"As estrelas são os olhos
de quem morreu de amor. Ficam só nos contemplando de cima, a mostrar que só o
amor concede eternidades." (Mia Couto)
O trecho de Mia Couto -
"As estrelas são os olhos de quem morreu de amor. Ficam só nos
contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede eternidades." - é
uma das muitas imagens poéticas que o autor utiliza para traduzir sentimentos
profundos e universais em palavras encantadoras.
Ele transforma o céu
estrelado em uma metáfora carregada de simbolismo, relacionando as estrelas com
a memória e a eternidade do amor. A primeira parte do texto sugere que as
estrelas são "os olhos de quem morreu de amor".
Essa visão personificada
revela a força do amor como um sentimento que transcende a vida. O amor, quando
tão intenso, sobrevive à morte e se torna uma presença constante, silenciosa e
vigilante, simbolizada pelas estrelas que brilham à noite.
Aqui, Mia Couto nos faz
refletir sobre a permanência das emoções humanas mesmo diante da finitude
física.
A segunda parte,
"Ficam só nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede
eternidades", reforça a ideia de que o amor verdadeiro é o único caminho
para a imortalidade.
Enquanto os corpos se vão,
os sentimentos deixam marcas que perduram no tempo e no espaço, como as
estrelas que permanecem no céu, testemunhando as histórias que o amor escreve
na alma dos que amaram e foram amados.
O verbo
"contemplar" sugere uma postura de calma e serenidade, destacando o
caráter eterno e pacífico da memória amorosa.
Por fim, a frase encapsula
a visão poética e filosófica de Mia Couto sobre a vida e a morte. O autor,
conhecido por sua escrita lírica e seu uso criativo da linguagem,
frequentemente explora temas como o amor, a natureza e a eternidade, criando
conexões profundas entre o humano e o cósmico.
Este fragmento é um convite à contemplação do amor como força que não se limita às fronteiras do tempo e da morte, mas que permanece brilhando, iluminando caminhos e corações, mesmo nas noites mais escuras.
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