Eva Anna Paula Hitler, nome
de casada e Eva Anna Paula Braun nome de solteira, nasceu no dia 6 de
fevereiro de 1912 em Munique. Foi companheira de longa data de Adolf
Hitler e, por menos de 40 horas, sua esposa.
Eva e Hitler conheceram-se
em Munique, quando ela tinha 17 anos e trabalhava como assistente e modelo para
Heinrich Hoffmann, fotógrafo pessoal de Hitler.
Durante esse precoce
relacionamento, ela tentou por duas vezes o suicídio. Em 1936, passou a ser
presença constante na Berghof, a casa-refúgio que Hitler mantinha em
Obersalzberg, onde viveu protegida durante todo período da Segunda Guerra
Mundial.
Eva também era fotógrafa e
muitas das fotos e filmes coloridos com o Führer que
sobreviveram a essa época foram feitos por ela.
Embora não participasse de
eventos públicos com ele até meados de 1944, quando sua irmã
Gretl casou-se com o oficial da SS Hermann Fegelein. Eva era tida como
figura chave no círculo social íntimo de Hitler.
Quando o Terceiro
Reich começou a desmoronar, Eva jurou lealdade a Hitler e juntou-se a ele
em Berlim, abrigando-se no chamado Fuhrerbunker, instalado sob a
Chancelaria do Reich.
À medida que as tropas do
Exército Vermelho avançavam pelas vizinhanças, em 29 de abril de 1945,
eles casaram-se numa breve cerimônia civil (Eva contava 33 anos de idade e
Hitler 56).
Menos de 40 horas depois, o
casal suicidou-se em uma sala do bunker, Hitler com um tiro na
têmpora e Eva com uma cápsula de cianeto. O povo alemão só tomou conhecimento
da relação entre os dois após suas mortes.
Eva era a segunda filha do
professor Friedrich "Fritz" Braun (1879–1964) e de Franziska
"Fanny" Kronberger (1885–1976). Antes de casar, sua mãe tinha sido
costureira.
A irmã mais velha de Eva
era Ilse (1909–1979) e a mais nova Margarete (1915–1987). O casal Braun se
divorciou em abril de 1921, mas se casaram novamente em novembro de
1922 devido a problemas financeiros na Alemanha, como a hiperinflação.
Eva estudou em um liceu
católico em Berlim e por um ano estudou administração em um convento em
Simbach am Inn, onde tinha notas altas e uma inclinação para o atletismo.
Aos 17 anos, conseguiu
emprego com o fotógrafo oficial do Partido Nazista Heinrich Hoffmann, como sua
assistente e logo ela aprendeu a usar a câmera e a tirar suas próprias
fotos.
Foi no estúdio de Hoffmann
que Eva conheceu Hitler, 23 anos mais velho que ela, em outubro de 1929. Nessa
época, Eva morava com sua irmã mais nova, que chegou a acompanhar a irmã em
várias viagens de Hitler e Eva a Obersalzberg.
Eva e Hitler
Hitler morava com a filha
de sua meia-irmã, Geli Raubal, em um apartamento na Prinzregentenplatz, número
16, em Munique, de 1929 até a morte dela. Em 18 de setembro de 1931,
Geli foi encontrada morta com um tiro na cabeça, em um aparente suicídio com a
arma de Hitler.
Na época, ele estava em
Nuremberg e acredita-se que este tenha sido seu relacionamento mais
intenso até conhecer Eva, com quem começou a se relacionar após a morte de
Geli.
Eva já tinha tentado o
suicídio em 10 ou 11 de agosto de 1932 atirando no peito com a arma que
seu pai tinha, mas historiadores acreditam que o tiro foi apenas para chamar a
atenção de Hitler.
Após sua recuperação,
Hitler firmou seu compromisso com ela e no final de 1932, os dois se tornaram
amantes.
Em 1933, Eva ainda
trabalhava como fotógrafa para Hoffmann e por isso ela podia viajar como sua
assistente na comitiva de Hitler em trabalho oficial para o Partido Nazista.
Segundo informações de seu
diário, Eva tentou um segundo suicídio em maio de 1935, com uma overdose de
remédios para dormir de Hitler, mas que não deu certo.
Hitler deu a Eva e sua irmã
mais nova um apartamento de três quarto em Munique naquele mês de agosto e no
ano seguinte as irmãs foram morar em uma vila, em Bogenhausen, mas as irmãs
passavam a maior parte do tempo em Munique.
Eva também tinha sua
própria residência, próxima à Chancelaria do Reich, em Berlim, decorada por
Albert Speer.
Eva era parte da equipe de
Hoffmann durante os primeiros Comícios de Nuremberg, em 1935.
A meia-irmã de Hitler e mãe
de Geli, Ângela, não estava presente e depois foi dispensada de seu cargo de
governanta da residência de Hitler em Berchtesgaden.
Não se sabe se sua
antipatia por Eva foi a principal razão, mas membros da equipe de Hitler
disseram que Eva era agora intocável.
Hitler desejava se
apresentar ao povo alemão com a imagem de um herói casto. Na ideologia nazista,
os homens eram os líderes políticos e os guerreiros, e as mulheres eram donas de
casa.
Ele acreditava que era um
homem atraente para as mulheres e desejava explorar o fato para obter vantagens
políticas permanecendo solteiro e acreditava que um casamento reduziria esse
apelo.
Hitler e Eva nunca apareciam como um casal em público. A única vez em que estiveram juntos em uma foto oficial foi quando ela se sentou perto dele nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1936.
O povo alemão não soube do
relacionamento dos dois até depois do fim da guerra. Eva tinha seu próprio
aposento na residência oficial de Hitler e no esconderijo em Berlim.
Estudiosos da Segunda
Guerra Mundial afirmam que as mulheres não tinham influência na política
da Alemanha Nazista e a influência de Eva era mínima ou quase inexistente.
Ela nunca tinha permissão
de ficar na mesma sala quando conversas políticas ocorriam e era sempre posta
para fora dos aposentos quando ministros e outros dignitários do governo
estavam presentes.
Ela nem era membro do
Partido Nazista. Os principais interesses de Eva na época eram cinema, moda e
esportes, tendo uma vida de privilégios, com pouco interesse em política.
O único momento em que a
política lhe gerou algum interesse, foi em 1943, logo depois da transição da
economia para uma economia de guerra.
Com o aperto nas contas e o
confisco de produtos para os esforços de guerra, bens de consumo tipicamente
femininos, como cosméticos e artigos de luxo, eram proibidos.
Eva teria ficado enfurecida
com isso e Hitler pedira que seu ministro de armamentos apenas suspendesse a
produção ao invés de proibi-los.
Eva continuou como
assistente de Hoffmann mesmo depois de seu relacionamento com Hitler ter
começado. Tirou várias fotos e fez filmagens de membros do círculo íntimo de
Hitler e chegou a vendê-las a Hoffmann por valores bem altos.
Além de fotógrafa, ela se
tornou secretária particular de Hitler, o que lhe dava vários privilégios, como
entrar e sair da chancelaria sem revista e sem necessidade de autorização.
Em 3 de junho de 1944, a
irmã mais nova de Eva se casou com Hermann Fegelein, Gruppenfuhrer da
SS, oficial de Heinrich Himmler, membro da comitiva de Hitler.
O casamento serviu como
desculpa para Hitler permitir a presença de Eva em funções oficiais da
chancelaria, já que ela poderia ser apresentava como cunhada de Fegelein.
Quando Fegelein foi preso
nas semanas finais da guerra, tentando fugir para a Suíça ou para a
Suécia, Hitler autorizou sua execução. Ele foi fuzilado por deserção no jardim
da Chancelaria em 28 de abril de 1945.
Casamento e morte
Em abril de 1945, Eva foi
de Munique para Berlim para ficar com Hitler no esconderijo do führer. Ela
se recusou a deixá-lo conforme o Exército Vermelho se aproximava da
capital.
Meia-noite entre 28 e 29 de
abril, Hitler e Eva se casaram em uma pequena cerimônia civil. Como testemunhas
estavam presentes Joseph Goebbels e Martin Bormann.
Em seguida, Hitler teve um
modesto café da manhã com a esposa, agora chamada de Eva Hitler.
Depois das 13hs do dia 30
de abril de 1945, Hitler e Eva deram adeus aos membros da comitiva e aos
ministros. Por volta de 15h30, várias pessoas ouviram um estampido de um tiro
dentro do esconderijo.
Minutos depois, o
assistente de Hitler, Heinz Linge, e seu chefe administrativo, Otto Gunsche,
entraram na pequena sala e encontraram os corpos de Hitler e de Eva em um
pequeno sofá.
Eva tinha mordido uma
cápsula de cianeto e Hitler atirou contra a própria têmpora com sua
arma.
Os corpos foram levados
para o lado de fora, pela saída de emergência do esconderijo, até o jardim dos
fundos da Chancelaria do Reich, onde foram queimados. Eva Braun tinha apenas 33
anos de idade.
Os restos carbonizados
foram encontrados pelos soviéticos. Em 11 de maio, o dentista de Hitler, Hugo
Blaschke e seus assistentes confirmaram que os restos pertenciam de fato a
Eva e Hitler.
Os soviéticos,
secretamente, levaram os restos para a sede da SMERSH, em Magdeburg, junto dos
corpos de Joseph e sua esposa, Magda Goebbels, além de seus seis filhos.
Em 4 de abril de 1970, uma
equipe da KGB exumou as caixas que continham os restos mortais. Eles foram
incinerados e as cinzas foram espalhadas no rio Biederitz, um distributário do
Elba.
Outros membros da família
Braun sobreviveram à guerra. Sua mãe, Franziska, morreu aos 96 anos em janeiro
de 1976, morando em uma antiga casa de fazenda em Ruhpolding na
Baviera. Seu pai, Fritz, morreu em 1964.
Sua irmã mais nova deu à
luz a uma menina em 5 de maio de 1945, a quem chamou de Eva. Ela depois se
casaria com Kurt Beringhoff, morrendo em 1987. A irmã mais velha de Eva,
Ilse, não era parte do
círculo íntimo de Hitler. Ela se casou duas vezes e morreu em 1979.
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