Agora que o nosso tempo se dissolveu como orvalho ao
sol, resta-me acolher o murmúrio suave do meu coração em lamento.
Ele não chora por revolta, mas por guardar um amor
que, mesmo impossível, se recusa a apagar.
Sei que não posso te oferecer o que almejas, que não
há caminhos que me levem de volta a ti.
Ainda assim, faço um juramento com a força do que
sinto: velarei, em silêncio, pela tua felicidade.
De longe, serei como uma estrela discreta no teu céu -
nunca invadirei tua noite, mas estarei lá, brilhando com o desejo de que teus
dias transbordem em paz.
Quero que encontres risos que ecoem, sonhos que te
abracem e um amor que te mereça mais do que eu jamais poderia.
Cada passo que deres, cada vitória que conquistares,
será como uma nota suave que acalmará minha alma, mesmo estando tão distante.
E, nesse adeus que não digo em voz alta, descubro algo
novo em mim: amar-te me ensinou a querer teu bem acima do meu próprio querer.
Se o destino nos desenhou em linhas separadas, que eu possa, ao menos, carregar essa verdade como um farol: tua alegria será sempre minha oração mais sincera.
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