Valéria Messalina, também
conhecida somente como Messalina nasceu em Roma dia 25 de janeiro do ano
17, foi uma imperatriz-consorte romana, terceira esposa do imperador Cláudio.
Ela era também prima pelo lado do pai de Nero, prima de segundo grau de
Calígula e sobrinha-bisneta de Augusto.
Messalina era poderosa e
influente, com uma reputação de ser promiscua, alega-se que ela teria
conspirado contra o marido e foi executada quando o plano foi descoberto. E
esta reputação, que pode ser derivada de um viés político contra ela,
acabou perpetuada na arte e na literatura até os tempos modernos.
Messalina era a mais nova
e única menina dos dois filhos de Domícia Lépida e seu primo e marido
Marco Valério Messala Barbato. Sua mãe era a filha mais nova do cônsul
Lúcio Domício Enobarbo com Antônia Maior.
Domício já havia sido
casado com a futura imperatriz Agripina, a Jovem, e era o pai biológico do
futuro imperador Nero, que era, portanto, primo de Messalina apesar de ser
dezessete anos mais velho. As avós de Messalina, Cláudia Marcela e Antônia
Maior eram meio-irmão.
Cláudia, a paterna, era
filha da irmã de Augusto, Otavia, a Jovem, e de Caio Cláudio Marcelo Menor.
Antônia, a materna, era a filha mais velha da mesma Otávia com Marco Antônio e
era tia de Cláudio. Como se pode ver, a família tinha muitos casamentos de
parentes próximos.
Pouco se sabe sobre a vida de Messalina antes do casamento em 38 com Cláudio, que já tinha por volta de 48 anos de idade. Dois filhos nasceram desta união: Cláudia Otávia (nascida em 39 ou 40 ou), uma futura imperatriz, meia-irmã e primeira esposa de Nero;
Britânico (nascido em 41), assassinado por Nero aos 13 anos. Quando o imperador Calígula foi assassinado em 41, a guarda pretoriana proclamou Cláudio o novo imperador e Messalina, sua imperatriz.
Reputação
Com sua ascensão ao
poder, Messalina entrou para a história com uma reputação de implacável,
predadora e insaciável sexualmente. Seu marido é retratado como sendo
facilmente guiado por ela e ignorante de seus muitos adultérios até ser
informado de que ela teria exagerado ao se casar com seu último amante, o
senador Caio Silio em 48.
Cláudio então teria
ordenado a sua morte e ela recebeu a opção de se suicidar. Incapaz de se auto
apunhalar, Messalina foi morta pelo oficial que a prendeu no ano 48. O senado
romano então ordenou que o nome de Messalina fosse retirado de todos os
lugares públicos e privados e que tivesse todas as suas estátuas destruídas (dammetio
memoriae).
Os historiadores que
contam estas histórias, principalmente Tácito e Suetônio, escreveram por volta
de 70 anos depois dos eventos, quando o ambiente era hostil à linhagem imperial
de Messalina.
A história de Suetônio é
majoritariamente alarmismo escandaloso. Tácito alega estar transmitindo "o
que foi ouvido e escrito pelos mais velhos que eu", sem nomear suas
fontes, com exceção das memórias de Agripina, a Jovem, que havia conseguido
retirar os filhos de Messalina da sucessão imperial e que, portanto, tinha todo
interesse em manchar a imagem de sua predecessora.
Já se argumentou que o
que se passa por história seria puramente o resultado de sanções políticas que
se seguiram à morte de Messalina. As acusações de excessos sexuais,
principalmente, eram uma tática já testada e aprovada para manchar a reputação
e geralmente era resultado de "hostilidade politicamente
motivado".
Dois relatos foram os
principais culpados pela má reputação da imperatriz. Um é a história de uma
suposta competição de sexo com uma prostituta no livro X da "História Natural",
de Plinio, o Velho, que teria durado 24 horas e que Messalina venceu com um
placar de 25 parceiros diferentes.
O poeta Juvenal apresenta
uma descrição igualmente famosa em sua sexta sátira de como a imperatriz
costumava trabalhar clandestinamente a noite toda num bordel sob o nome de
"Loba". Ele também menciona a história de como ela teria
compelido Sílio a se divorciar de sua esposa para casar-se com ela em sua
décima sátira.
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