu primeiro contato com o mundo do entretenimento. Desde
cedo, Russell demonstrou interesse pela atuação, participando de peças teatrais
e fazendo pequenas aparições em séries de TV australianas, como Spyforce e The
Young Doctors.
Durante
a adolescência, ele também se envolveu com música, liderando uma banda chamada
Roman Antix, que mais tarde se tornaria 30 Odd Foot of Grunts.
Apesar
de sua paixão pela arte, Crowe abandonou os estudos para se dedicar à carreira,
trabalhando com um grupo de teatro itinerante e desenvolvendo suas habilidades
sem formação clássica em atuação.
Sua
estreia no cinema veio em 1990, com um papel secundário no filme australiano
The Crossing (mencionado no texto original como “Aprova”, provavelmente um
erro), pelo qual recebeu uma indicação ao Australian Film Institute Awards
(AFI).
No ano
seguinte, protagonizou Romper Stomper (1992), intitulado no Brasil como
Skinheads - A Força Branca, interpretando um líder neonazista. Sua atuação
visceral chamou a atenção da indústria e lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no
AFI, marcando-o como uma promessa do cinema australiano.
Esse
desempenho atraiu o interesse de Sharon Stone, que insistiu em tê-lo no elenco
de The Quick and the Dead (1995, no Brasil, Rápido e Mortal), adiando as
filmagens para garantir sua participação. Esse filme marcou sua entrada em
Hollywood.
Após
papéis em filmes menos expressivos, Crowe ganhou destaque internacional em
1997, como o detetive Bud White no aclamado L.A. Confidential, dirigido por
Curtis Hanson.
O filme
recebeu nove indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, e colocou Crowe no
radar de Hollywood. Em 1999, ele engordou mais de 20 quilos para interpretar
Jeffrey Wigand em The Insider (O Informante), ao lado de Al Pacino.
Sua
performance como o cientista que expôs a indústria do tabaco lhe rendeu sua
primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator em 2000, embora o prêmio tenha sido
dado a Kevin Spacey por American Beauty.
No ano
seguinte, Crowe alcançou o auge com Gladiador, dirigido por Ridley Scott. Sua
interpretação do general romano Maximus Decimus Meridius não apenas lhe
garantiu o Oscar de Melhor Ator em 2001, mas também o consagrou como um ícone
do cinema.
O
filme, que venceu cinco Oscars, incluindo Melhor Filme, tornou-se o mais famoso
de sua carreira. Contudo, sua personalidade intensa e, por vezes, ríspida com a
imprensa reforçou uma imagem pública de “bad boy”, que ele próprio reconheceu
como parte de sua autenticidade.
Em
2001, Crowe voltou a ser indicado ao Oscar por A Beautiful Mind (Uma Mente
Brilhante), no papel do matemático John Nash. Apesar de ser o favorito, perdeu
para Denzel Washington (Training Day). Por esse filme, ele recebeu um cachê de
15 milhões de dólares, consolidando-se como um dos atores mais bem pagos de
Hollywood.
Desde
então, participou de produções prestigiadas, como Master and Commander: The Far
Side of the World (2003), Cinderella Man (2005) e American Gangster (2007),
demonstrando versatilidade em papéis históricos, dramáticos e de ação.
Fora
das telas, a vida pessoal de Crowe também atraiu atenção. Em 7 de abril de 2003,
ele se casou com a atriz e cantora australiana Danielle Spencer, com quem teve
dois filhos: Charles Spencer Crowe (nascido em 21 de dezembro de 2003) e
Tennyson Spencer Crowe (nascido em 7 de julho de 2006). O casal se separou em
2012, mas manteve uma relação amigável.
Crowe
também é conhecido por sua paixão por esportes. Seus primos, Martin e Jeff
Crowe, foram capitães da seleção de críquete da Nova Zelândia, e ele próprio
investiu no rugby, adquirindo 75% das ações do South Sydney Rabbitohs, um time
da National Rugby League australiana, por 3 milhões de dólares em 2006.
Sua
gestão ajudou a revitalizar o clube, que conquistou o campeonato nacional em
2014, o primeiro título em 43 anos. Um episódio pouco conhecido de sua vida
veio à tona em 2005, quando Crowe revelou à revista Gentleman’s Quarterly que,
durante a cerimônia do Oscar de 2001, agentes do FBI o abordaram devido a uma
suposta ameaça do grupo terrorista Al-Qaeda.
Ele
relatou ter recebido um telefonema do FBI em Los Angeles, alertando-o sobre um
risco ligado a “algo que uma policial francesa gravou na Líbia ou Argélia”.
Crowe
foi escoltado por agentes do Serviço Secreto durante meses, inclusive na
promoção de Proof of Life (2000) em Londres, onde a Scotland Yard também
ofereceu proteção.
Ele confessou
nunca ter compreendido completamente a situação, que ocorreu meses antes dos
ataques de 11 de setembro de 2001. O FBI, excepcionalmente, confirmou o caso à
imprensa, algo raro para a agência.
Crowe
também foi considerado para papéis icônicos, como o de Robert Langdon em The Da
Vinci Code (2006), que acabou com Tom Hanks. Sua carreira continuou a evoluir,
com atuações em filmes como Les Misérables (2012), Man of Steel (2013) e The
Nice Guys (2016), além de papéis em produções mais recentes, como Thor: Love
and Thunder (2022).
Além de
atuar, Crowe mantém sua paixão pela música, apresentando-se com sua banda, The
Ordinary Fear of God, e dirigiu projetos como o documentário Texas (2002) sobre
sua banda.
Aos 61
anos (em 2025), Russell Crowe permanece uma figura influente no cinema,
admirado por sua entrega emocional e dedicação aos papéis. Sua trajetória,
marcada por conquistas, controvérsias e uma conexão profunda com suas raízes
australianas, reflete um artista que, como seu personagem Maximus, transformou
desafios em legado.
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