Na França, em 1637, uma nobre, Madeleine D'Auvermont,
foi julgada por adultério. Ela tinha dado à luz um bebé saudável, o que por si
só não era crime, mas estava separada do marido, que estava fora do país,
durante quatro anos!
O nascimento do bebé causou um enorme escândalo na época; o marido dela era um nobre rico, e o rapaz iria herdar um hereditamento substancial, bem como um título. A reputação de Madeleine estava em risco, e possivelmente a sua vida também.
No julgamento, a sua defesa foi que ela tinha pensado
no seu marido tão vividamente à noite, muitas vezes tendo sonhos de natureza
íntima sobre ele; a sua alegação era que ela tinha concebido o seu filho
através do poder da imaginação!
A reivindicação foi bastante selvagem, mas ela
insistiu que tinha sido fiel ao marido e que a criança era dele. Especialistas
nos campos de medicina e teologia foram trazidos para testemunhar no caso.
Depois de muita discussão, todos os especialistas concordaram que era possível conceber desta forma se a sua imaginação fosse muito vívida e ela sonhasse muito. O tribunal declarou a seu favor, e o seu filho foi legitimado e declarou o herdeiro do seu "pai". A reação ao julgamento do marido é desconhecida.
Acredite quem quiser... Nessa época na França já existia um STF nos moldes brasileiro.
Retrato (não de Madeleine) de Lucas Cranach, o Velho.
Fonte: Reconcebendo a Infertilidade: Perspectivas Bíblicas sobre Procriação e Sem Filhos, por Candida R. Moss e Joel S. Baden.
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