O Monte
Gerizim é uma das mais altas montanhas da Cisjordânia, elevando-se a 881
metros acima do nível do mar. Situa-se na parte norte da Cisjordânia, ao sul do
monte Ebal, do qual é separado por um vale estreito.
Na
saída ocidental deste vale, está a cidade bíblica de Siquém, atualmente Nablus.
O monte Ebal chama-se atualmente Jebel et-Tor e é uma montanha
parcialmente estéril. Duas aldeias estão situadas no cume do monte, Kiryat Luza
(samaritana) e Har Bracha (judaica).
Os
montes Gerizim e Ebal não possuíam qualquer tipo de vegetação. O governo
britânico, em 1920, reflorestou o norte do monte Gerizim.
Na Bíblia
Moisés
mandou que após os israelitas atravessarem o rio Jordão, deveriam ir aos montes
Ebal e Gerizim e que as tribos de Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e
Benjamim permanecessem nas encostas do Monte Gerizim, pronunciando as
bênçãos para aqueles que guardassem a lei de Deus.
Depois
que os israelitas invadiram Canaã, cumpriram esta ordem de Moisés. O monte
Gerizim era considerado sagrado pelos samaritanos. Quando os judeus regressaram
do exílio, os samaritanos construíram ali um templo.
Segundo
o historiador Flávio Josefo este templo foi construído no tempo de
Alexandre, o Grande. Terá sido erigido por Sambalate para o seu genro
Manassés, que fora expulso do sacerdócio pelo seu irmão Jadua, sumo-sacerdote
em Jerusalém.
Possivelmente
a afirmação de Josefo pode estar errada em relação ao tempo, dizendo que os dois
homens mencionados e que viveram nos dias de Neemias foram contemporâneos de
Alexandre, o Grande sendo que este viveu cem anos depois, ou se presume
que exista uma coincidência de nomes e ocupações.
João
Hircano I ou Simeão, o Justo destruiu este templo no ano de 128
a.C, mas os samaritanos continuaram a utilizar este monte como local de
sacrifício e adoração e ainda o usam até hoje em dia. Este culto foi mencionado
pela mulher samaritana na conversa com Jesus junto ao poço de Jacó.
Arqueologia
Escavações
realizadas no local do tradicional templo samaritano, pela equipe do arqueólogo
M. A. Schneider, só encontraram os alicerces de uma igreja local cristã,
construída pelo imperador Zanão, em 485 e uma fortificação à sua volta,
construída no século VI por Justiniano I.
Uma
outra expedição americana, conduzidas por R. J. Bull, entre 1964 e 1968,
descobriu também uma grande plataforma de pedras não talhadas, construída no
período helenístico, em Tell er-Râs, mais ao norte.
Esta
estrutura foi considerada como a fundação do templo samaritano. Por cima desta
plataforma encontrou-se o que restou de um templo romano dedicado a Zeus
Hipsisto, construído pelo imperador Adriano, no século II.
Um
conjunto de portas de bronze que se diz ter pertencido ao templo de Jerusalém
foi utilizado nesta estrutura romana, de acordo com fontes antigas.
Uma
escada com mais de 1500 degraus de mármore ia desde o vale até ao templo. O
templo, assim como as escadas, aparece em moedas desse tempo.
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