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sexta-feira, novembro 07, 2025

O Filho do Divórcio!




O Filho do Divórcio: Carta Comovente de uma Criança Revela o Impacto Profundo da Separação dos Pais.

A decisão de encerrar um casamento é sempre complexa e dolorosa, especialmente quando há filhos envolvidos. A forma como os pais lidam com o processo pode amenizar ou agravar o trauma nas crianças, que frequentemente se sentem confusas, culpadas e desamparadas.

Um vídeo viral na internet, publicado pela organização americana The Child of Divorce (O Filho do Divórcio), tem tocado corações ao redor do mundo ao dar voz a essas emoções reprimidas.

A entidade, fundada nos Estados Unidos, trabalha há anos apoiando filhos de pais separados por meio de terapias, grupos de apoio e campanhas de conscientização, ajudando milhares de famílias a navegar por esse momento delicado.

O depoimento em questão é uma carta fictícia, mas inspirada em relatos reais coletados pela organização, narrada por uma criança que expressa o turbilhão interno causado pelo divórcio. Ela destaca angústias como a perda de segurança, o medo do abandono e a sensação de ser um "objeto" nas brigas adultas.

O vídeo, que já acumula milhões de visualizações em plataformas como YouTube e redes sociais, foi compartilhado inicialmente em 2018 e ganhou nova repercussão durante a pandemia de COVID-19, quando o número de divórcios aumentou globalmente devido ao estresse do isolamento.

Estudos da American Psychological Association (APA) indicam que filhos de pais divorciados têm até 50% mais chances de desenvolver problemas emocionais, como ansiedade e depressão, se o conflito parental for alto - um alerta que a carta reforça de forma poética e impactante.

A Carta

Queridos mamãe e papai,

Sei que vocês estão sofrendo. Eu também estou. Sinto essa tensão no ar e me sinto diretamente atingido por ela. Ainda sou pequeno e não consigo expressar em palavras tudo o que está acontecendo em nossas vidas.

Mesmo assim, o golpe me dói profundamente. Meu coração se parte ao pensar em renunciar a um de vocês. Meu senso de segurança já se foi. Por favor, não pensem que sou forte o suficiente para lidar com isso sozinho.

Por favor, não acreditem que minha vida voltará ao normal e que continuarei amando os dois da mesma forma. Eu sou um ser humano como vocês, com necessidades iguais às suas. Preciso de amor, atenção, educação, estabilidade, consistência, afeto, compreensão, paciência e, acima de tudo, sentir que sou querido.

Quando vocês brigam por mim ou me colocam no meio das discussões, estão mostrando que vencer é mais importante do que o meu bem-estar. Isso me machuca mais do que imaginam.

Tenho aprendido com vocês que é melhor ter razão do que ser amado. Estão me ensinando que venho de alguém que não é querido e que está errado - e, de alguma forma, que eu também estou errado.

Quando vocês puderem enxergar a ferida no meu coração, verão que guardo uma dor surda e constante. Minha infância foi roubada; me mostraram que o amor não é incondicional e me ensinaram a ser insensível, a não amar, porque serei ferido sem chance de recuperação.

Talvez vocês não entendam isso agora, e, por eu ser tão pequeno, meu futuro pareça irrelevante. Mas estão correndo um risco enorme: o de eu me separar de mim mesmo, perdendo a segurança e criando um vazio permanente no meu coração.

A segurança é responsabilidade de vocês. Sem a proteção dos dois, fico vulnerável ao mundo. Isso vai gerar medos irracionais em mim, me forçando a viver em dúvida eterna entre fugir ou lutar.

Um dia, o choque inicial pode passar, mas as cicatrizes das escolhas que vocês fizerem nessa crise nunca desaparecerão por completo. Ou sentirei o egoísmo e a falta de apoio como uma ferida aberta, ou terei uma marca no coração dizendo que coisas boas acontecem só para pessoas boas - e, se isso acontece comigo, devo ser uma pessoa má.

Atenciosamente,
O filho do divórcio

Essa carta não é apenas um apelo emocional; ela reflete dados reais sobre os efeitos do divórcio infantil. De acordo com relatórios da ONU e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou um aumento de 75% nos divórcios entre 2007 e 2021, com mais de 300 mil casos anuais recentes, muitos envolvendo crianças.

Pesquisas da Universidade de Harvard mostram que filhos de divórcios conflituosos podem apresentar dificuldades em relacionamentos futuros, como maior propensão a separações próprias na vida adulta.

Organizações como The Child of Divorce e equivalentes brasileiras, como a Associação de Pais e Mães Separados (APASE), oferecem recursos gratuitos, incluindo terapia online e guias para "divórcio consciente", enfatizando a comunicação não violenta e a custódia compartilhada para minimizar danos.

Histórias semelhantes ganharam destaque na mídia: em 2020, uma carta de uma menina britânica de 8 anos aos pais divorciados viralizou no Twitter (agora X), ecoando temas de culpa e perda.

No Brasil, campanhas como a do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promovem mediação familiar para reduzir litígios. Se você está passando por isso, busque apoio profissional - o divórcio não precisa destruir laços familiares, mas exige empatia mútua para proteger os mais vulneráveis: as crianças.

Essa mensagem nos lembra que, atrás de toda separação, há um coração infantil implorando por amor inabalável.

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