Um canto de dor! - Vou deixar um recado para aqueles que matam por
crueldade ou capturam passarinhos para deixá-los em gaiolas, esse é o
resultado: filhotes morrem esperando alimento. E o canto que você acha bonito,
vindo da gaiola, é um canto de dor.
Canto
Estudos
sugeriram que o canto dos pássaros pode evoluir de jeitos diferentes em
resposta a uma pressão evolutiva.
Porém,
eles também apontam que a complexidade no canto em certas linhagens é uma
característica que foi selecionada por fêmeas em busca de parceiros, com a
complexidade do canto sendo selecionada de modo semelhante à cauda do
pavão.
Além da
atração de parceiros, o canto em indivíduos machos também tem como função
defender o território contra outros machos, e em ambas variações individuais
afetam o sucesso reprodutivo do indivíduo.
Aves que cantam possuem um
órgão vocal bipartido chamado siringe que se localiza na junção da
traqueia com os brônquios, onde o som é gerado pela oscilação de membranas nos
dois lados da siringe.
Cada lado possui músculos
próprios, que proporcionam flexibilidade e controle independente da frequência
e amplitude do som, dando um grau de especialização acústica único.
Os cantos de aves adultas
estão associados à coordenação da respiração e de músculos da siringe, sendo
controlados pelo sistema somatossensorial do animal.
O mecanismo de emissão do
som se baseia em três estados motores das membranas das siringes, dependendo da
mudança da demanda vocal e respiratória do animal, e estão relacionados com
inspiração, fonação e mudez.
Na inspiração, a membrana
se encontra afastada da corrente de ar, reduzindo a resistência ao fluxo de ar
e repondo o ar exalado na vocalização.
Durante a fonação, as
membranas devem estar “entreabertas”, ou seja, permitindo passagem de corrente
de ar de dentro da ave para fora de um modo que essa corrente gera uma vibração
e, consequentemente, emissão sonora.
As membranas podem vedar
completamente cada lado da siringe, mutando-o. Isso, em conjunto com as
características peculiares de cada lado da siringe, torna possível que a ave
emita sons distintos ao mesmo tempo, ou combinar sons diferentes para emitir um
canto mais complexo.
Entre as aves que cantam, existem
espécies que cantam de maneira estereotipada, ou seja, não apresentam variações
populacionais e/ou individuais.
O canto dessas aves é determinado
geneticamente e desenvolvido sem necessidade de aprendizagem a partir de um
modelo.
Outras aves possuem canto
mais complexo, e apresentam variações individuais e populacionais.
É comum encontrarmos
dialetos diferentes de populações diferentes. O processo de aprendizagem de
canto em aves é mediado por memorização e coordenação vocal-auditiva,
dependendo da movimentação complexa e precisa das membranas da siringe.
A modalidade de canto inato
é encontrada principalmente em Passeriformes da subordem Suboscines, enquanto a
modalidade de canto aprendido é encontrada principalmente em Passeriformes da
subordem Oscines.
Reprodução e
Desenvolvimento
Os
pássaros são, na sua maioria, animais monogâmicos, vivendo com um único
parceiro ao longo de toda época do acasalamento; no entanto, também se conhecem
espécies poligâmicas, com um macho dominante que acasala com várias fêmeas.
Os ninhos
dos pássaros são, provavelmente, os que envolvem uma construção mais elaborada
entre todas as espécies de aves.
São, na
sua maioria, em forma de taça, sendo muitos deles, exemplos perfeitos de
engenharia.
Os
filhotes são nidícolas, nascendo cegos, desprovidos de penas, e raramente
cobertos de penugem. São completamente dependentes dos progenitores durante um
bom tempo.
Pedem
alimento aos pais, esticando o pescoço e abrindo o bico, desde as primeiras
horas após o nascimento.
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