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terça-feira, janeiro 07, 2025

As Estrelas


 

"As estrelas são os olhos de quem morreu de amor. Ficam só nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede eternidades." (Mia Couto)

O trecho de Mia Couto - "As estrelas são os olhos de quem morreu de amor. Ficam só nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede eternidades." - é uma das muitas imagens poéticas que o autor utiliza para traduzir sentimentos profundos e universais em palavras encantadoras.

Ele transforma o céu estrelado em uma metáfora carregada de simbolismo, relacionando as estrelas com a memória e a eternidade do amor. A primeira parte do texto sugere que as estrelas são "os olhos de quem morreu de amor".

Essa visão personificada revela a força do amor como um sentimento que transcende a vida. O amor, quando tão intenso, sobrevive à morte e se torna uma presença constante, silenciosa e vigilante, simbolizada pelas estrelas que brilham à noite.

Aqui, Mia Couto nos faz refletir sobre a permanência das emoções humanas mesmo diante da finitude física.

A segunda parte, "Ficam só nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede eternidades", reforça a ideia de que o amor verdadeiro é o único caminho para a imortalidade.

Enquanto os corpos se vão, os sentimentos deixam marcas que perduram no tempo e no espaço, como as estrelas que permanecem no céu, testemunhando as histórias que o amor escreve na alma dos que amaram e foram amados.

O verbo "contemplar" sugere uma postura de calma e serenidade, destacando o caráter eterno e pacífico da memória amorosa.

Por fim, a frase encapsula a visão poética e filosófica de Mia Couto sobre a vida e a morte. O autor, conhecido por sua escrita lírica e seu uso criativo da linguagem, frequentemente explora temas como o amor, a natureza e a eternidade, criando conexões profundas entre o humano e o cósmico.

Este fragmento é um convite à contemplação do amor como força que não se limita às fronteiras do tempo e da morte, mas que permanece brilhando, iluminando caminhos e corações, mesmo nas noites mais escuras.

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