As
vivências da infância são fundamentais na construção da personalidade e
formação do caráter de todos. É nessa fase que captamos, muitas vezes sem nem
saber, valores importantes, que determinarão nossas escolhas para o resto da
vida.
Muitas
vezes a pessoa nem imagina, mas age de tal maneira, devido a traumas de
infância.
Quando
sofremos um abuso ainda criança, não esquecemos o que passamos e sentimos,
apenas reprimimos essas lembranças traumáticas em nosso inconsciente. Por isso,
ao contrário do que diz o ditado popular, que o tempo cura tudo, o tempo por si
só não cura traumas de infância.
Vivências
traumáticas na infância, como a perda de vínculos afetivos devido à morte de
pais ou de irmãos ou, ainda, a privação de um ou de ambos os pais por separação
ou abandono constituem importantes fatores associados à depressão na vida
adulta.
Abusos
físicos e psicológicos fazem com que a pessoa tenha receio de se aproximar dos
outros e, por consequência, sofrer novamente.
Nem
todo mundo relaciona essa dificuldade com alguma questão do passado. Por isso,
é importante buscar ajuda profissional.
É
importante para nós, adultos, termos a coragem de olhar para nossos primeiros
anos de vida na busca da verdade do que vivenciamos, sentimos, e na maioria das
vezes, reprimimos.
Junto
com o terapeuta, o indivíduo vai encontrar caminhos para redescobrir sua força,
sua energia e sua vontade de viver. Para isso, é necessário que o trauma seja
revivido não só com lembranças, mas com emoções e afetos correspondentes. É
preciso que o sujeito retorne àquele lugar doloroso, mas encontre segurança no
meio do caos não elaborado anteriormente.
A
terapia vai fazer com que o indivíduo organize aquilo que ficou fragmentado no
decorrer da vida. As lacunas do viver serão preenchidas por pensamentos de
confiança, tranquilidade, força e ousadia para se colocar no mundo de forma
ativa e positiva. Essa força será sentida no corpo e na mente.
Texto:
Pensamento Líquido
Ilustração:
Joey Guidone
0 Comentários:
Postar um comentário